À diferença da educação familiar, a educação escolar é baseada em um sistema de explicação, que se articula pela distância entre aprender e compreender. Ranciére, pelas proposições do educador Joseph Jacotot (séc. XIX), critica o sistema educacional da seguinte forma:

A partir dos anos 70 há um deslocamento nas representações artísticas para novas categorias que se encontravam, até então, sem representatividade na história da arte. Essas novas categorias se referem à seguinte discussão:

Embora a prática educativa esteja presente nos museus brasileiros desde o século XIX, somente na segunda metade do século XX, mais especificamente, no fim da década de 80, ocorreu uma mudança de postura no enfoque metodológico dessas práticas. Aliada à questão política e ideológica que envolve não só o ensino da arte, mas também toda a educação no Brasil, essa mudança se refere à valorização do seguinte aspecto no ensino de arte:

Para definir, em linhas gerais, o projeto pedagógico “A cidade que mora em mim”, as arte-educadoras Moema Rebouças, Adriana Magro e Maria Nazareth Pirola explicitam como se desenvolveu a experiência com a leitura semiótica das obras infantis: “O que se propôs foi uma vivência da arte num espaço possível, o espaço escolar, mas não o fixado e estabelecido nas normas e disciplinas curriculares, mas composto no ato mesmo das ocupações nas oficinas de arte extraclasse”. O referido projeto tem o seguinte objetivo:

A elaboração de projetos culturais deve levar em consideração e promover a articulação com o projeto político pedagógico das ações educativas das instituições e locais onde o projeto será aplicado. Essa articulação deverá estar expressa na seguinte etapa de elaboração do projeto cultural:

No Brasil, entre as décadas de 60 e 70, o campo teórico da educação museal começa a se ampliar, embasado, especialmente, pelo movimento das escolinhas de arte iniciado por Augusto Rodrigues em 1948. Tal movimento, fundamentado na obra de Herbert Read intitulada A educação através da arte, tem como princípio uma concepção de educação:

O museu, enquanto instituição histórica e socialmente construída, é fruto de ações dos sujeitos em um processo de construção e reconstrução constante. Dentro dessa perspectiva, para atingir sua função pedagógica, o museu precisa pensar em uma produção própria, sem deixar de interagir com outras áreas de conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento sociocultural dos indivíduos e seu entorno. É nesse sentido que as ações educativas em museus devem ser desenvolvidas entre os seguintes eixos:

O termo “intermídia” designa procedimentos artísticos que utilizam a tecnologia computadorizada e que:

Apesar de sua grande extensão, existem elementos culturais e sociais comuns a toda a costa brasileira, oriundos, em grande parte, de influências semelhantes na sedimentação das bases socioculturais dos habitantes do litoral. Nos estados das regiões Sul e Sudeste ocorreram ainda duas particularidades: o deslocamento da sua população à medida que o povoamento avançou para o interior e:

Quando Erving Goffman reflete sobre o desconforto tanto do sujeito estigmatizado quanto dos sujeitos que com ele convivem, diferencia os conceitos de “normalização” e de “normificação”. O autor explicita que: “As pessoas que têm um estigma aceito fornecem um modelo de ‘normalização’ que mostra até que ponto podem chegar os normais quando tratam uma pessoa como se ela fosse um igual”. O sentido dado para o processo de “normalização” se refere: