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2750798 Ano: 2007
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Dura lex, sed lex

Circula na internet uma lista de leis ridículas aqui e nos Estados Unidos, recolhença atribuída ao ilustre desembargador Antônio Pessoa Cardoso, do TJ-BA. Constatei no Google que o magistrado ingressou naquele Tribunal em 4/7/06, promovido por merecimento. Nada mais justo.

Das leis recolhidas pelo meritíssimo, algumas são realmente hilariantes, como aquele decreto do prefeito Élcio Berti, de Bocaiúva do Sul (PR), proibindo a venda de camisinhas e anticoncepcionais, sob o argumento de que seu município estava perdendo receita do governo federal com a diminuição da população. A lei foi revogada no dia seguinte.

Se o meritíssimo desembargador baiano vê a lei pela óptica do magistrado, vejo-a pela óptica de ex-advogado do Sindicato dos Padeiros.

Divirjo de S. Exa. quando critica o projeto de lei apresentado pelo vereador José Filho, de Quixeramobim (CE.), obrigando que “todos os rabos de bovinos, ovinos e caprinos do município” fossem pintados de amarelo fosforescente, para evitar que os motoristas, à noite, atropelassem os animais.

Nos debates, surgiu emenda do vereador Rocélio Fernandes, propondo a pintura de todos os cascos e chifres dos animais citados acima, e as orelhas dos animais mochos. Os valorosos edis não conseguiram transformar seu projeto em lei. Foi pena. Certa vez, em noite de neblina, a vaca de um amigo meu, que tinha fazenda à beira do asfalto, destruiu um ônibus interestadual, provocando ferimentos em diversos passageiros.

Antes que as autoridades descobrissem a marca do meu amigo no couro da vaca, ele correu ao local do acidente, amarrou a corrente do trator nos chifres da vaca e saiu arrastando a defunta pelo asfalto até que o atrito lixasse o couro marcado pelo ferro em brasa. Sem marca, a vaca passou à condição de animal sem dono, ou detentor, que pagasse os prejuízos por ela causados.

Projeto do deputado Hélio Braun estabelecia em seu artigo primeiro: “Denomina-se presunto exclusivamente o produto obtido com o pernil do suíno ou com a sobrecoxa do peru”. O parágrafo único dizia que “o produto obtido com a matéria-prima do peru terá o nome de presunto de peru.”

Justíssimo projeto. Se aprovado, pouparia o brasileiro de continuar comendo gato por lebre. Algo parecido deve ser feito no capítulo de vinhos, para separá-los dos fermentados de uva engarrafados e vendidos como vinhos, não somente no Brasil, como também no resto do mundo.

Cavalheiro influenciável pra dedéu, dia desses comprei um rosé animado pelo que lia nos jornais. Passei mal durante quatro dias, não tanto pela bebida, que provei e joguei fora, mas pela burrice de emprenhar o ouvido. Para compensar a besteira, comprei um Codorníu rosé brut, espumante da melhor supimpitude. E bota supimpitude nisso.

Nas legislações estaduais norte-americanas, o meritíssimo critica a lei que proíbe amarrar jacaré em hidrante. Desconcordo com Sua Excelência. Incêndios não têm hora para começar. Já pensaram na situação dos bombeiros encontrando um caimão amarrado no hidrante? Na Flórida, os loteamentos de luxo estão invadindo os pântanos em que abundam aligátores. O que tem de aligátor aparecendo nas piscinas e nas churrasqueiras não está no gibi. Como é proibido matar os reptis crocodilianos aligatorídeos, cujo focinho é mais curto e mais largo que o dos crocodilos e dos jacarés, o jeito é amarrá-los nos hidrantes até que o pessoal da repartição competente apareça para levá-los. (...)

Em Nova York, outra lei justíssima: pena de morte para quem pular de um edifício. Claro, claríssimo: é preciso pensar no risco para quem passa pela calçada.

Em São Francisco, na Califórnia, pessoas feias são proibidas de passear pelas ruas. Sugiro que a lei sapientíssima seja adaptada para a televisão brasileira. Televisão tem compromisso com a estética e as imagens são exibidas para pessoas inocentes, dentro dos nossos lares.

Em Utah, é proibido manter relações sexuais na parte de trás de uma ambulância, quando o veículo estiver prestando serviço de emergência. Cabe a pergunta: como pode um desembargador ilustre criticar essa lei? Já pensaram no susto do moribundo, ao encontrar seu médico transando na ambulância? Sou amigo de diversos médicos: nenhum deles é homem de mandar para o bispo. Felizmente, acho que todos já passaram da fase de trabalhar nas ambulâncias, veículos que se tornaram privativos de muitos deputados e senadores, neste país grande e bobo.

Em Vermont, no extremo norte dos EUA, fronteira com o Canadá, as mulheres devem ter autorização escrita dos maridos para usar dentaduras postiças. Presumo que seja por causa da dentadura, à noite, no copo da mesinha de cabeceira. Ainda aí, dou carradas de razão aos legisladores de Vermont. Afinal, depois de passar quatro dias advogando para o Sindicato dos Padeiros do RJ, o cavalheiro assimila o espírito dos grandes jurisconsultos, capazes de condenar Fernando Paulo Nagle Gabeira, modelo 2007, e absolver o pessoal das ambulâncias, se animados pela promessa de muitas fatias de presunto legítimo, para acompanhar o já citado Codorníu rosé brut.

REIS, Eduardo Almeida. Dura lex, sed lex. Estado de Minas, Belo Horizonte, 22/07/2007. Caderno Gerais, p. 30.

A palavra “recolhença”, presente no do texto, pode ser considerada:

 

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2750797 Ano: 2007
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Dura lex, sed lex

Circula na internet uma lista de leis ridículas aqui e nos Estados Unidos, recolhença atribuída ao ilustre desembargador Antônio Pessoa Cardoso, do TJ-BA. Constatei no Google que o magistrado ingressou naquele Tribunal em 4/7/06, promovido por merecimento. Nada mais justo.

Das leis recolhidas pelo meritíssimo, algumas são realmente hilariantes, como aquele decreto do prefeito Élcio Berti, de Bocaiúva do Sul (PR), proibindo a venda de camisinhas e anticoncepcionais, sob o argumento de que seu município estava perdendo receita do governo federal com a diminuição da população. A lei foi revogada no dia seguinte.

Se o meritíssimo desembargador baiano vê a lei pela óptica do magistrado, vejo-a pela óptica de ex-advogado do Sindicato dos Padeiros.

Divirjo de S. Exa. quando critica o projeto de lei apresentado pelo vereador José Filho, de Quixeramobim (CE.), obrigando que “todos os rabos de bovinos, ovinos e caprinos do município” fossem pintados de amarelo fosforescente, para evitar que os motoristas, à noite, atropelassem os animais.

Nos debates, surgiu emenda do vereador Rocélio Fernandes, propondo a pintura de todos os cascos e chifres dos animais citados acima, e as orelhas dos animais mochos. Os valorosos edis não conseguiram transformar seu projeto em lei. Foi pena. Certa vez, em noite de neblina, a vaca de um amigo meu, que tinha fazenda à beira do asfalto, destruiu um ônibus interestadual, provocando ferimentos em diversos passageiros.

Antes que as autoridades descobrissem a marca do meu amigo no couro da vaca, ele correu ao local do acidente, amarrou a corrente do trator nos chifres da vaca e saiu arrastando a defunta pelo asfalto até que o atrito lixasse o couro marcado pelo ferro em brasa. Sem marca, a vaca passou à condição de animal sem dono, ou detentor, que pagasse os prejuízos por ela causados.

Projeto do deputado Hélio Braun estabelecia em seu artigo primeiro: “Denomina-se presunto exclusivamente o produto obtido com o pernil do suíno ou com a sobrecoxa do peru”. O parágrafo único dizia que “o produto obtido com a matéria-prima do peru terá o nome de presunto de peru.”

Justíssimo projeto. Se aprovado, pouparia o brasileiro de continuar comendo gato por lebre. Algo parecido deve ser feito no capítulo de vinhos, para separá-los dos fermentados de uva engarrafados e vendidos como vinhos, não somente no Brasil, como também no resto do mundo.

Cavalheiro influenciável pra dedéu, dia desses comprei um rosé animado pelo que lia nos jornais. Passei mal durante quatro dias, não tanto pela bebida, que provei e joguei fora, mas pela burrice de emprenhar o ouvido. Para compensar a besteira, comprei um Codorníu rosé brut, espumante da melhor supimpitude. E bota supimpitude nisso.

Nas legislações estaduais norte-americanas, o meritíssimo critica a lei que proíbe amarrar jacaré em hidrante. Desconcordo com Sua Excelência. Incêndios não têm hora para começar. Já pensaram na situação dos bombeiros encontrando um caimão amarrado no hidrante? Na Flórida, os loteamentos de luxo estão invadindo os pântanos em que abundam aligátores. O que tem de aligátor aparecendo nas piscinas e nas churrasqueiras não está no gibi. Como é proibido matar os reptis crocodilianos aligatorídeos, cujo focinho é mais curto e mais largo que o dos crocodilos e dos jacarés, o jeito é amarrá-los nos hidrantes até que o pessoal da repartição competente apareça para levá-los. (...)

Em Nova York, outra lei justíssima: pena de morte para quem pular de um edifício. Claro, claríssimo: é preciso pensar no risco para quem passa pela calçada.

Em São Francisco, na Califórnia, pessoas feias são proibidas de passear pelas ruas. Sugiro que a lei sapientíssima seja adaptada para a televisão brasileira. Televisão tem compromisso com a estética e as imagens são exibidas para pessoas inocentes, dentro dos nossos lares.

Em Utah, é proibido manter relações sexuais na parte de trás de uma ambulância, quando o veículo estiver prestando serviço de emergência. Cabe a pergunta: como pode um desembargador ilustre criticar essa lei? Já pensaram no susto do moribundo, ao encontrar seu médico transando na ambulância? Sou amigo de diversos médicos: nenhum deles é homem de mandar para o bispo. Felizmente, acho que todos já passaram da fase de trabalhar nas ambulâncias, veículos que se tornaram privativos de muitos deputados e senadores, neste país grande e bobo.

Em Vermont, no extremo norte dos EUA, fronteira com o Canadá, as mulheres devem ter autorização escrita dos maridos para usar dentaduras postiças. Presumo que seja por causa da dentadura, à noite, no copo da mesinha de cabeceira. Ainda aí, dou carradas de razão aos legisladores de Vermont. Afinal, depois de passar quatro dias advogando para o Sindicato dos Padeiros do RJ, o cavalheiro assimila o espírito dos grandes jurisconsultos, capazes de condenar Fernando Paulo Nagle Gabeira, modelo 2007, e absolver o pessoal das ambulâncias, se animados pela promessa de muitas fatias de presunto legítimo, para acompanhar o já citado Codorníu rosé brut.

REIS, Eduardo Almeida. Dura lex, sed lex. Estado de Minas, Belo Horizonte, 22/07/2007. Caderno Gerais, p. 30.

De acordo com o 13º parágrafo do texto, marque a alternativa CORRETA:

 

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2750796 Ano: 2007
Disciplina: Matemática Financeira
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Um capital C aplicado a juros compostos de 2% ao mês, produz um montante igual a 2C. O tempo aproximado para que isso ocorra é:

(Dados: log 2 @ 0,3010 ; log 102 @ 2,0086)

 

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2635425 Ano: 2007
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Yawning
It seems – nobody is sure of anything nowadays – that yawning was once seen as a chance of evil spirits to enter the body while the soul slipped out. So, we began covering the mouth to frustrate the to-and-fro, but that hasn´t put a lid on certain vital question such as: Who yawns?
Science replies: fish yawn on switching from one activity to another, chickens stand on tiptoe, flap their wings – and yawn. With its head out of the sand, the South African ostrich has been caught yawning. Dogs yawn like mad when they become aggressive, unless – and this goes for cats and apes, too – they are signaling peaceful coexistence.
Dr. Jacques Barbizet, of Saint Antoine Hospital, in Paris, studied yawning with radiographs made every half second. He detected dilation of pharynx, Larynx, nostrils, and bronchial tubes; lifting of the eyebrows, lowering of the diaphragm; retreat of the tongue; a slight racing of the heart; increased flow of the blood to the brain; rhythmic lateral motions of the mandible; closure of the eyes; occasional tears and saliva, as well as occasional dislocation of the jaw.
Choose the prepositions that complete correctly these sentences:
“Tom always stands me in the cafeteria. We went shopping the bad weather.I fell fine when I'm intelligent people. He cried the ceremony.”
 

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387564 Ano: 2007
Disciplina: Geografia
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Quanto à extração mineral brasileira é CORRETO afirmar que:
 

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387563 Ano: 2007
Disciplina: Matemática
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Enunciado 387563-1
A água da chuva é recolhida em um pluviômetro em forma de pirâmide quadrangular regular. Sabendo que a água alcança uma altura de 9 cm e forma uma pequena pirâmide de 15 cm de aresta lateral, e que essa água é vertida em um cubo de 10 cm de aresta, a altura alcançada pela água no cubo é:
 

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387562 Ano: 2007
Disciplina: Legislação Militar
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Um 1º Tenente PM, cidadão muito bem conceituado na Região da Polícia Militar onde trabalha, devido aos seus valores pessoais e profissionais foi convidado a trabalhar como Assessor em uma autarquia do Estado de Minas Gerais, cargo público civil temporário. A este respeito, caso o Tenente aceite o convite, é CORRETO dizer que:
 

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2750829 Ano: 2007
Disciplina: Legislação Militar
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Sobre Sanções Disciplinares e Recompensas, é CORRETO afirmar que:
Questão Anulada

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2750802 Ano: 2007
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Dura lex, sed lex
Circula na internet uma lista de leis ridículas aqui e nos Estados Unidos, recolhença atribuída ao ilustre desembargador Antônio Pessoa Cardoso, do TJ-BA. Constatei no Google que o magistrado ingressou naquele Tribunal em 4/7/06, promovido por merecimento. Nada mais justo.
Das leis recolhidas pelo meritíssimo, algumas são realmente hilariantes, como aquele decreto do prefeito Élcio Berti, de Bocaiúva do Sul (PR), proibindo a venda de camisinhas e anticoncepcionais, sob o argumento de que seu município estava perdendo receita do governo federal com a diminuição da população. A lei foi revogada no dia seguinte.
Se o meritíssimo desembargador baiano vê a lei pela óptica do magistrado, vejo-a pela óptica de ex-advogado do Sindicato dos Padeiros.
Divirjo de S. Exa. quando critica o projeto de lei apresentado pelo vereador José Filho, de Quixeramobim (CE.), obrigando que “todos os rabos de bovinos, ovinos e caprinos do município” fossem pintados de amarelo fosforescente, para evitar que os motoristas, à noite, atropelassem os animais.
Nos debates, surgiu emenda do vereador Rocélio Fernandes, propondo a pintura de todos os cascos e chifres dos animais citados acima, e as orelhas dos animais mochos. Os valorosos edis não conseguiram transformar seu projeto em lei. Foi pena. Certa vez, em noite de neblina, a vaca de um amigo meu, que tinha fazenda à beira do asfalto, destruiu um ônibus interestadual, provocando ferimentos em diversos passageiros.
Antes que as autoridades descobrissem a marca do meu amigo no couro da vaca, ele correu ao local do acidente, amarrou a corrente do trator nos chifres da vaca e saiu arrastando a defunta pelo asfalto até que o atrito lixasse o couro marcado pelo ferro em brasa. Sem marca, a vaca passou à condição de animal sem dono, ou detentor, que pagasse os prejuízos por ela causados.
Projeto do deputado Hélio Braun estabelecia em seu artigo primeiro: “Denomina-se presunto exclusivamente o produto obtido com o pernil do suíno ou com a sobrecoxa do peru”. O parágrafo único dizia que “o produto obtido com a matéria-prima do peru terá o nome de presunto de peru.”
Justíssimo projeto. Se aprovado, pouparia o brasileiro de continuar comendo gato por lebre. Algo parecido deve ser feito no capítulo de vinhos, para separá-los dos fermentados de uva engarrafados e vendidos como vinhos, não somente no Brasil, como também no resto do mundo.
Cavalheiro influenciável pra dedéu, dia desses comprei um rosé animado pelo que lia nos jornais. Passei mal durante quatro dias, não tanto pela bebida, que provei e joguei fora, mas pela burrice de emprenhar o ouvido. Para compensar a besteira, comprei um Codorníu rosé brut, espumante da melhor supimpitude. E bota supimpitude nisso.
Nas legislações estaduais norte-americanas, o meritíssimo critica a lei que proíbe amarrar jacaré em hidrante. Desconcordo com Sua Excelência. Incêndios não têm hora para começar. Já pensaram na situação dos bombeiros encontrando um caimão amarrado no hidrante? Na Flórida, os loteamentos de luxo estão invadindo os pântanos em que abundam aligátores. O que tem de aligátor aparecendo nas piscinas e nas churrasqueiras não está no gibi. Como é proibido matar os reptis crocodilianos aligatorídeos, cujo focinho é mais curto e mais largo que o dos crocodilos e dos jacarés, o jeito é amarrá-los nos hidrantes até que o pessoal da repartição competente apareça para levá-los. (...)
Em Nova York, outra lei justíssima: pena de morte para quem pular de um edifício. Claro, claríssimo: é preciso pensar no risco para quem passa pela calçada.
Em São Francisco, na Califórnia, pessoas feias são proibidas de passear pelas ruas. Sugiro que a lei sapientíssima seja adaptada para a televisão brasileira. Televisão tem compromisso com a estética e as imagens são exibidas para pessoas inocentes, dentro dos nossos lares.
Em Utah, é proibido manter relações sexuais na parte de trás de uma ambulância, quando o veículo estiver prestando serviço de emergência. Cabe a pergunta: como pode um desembargador ilustre criticar essa lei? Já pensaram no susto do moribundo, ao encontrar seu médico transando na ambulância? Sou amigo de diversos médicos: nenhum deles é homem de mandar para o bispo. Felizmente, acho que todos já passaram da fase de trabalhar nas ambulâncias, veículos que se tornaram privativos de muitos deputados e senadores, neste país grande e bobo.
Em Vermont, no extremo norte dos EUA, fronteira com o Canadá, as mulheres devem ter autorização escrita dos maridos para usar dentaduras postiças. Presumo que seja por causa da dentadura, à noite, no copo da mesinha de cabeceira. Ainda aí, dou carradas de razão aos legisladores de Vermont. Afinal, depois de passar quatro dias advogando para o Sindicato dos Padeiros do RJ, o cavalheiro assimila o espírito dos grandes jurisconsultos, capazes de condenar Fernando Paulo Nagle Gabeira, modelo 2007, e absolver o pessoal das ambulâncias, se animados pela promessa de muitas fatias de presunto legítimo, para acompanhar o já citado Codorníu rosé brut.
REIS, Eduardo Almeida. Dura lex, sed lex. Estado de Minas, Belo Horizonte, 22/07/2007. Caderno Gerais, p. 30.
“Cheio de si, resolveu passar pelas águas do ribeirão, que descia próximo ao terreno de seus avós. A relva formava um manto sobre os verdes campos, tudo estava lindo... o tempo parou”.
Nesse período há:
Questão Anulada

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2750800 Ano: 2007
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Dura lex, sed lex
Circula na internet uma lista de leis ridículas aqui e nos Estados Unidos, recolhença atribuída ao ilustre desembargador Antônio Pessoa Cardoso, do TJ-BA. Constatei no Google que o magistrado ingressou naquele Tribunal em 4/7/06, promovido por merecimento. Nada mais justo.
Das leis recolhidas pelo meritíssimo, algumas são realmente hilariantes, como aquele decreto do prefeito Élcio Berti, de Bocaiúva do Sul (PR), proibindo a venda de camisinhas e anticoncepcionais, sob o argumento de que seu município estava perdendo receita do governo federal com a diminuição da população. A lei foi revogada no dia seguinte.
Se o meritíssimo desembargador baiano vê a lei pela óptica do magistrado, vejo-a pela óptica de ex-advogado do Sindicato dos Padeiros.
Divirjo de S. Exa. quando critica o projeto de lei apresentado pelo vereador José Filho, de Quixeramobim (CE.), obrigando que “todos os rabos de bovinos, ovinos e caprinos do município” fossem pintados de amarelo fosforescente, para evitar que os motoristas, à noite, atropelassem os animais.
Nos debates, surgiu emenda do vereador Rocélio Fernandes, propondo a pintura de todos os cascos e chifres dos animais citados acima, e as orelhas dos animais mochos. Os valorosos edis não conseguiram transformar seu projeto em lei. Foi pena. Certa vez, em noite de neblina, a vaca de um amigo meu, que tinha fazenda à beira do asfalto, destruiu um ônibus interestadual, provocando ferimentos em diversos passageiros.
Antes que as autoridades descobrissem a marca do meu amigo no couro da vaca, ele correu ao local do acidente, amarrou a corrente do trator nos chifres da vaca e saiu arrastando a defunta pelo asfalto até que o atrito lixasse o couro marcado pelo ferro em brasa. Sem marca, a vaca passou à condição de animal sem dono, ou detentor, que pagasse os prejuízos por ela causados.
Projeto do deputado Hélio Braun estabelecia em seu artigo primeiro: “Denomina-se presunto exclusivamente o produto obtido com o pernil do suíno ou com a sobrecoxa do peru”. O parágrafo único dizia que “o produto obtido com a matéria-prima do peru terá o nome de presunto de peru.”
Justíssimo projeto. Se aprovado, pouparia o brasileiro de continuar comendo gato por lebre. Algo parecido deve ser feito no capítulo de vinhos, para separá-los dos fermentados de uva engarrafados e vendidos como vinhos, não somente no Brasil, como também no resto do mundo.
Cavalheiro influenciável pra dedéu, dia desses comprei um rosé animado pelo que lia nos jornais. Passei mal durante quatro dias, não tanto pela bebida, que provei e joguei fora, mas pela burrice de emprenhar o ouvido. Para compensar a besteira, comprei um Codorníu rosé brut, espumante da melhor supimpitude. E bota supimpitude nisso.
Nas legislações estaduais norte-americanas, o meritíssimo critica a lei que proíbe amarrar jacaré em hidrante. Desconcordo com Sua Excelência. Incêndios não têm hora para começar. Já pensaram na situação dos bombeiros encontrando um caimão amarrado no hidrante? Na Flórida, os loteamentos de luxo estão invadindo os pântanos em que abundam aligátores. O que tem de aligátor aparecendo nas piscinas e nas churrasqueiras não está no gibi. Como é proibido matar os reptis crocodilianos aligatorídeos, cujo focinho é mais curto e mais largo que o dos crocodilos e dos jacarés, o jeito é amarrá-los nos hidrantes até que o pessoal da repartição competente apareça para levá-los. (...)
Em Nova York, outra lei justíssima: pena de morte para quem pular de um edifício. Claro, claríssimo: é preciso pensar no risco para quem passa pela calçada.
Em São Francisco, na Califórnia, pessoas feias são proibidas de passear pelas ruas. Sugiro que a lei sapientíssima seja adaptada para a televisão brasileira. Televisão tem compromisso com a estética e as imagens são exibidas para pessoas inocentes, dentro dos nossos lares.
Em Utah, é proibido manter relações sexuais na parte de trás de uma ambulância, quando o veículo estiver prestando serviço de emergência. Cabe a pergunta: como pode um desembargador ilustre criticar essa lei? Já pensaram no susto do moribundo, ao encontrar seu médico transando na ambulância? Sou amigo de diversos médicos: nenhum deles é homem de mandar para o bispo. Felizmente, acho que todos já passaram da fase de trabalhar nas ambulâncias, veículos que se tornaram privativos de muitos deputados e senadores, neste país grande e bobo.
Em Vermont, no extremo norte dos EUA, fronteira com o Canadá, as mulheres devem ter autorização escrita dos maridos para usar dentaduras postiças. Presumo que seja por causa da dentadura, à noite, no copo da mesinha de cabeceira. Ainda aí, dou carradas de razão aos legisladores de Vermont. Afinal, depois de passar quatro dias advogando para o Sindicato dos Padeiros do RJ, o cavalheiro assimila o espírito dos grandes jurisconsultos, capazes de condenar Fernando Paulo Nagle Gabeira, modelo 2007, e absolver o pessoal das ambulâncias, se animados pela promessa de muitas fatias de presunto legítimo, para acompanhar o já citado Codorníu rosé brut.
REIS, Eduardo Almeida. Dura lex, sed lex. Estado de Minas, Belo Horizonte, 22/07/2007. Caderno Gerais, p. 30.
Na oração: “Se todos nos cantássemos, o mundo seria melhor”, considerando o verbo em destaque, há falha na análise estrutural em:
Questão Anulada

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