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Foram encontradas 50 questões.

1287650 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

A volta da letra bonita

Nossas histórias têm caligrafia própria. A forma da letra nos identifica, por isso a treinamos, buscando uma imagem ideal, como quando fazemos caras e bocas no espelho.

Quer escrevamos em garranchos de médico, em estudada letra de professor, em sofridos traços de quem teve pouca escola ou em estilosas maiúsculas de arquiteto, há uma razão de ser na estética, tamanho e cadência do que colocamos no papel.

Não é à toa que existem grafólogos, que sabem ler a linguagem do traço. A assinatura, com a qual emprestamos valor e seriedade a tanta coisa, nos sintetiza.

Aos nove anos, passei a usar o sobrenome do meu padrasto. Era algo que desejava, portanto preparei-me com pompa para a nova assinatura.

Sem determinação consciente, mudei de letra e nunca mais escrevi em cursiva. Imitei o traçado dos cadernos artísticos de uma colega que admirava - aliás, ela virou arquiteta. Sempre quis que meus caóticos e borrados cadernos escolares parecessem algo melhor, mas na ocasião o que importava era sua escrita em maiúsculas.

Em inglês, chamam-nas de "letras capitais", como as cidades mais importantes, como a pena que ceifa uma vida, como um valor investido.

Maiúsculo, dizemos nós, nome superlativo, como esperava do que dali em diante se tornaria o meu.

Se hoje tento escrever em cursiva, volta-me a letra de criança de nove anos, retrato congelado daquela cuja vida abriu um novo parágrafo. Acho que, também sem querer, escolhi que as letras não fossem coladas. Era uma identidade nova, peças soltas que passarei a vida tentando juntar.

O escritor Fabrício Carpinejar também tem uma história de filiação através da letra. Ele era, como eu, um desastre de aluno. Quando informado pela mãe de que no dia seguinte teria de assinar sua primeira carteira de identidade, ficou apavorado.

Com urgência, treinou fazendo calcos dos autógrafos do seu já famoso pai. Sua primeira assinatura foi um plágio, uma apropriação, prenúncio da herança artística dos dois pais poetas, que mais adiante reivindicaria para si. "A letra do meu pai me deu colo", ele definiu. No meu caso, foram as maiúsculas que deram colo para meu novo pai.

Quando os teclados tomaram conta da escrita, os presságios para o futuro da capacidade de escrever à mão foram terríveis. Como tantos
apocalipses, este não se confirmou. Entre os mais jovens, virou mania a arte do lettering. Uma caligrafia esmerada, que compõe diários-agendas, nos quais compromissos, confissões e ideias espalham-se graciosamente por páginas que não vexariam um monge escriba. Nas tatuagens que contêm palavras com que nos revestimos para sempre, as formas, os tipos de letras usados fazem toda a diferença.

Chegamos até aqui como civilização escrevendo: documentando contabilidades, leis, memórias e ficções. Não posso afirmar que isso nos tornou boa gente, mas, se temos algum potencial para ser melhores, acredito que o cuidado com a escrita pode ajudar. A letra manuscrita é um ato de amor às palavras, e nesse caso as aparências não enganam.

Vê-la resgatada com tanta graça me enche de otimismo de que as coisas se transformam, mas o essencial talvez não se perca.

Fonte: CORSO, Diana. A volta da letra bonita. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, ano 56, 18 fev.
2019. Colunistas, p.31.

Para responder à questão, considere inicialmente o quadro a seguir, elaborado com informações da obra Nova Gramática do Português Contemporâneo (2001), de Celso Cunha e Lindley Cintra.

Radical

Sentido

cali

belo

grafo

que escreve

grafia

descrição, escrita

logo

que fala ou trata

Analisando as palavras caligrafia e grafólogos, percebe-se que

I - dois radicais contribuíram para a formação de cada substantivo.

II - apenas um substantivo expressa a ideia de agentividade.

III - o radical cali- estabelece pelo sentido uma relação de sinonímia com garranchos.

Está(ão) correta(s)

 

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1287480 Ano: 2019
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

Considerando as previsões contidas na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, assinale a alternativa INCORRETA.

 

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1286647 Ano: 2019
Disciplina: Ética na Administração Pública
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

Considerando o que dispõe o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, conhecido como Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, assinale a alternativa correta.

 

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1286627 Ano: 2019
Disciplina: Fisioterapia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Em uma UTI Neonatal, o posicionamento dos bebês pode auxiliar na respiração, minimizar deformidades posturais e promover a estabilidade fisiológica.

É de suma importância que o fisioterapeuta, assim como os demais integrantes da equipe, tenham conhecimento dos princípios gerais deste posicionamento.

Tais princípios estão apresentados nas alternativas a seguir, EXCETO

 

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1286476 Ano: 2019
Disciplina: Fisioterapia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Quais os principais objetivos da fisioterapia no pós-operatório imediato de mastectomia total?

 

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1286224 Ano: 2019
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

A Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, dispõe sobre a participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração pública.

Com base no que dispõe a referida legislação, é correto afirmar

 

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1286183 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

A volta da letra bonita

Nossas histórias têm caligrafia própria. A forma da letra nos identifica, por isso a treinamos, buscando uma imagem ideal, como quando fazemos caras e bocas no espelho.

Quer escrevamos em garranchos de médico, em estudada letra de professor, em sofridos traços de quem teve pouca escola ou em estilosas maiúsculas de arquiteto, há uma razão de ser na estética, tamanho e cadência do que colocamos no papel.

Não é à toa que existem grafólogos, que sabem ler a linguagem do traço. A assinatura, com a qual emprestamos valor e seriedade a tanta coisa, nos sintetiza.

Aos nove anos, passei a usar o sobrenome do meu padrasto. Era algo que desejava, portanto preparei-me com pompa para a nova assinatura.

Sem determinação consciente, mudei de letra e nunca mais escrevi em cursiva. Imitei o traçado dos cadernos artísticos de uma colega que admirava - aliás, ela virou arquiteta. Sempre quis que meus caóticos e borrados cadernos escolares parecessem algo melhor, mas na ocasião o que importava era sua escrita em maiúsculas.

Em inglês, chamam-nas de "letras capitais", como as cidades mais importantes, como a pena que ceifa uma vida, como um valor investido.

Maiúsculo, dizemos nós, nome superlativo, como esperava do que dali em diante se tornaria o meu.

Se hoje tento escrever em cursiva, volta-me a letra de criança de nove anos, retrato congelado daquela cuja vida abriu um novo parágrafo. Acho que, também sem querer, escolhi que as letras não fossem coladas. Era uma identidade nova, peças soltas que passarei a vida tentando juntar.

O escritor Fabrício Carpinejar também tem uma história de filiação através da letra. Ele era, como eu, um desastre de aluno. Quando informado pela mãe de que no dia seguinte teria de assinar sua primeira carteira de identidade, ficou apavorado.

Com urgência, treinou fazendo calcos dos autógrafos do seu já famoso pai. Sua primeira assinatura foi um plágio, uma apropriação, prenúncio da herança artística dos dois pais poetas, que mais adiante reivindicaria para si. "A letra do meu pai me deu colo", ele definiu. No meu caso, foram as maiúsculas que deram colo para meu novo pai.

Quando os teclados tomaram conta da escrita, os presságios para o futuro da capacidade de escrever à mão foram terríveis. Como tantos
apocalipses, este não se confirmou. Entre os mais jovens, virou mania a arte do lettering. Uma caligrafia esmerada, que compõe diários-agendas, nos quais compromissos, confissões e ideias espalham-se graciosamente por páginas que não vexariam um monge escriba. Nas tatuagens que contêm palavras com que nos revestimos para sempre, as formas, os tipos de letras usados fazem toda a diferença.

Chegamos até aqui como civilização escrevendo: documentando contabilidades, leis, memórias e ficções. Não posso afirmar que isso nos tornou boa gente, mas, se temos algum potencial para ser melhores, acredito que o cuidado com a escrita pode ajudar. A letra manuscrita é um ato de amor às palavras, e nesse caso as aparências não enganam.

Vê-la resgatada com tanta graça me enche de otimismo de que as coisas se transformam, mas o essencial talvez não se perca.

Fonte: CORSO, Diana. A volta da letra bonita. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, ano 56, 18 fev.
2019. Colunistas, p.31.

Analise as afirmativas sobre o uso do ponto final na linha do texto e possíveis alternativas para esse emprego.

I - Quanto à expressividade, o ponto final é um recurso de ênfase pois, através da fragmentação e da pausa, chama-se a atenção para esclarecimentos sobre um estrangeirismo.

II - Quanto à norma-padrão, o ponto final poderia ser substituído pela vírgula pois o aposto explicativo pode ser demarcado por esse sinal de pontuação.

III - Quanto ao caráter argumentativo, o ponto final poderia ser substituído por um travessão pois se quer destacar informações que podem ser desconhecidas do leitor.

Está(ão) correta(s)

 

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1286016 Ano: 2019
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: UFSM
Orgão: UFSM

Conforme prevê a Lei nº 12.527, de 2011, a informação em poder dos órgãos ou entidades públicas, observado o seu teor, poderá ser classificada como

 

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1285608 Ano: 2019
Disciplina: Fisioterapia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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C.S., mulher, com 76 anos foi submetida a artroplastia total de quadril, com prótese cimentada.

Encontra-se no 10º dia de pós-operatório.

Assinale a alternativa que apresenta a conduta fisioterapêutica correta neste caso.

 

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1285476 Ano: 2019
Disciplina: Fisioterapia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Qual a principal característica da hipertonia elástica?

 

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