Um grupo de professores do 6.º e 7.º ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal de Sorocaba, no horário de trabalho coletivo, cada qual apresentando seu entendimento, discute o encaminhamento a ser dado aos pedidos de reconsideração e aos recursos referentes aos resultados finais de avaliação.

Assinale a alternativa que apresenta o entendimento correto para encaminhar esses pedidos, tendo como referência a Deliberação CME n.º 1/2001, de 12.06.01.

Essas mudanças trazem em seu bojo novos paradigmas de compreensão dos homens, das culturas e do mundo, e se configuram de maneira similar nos diversos espaços do conhecimento. (...) A concepção de verdade iluminista, como algo existente e por ser apreendido, e seus corolários, perde espaço para epistemologias menos pretensiosas que, de uma perspectiva sociocultural, percebe indivíduos e práticas como construções discursivas, conferindo à linguagem e seus meandros importante papel na elaboração dos “fatos” - tanto na esfera da “produção” (de um texto, por exemplo) quanto na da recepção/interpretação.

(Pedro Paulo Funari e Glaydson José da Silva, Teoria da História)

Os “novos paradigmas” de que trata o texto estão associados ao

A dicotomia “preconceito versus cidadania” é uma questão que Aquino (1998) trata na obra Diferenças e preconceitos na escola. Segundo esse autor,

I. a escola é a antessala da democracia. Sem escola, nenhuma democracia poderá se sustentar;

II. se os educadores abandonarem os dilemas escolares em favor da polícia, do médico, do psicólogo, do advogado, a ideia da educação estará arruinada;

III. aquele que desacreditar que a escola possa tornar as pessoas melhores, não pode ser educador;

IV. o horror social em relação à violência nas escolas mostra que para a sociedade pode existir violência em todos os lugares, exceto na escola.

Está correto o contido em

A implantação das licenciaturas curtas expressa a dimensão econômica, da educação encarada como investimento, geradora de mercadoria (conhecimentos) e mão de obra para o mercado. O papel dos custos de licenciatura curta atendia à lógica do mercado: habilitar um grande número de professores da forma mais viável economicamente – cursos rápidos e baratos, cuja manutenção exigisse poucos investimentos. Esse fato fez com que tais cursos proliferassem em grande número em instituições de ensino privado, uma vez que se tornaram grandes fontes de lucros para empresas educacionais.

(FONSECA, Selva G. Didática e Prática de Ensino de História. pp.19-20)

O fragmento aborda fato relacionado ao contexto político brasileiro

Teria havido uma cisão em tempos remotos entre uma África branca com características mais próximas das ocidentais, mediterrâneas e uma África negra que se ignoravam mutuamente porque, separadas pelo deserto do Saara, ficavam impedidas de qualquer comunicação.

(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula)

O discurso político-ideológico europeu que separava o continente africano em “África branca” e “África negra” provou-se falso, pois, entre outros fatores,

Os grupos anarquistas que lideravam, nas primeiras décadas do século passado, os movimentos operários em suas lutas por direitos trabalhistas criaram, em várias cidades, as Escolas Modernas, inspiradas na pedagogia do espanhol Francisco Ferrer y Guardia (...).

(BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de História – fundamentos e métodos. pp. 65-66)

Partindo do fragmento, está correto afirmar que, nas escolas mencionadas, o ensino de História, dentre outros aspectos, voltava-se

“A partir de 1830, já não é mais história”, dizia-nos um de nossos professores de liceu, que era muito velho quando eu era muito jovem: “é política”. Não diríamos mais hoje “a partir de 1830” (...) nem “é política”. Antes, num tom respeitoso: “é sociologia”; ou, com menos consideração, “jornalismo”. Muitos, porém, repetiriam de bom grado: a partir de 1914 ou 1940, não é mais história. Sem, aliás, entenderem-se muito bem sobre os motivos desse ostracismo.

(BLOCH, Marc. Apologia da História ou ofício do historiador. p. 61)

O trecho discute

Daiana, de 10 anos, é aluna do 3.º ano do Ensino Fundamental. Apresenta defasagem idade-série, uma vez que sua mãe a matriculou no 1.º ano após a idade prevista em lei. É uma criança miúda, desatenta, indisciplinada. Frequentemente recusa-se a fazer as tarefas passadas pela professora. Não raro, agride oral ou fisicamente seus colegas e emprega palavras de baixo calão. Quando a situação fica difícil demais, sem saber como agir, a professora a envia para a Diretoria. Certa manhã, Daiana chegou atrasada, como é seu costume, mas sentou-se em sua carteira, quieta, sem molestar os colegas ou tomar alguma atitude para “aparecer”, como é o usual. Estranhando o comportamento de Daiana, a professora chegou-se a ela e percebeu que seus cabelos soltos escondiam hematomas na face. Levou-a para a Diretoria e lá verificaram que a blusa de mangas compridas também encobria marcas de espancamento. A diretora e a professora tomaram consciência de que o caso era grave e que era necessário agir conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/90. Assinale qual das ações a seguir corresponde ao que dispõem os artigos 13 e 56 do ECA em relação à situação considerada.

Após a 1.ª Guerra Mundial, é dada ênfase a tudo o que une os americanos na história dos EUA, principalmente àquilo que forjara a Nação. Os conflitos do passado são minimizados, mesmo a Guerra de Secessão; insiste-se em suas consequências desastrosas mais do que sobre suas causas.

(Marc Ferro, A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. Adaptado)

Retomar as causas da Guerra de Secessão poderia expor uma história permeada por conflitos e tensões sociais ao

Entre as marcas do breve mandato de Jânio Quadros como presidente está