Magna Concursos

Foram encontradas 40 questões.

2521484 Ano: 2016
Disciplina: Direito Sanitário
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase.
De acordo com a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, o município formulará sua política pública de saneamento básico, devendo, ao menos:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2521367 Ano: 2016
Disciplina: Direito Ambiental
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
A Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é o marco legal para a gestão e o gerenciamento integrados de resíduos no país. Em relação ao conteúdo dessa lei relevante para a administração universitária de instituições federais de ensino como a UFSC, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Na gestão e no gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
( ) Em seu Capítulo III, a referida lei aborda as responsabilidades dos geradores e do Poder Público. A UFSC, como instituição federal de ensino superior e pública, está liberada da responsabilidade pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de resíduos sólidos da instituição.
( ) A contratação de serviços terceirizados de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, isenta a UFSC da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos.
( ) Praticar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos em uma instituição como a UFSC significa que todos os geradores de resíduos na instituição têm responsabilidade por efetuar a destinação adequada de seus resíduos, de acordo com as normas vigentes em âmbito federal, estadual, municipal e institucional.
( ) Como grande gerador de resíduos recicláveis, a UFSC está dispensada da obrigação legal de encaminhamento desses materiais a associações e cooperativas de catadores e pode planejar um sistema financeiramente autossustentável, com base na venda dos recicláveis produzidos internamente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2521034 Ano: 2016
Disciplina: Engenharia Ambiental e Sanitária
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE o texto.
Todos os contaminantes da água, com exceção dos gases dissolvidos, contribuem na composição da carga de sólidos de uma amostra. Esses sólidos podem ser classificados, por suas características físicas, em dissolvidos, coloidais ou em suspensão. Para a classificação como coloidais, o tamanho das partículas presentes na amostra deve variar de:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2520679 Ano: 2016
Disciplina: Engenharia Ambiental e Sanitária
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Um dos principais referenciais na área de gestão ambiental de organizações e produtos é o conjunto de normas englobado na série ISO 14000 (por exemplo, 14001, 14031, 14040 etc.). As versões brasileiras dessas normas são editadas pela ABNT e mantêm sua numeração, recebendo o prefixo NBR ISO. No contexto dessas normas, analise as afirmativas abaixo.
I. A política ambiental associada a um sistema de gestão ambiental (SGA) pode ser definida como as intenções e a direção de uma organização relacionadas ao seu desempenho ambiental como formalmente expresso pela sua alta direção.
II. A política ambiental de uma organização deve se comprometer explicitamente, entre outros, com o atendimento a requisitos legais e com a melhoria contínua.
III. O conceito de desempenho ambiental pode ser definido como resultado mensurável ou não relacionado à gestão de aspectos ambientais.
IV. Os termos “aspecto ambiental” e “impacto ambiental” são utilizados como sinônimos.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
Ora pois, uma língua bem brasileira
Análise de textos antigos e de entrevistas expõe as marcas próprias do idioma no país, o alcance do R caipira e os lugares que preservam modos antigos de falar
Carlos Fioravanti
A possibilidade de ser simples, dispensar elementos gramaticais teoricamente essenciais e responder “sim, comprei” quando alguém pergunta “você comprou o carro?” é uma das características que conferem flexibilidade e identidade ao português brasileiro. A análise de documentos antigos e de entrevistas de campo ao longo dos últimos trinta anos está mostrando que o português brasileiro já pode ser considerado único, diferente do português europeu, do mesmo modo que o inglês americano é distinto do inglês britânico. O português brasileiro ainda não é, porém, uma língua autônoma: talvez seja – na previsão de especialistas, em cerca de duzentos anos – quando acumular peculiaridades que nos impeçam de entender inteiramente o que um nativo de Portugal diz.
A expansão do português no Brasil, as variações regionais com suas possíveis explicações, que fazem o “urubu” de São Paulo ser chamado de “corvo” no Sul do país, e as raízes das inovações da linguagem estão emergindo por meio do trabalho de cerca de duzentos linguistas. De acordo com estudos da Universidade de São Paulo (USP), uma inovação do português brasileiro, por enquanto sem equivalente em Portugal, é o R caipira, às vezes tão intenso que parece valer por dois ou três, como em porrrta ou carrrne.
