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Foram encontradas 50 questões.

Conforme estabelece o artigo 92 do Estatuto dos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo, será concedido salário família ao servidor:
 

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O ponto culminante do Município de São Gonçalo é também uma das principais atrações turísticas da região. Trata-se do:

 

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2412261 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
SAUDADES DO VELHO E BOM GUTENBERG
A primeira informação veio, como sempre, da “Encyclopaedia Britannica”. Foi em meados da década de 1990. No tempo da internet por linha discada. Quando de Wikipedia nem se falava. E a “Britannica” disponível, datada de 1965, com 23 volumes encadernados em couro branco, virara trambolho para a nova geração que, em casa, começava a fazer pesquisa para o colégio ou a universidade.
A “Britannica” continua na estante. Alíás, nunca ficou tanto tempo na estante, sem uso. Entra ano, sai ano, e ninguém se arrisca a dedilhar seu papel-bíblia, à cata de verbetes como, por exemplo, o do “computador”. Ou melhor, das “computing machines”, como diz a página 245 do 6º volume. Eram artefatos reservados aos laboratórios ou grandes corporações. Pareciam fadados a ser para sempre “instalações de grande porte, custando de algumas dezenas a muitas centenas de milhares de dólares”. Pechincha, nesse mercado, era engenhoca de dez mil dólares.
Não dava mais para deixar aquele manual de anacronismo ao alcance de adolescentes. E uma “Britannica” nova, último modelo, andava por volta de 800 dólares. Mas a própria página dos editores na internet anunciava sua versão integral em CD, por 60 e poucos dólares. Por uns trocados mensais ganhava-se acesso por senha aos arquivos da “Britannica”, incluindo os anuários de atualização ainda no forno.
Veio o CD. Foi uma traição ao livro. E a cinco séculos de costumes lastreados nos tipos móveis de Gutenberg. E logo depois sairia aqui o primeiro “Aurélio” eletrônico. Tinha, sobre o dicionário original, o trunfo inigualável da “pesquisa inversa”. Escrevendo-se na lacuna de busca as palavras-chave de uma definição qualquer, lá ia o “Aurélio” procurar o verbete.
Era um recurso inédito, quase um brinquedo. Mas veio resolver problemas nem sequer imaginados por dicionários convencionais. Como a busca de palavras para “vento frio”, que trouxe à tona por acaso, do fundo das lendas amazônicas, uma tal de Cruviana. E para que serve a Cruviana? No caso, serviu para não fazer de bobo num garimpo de diamantes, na fronteira com a Guiana.
Ali só se dormia em rede, armada ao relento, sob um pedaço de plástico. Na hora de instalar o hóspede na beira do mato, o anfitrião advertiu: Cuidado, que de noite a Cruviana pode morder”. A que o forasteiro retrucou, como se não tivesse feito outra coisa na vida além de dormir ao ar livre nos cafundós de Roraima: Vai esfriar?
Dito isso, adormeceu no aconchego de saber que o dono do garimpo jamais iria adivinhar que sua intimidade com a selva bruta vinha do “Aurélio”, instalado semana antes em seu notebook. Quer dizer, seu laptop, que era mais ou menos a mesma coisa, mas ainda não se chamava, em bom português, notebook.
Hoje cada vez mais livros se abrem primeiro no iPad e outros tabletes da vida. Papel, só na falta de edição virtual. E nenhum sinal de que o livro piscou para o rival foi tão claro quanto a estreia na Europa do librinno. Trata-se de um livro como os outros. Só que imita, no formato e até no jeito de empunhar, um tablete. Com ele, acaba a época em que os tabletes imitavam os livros tradicionais. E há librinnos em listas de best-sellers. São um perigo.
(Marcos Sá Correa, Revista Isto é, 19 de janeiro de 2011, com adaptações)
A pergunta “Vai esfriar?” é reveladora de que o forasteiro era pessoa:
 

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Leia o texto a seguir e responda à questão.
POR QUE O BRASILEIRO COMPRA LIVROS, MAS NÃO LÊ
Dos grandes autores, Saramago foi o mais comprado no ano que termina. Mas não terá sido o mais lido – Faulkner, Guimarães Rosa, Euclides da Cunha também tiveram mais compradores que leitores. Por quê? São autores difíceis. Difíceis em quê? Eles propõem problemas aos leitores, a começar pelo problema da forma. O leitor médio brasileiro só alcança o nível dos autores de entretenimento puro, de autoajuda ou curiosidades. Não o constato para me vangloriar, pois a cultura intelectual não confere em si qualquer superioridade.
E por que a maioria dos brasileiros compradores de livros não consegue ler autores “de proposta”, que nos fazem estranhar a realidade, usando para isso alguma criatividade formal? A primeira resposta é óbvia: o nível da educação brasileira é baixo. Assim continuará nas próximas décadas, se não reformarmos o ensino.
Uma segunda resposta é que a filosofia morreu. Filosofia, como sabe o leitor, tem muitas acepções. A mais elementar é a de sabedoria. Uma acepção mais elevada é a disciplinar, sinônima de história da filosofia: sucessão de escolas, grandes pensadores e sistemas de pensamento que nos empurravam no antigo colegial. Nesses dois sentidos, a filosofia continuará viva por muito tempo. Mas não é em qualquer deles que falo ao dizer que a filosofia morreu; e sua morte é uma razão de os leitores brasileiros não conseguirem curtir autores como Saramago. É na acepção seguinte.
A filosofia que morreu foi a arte de interpelar o mundo, a começar por si mesmo, elaborando narrativas críticas da vida. Uma crença das últimas gerações é a do presente contínuo: passado e futuro, experiência e projeto, fundamento e destino, não servem para nada. Não o constato com saudade do tempo em que as humanidades entupiam os currículos; não há nada no passado que deva ser trazido de volta.
Saramago vendeu muito, mas foi pouco lido. O português é um autor filosófico. Cada um dos seus romances propõe, sem resolver, um problema, a começar pela forma com que nos apresenta suas interpelações. É um autor difícil. Nós é que de uns anos para cá ficamos fáceis.
(Joel Rufino dos Santos, Revista Época, 28 de dezembro de 2010, com adaptações)
Segundo o autor, a filosofia que morreu foi aquela que:
 

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2411574 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
SAUDADES DO VELHO E BOM GUTENBERG
A primeira informação veio, como sempre, da “Encyclopaedia Britannica”. Foi em meados da década de 1990. No tempo da internet por linha discada. Quando de Wikipedia nem se falava. E a “Britannica” disponível, datada de 1965, com 23 volumes encadernados em couro branco, virara trambolho para a nova geração que, em casa, começava a fazer pesquisa para o colégio ou a universidade.
A “Britannica” continua na estante. Alíás, nunca ficou tanto tempo na estante, sem uso. Entra ano, sai ano, e ninguém se arrisca a dedilhar seu papel-bíblia, à cata de verbetes como, por exemplo, o do “computador”. Ou melhor, das “computing machines”, como diz a página 245 do 6º volume. Eram artefatos reservados aos laboratórios ou grandes corporações. Pareciam fadados a ser para sempre “instalações de grande porte, custando de algumas dezenas a muitas centenas de milhares de dólares”. Pechincha, nesse mercado, era engenhoca de dez mil dólares.
Não dava mais para deixar aquele manual de anacronismo ao alcance de adolescentes. E uma “Britannica” nova, último modelo, andava por volta de 800 dólares. Mas a própria página dos editores na internet anunciava sua versão integral em CD, por 60 e poucos dólares. Por uns trocados mensais ganhava-se acesso por senha aos arquivos da “Britannica”, incluindo os anuários de atualização ainda no forno.
Veio o CD. Foi uma traição ao livro. E a cinco séculos de costumes lastreados nos tipos móveis de Gutenberg. E logo depois sairia aqui o primeiro “Aurélio” eletrônico. Tinha, sobre o dicionário original, o trunfo inigualável da “pesquisa inversa”. Escrevendo-se na lacuna de busca as palavras-chave de uma definição qualquer, lá ia o “Aurélio” procurar o verbete.
Era um recurso inédito, quase um brinquedo. Mas veio resolver problemas nem sequer imaginados por dicionários convencionais. Como a busca de palavras para “vento frio”, que trouxe à tona por acaso, do fundo das lendas amazônicas, uma tal de Cruviana. E para que serve a Cruviana? No caso, serviu para não fazer de bobo num garimpo de diamantes, na fronteira com a Guiana.
Ali só se dormia em rede, armada ao relento, sob um pedaço de plástico. Na hora de instalar o hóspede na beira do mato, o anfitrião advertiu: Cuidado, que de noite a Cruviana pode morder”. A que o forasteiro retrucou, como se não tivesse feito outra coisa na vida além de dormir ao ar livre nos cafundós de Roraima: Vai esfriar?
Dito isso, adormeceu no aconchego de saber que o dono do garimpo jamais iria adivinhar que sua intimidade com a selva bruta vinha do “Aurélio”, instalado semana antes em seu notebook. Quer dizer, seu laptop, que era mais ou menos a mesma coisa, mas ainda não se chamava, em bom português, notebook.
Hoje cada vez mais livros se abrem primeiro no iPad e outros tabletes da vida. Papel, só na falta de edição virtual. E nenhum sinal de que o livro piscou para o rival foi tão claro quanto a estreia na Europa do librinno. Trata-se de um livro como os outros. Só que imita, no formato e até no jeito de empunhar, um tablete. Com ele, acaba a época em que os tabletes imitavam os livros tradicionais. E há librinnos em listas de best-sellers. São um perigo.
(Marcos Sá Correa, Revista Isto é, 19 de janeiro de 2011, com adaptações)
No título do texto há uma metonímia, expressa no emprego de nome que traduz:
 

