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1332865 Ano: 2012
Disciplina: Serviço Social
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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Nas últimas décadas a área de saúde do trabalhador vem se apresentando como uma importante área de atuação do assistente social. O aspecto social e histórico do trabalho ganha relevância nos determinantes das condições de saúde do trabalhador pautados na compreensão e deciframento da realidade atual marcada pelo desmonte de direitos sociais, flexibilização das relações trabalhistas e precarização das condições de trabalho. (CFESS, 2010)
Sobre este tema é CORRETO afirmar que esta área de atuação profissional (saúde do trabalhador) requer ações de:
 

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1332516 Ano: 2012
Disciplina: Serviço Social
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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Identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas com relação à afirmação de Yolanda Guerra (2008) quanto aos instrumentos em Serviço Social.
( ) São considerados elementos potencializadores da ação.
( ) São elementos necessários à atuação técnica, por meio dos quais os assistentes sociais podem efetivamente objetivar suas finalidades.
( ) São elementos dinâmicos, devendo ser criados em consonância com as finalidades da ação profissional.
( ) São constitutivos do modo de ser da profissão.
( ) O conhecimento da técnica, em si, garante a competência profissional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

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1332132 Ano: 2012
Disciplina: Serviço Social
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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Identifique se as afirmativas abaixo, em relação à formação profissional, são verdadeiras (V) ou falsas (F).
Nas Diretrizes Gerais para os Cursos de Serviço Social definidas pela ABEPSS (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social), em 1996, o pressuposto central “é a permanente construção de conteúdos (teórico-ético-político-culturais) para a intervençãoprofissional nos processos sociais que estejam organizados de forma dinâmica, flexível, assegurando elevados padrões de qualidade na formação do assistente social.” A partir desta perspectiva, o projeto de formação profissional remete a um conjunto de conhecimentos indissociáveis (assumidos posteriormente pelas diretrizes do MEC), organizados em NÚCLEOS DE FUNDAMENTOS constitutivos da Formação Profissional, quais sejam:
( ) fundamentos sócio-históricos das ciências sociais.
( ) fundamentos teórico-metodológicos da vida social.
( ) fundamentos da particularidade da formação sócio-histórica da sociedade brasileira.
( ) fundamentos do trabalho profissional.
( ) fundamentos ético-políticos da categoria profissional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

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Texto 2
A mídia e o servidor público
Eliane de F. Boscardin
Talvez o maior ícone da mídia, tratando-se de serviço público, seja hoje A Grande Família. O protagonista, Lineu, é um servidor público "exemplar", segundo o senso comum da população brasileira. Não aceita propinas; não chega atrasado; não falta ao trabalho. Muito pelo contrário: vive o seu trabalho diariamente e, quem sabe, todas as horas do dia. De outro lado, o seu chefe é o "modelo comumente apresentado" de servidor público. É o próprio armador das "maracutaias"; o exemplo de como se utilizar do Estado para lucrar e tirar algum; o estereotipado "esperto" que mora em um luxuoso apartamento com banheira de hidromassagem. Lima Barreto não poupou o servidor público de suas radicais e irreverentes crônicas. Em “O Trem de Subúrbios”, de 1921, Lima escreve:
O tal cidadão, que fala tão imponentemente de importantes questões administrativas, é quase um analfabeto. O que fez ele? Arranjou servir adido à repartição que cobiçava, deixando o lugar obscuro que ocupava, numa repartição obscura do mesmo ministério. Tinha fortes pistolões e obteve. O diretor, que possuía também um candidato, para a mesma causa, aproveitou a vaza e colocou de igual forma o seu. Há um fim de ano de complacências parlamentares e todos eles arrancam do Congresso uma autorização, na cauda do orçamento, aumentando os lugares, na tal repartição cobiçada, e mandando também aproveitar os 'adidos'. Está aí a importância do homenzinho que não cessa de falar como um orador.
Lima parece nos falar de hoje. A imponência do cidadão, um burocrata que não respeita os outros trabalhadores e se aproveita do cargo que possui em repartições públicas para "se dar bem". Não precisa ser corrupto; contudo, se for, tem de fazer algo para equivaler à corrupção herdada pela própria sociedade.
Porém, esse não é nem o caso do "homenzinho" de Lima Barreto. É apenas um "burocrata", que beira a imbecilidade que, não por meio do mérito, mas sim por meio das relações pessoais (amizade, família ou sexo) ou do "jogo sujo da politicagem", conseguiu galgar um espaço no serviço público.
Foi em 1951/52 que Armando Cavalcanti e Klécios Caldas escreveram Maria Candelária, que obteve um sucesso notável graças ao embalo desse "hit carnavalesco" e por sua letra que atingia, em cheio, o imaginário do povo da capital:
Maria Candelária / É alta funcionária,
Saltou de pára-quedas, / Caiu na letra O, oh, oh, oh, oh,
Começa ao meio-dia, / Coitada da Maria,
Trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó, oh, oh, oh, oh,
À uma vai ao dentista, /Às duas vai ao café, /Às três vai ao modista,
Às quatro assina o ponto e dá no pé, / Que grande vigarista que ela é.
Crítica, "zombeteira", "malandra". Irônica, a letra mostra a funcionária pública "padrão". Uma funcionária que nunca trabalha, vigarista, que está sempre nos "trinques" da moda para, provavelmente, manter seu trabalho que não exige competência. Isso acaba passando uma ideia de que servidor não é trabalhador.
Durante as últimas décadas, o Servidor Público tem sido alvo, por parte da mídia, de um processo deliberado de formação de uma caricatura, que transformou sua imagem no estereótipo do cidadão que trabalha pouco, ganha muito, não pode ser demitido e é invariavelmente malandro e corrupto. Por isso é que ainda existe o preconceito em relação ao servidor público.
Ao longo desses vinte e sete anos conheci muitos servidores. Admito que alguns realmente representam a figura do cidadão que trabalha pouco, porém estes fazem parte de uma minoria. A maioria dos servidores que conheço exerce com zelo as atribuições do cargo, bem como, observam as normas legais e regulamentares, cumprem a carga horária e as ordens de seus superiores. Para os servidores que não cumprem seus deveres, a Lei 8.112/90 prevê as devidas punições e até demissão.
Após a Constituição de 1988 nasceu um "novo servidor", que convive, em muitos casos, com o "velho servidor", aquele que não tem consciência da dimensão pública que sua tarefa possui, qualquer que seja ela. O novo servidor é aquele conectado com o ideal público presente no texto constitucional atual e tem a sua escolha determinada exclusivamente pelo mérito que demonstrou em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Disponível em http://www.artigonal.com/carreira-
artigos/servidor-publico-um-enfoque-para-a-atualidade- 3900940.html. Acesso em 29 de fevereiro de 2012. [adaptado]
De acordo com o texto 2, é CORRETO afirmar que:
 

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1331800 Ano: 2012
Disciplina: Serviço Social
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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Na atualidade constata-se o engajamento político dos assistentes sociais na conquista de espaço profissional na política educacional até então relegada a práticas baseadas numa concepção reducionista de educação. No avanço das discussões, tem-se uma concepção de educação pautada na compreensão da totalidade e na dinâmica histórica que requer entender o estudante num contexto mais amplo. No fortalecimento de discussões do Serviço Social na educação foi elaborado pelo GT de Educação do CFESS (Conselho Federal de Serviço Social) o documento “Subsídios para o Debate sobre o Serviço Social na Educação” que traz elementos importantes para se pensar na atuação do assistente social na política de educação. Com base no referido documento assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas abaixo:
“As reflexões sobre a atuação do/a assistente social no campo educacional devem, portanto, articular o acúmulo ———— do Serviço Social em relação ao campo das ———— previstas na Lei de Regulamentação da Profissão com as particularidades da política educacional”.
 

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1331799 Ano: 2012
Disciplina: Segurança e Saúde no Trabalho (SST)
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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A partir de 2007 foi instituído no âmbito da administração pública federal a necessidade de construção da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Federal – PASS, pautada em um sistema de informação em saúde, em uma base legal constituída, em uma rede de unidades e serviços. Este movimento culminou na criação do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor – SIASS, regulamentado pelo Decreto n. 6.833, de 29 de abril de 2009.
Sobre os desafios postos ao profissional de Serviço Social frente às demandas e exigências trazidas pelo SIASS analise as afirmativas abaixo.
I. Em relação a sua organização, o SIASS resulta da implantação de unidades formalizadas por Acordos Técnicos de Cooperação entre os órgãos partícipes, os quais requerem acontrapartida de todos. Entende-se que as demandas colocadas aos profissionais de Serviço Social serão ampliadas, tendo em vista que o SIASS traz ações na direção de atender servidores de todos os órgãos, o que requer do(a) assistente social conhecimento da realidade de cada instituição que compõe as unidades SIASS e suas particularidades a fim de propor ações pautadas na realidade de cada órgão.
II. O SIASS tem por objetivo coordenar e integrar ações e programas nas áreas de assistência à saúde, perícia oficial, promoção, prevenção e acompanhamento da saúde dos servidores, de acordo com uma política de atenção à saúde e segurança do trabalho do servidor público federal. Com base nos objetivos trazidos pelo SIASS é possível afirmar que cabe ao assistente social trabalhar na implementação de projetos de promoção à saúde na ótica dos direitos do cidadão.
III. O SIASS traz a imprescindível necessidade de trabalho em equipe multiprofissional a fim de se valorizar a participação de várias áreas na construção da política de atenção à saúde do servidor numa concepção ampliada, garantindo as competências de cada área e os preceitos profissionais expressos pelo projeto ético-político do Serviço Social.
IV. O SIASS traz para o assistente social o desafio de entender a dinâmica que o compõe, para o deciframento dos aspectos que envolvem este Subsistema, buscando do profissional a análise crítica para entender os dilemas e limites colocados na realidade e reconhecer as possibilidades de se avançar em propostas que contribuam para a implementação de ações que caminhem na direção da garantia de uma política de atenção à saúde do trabalhador pautada nos princípios do SUS e nos eixos de promoção e prevenção à saúde.
V. A inserção do assistente social na equipe de saúde que compõe o SIASS requer que este profissional extrapole as ações que definem o assistente social, nos termos de Netto (2009), como executor terminal de políticas sociais, para contribuir também no planejamento e em comissões/grupos de trabalho que construam coletivamente propostas de ações referentes à saúde do trabalhador.
VI. Ao analisar o SIASS, entende-se que este foi colocado de forma autoritária ao assistente social e, por isso, cabe ao profissional abandonar esta proposta de trabalho migrando para outra área de atuação, a fim de garantir um posicionamento crítico diante das demandas institucionais.
Assinale a alternativa CORRETA
 

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Texto 1
A história do servidor público
Eliane de F. Boscardin
Na Roma Antiga, os Servidores do Estado, os que fundamentalmente, pelas qualidades morais, representavam a Polis (cidade), eram investidos de certa autoridade. Tal condição, compreensivelmente, produzia a cobiça e a inveja dos não eleitos, quer pelo reconhecimento social conquistado, quer pelos inerentes privilégios dela decorrentes. No Brasil, o funcionário público fez-se presente desde seu descobrimento. Pero Vaz de Caminha, os Governadores Gerais e os juízes são exemplos de funcionários públicos.
O serviço público no Brasil expandiu-se em 1808, com a chegada de D. João VI e sua família real, além das centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa que vieram com ele e se instalaram no Rio de Janeiro. A partir daí é que se iniciou o processo de tomada de consciência da importância do trabalho administrativo, diante da necessidade de promover o desenvolvimento da então colônia, de acordo com a diplomacia real.
Proclamada a independência, o Brasil virou império, depois república e, ao longo da história política do país, sempre estavam presentes os funcionários públicos, ajudando a administrar a máquina que impulsiona o desenvolvimento da nação brasileira. É ao trabalhador da administração pública que compete executar as ações que movimentam os serviços básicos e essenciais de que necessitam os cidadãos em suas relações com o Estado Brasileiro. O Estado não pode, por exemplo, criar uma lei, quem o faz é o deputado, o vereador ou o senador; não pode recolher o lixo da rua, para isso precisa do lixeiro; não pode dar aulas, para isso precisa do professor e assim por diante. Em termos gerais, portanto, o funcionário público é aquele profissional que trabalha diretamente para o governo federal, estadual ou municipal.
Um dos primeiros documentos consolidando as normas referentes aos funcionários públicos foi o Decreto 1.713, de 28 de outubro de 1939. Por esse motivo, no ano de 1943, o Presidente Getúlio Vargas instituiu o dia 28 de outubro como o Dia do Funcionário Público. Em 11 de dezembro de 1990, veio a Lei 8.112, que alterou grande parte das disposições do Decreto-Lei 1.713/39, substituiu o termo funcionário público por servidor público e passou a ser considerado o novo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União. Esta lei inovou por englobar os também Servidores Públicos Civis das autarquias e das fundações públicas federais, entes pertencentes à administração pública indireta, mas que realizam atividades típicas da administração, prestando serviços públicos.
Apesar das inovações trazidas pela Lei 8.112/90, os direitos e deveres dos servidores públicos estão definidos e estabelecidos na Constituição Federal de 1988, a partir do artigo 39. Constam, ainda, nos estatutos das entidades para as quais trabalham.
A partir de 1990 o país começou a implementar políticas de ajuste e reestruturação do setor público. Esta reestruturação resultou em medidas restritivas sobre o emprego público, especialmente em nível federal, com as demissões de funcionários públicos não estáveis, a limitação de novas contratações, o incentivo à aposentadoria, a terceirização de serviços, o plano de demissão voluntária. Todas essas medidas, aparentemente, tinham como objetivo a contenção de despesas e a "moralização"(C) do setor público, mas vale observar que os cortes indiscriminados de pessoal resultaram em prejuízo para a execução de atividades-fim como educação e saúde, o que consequentemente interferiu na qualidade dos serviços públicos essenciais prestados à população.
Disponível em http://www.artigonal.com/carreira-artigos/
servidor-publico-um-enfoque-para-a-atualidade- 3900940.html. Acesso em 29 de fevereiro de 2012. [adaptado]
De acordo com o texto 1, é CORRETO afirmar que:
 

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1330987 Ano: 2012
Disciplina: Direito Educacional e Tecnológico
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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O Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, instituído pelo Decreto n. 7.234, de 19 de julho de 2010, é um programa executado pelo Ministério da Educação que tem como finalidade ampliar as condições de permanência na educação superior pública federal. Sobre o PNAES e sua relação com a atuação do assistente social no campo da educação, analise as afirmativas abaixo.
I. O PNAES confere ao assistente social, na área da educação, uma atuação vinculada aos direitos de permanência no espaço educacional, trazendo ao profissional o desafio de manter uma postura crítica e comprometida com as demandas socioassistenciais apresentadas pelos estudantes, que devem ser trabalhadas na perspectiva dos direitos sociais.
II. As ações de assistência estudantil devem ser desenvolvidas em áreas como: moradia estudantil, alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, apoio pedagógico, acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência.
III. As ações de assistência estudantil não fazem parte das políticas sociais e por isso sua implementação e execução não constituem competência do assistente social conforme a Lei de Regulamentação da Profissão – Lei n. 8.662/1993.
IV. Com base na Lei de Regulamentação da Profissão do Assistente Social e nas ações decorrentes do Programa Nacional de Assistência Estudantil entende-se que são competências do profissional de Serviço Social no PNAES: elaborar, implementar, executar e avaliar a referida política junto à administração pública; encaminhar providências e prestar orientação social aos estudantes que dela fazem parte; planejar, organizar e administrar os benefícios decorrentes da política, como alimentação e moradia estudantil; realizar estudos socioeconômicos com os estudantes para fins de benefícios e serviços sociais.
V. A Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS traz no parágrafo único artigo 2° que “[...] a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais.” As ações decorrentes do PNAES não são compatíveis com o que aborda a LOAS quando esta se refere à necessidade da Assistência Social manter ações integradas com outras políticas, pois a política educacional faz parte do arcabouço de responsabilidades do Ministério da Educação e, por isso, não cabe ao profissional de Serviço Social atuar nesta área.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

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Texto 2
A mídia e o servidor público
Eliane de F. Boscardin
Talvez o maior ícone da mídia, tratando-se de serviço público, seja hoje A Grande Família. O protagonista, Lineu, é um servidor público "exemplar", segundo o senso comum da população brasileira. Não aceita propinas; não chega atrasado; não falta ao trabalho. Muito pelo contrário: vive o seu trabalho diariamente e, quem sabe, todas as horas do dia. De outro lado, o seu chefe é o "modelo comumente apresentado" de servidor público. É o próprio armador das "maracutaias"; o exemplo de como se utilizar do Estado para lucrar e tirar algum; o estereotipado "esperto" que mora em um luxuoso apartamento com banheira de hidromassagem. Lima Barreto não poupou o servidor público de suas radicais e irreverentes crônicas. Em “O Trem de Subúrbios”, de 1921, Lima escreve:
O tal cidadão, que fala tão imponentemente de importantes questões administrativas, é quase um analfabeto. O que fez ele? Arranjou servir adido à repartição que cobiçava, deixando o lugar obscuro que ocupava, numa repartição obscura do mesmo ministério. Tinha fortes pistolões e obteve. O diretor, que possuía também um candidato, para a mesma causa, aproveitou a vaza e colocou de igual forma o seu. Há um fim de ano de complacências parlamentares e todos eles arrancam do Congresso uma autorização, na cauda do orçamento, aumentando os lugares, na tal repartição cobiçada, e mandando também aproveitar os 'adidos'. Está aí a importância do homenzinho que não cessa de falar como um orador.
Lima parece nos falar de hoje. A imponência do cidadão, um burocrata que não respeita os outros trabalhadores e se aproveita do cargo que possui em repartições públicas para "se dar bem". Não precisa ser corrupto; contudo, se for, tem de fazer algo para equivaler à corrupção herdada pela própria sociedade.
Porém, esse não é nem o caso do "homenzinho" de Lima Barreto. É apenas um "burocrata", que beira a imbecilidade que, não por meio do mérito, mas sim por meio das relações pessoais (amizade, família ou sexo) ou do "jogo sujo da politicagem", conseguiu galgar um espaço no serviço público.
Foi em 1951/52 que Armando Cavalcanti e Klécios Caldas escreveram Maria Candelária, que obteve um sucesso notável graças ao embalo desse "hit carnavalesco" e por sua letra que atingia, em cheio, o imaginário do povo da capital:
Maria Candelária / É alta funcionária,
Saltou de pára-quedas, / Caiu na letra O, oh, oh, oh, oh,
Começa ao meio-dia, / Coitada da Maria,
Trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó, oh, oh, oh, oh,
À uma vai ao dentista, /Às duas vai ao café, /Às três vai ao modista,
Às quatro assina o ponto e dá no pé, / Que grande vigarista que ela é.
Crítica, "zombeteira", "malandra". Irônica, a letra mostra a funcionária pública "padrão". Uma funcionária que nunca trabalha, vigarista, que está sempre nos "trinques" da moda para, provavelmente, manter seu trabalho que não exige competência. Isso acaba passando uma ideia de que servidor não é trabalhador.
Durante as últimas décadas, o Servidor Público tem sido alvo, por parte da mídia, de um processo deliberado de formação de uma caricatura, que transformou sua imagem no estereótipo do cidadão que trabalha pouco, ganha muito, não pode ser demitido e é invariavelmente malandro e corrupto. Por isso é que ainda existe o preconceito em relação ao servidor público.
Ao longo desses vinte e sete anos conheci muitos servidores. Admito que alguns realmente representam a figura do cidadão que trabalha pouco, porém estes fazem parte de uma minoria. A maioria dos servidores que conheço exerce com zelo as atribuições do cargo, bem como, observam as normas legais e regulamentares, cumprem a carga horária e as ordens de seus superiores. Para os servidores que não cumprem seus deveres, a Lei 8.112/90 prevê as devidas punições e até demissão.
Após a Constituição de 1988 nasceu um "novo servidor", que convive, em muitos casos, com o "velho servidor", aquele que não tem consciência da dimensão pública que sua tarefa possui, qualquer que seja ela. O novo servidor é aquele conectado com o ideal público presente no texto constitucional atual e tem a sua escolha determinada exclusivamente pelo mérito que demonstrou em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Disponível em http://www.artigonal.com/carreira-
artigos/servidor-publico-um-enfoque-para-a-atualidade- 3900940.html. Acesso em 29 de fevereiro de 2012. [adaptado]
Assinale a alternativa CORRETA que melhor resume o texto 2.
 

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Texto 1
A história do servidor público
Eliane de F. Boscardin
Na Roma Antiga, os Servidores do Estado, os que fundamentalmente, pelas qualidades morais, representavam a Polis (cidade), eram investidos de certa autoridade. Tal condição, compreensivelmente, produzia a cobiça e a inveja dos não eleitos, quer pelo reconhecimento social conquistado, quer pelos inerentes privilégios dela decorrentes. No Brasil, o funcionário público fez-se presente desde seu descobrimento. Pero Vaz de Caminha, os Governadores Gerais e os juízes são exemplos de funcionários públicos.
O serviço público no Brasil expandiu-se em 1808, com a chegada de D. João VI e sua família real, além das centenas de funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte portuguesa que vieram com ele e se instalaram no Rio de Janeiro. A partir daí é que se iniciou o processo de tomada de consciência da importância do trabalho administrativo, diante da necessidade de promover o desenvolvimento da então colônia, de acordo com a diplomacia real.
Proclamada a independência, o Brasil virou império, depois república e, ao longo da história política do país, sempre estavam presentes os funcionários públicos, ajudando a administrar a máquina que impulsiona o desenvolvimento da nação brasileira. É ao trabalhador da administração pública que compete executar as ações que movimentam os serviços básicos e essenciais de que necessitam os cidadãos em suas relações com o Estado Brasileiro. O Estado não pode, por exemplo, criar uma lei, quem o faz é o deputado, o vereador ou o senador; não pode recolher o lixo da rua, para isso precisa do lixeiro; não pode dar aulas, para isso precisa do professor e assim por diante. Em termos gerais, portanto, o funcionário público é aquele profissional que trabalha diretamente para o governo federal, estadual ou municipal.
Um dos primeiros documentos consolidando as normas referentes aos funcionários públicos foi o Decreto 1.713, de 28 de outubro de 1939. Por esse motivo, no ano de 1943, o Presidente Getúlio Vargas instituiu o dia 28 de outubro como o Dia do Funcionário Público. Em 11 de dezembro de 1990, veio a Lei 8.112, que alterou grande parte das disposições do Decreto-Lei 1.713/39, substituiu o termo funcionário público por servidor público e passou a ser considerado o novo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União. Esta lei inovou por englobar os também Servidores Públicos Civis das autarquias e das fundações públicas federais, entes pertencentes à administração pública indireta, mas que realizam atividades típicas da administração, prestando serviços públicos.
Apesar das inovações trazidas pela Lei 8.112/90, os direitos e deveres dos servidores públicos estão definidos e estabelecidos na Constituição Federal de 1988, a partir do artigo 39. Constam, ainda, nos estatutos das entidades para as quais trabalham.
A partir de 1990 o país começou a implementar políticas de ajuste e reestruturação do setor público. Esta reestruturação resultou em medidas restritivas sobre o emprego público, especialmente em nível federal, com as demissões de funcionários públicos não estáveis, a limitação de novas contratações, o incentivo à aposentadoria, a terceirização de serviços, o plano de demissão voluntária. Todas essas medidas, aparentemente, tinham como objetivo a contenção de despesas e a "moralização" do setor público, mas vale observar que os cortes indiscriminados de pessoal resultaram em prejuízo para a execução de atividades-fim como educação e saúde, o que consequentemente interferiu na qualidade dos serviços públicos essenciais prestados à população.
Disponível em http://www.artigonal.com/carreira-artigos/
servidor-publico-um-enfoque-para-a-atualidade- 3900940.html. Acesso em 29 de fevereiro de 2012. [adaptado]
Observe os fragmentos abaixo, adaptados do texto 1.
( ) Assim sendo, é sua a função de executar as ações que movimentam os serviços fundamentais de que necessitam os cidadãos em suas relações com o Estado Brasileiro.
( ) É aquele profissional que trabalha diretamente para o governo federal, estadual ou municipal.
( ) Dessa forma, não há como negar a importância do serviço público no desenvolvimento do país.
( ) Ele é o responsável pelo trabalho administrativo do Estado.
( ) Atividades como a criação de leis, o recolhimento do lixo nas ruas, a ministração de aulas não dependem do Estado, mas sim do servidor público.
Numere as frases acima de modo a criar um parágrafo coeso e coerente. Assinale a alternativa que representa essa numeração.
 

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