Associar o R caipira apenas ao interior paulista, porém, é uma imprecisão geográfica e histórica, embora o R desavergonhado tenha sido uma das marcas do estilo matuto do ator Amácio Mazzaropi em seus 32 filmes, produzidos de 1952 a 1980. Seguindo as rotas dos bandeirantes paulistas em busca de ouro, os linguistas encontraram o R supostamente típico de São Paulo em cidades de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, formando um modo de falar similar ao português do século XVIII. Quem tiver paciência e ouvido apurado poderá encontrar também na região central do Brasil – e em cidades do litoral – o S chiado, uma característica hoje típica do falar carioca, que veio com os portugueses em 1808 e era um sinal de prestígio por representar o falar da Corte. Mesmo os portugueses não eram originais: os especialistas argumentam que o S chiado, que faz da esquina uma shquina, veio dos nobres franceses, que os portugueses admiravam.
A história da língua portuguesa no Brasil está trazendo à tona as características preservadas do português, como a troca do L pelo R, resultando em pranta em vez de planta. Camões registrou essa troca em Os lusíadas – lá está um frautas no lugar de flautas – e o cantor e compositor paulista Adoniran Barbosa a deixou registrada em diversas composições, em frases como “frechada do teu olhar”, do samba Tiro ao Álvaro. Em levantamentos de campo, pesquisadores da USP observaram que moradores do interior tanto do Brasil quanto de Portugal, principalmente os menos escolarizados, ainda falam desse modo. Outro sinal de preservação da língua identificado por especialistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, dessa vez em documentos antigos, foi a gente ou as gentes como sinônimo de “nós” e hoje uma das marcas próprias do português brasileiro.
Célia Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encontrou registros de a gente em documentos do século XVI e, com mais frequência, a partir do século XIX. Era uma forma de indicar a primeira pessoa do plural, no sentido de todo mundo com a inclusão necessária do eu. Segundo ela, o emprego de a gente pode passar descompromisso e indefinição: quem diz a gente em geral não deixa claro se pretende se comprometer com o que está falando ou se se vê como parte do grupo, como em “a gente precisa fazer”. Já o pronome nós, como em “nós precisamos fazer”, expressa responsabilidade e compromisso. Nos últimos 30 anos, ela notou, a gente instalou-se nos espaços antes ocupados pelo nós e se tornou um recurso bastante usado por todas as idades e classes sociais no país inteiro, embora nos livros de gramática permaneça na marginalidade.
Outro sinal da evolução do português brasileiro são as construções híbridas, com um verbo que não concorda mais com o pronome, do tipo tu não sabe?, e a mistura dos pronomes de tratamento você e tu, como em “se você precisar, vou te ajudar”. Os portugueses europeus poderiam alegar que se trata de mais uma prova de nossa capacidade de desfigurar a língua lusitana, mas talvez não tenham tanta razão para se queixar. Célia Lopes encontrou a mistura de pronomes de tratamento, que ela e outros linguistas não consideram mais um erro, em cartas do marquês do Lavradio, que foi vice-rei do Brasil de 1769 a 1796, e, mais de dois séculos depois, em uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Linguistas de vários estados do país estão desenterrando as raízes do português brasileiro ao examinar cartas pessoais e administrativas, testamentos, relatos de viagens, processos judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais desde o século XVI, coletados em instituições como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do Estado de São Paulo. A equipe de Célia Lopes tem encontrado também na feira de antiguidades do sábado da Praça XV de Novembro, no centro do Rio, cartas antigas e outros tesouros linguísticos, nem sempre valorizados. “Um estudante me trouxe cartas maravilhosas encontradas no lixo”, ela contou.
Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/04/08/ora-pois-uma-lingua-bem-brasileira/?cat=capa>. Acesso em: 21 jul. 2016. [Adaptado]
Considere os seguintes trechos, retirados do Texto.
“A expansão do português no Brasil, as variações regionais com suas possíveis explicações, que fazem o ‘urubu’ de São Paulo ser chamado de ‘corvo’ no Sul do país, e as raízes das inovações da linguagem estão emergindo por meio do trabalho de cerca de duzentos linguistas.”
“Quem tiver paciência e ouvido apurado poderá encontrar também na região central do Brasil – e em cidades do litoral – o S chiado, uma característica hoje típica do falar carioca, que veio com os portugueses em 1808 e era um sinal de prestígio por representar o falar da Corte.”