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Hoffmann, em “Avaliação: mito e desafio”, faz uma análise comparativa entre uma concepção de avaliação “a serviço de uma sociedade liberal (capitalista)” e uma perspectiva de avaliação “libertadora”. Segundo a autora, a alternativa que apresenta duas características da avaliação com uma concepção liberal é:
 

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2410889 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
SAUDADES DO VELHO E BOM GUTENBERG
A primeira informação veio, como sempre, da “Encyclopaedia Britannica”. Foi em meados da década de 1990. No tempo da internet por linha discada. Quando de Wikipedia nem se falava. E a “Britannica” disponível, datada de 1965, com 23 volumes encadernados em couro branco, virara trambolho para a nova geração que, em casa, começava a fazer pesquisa para o colégio ou a universidade.
A “Britannica” continua na estante. Alíás, nunca ficou tanto tempo na estante, sem uso. Entra ano, sai ano, e ninguém se arrisca a dedilhar seu papel-bíblia, à cata de verbetes como, por exemplo, o do “computador”. Ou melhor, das “computing machines”, como diz a página 245 do 6º volume. Eram artefatos reservados aos laboratórios ou grandes corporações. Pareciam fadados a ser para sempre “instalações de grande porte, custando de algumas dezenas a muitas centenas de milhares de dólares”. Pechincha, nesse mercado, era engenhoca de dez mil dólares.
Não dava mais para deixar aquele manual A) de anacronismo ao alcance de adolescentes B). E uma “Britannica” C) nova, último modelo, andava por volta de 800 dólares. Mas a própria página D) dos editores na internet E) anunciava sua versão integral em CD, por 60 e poucos dólares. Por uns trocados mensais ganhava-se acesso por senha aos arquivos da “Britannica”, incluindo os anuários de atualização ainda no forno.
Veio o CD. Foi uma traição ao livro. E a cinco séculos de costumes lastreados nos tipos móveis de Gutenberg. E logo depois sairia aqui o primeiro “Aurélio” eletrônico. Tinha, sobre o dicionário original, o trunfo inigualável da “pesquisa inversa”. Escrevendo-se na lacuna de busca as palavras-chave de uma definição qualquer, lá ia o “Aurélio” procurar o verbete.
Era um recurso inédito, quase um brinquedo. Mas veio resolver problemas nem sequer imaginados por dicionários convencionais. Como a busca de palavras para “vento frio”, que trouxe à tona por acaso, do fundo das lendas amazônicas, uma tal de Cruviana. E para que serve a Cruviana? No caso, serviu para não fazer de bobo num garimpo de diamantes, na fronteira com a Guiana.
Ali só se dormia em rede, armada ao relento, sob um pedaço de plástico. Na hora de instalar o hóspede na beira do mato, o anfitrião advertiu: Cuidado, que de noite a Cruviana pode morder”. A que o forasteiro retrucou, como se não tivesse feito outra coisa na vida além de dormir ao ar livre nos cafundós de Roraima: Vai esfriar?
Dito isso, adormeceu no aconchego de saber que o dono do garimpo jamais iria adivinhar que sua intimidade com a selva bruta vinha do “Aurélio”, instalado semana antes em seu notebook. Quer dizer, seu laptop, que era mais ou menos a mesma coisa, mas ainda não se chamava, em bom português, notebook.
Hoje cada vez mais livros se abrem primeiro no iPad e outros tabletes da vida. Papel, só na falta de edição virtual. E nenhum sinal de que o livro piscou para o rival foi tão claro quanto a estreia na Europa do librinno. Trata-se de um livro como os outros. Só que imita, no formato e até no jeito de empunhar, um tablete. Com ele, acaba a época em que os tabletes imitavam os livros tradicionais. E há librinnos em listas de best-sellers. São um perigo.
(Marcos Sá Correa, Revista Isto é, 19 de janeiro de 2011, com adaptações)
No segmento “...sua versão integral...”, o pronome possessivo indica:
 

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2410688 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
SAUDADES DO VELHO E BOM GUTENBERG
A primeira informação veio, como sempre, da “Encyclopaedia Britannica”. Foi em meados da década de 1990. No tempo da internet por linha discada. Quando de Wikipedia nem se falava. E a “Britannica” disponível, datada de 1965, com 23 volumes encadernados em couro branco, virara trambolho para a nova geração que, em casa, começava a fazer pesquisa para o colégio ou a universidade.
A “Britannica” A) continua na estante. Alíás, nunca ficou tanto tempo na estante, sem uso. Entra ano, sai ano, e ninguém se arrisca a dedilhar seu papel-bíblia, à cata de verbetes B) como, por exemplo, o do “computador”. Ou melhor, das “computing machines”, como diz a página 245 do 6º volume. Eram artefatos C) reservados aos laboratórios D) ou grandes corporações E). Pareciam fadados a ser para sempre “instalações de grande porte, custando de algumas dezenas a muitas centenas de milhares de dólares”. Pechincha, nesse mercado, era engenhoca de dez mil dólares.
Não dava mais para deixar aquele manual de anacronismo ao alcance de adolescentes. E uma “Britannica” nova, último modelo, andava por volta de 800 dólares. Mas a própria página dos editores na internet anunciava sua versão integral em CD, por 60 e poucos dólares. Por uns trocados mensais ganhava-se acesso por senha aos arquivos da “Britannica”, incluindo os anuários de atualização ainda no forno.
Veio o CD. Foi uma traição ao livro. E a cinco séculos de costumes lastreados nos tipos móveis de Gutenberg. E logo depois sairia aqui o primeiro “Aurélio” eletrônico. Tinha, sobre o dicionário original, o trunfo inigualável da “pesquisa inversa”. Escrevendo-se na lacuna de busca as palavras-chave de uma definição qualquer, lá ia o “Aurélio” procurar o verbete.
Era um recurso inédito, quase um brinquedo. Mas veio resolver problemas nem sequer imaginados por dicionários convencionais. Como a busca de palavras para “vento frio”, que trouxe à tona por acaso, do fundo das lendas amazônicas, uma tal de Cruviana. E para que serve a Cruviana? No caso, serviu para não fazer de bobo num garimpo de diamantes, na fronteira com a Guiana.
Ali só se dormia em rede, armada ao relento, sob um pedaço de plástico. Na hora de instalar o hóspede na beira do mato, o anfitrião advertiu: Cuidado, que de noite a Cruviana pode morder”. A que o forasteiro retrucou, como se não tivesse feito outra coisa na vida além de dormir ao ar livre nos cafundós de Roraima: Vai esfriar?
Dito isso, adormeceu no aconchego de saber que o dono do garimpo jamais iria adivinhar que sua intimidade com a selva bruta vinha do “Aurélio”, instalado semana antes em seu notebook. Quer dizer, seu laptop, que era mais ou menos a mesma coisa, mas ainda não se chamava, em bom português, notebook.
Hoje cada vez mais livros se abrem primeiro no iPad e outros tabletes da vida. Papel, só na falta de edição virtual. E nenhum sinal de que o livro piscou para o rival foi tão claro quanto a estreia na Europa do librinno. Trata-se de um livro como os outros. Só que imita, no formato e até no jeito de empunhar, um tablete. Com ele, acaba a época em que os tabletes imitavam os livros tradicionais. E há librinnos em listas de best-sellers. São um perigo.
(Marcos Sá Correa, Revista Isto é, 19 de janeiro de 2011, com adaptações)
No texto, a palavra “engenhoca” pode ser tomada com o sentido de:
 

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2410647 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o poema a seguir e responda à questão.
A DOENÇA
Nunca morei longe do meu país.
Entretanto, padeço de lonjuras.
Desde criança minha mãe portava essa doença.
Ela que me transmitiu.
Depois meu pai foi trabalhar num lugar que dava
essa doença nas pessoas.
Era um lugar sem nome nem vizinhos.
Diziam que ali era a unha do dedão do pé do fim do mundo.
A gente crescia sem ter outra casa ao lado.
No lugar só constavam pássaros, árvores, o rio e os seus peixes.
Havia cavalos sem freios dentro dos matos cheios de borboletas nas costas.
O resto era só distância.
A distância seria uma coisa vazia que a gente portava no olho
E que meu pai chamava de exílio.
(Manuel de Barros)
O campo semântico da palavra “doença” está, no poema, representado pelas seguintes palavras:
 

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2410366 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: CEPERJ
Orgão: Pref. São Gonçalo-RJ
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Leia o texto a seguir e responda à questão.
SAUDADES DO VELHO E BOM GUTENBERG
A primeira informação veio, como sempre, da “Encyclopaedia Britannica”. Foi em meados da década de 1990. No tempo da internet por linha discada. Quando de Wikipedia nem se falava. E a “Britannica” disponível, datada de 1965, com 23 volumes encadernados em couro branco, virara trambolho para a nova geração que, em casa, começava a fazer pesquisa para o colégio ou a universidade.
A “Britannica” continua na estante. A) Alíás, nunca ficou tanto tempo na estante, sem uso. Entra ano, sai ano, e ninguém se arrisca B) a dedilhar seu papel-bíblia, à cata de verbetes como, por exemplo, o do “computador”. Ou melhor, das “computing machines”, como diz a página 245 do 6º volume. Eram artefatos reservados aos laboratórios ou grandes corporações. Pareciam fadados a ser para sempre “instalações de grande porte, custando de algumas dezenas a muitas centenas de milhares de dólares”. Pechincha, nesse mercado, era engenhoca de dez mil dólares.
Não dava mais para deixar aquele manual de anacronismo ao alcance de adolescentes. E uma “Britannica” nova, último modelo, andava por volta de 800 dólares. C) Mas a própria página dos editores na internet anunciava sua versão integral em CD, por 60 e poucos dólares. Por uns trocados mensais ganhava-se acesso por senha aos arquivos da “Britannica”, incluindo os anuários de atualização ainda no forno.
Veio o CD. Foi uma traição ao livro. E a cinco séculos de costumes lastreados nos tipos móveis de Gutenberg. E logo depois sairia aqui o primeiro “Aurélio” eletrônico. Tinha, sobre o dicionário original, o trunfo inigualável da “pesquisa inversa”. Escrevendo-se na lacuna de busca as palavras-chave de uma definição qualquer, lá ia o “Aurélio” procurar o verbete.
Era um recurso inédito, quase um brinquedo. E) Mas veio resolver problemas nem sequer imaginados por dicionários convencionais. Como a busca de palavras para “vento frio”, que trouxe à tona por acaso, do fundo das lendas amazônicas, uma tal de Cruviana. E para que serve a Cruviana? No caso, serviu para não fazer de bobo num garimpo de diamantes, na fronteira com a Guiana.
Ali só se dormia em rede, armada ao relento, sob um pedaço de plástico. Na hora de instalar o hóspede na beira do mato, o anfitrião advertiu: Cuidado, que de noite a Cruviana pode morder”. A que o forasteiro retrucou, como se não tivesse feito outra coisa na vida além de dormir ao ar livre nos cafundós de Roraima: Vai esfriar?
Dito isso, adormeceu no aconchego de saber que o dono do garimpo jamais iria adivinhar que sua intimidade com a selva bruta vinha do “Aurélio”, instalado semana antes em seu notebook. Quer dizer, seu laptop, que era mais ou menos a mesma coisa, mas ainda não se chamava, em bom português, notebook. D)
Hoje cada vez mais livros se abrem primeiro no iPad e outros tabletes da vida. Papel, só na falta de edição virtual. E nenhum sinal de que o livro piscou para o rival foi tão claro quanto a estreia na Europa do librinno. Trata-se de um livro como os outros. Só que imita, no formato e até no jeito de empunhar, um tablete. Com ele, acaba a época em que os tabletes imitavam os livros tradicionais. E há librinnos em listas de best-sellers. São um perigo.
(Marcos Sá Correa, Revista Isto é, 19 de janeiro de 2011, com adaptações)
O recurso expressivo da ironia foi empregado no segmento:
 

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