Foram encontradas 40 questões.
INSTRUÇÃO: Leia a charge a seguir para responder a questão.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
INSTRUÇÃO: Leia a charge a seguir para responder a questão.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
“Rapidamente, uma outra Ideia Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do Senado, defendendo a permanência das humanidades nas instituições de ensino superior públicas [...]”.
Assinale a alternativa em que a palavra destacada faz parte da mesma classe de palavras que “rapidamente”.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Analise a charge a seguir.
Considerando a crítica expressa pela charge e o texto lido, é correto afirmar que eles se relacionam por
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
TEXTO I
O “meme” original era um termo cunhado por Richard
Dawkins para descrever a maneira como informações
e tendências culturais se propagam. No entanto, a não
ser que você esteja lendo este artigo em uma faculdade
de sociologia (se estiver, tudo bem), sempre que alguém
usa a palavra “meme”, está se referindo a uma imagem
engraçadinha ou um vídeo divertido que foi compartilhado
nas redes sociais. Em geral, quando falamos em “meme”,
estamos nos referindo ao “meme da internet”, uma
subcategoria do conceito geral de memes.
[...]
Os memes de internet mais comuns são imagens macro
– fotos com uma legenda na fonte Impact, em negrito.
O texto geralmente é bem-humorado, ou sarcástico –
ou ambos.
Além deste formato básico, memes também podem
ser vídeos, GIFs, ditados, eventos ou quaisquer outras
coisas que possam ser copiadas ou levemente alteradas
para viralizar na internet.
Disponível em: <https://pt.wix.com/blog/2017/08/guiacompleto-o-que-sao-memes-e-como-usa-los-corretamente/>.
Acesso em: 29 jan. 2019 (Adaptação).
TEXTO II
Provas
Questão presente nas seguintes provas
A marcha do obscurantismo contra o
pensamento crítico
Por João Batista da Silveira
Chamou a atenção nos últimos dias e ganhou repercussão
nas redes sociais uma Ideia Legislativa sob consulta no
Portal e-Cidadania, do Senado Federal, que propõe
a extinção dos cursos de Humanas nas universidades
públicas. Como argumento, o autor da proposta alega
se tratarem de “cursos baratos que facilmente poderão
ser realizados em universidades privadas”, podendo ser
realizados “presencialmente e à distância em qualquer
outra instituição paga”, e que não é adequado “usar
dinheiro público e espaço direcionado a esses cursos
quando o país precisa de mais médicos e cientistas”.
A reação foi imediata. Rapidamente, uma outra Ideia
Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do
Senado, defendendo a permanência das humanidades
nas instituições de ensino superior públicas e a
necessidade de “acesso igualitário à educação em todos
os níveis de ensino”. Se a primeira “ideia” contava, na
manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios,
a segunda ultrapassou largamente os 20 mil necessários
(eram quase 46 mil apoios até a mesma manhã) para
ser transformada em Sugestão Legislativa e ser debatida
pelos senadores.
A proporção mostra que há um enfrentamento forte
à tentativa de solapar a formação crítica. No entanto,
a simples existência de 6 mil pessoas — ainda que
pareça pouco — dispostas, até a sexta-feira 13, a apoiar
a extinção dos cursos de Filosofia, História, Geografia,
Sociologia, Artes e Artes Cênicas nas universidades
públicas é sintomática e reflete um obscurantismo que,
se pela obviedade, tem mais dificuldade de prosperar
numa consulta desse tipo, em outras vertentes já se
impõe de forma sorrateira e perigosa.
É o que acontece, por exemplo, com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio,
apresentada pelo Ministério da Educação no último dia
3 de abril. Corroborando o que já havia sido aprovado
na Reforma do Ensino Médio, o texto da BNCC dilui as
disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia
— sim, as mesmas cujos cursos superiores são atacados
pela Ideia Legislativa que propõe seu fim — na ampla
área de ciências humanas e sociais aplicadas que se
constitui como um dos itinerários formativos (os outros
são linguagens, matemática, ciências da natureza e
formação técnica e profissional) que, segundo a proposta
do MEC, “deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino”.
Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de
linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante
todo o Ensino Médio, as outras sejam distribuídas ao
longo dos três anos a critério das redes de ensino,
permitindo que o estudante escolha seu percurso.
O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos
na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos
para a flexibilização da organização curricular desse
nível da educação básica, permitindo que o próprio
estudante faça sua opção.
A realidade, porém, é outra. Como se não bastasse o
fato de que essa estrutura representa um retrocesso em
relação à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 e à
concepção de uma educação propedêutica, que leve
a um nível mais profundo de aprendizagem, a própria
condição enunciada na BNCC – “conforme relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de
ensino” – abre brechas para que as disciplinas da grande
área de ciências humanas e sociais aplicadas sejam
cada vez menos ofertadas, sob justificativa previsível
e equivalente àquela usada na Ideia Legislativa contra
os cursos de humanas: a de que a “relevância para o
contexto local” é a formação técnica ou ligada às ciências
exatas e da natureza, privilegiadas na impossibilidade
financeira dos sistemas de ensino de ofertarem todos
os itinerários.
Com isso, pode-se alijar cada vez mais Filosofia,
Sociologia, História e Geografia das salas de aula, com
o claro objetivo de embotar a formação de pensamento
crítico.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/amarcha-do-obscurantismo-contra-o-pensamento-critico/>. Acesso em 25 jan. 2019.
Provas
Questão presente nas seguintes provas
Cadernos
Caderno Container