“Mesmo os portugueses não eram originais: os especialistas argumentam que o S chiado, que faz da esquina uma shquina, veio dos nobres franceses, que os portugueses admiravam.”
Assinale a alternativa CORRETA.
Os pronomes em negrito retomam, respectivamente, os termos:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
Ora pois, uma língua bem brasileira
Análise de textos antigos e de entrevistas expõe as marcas próprias do idioma no país, o alcance do R caipira e os lugares que preservam modos antigos de falar
Carlos Fioravanti
A possibilidade de ser simples, dispensar elementos gramaticais teoricamente essenciais e responder “sim, comprei” quando alguém pergunta “você comprou o carro?” é uma das características que conferem flexibilidade e identidade ao português brasileiro. A análise de documentos antigos e de entrevistas de campo ao longo dos últimos trinta anos está mostrando que o português brasileiro já pode ser considerado único, diferente do português europeu, do mesmo modo que o inglês americano é distinto do inglês britânico. O português brasileiro ainda não é, porém, uma língua autônoma: talvez seja – na previsão de especialistas, em cerca de duzentos anos – quando acumular peculiaridades que nos impeçam de entender inteiramente o que um nativo de Portugal diz.
A expansão do português no Brasil, as variações regionais com suas possíveis explicações, que fazem o “urubu” de São Paulo ser chamado de “corvo” no Sul do país, e as raízes das inovações da linguagem estão emergindo por meio do trabalho de cerca de duzentos linguistas. De acordo com estudos da Universidade de São Paulo (USP), uma inovação do português brasileiro, por enquanto sem equivalente em Portugal, é o R caipira, às vezes tão intenso que parece valer por dois ou três, como em porrrta ou carrrne.
Associar o R caipira apenas ao interior paulista, porém, é uma imprecisão geográfica e histórica, embora o R desavergonhado tenha sido uma das marcas do estilo matuto do ator Amácio Mazzaropi em seus 32 filmes, produzidos de 1952 a 1980. Seguindo as rotas dos bandeirantes paulistas em busca de ouro, os linguistas encontraram o R supostamente típico de São Paulo em cidades de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, formando um modo de falar similar ao português do século XVIII. Quem tiver paciência e ouvido apurado poderá encontrar também na região central do Brasil – e em cidades do litoral – o S chiado, uma característica hoje típica do falar carioca, que veio com os portugueses em 1808 e era um sinal de prestígio por representar o falar da Corte. Mesmo os portugueses não eram originais: os especialistas argumentam que o S chiado, que faz da esquina uma shquina, veio dos nobres franceses, que os portugueses admiravam.
A história da língua portuguesa no Brasil está trazendo à tona as características preservadas do português, como a troca do L pelo R, resultando em pranta em vez de planta. Camões registrou essa troca em Os lusíadas – lá está um frautas no lugar de flautas – e o cantor e compositor paulista Adoniran Barbosa a deixou registrada em diversas composições, em frases como “frechada do teu olhar”, do samba Tiro ao Álvaro. Em levantamentos de campo, pesquisadores da USP observaram que moradores do interior tanto do Brasil quanto de Portugal, principalmente os menos escolarizados, ainda falam desse modo. Outro sinal de preservação da língua identificado por especialistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, dessa vez em documentos antigos, foi a gente ou as gentes como sinônimo de “nós” e hoje uma das marcas próprias do português brasileiro.
Célia Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encontrou registros de a gente em documentos do século XVI e, com mais frequência, a partir do século XIX. Era uma forma de indicar a primeira pessoa do plural, no sentido de todo mundo com a inclusão necessária do eu. Segundo ela, o emprego de a gente pode passar descompromisso e indefinição: quem diz a gente em geral não deixa claro se pretende se comprometer com o que está falando ou se se vê como parte do grupo, como em “a gente precisa fazer”. Já o pronome nós, como em “nós precisamos fazer”, expressa responsabilidade e compromisso. Nos últimos 30 anos, ela notou, a gente instalou-se nos espaços antes ocupados pelo nós e se tornou um recurso bastante usado por todas as idades e classes sociais no país inteiro, embora nos livros de gramática permaneça na marginalidade.
Outro sinal da evolução do português brasileiro são as construções híbridas, com um verbo que não concorda mais com o pronome, do tipo tu não sabe?, e a mistura dos pronomes de tratamento você e tu, como em “se você precisar, vou te ajudar”. Os portugueses europeus poderiam alegar que se trata de mais uma prova de nossa capacidade de desfigurar a língua lusitana, mas talvez não tenham tanta razão para se queixar. Célia Lopes encontrou a mistura de pronomes de tratamento, que ela e outros linguistas não consideram mais um erro, em cartas do marquês do Lavradio, que foi vice-rei do Brasil de 1769 a 1796, e, mais de dois séculos depois, em uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Linguistas de vários estados do país estão desenterrando as raízes do português brasileiro ao examinar cartas pessoais e administrativas, testamentos, relatos de viagens, processos judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais desde o século XVI, coletados em instituições como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do Estado de São Paulo. A equipe de Célia Lopes tem encontrado também na feira de antiguidades do sábado da Praça XV de Novembro, no centro do Rio, cartas antigas e outros tesouros linguísticos, nem sempre valorizados. “Um estudante me trouxe cartas maravilhosas encontradas no lixo”, ela contou.
Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/04/08/ora-pois-uma-lingua-bem-brasileira/?cat=capa>. Acesso em: 21 jul. 2016. [Adaptado]
Considere o excerto abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
“Célia Lopes encontrou a mistura de pronomes de tratamento [...] em cartas do marquês do Lavradio, que foi vice-rei do Brasil de 1769 a 1796, e, mais de dois séculos depois, em uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.”
O papel que o excerto desempenha no Texto é o de:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
Ora pois, uma língua bem brasileira
Análise de textos antigos e de entrevistas expõe as marcas próprias do idioma no país, o alcance do R caipira e os lugares que preservam modos antigos de falar
Carlos Fioravanti
A possibilidade de ser simples, dispensar elementos gramaticais teoricamente essenciais e responder “sim, comprei” quando alguém pergunta “você comprou o carro?” é uma das características que conferem flexibilidade e identidade ao português brasileiro. A análise de documentos antigos e de entrevistas de campo ao longo dos últimos trinta anos está mostrando que o português brasileiro já pode ser considerado único, diferente do português europeu, do mesmo modo que o inglês americano é distinto do inglês britânico. O português brasileiro ainda não é, porém, uma língua autônoma: talvez seja – na previsão de especialistas, em cerca de duzentos anos – quando acumular peculiaridades que nos impeçam de entender inteiramente o que um nativo de Portugal diz.
A expansão do português no Brasil, as variações regionais com suas possíveis explicações, que fazem o “urubu” de São Paulo ser chamado de “corvo” no Sul do país, e as raízes das inovações da linguagem estão emergindo por meio do trabalho de cerca de duzentos linguistas. De acordo com estudos da Universidade de São Paulo (USP), uma inovação do português brasileiro, por enquanto sem equivalente em Portugal, é o R caipira, às vezes tão intenso que parece valer por dois ou três, como em porrrta ou carrrne.
Associar o R caipira apenas ao interior paulista, porém, é uma imprecisão geográfica e histórica, embora o R desavergonhado tenha sido uma das marcas do estilo matuto do ator Amácio Mazzaropi em seus 32 filmes, produzidos de 1952 a 1980. Seguindo as rotas dos bandeirantes paulistas em busca de ouro, os linguistas encontraram o R supostamente típico de São Paulo em cidades de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, formando um modo de falar similar ao português do século XVIII. Quem tiver paciência e ouvido apurado poderá encontrar também na região central do Brasil – e em cidades do litoral – o S chiado, uma característica hoje típica do falar carioca, que veio com os portugueses em 1808 e era um sinal de prestígio por representar o falar da Corte. Mesmo os portugueses não eram originais: os especialistas argumentam que o S chiado, que faz da esquina uma shquina, veio dos nobres franceses, que os portugueses admiravam.
A história da língua portuguesa no Brasil está trazendo à tona as características preservadas do português, como a troca do L pelo R, resultando em pranta em vez de planta. Camões registrou essa troca em Os lusíadas – lá está um frautas no lugar de flautas – e o cantor e compositor paulista Adoniran Barbosa a deixou registrada em diversas composições, em frases como “frechada do teu olhar”, do samba Tiro ao Álvaro. Em levantamentos de campo, pesquisadores da USP observaram que moradores do interior tanto do Brasil quanto de Portugal, principalmente os menos escolarizados, ainda falam desse modo. Outro sinal de preservação da língua identificado por especialistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, dessa vez em documentos antigos, foi a gente ou as gentes como sinônimo de “nós” e hoje uma das marcas próprias do português brasileiro.
