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Foram encontradas 70 questões.

758318 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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A consulta

- Sua aparência é saudável, mas as aparências às vezes enganam. Vamos lá ver: que é que o senhor sente?

- O que eu sinto, doutor? Não sei dizer direito. É uma espécie de opressão, de angústia, de ansiedade ...

- E o senhor pensa que eu também não sinto? Isto é normal. Normalíssimo. Que mais?

-Bem, doutor. Eu tenho insônias.

- E eu não tenho, por acaso? Pergunte ao seu vizinho se não tem também.

-Eu não me dou com meu vizinho.

- É isto: não se dá com o vizinho. Eu também não me dou com o meu. Ninguém se dá com ninguém. Mas não precisa perguntar: eu sei. Seu vizinho não consegue dormir. Ninguém consegue. Isto é normal.

- Mas, doutor. ..

- Eu sei: o senhor anda nervoso, excitado, angustiado ... Diga-me: não sente medo? Um medo sem causa, sem nenhum motivo aparente, medo de qualquer coisa que o senhor não sabe o que é?

- Realmente ... Eu estava com vergonha de dizer, mas, desde que o senhor falou, é verdade: sinto, sim.

- Ótimo! O senhor sente medo. Eu também sinto. Ótimo, torno a dizer. O senhor não tem nada, meu amigo. Está inteiramente são, uma vez que sente medo. Se não sentisse, aí sim, precisaríamos procurar as causas dessa anomalia. Talvez fosse grave.

- Sabe, doutor? Às vezes, tenho a impressão de que estou ficando neurótico.

- Claro que está! E eu não estou? E o seu vizinho não está? E todo o mundo não está? E o senhor pensa que vai ficar de fora? Por quê? Mas reflita um pouco, meu caro. O senhor vive, eu vivo, toda a gente vive num mundo anormal, sádico, doente, sanguinário, onde a regra é a falta de regras, um mundo hediondo e tenebroso, onde o homem é cada vez mais - e como nunca foi - o lobo do próprio homem. Um mundo de guerras, de massacres, de hecatombes, alicerçado no ódio, na iniquidade e na violência. Acrescente a tudo isso a poluição atmosférica, a poluição sonora, a poluição moral, a degradação dos costumes, a falência dos serviços públicos, o colapso do trânsito, a morte da urbanidade, da cordialidade, da solidariedade humanas. O senhor sente angústia. É natural. O senhor tem medo. É normalíssimo. O senhor tem insônias. Como não tê-las? Meu caro cliente, vá tranquilo: o senhor não tem absolutamente nada.

Passe bem. O próximo, por favor!

Antologia da crônica brasileira - De Machado de Assis a Lourenço Diaféria. São Paulo: Moderna, 2005. p. 103-4.

Em qual alternativa produz-se evidente equívoco de leitura, quando se afirma que o fragmento transcrito do texto foi usado em sentido denotativo?

 

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758149 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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A consulta

- Sua aparência é saudável, mas as aparências às vezes enganam. Vamos lá ver: que é que o senhor sente?

- O que eu sinto, doutor? Não sei dizer direito. É uma espécie de opressão, de angústia, de ansiedade ...

- E o senhor pensa que eu também não sinto? Isto é normal. Normalíssimo. Que mais?

-Bem, doutor. Eu tenho insônias.

- E eu não tenho, por acaso? Pergunte ao seu vizinho se não tem também.

-Eu não me dou com meu vizinho.

- É isto: não se dá com o vizinho. Eu também não me dou com o meu. Ninguém se dá com ninguém. Mas não precisa perguntar: eu sei. Seu vizinho não consegue dormir. Ninguém consegue. Isto é normal.

- Mas, doutor. ..

- Eu sei: o senhor anda nervoso, excitado, angustiado ... Diga-me: não sente medo? Um medo sem causa, sem nenhum motivo aparente, medo de qualquer coisa que o senhor não sabe o que é?

- Realmente ... Eu estava com vergonha de dizer, mas, desde que o senhor falou, é verdade: sinto, sim.

- Ótimo! O senhor sente medo. Eu também sinto. Ótimo, torno a dizer. O senhor não tem nada, meu amigo. Está inteiramente são, uma vez que sente medo. Se não sentisse, aí sim, precisaríamos procurar as causas dessa anomalia. Talvez fosse grave.

- Sabe, doutor? Às vezes, tenho a impressão de que estou ficando neurótico.

- Claro que está! E eu não estou? E o seu vizinho não está? E todo o mundo não está? E o senhor pensa que vai ficar de fora? Por quê? Mas reflita um pouco, meu caro. O senhor vive, eu vivo, toda a gente vive num mundo anormal, sádico, doente, sanguinário, onde a regra é a falta de regras, um mundo hediondo e tenebroso, onde o homem é cada vez mais - e como nunca foi - o lobo do próprio homem. Um mundo de guerras, de massacres, de hecatombes, alicerçado no ódio, na iniquidade e na violência. Acrescente a tudo isso a poluição atmosférica, a poluição sonora, a poluição moral, a degradação dos costumes, a falência dos serviços públicos, o colapso do trânsito, a morte da urbanidade, da cordialidade, da solidariedade humanas. O senhor sente angústia. É natural. O senhor tem medo. É normalíssimo. O senhor tem insônias. Como não tê-las? Meu caro cliente, vá tranquilo: o senhor não tem absolutamente nada.

Passe bem. O próximo, por favor!

Antologia da crônica brasileira - De Machado de Assis a Lourenço Diaféria. São Paulo: Moderna, 2005. p. 103-4.

"Eu também não me dou com o meu. Ninguém se dá com ninguém. Mas não precisa perguntar: eu sei. Seu vizinho não consegue dormir. Ninguém consegue. Isto é normal."(§ 7)

Com relação aos componentes destacados do trecho, é correto afirmar que:

 

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757660 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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A consulta

- Sua aparência é saudável, mas as aparências às vezes enganam. Vamos lá ver: que é que o senhor sente?

- O que eu sinto, doutor? Não sei dizer direito. É uma espécie de opressão, de angústia, de ansiedade ...

- E o senhor pensa que eu também não sinto? Isto é normal. Normalíssimo. Que mais?

-Bem, doutor. Eu tenho insônias.

- E eu não tenho, por acaso? Pergunte ao seu vizinho se não tem também.

-Eu não me dou com meu vizinho.

- É isto: não se dá com o vizinho. Eu também não me dou com o meu. Ninguém se dá com ninguém. Mas não precisa perguntar: eu sei. Seu vizinho não consegue dormir. Ninguém consegue. Isto é normal.

- Mas, doutor. ..

- Eu sei: o senhor anda nervoso, excitado, angustiado ... Diga-me: não sente medo? Um medo sem causa, sem nenhum motivo aparente, medo de qualquer coisa que o senhor não sabe o que é?

- Realmente ... Eu estava com vergonha de dizer, mas, desde que o senhor falou, é verdade: sinto, sim.

- Ótimo! O senhor sente medo. Eu também sinto. Ótimo, torno a dizer. O senhor não tem nada, meu amigo. Está inteiramente são, uma vez que sente medo. Se não sentisse, aí sim, precisaríamos procurar as causas dessa anomalia. Talvez fosse grave.

- Sabe, doutor? Às vezes, tenho a impressão de que estou ficando neurótico.

- Claro que está! E eu não estou? E o seu vizinho não está? E todo o mundo não está? E o senhor pensa que vai ficar de fora? Por quê? Mas reflita um pouco, meu caro. O senhor vive, eu vivo, toda a gente vive num mundo anormal, sádico, doente, sanguinário, onde a regra é a falta de regras, um mundo hediondo e tenebroso, onde o homem é cada vez mais - e como nunca foi - o lobo do próprio homem. Um mundo de guerras, de massacres, de hecatombes, alicerçado no ódio, na iniquidade e na violência. Acrescente a tudo isso a poluição atmosférica, a poluição sonora, a poluição moral, a degradação dos costumes, a falência dos serviços públicos, o colapso do trânsito, a morte da urbanidade, da cordialidade, da solidariedade humanas. O senhor sente angústia. É natural. O senhor tem medo. É normalíssimo. O senhor tem insônias. Como não tê-las? Meu caro cliente, vá tranquilo: o senhor não tem absolutamente nada.

Passe bem. O próximo, por favor!

Antologia da crônica brasileira - De Machado de Assis a Lourenço Diaféria. São Paulo: Moderna, 2005. p. 103-4.

De acordo com os estudos de regência verbal e com o padrão culto da língua, o verbo em destaque em"- Eu sei: o senhor ANDA nervoso, excitado, angustiado ... " é:

 

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757568 Ano: 2015
Disciplina: Administração Financeira e Orçamentária
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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Determinado município identificou que, para a aquisição de determinado item, não havia dotação orçamentária. Dada a importância desse item, a efetivação de sua aquisição requererá o tipo de crédito adicional, determinado:
 

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751151 Ano: 2015
Disciplina: Direito Urbanístico
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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Conforme a Lei Complementar nº 018, de 31 de maio de 2007, que institui o Plano Diretor Municipal do Município de Cariacica, altera o perímetro urbano, define o zoneamento urbano e rural e dá outras providências, para fins de parcelamento do solo na Macrozona Urbana somente serão permitidos glebas com áreas mínima, em m2, de:
 

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750123 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Civil
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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Deve-se projetar uma rampa em uma escola pública para vencer um desnível entre pisos de 1 metro com um só segmento de rampa. O comprimento mínimo, em m, da projeção horizontal deste segmento de rampa, de acordo com a norma ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida:2005 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos), deve ser:
 

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749962 Ano: 2015
Disciplina: Direito Penal
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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O funcionário público que exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, responde por crime de:

 

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749664 Ano: 2015
Disciplina: Direito Ambiental
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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De acordo com a Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002, que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente, constitui uma dessas áreas a situada ao redor de lagos e lagoas naturais em áreas urbanas consolidadas, com faixa de metragem mínima, em m,de:
 

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749598 Ano: 2015
Disciplina: Auditoria
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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Uma das alternativas a seguir apresenta um aspecto que NÃO é característico da condição do Auditor Interno, quando comparado ao Auditor Externo. Identifique-a.
 

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748409 Ano: 2015
Disciplina: Informática
Banca: FUNCAB
Orgão: Pref. Cariacica-ES
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Em um computador, foi identificado um código malicioso autorreplicante, mas que não infectou outros programas. Esse código apagou arquivos do sistema interno, enviou documentos não autorizados por email e provocou danos no tráfego de rede por conta de sua autorreprodução e disseminação. Esse tipo de código é identificado como:
 

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