Célia Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), encontrou registros de a gente em documentos do século XVI e, com mais frequência, a partir do século XIX. Era uma forma de indicar a primeira pessoa do plural, no sentido de todo mundo com a inclusão necessária do eu. Segundo ela, o emprego de a gente pode passar descompromisso e indefinição: quem diz a gente em geral não deixa claro se pretende se comprometer com o que está falando ou se se vê como parte do grupo, como em “a gente precisa fazer”. Já o pronome nós, como em “nós precisamos fazer”, expressa responsabilidade e compromisso. Nos últimos 30 anos, ela notou, a gente instalou-se nos espaços antes ocupados pelo nós e se tornou um recurso bastante usado por todas as idades e classes sociais no país inteiro, embora nos livros de gramática permaneça na marginalidade.
Outro sinal da evolução do português brasileiro são as construções híbridas, com um verbo que não concorda mais com o pronome, do tipo tu não sabe?, e a mistura dos pronomes de tratamento você e tu, como em “se você precisar, vou te ajudar”. Os portugueses europeus poderiam alegar que se trata de mais uma prova de nossa capacidade de desfigurar a língua lusitana, mas talvez não tenham tanta razão para se queixar. Célia Lopes encontrou a mistura de pronomes de tratamento, que ela e outros linguistas não consideram mais um erro, em cartas do marquês do Lavradio, que foi vice-rei do Brasil de 1769 a 1796, e, mais de dois séculos depois, em uma entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Linguistas de vários estados do país estão desenterrando as raízes do português brasileiro ao examinar cartas pessoais e administrativas, testamentos, relatos de viagens, processos judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais desde o século XVI, coletados em instituições como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do Estado de São Paulo. A equipe de Célia Lopes tem encontrado também na feira de antiguidades do sábado da Praça XV de Novembro, no centro do Rio, cartas antigas e outros tesouros linguísticos, nem sempre valorizados. “Um estudante me trouxe cartas maravilhosas encontradas no lixo”, ela contou.
Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/04/08/ora-pois-uma-lingua-bem-brasileira/?cat=capa>. Acesso em: 21 jul. 2016. [Adaptado]
Com base no Texto, indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A troca de L por R é uma inovação do português do Brasil dos últimos trinta anos.
( ) A palavra “corvo” no Sul do Brasil tem o mesmo significado de “urubu” em São Paulo.
( ) O R caipira é comum no Brasil e em Portugal.
( ) O uso de “a gente” teve início no século XIX.
( ) A mistura dos pronomes de tratamento foi encontrada em cartas do século XVIII.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2519305 Ano: 2016
Disciplina: Engenharia Ambiental e Sanitária
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Diversos tipos de unidades filtrantes têm sido empregados na clarificação de águas de abastecimento. Essas unidades podem ser classificadas segundo a taxa de filtração e o sentido do escoamento. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2518637 Ano: 2016
Disciplina: Direito Ambiental
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
A realização de um estudo de impacto ambiental (EIA), independentemente do tipo de empreendimento a que se destina, deve seguir um roteiro que contemple um conjunto mínimo de etapas técnicas. A esse respeito e atendendo o preconizado pela Resolução Conama nº 01/1986, analise as afirmativas abaixo.
I. As etapas técnicas básicas de um EIA são o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto antes da sua implantação, a análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, a definição das medidas mitigadoras e a elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento.
II. O diagnóstico ambiental consiste na caracterização do meio físico e do meio biológico. Caracterizações de outros meios são opcionais.
III. A identificação e avaliação sistemática dos impactos ambientais não ultrapassa a fase de implantação do empreendimento.
IV. As medidas mitigadoras propostas são baseadas na previsão de eventos adversos potenciais destacados na fase de análise de impactos, tendo por objetivo a eliminação ou atenuação de tais eventos.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
2518164 Ano: 2016
Disciplina: Engenharia Ambiental e Sanitária
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase abaixo.
O tratamento biológico de esgotos biodegradáveis é mediado, principalmente, por microrganismos que são responsáveis por inúmeras reações bioquímicas, destacando-se:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas