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Foram encontradas 30 questões.

1244959 Ano: 2013
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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A Lei Federal nº 8.666/1993 que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal. A razão da existência da Lei das Licitações é para garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Sobre o tema de licitações, assinale a alternativa que apresenta uma entidade que NÃO está obrigada a adotar a Lei Federal nº 8.666/1993 para realizar suas aquisições:
 

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1244851 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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DOMINGO NA ESTRADA
Carlos Drummond de Andrade
Do avião saltamos para a jardineira, a caminho da cidade. A princípio, só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. Que fazer desses ermos lobrigados de passagem, que nos sensibilizam a vista, e daqui a pouco esqueceremos na contemplação de outras formas naturais menos secas.
Há uma lagoa na região, e não se deixa ver. De repente começamos a sentir que essa terra humilde vai nos interessando .................... seu desconforto. O mato dos barrancos perdeu o verde nativo; tudo ficou vermelho, amarelo ou pardo, tocado de pó incansável. Como se chamam esses vegetais só Riobaldo Tatarana sabe, e hei de consultá-lo na volta. A paisagem toca .................... que não tem, pela pobreza calma. Não há imprevisto. Nos pastos de grama pouca, só as grandes bossas dos cupins se expõem, bichos imobilizados. E à paz do campo mineiro se ajunta, aprofundando-a, a paz do domingo mineiro.
Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingos de eternidade se concentram .................... vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer – mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas – porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho. O rebanho amontoa-se em círculo, algumas reses em pé, outras deitadas, chifres cumprimentando-se sem ruído. Parece um só boi espalhado, imaginando. Com o pincel do rabo o milenar movimento de repelir a mosca, se é que não o pratica pelo prazer de abanar-se. Mas há bois esparsos, bois solitários, que se portam junto a árvores, aparentemente recolhidos; ou fitam o carro que levanta poeira sobre a poeira habitual, e ruminam não sei que novelas de boi.
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o braço de homem, no fundo escuro da casa , erguendo a garrafa.
Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres, com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças: no riso largo, nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neoromânticos que exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a enérgica.
Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit...
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra da goiabeira, dormindo na manhá de Minas Gerais...
Carlos Drummond de Andrade – Poemas e Poesias.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas de linha contínua do texto:
 

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1244778 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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DOMINGO NA ESTRADA
Carlos Drummond de Andrade
Do avião saltamos para a jardineira, a caminho da cidade. A princípio, só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. Que fazer desses ermos lobrigados de passagem, que nos sensibilizam a vista, e daqui a pouco esqueceremos na contemplação de outras formas naturais menos secas.
Há uma lagoa na região, e não se deixa ver. De repente começamos a sentir que essa terra humilde vai nos interessando .................... seu desconforto. O mato dos barrancos perdeu o verde nativo; tudo ficou vermelho, amarelo ou pardo, tocado de pó incansável. Como se chamam esses vegetais só Riobaldo Tatarana sabe, e hei de consultá-lo na volta. A paisagem toca .................... que não tem, pela pobreza calma. Não há imprevisto. Nos pastos de grama pouca, só as grandes bossas dos cupins se expõem, bichos imobilizados. E à paz do campo mineiro se ajunta, aprofundando-a, a paz do domingo mineiro.
Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingos de eternidade se concentram .................... vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer – mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas – porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho. O rebanho amontoa-se em círculo, algumas reses em pé, outras deitadas, chifres cumprimentando-se sem ruído. Parece um só boi espalhado, imaginando. Com o pincel do rabo o milenar movimento de repelir a mosca, se é que não o pratica pelo prazer de abanar-se. Mas há bois esparsos, bois solitários, que se portam junto a árvores, aparentemente recolhidos; ou fitam o carro que levanta poeira sobre a poeira habitual, e ruminam não sei que novelas de boi.
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o braço de homem, no fundo escuro da casa , erguendo a garrafa.
Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres, com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças: no riso largo, nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neoromânticos que exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a enérgica.
Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit...
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra da goiabeira, dormindo na manhá de Minas Gerais...
Carlos Drummond de Andrade – Poemas e Poesias.
Os elementos coesivos destacados no 6º parágrafo (como e mas) estabelecem uma relação de sentido de:
 

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1244501 Ano: 2013
Disciplina: Legislação das Casas Legislativas
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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O Regimento Interno da Câmara Municipal dos Vereadores de Guaratuba determina que as deliberações do Plenário sejam tomadas conforme as determinações legais ou regimentais explícitas em cada caso. Para que as matérias sejam apreciadas, deve estar presente a maioria absoluta dos Vereadores e sempre que não houver uma determinação explícita as deliberações serão tomadas por:
 

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1244500 Ano: 2013
Disciplina: Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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Estádio Paranaense que está sendo reformado para a Copa do Mundo deste ano?

 

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1238834 Ano: 2013
Disciplina: Legislação das Casas Legislativas
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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Uma das atribuições da Câmara Municipal dos Vereadores de Guaratuba consiste na fiscalização dos atos do Prefeito Municipal. Um exemplo disto consiste na necessidade do Prefeito solicitar autorização da Câmara Municipal para ausentar-se por um determinado período de tempo. No caso da concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ou ausentar-se por mais de 15(quinze) dias do Município e a autorização para o Prefeito ausentar-se do País a qualquer tempo, o Regimento Interno da Câmara Municipal dos Vereadores de Guaratuba determina que tais atos sejam realizados através de:
 

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1236880 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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DOMINGO NA ESTRADA
Carlos Drummond de Andrade
Do avião saltamos para a jardineira, a caminho da cidade. A princípio, só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. Que fazer desses ermos lobrigados de passagem, que nos sensibilizam a vista, e daqui a pouco esqueceremos na contemplação de outras formas naturais menos secas.
Há uma lagoa na região, e não se deixa ver. De repente começamos a sentir que essa terra humilde vai nos interessando .................... seu desconforto. O mato dos barrancos perdeu o verde nativo; tudo ficou vermelho, amarelo ou pardo, tocado de pó incansável. Como se chamam esses vegetais só Riobaldo Tatarana sabe, e hei de consultá-lo na volta. A paisagem toca .................... que não tem, pela pobreza calma. Não há imprevisto. Nos pastos de grama pouca, só as grandes bossas dos cupins se expõem, bichos imobilizados. E à paz do campo mineiro se ajunta, aprofundando-a, a paz do domingo mineiro.
Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingos de eternidade se concentram .................... vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer – mas o próprio mato foge à obrigação(III), e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas – porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho. O rebanho amontoa-se em círculo, algumas reses em pé, outras deitadas, chifres cumprimentando-se sem ruído. Parece um só boi espalhado, imaginando. Com o pincel do rabo o milenar movimento de repelir a mosca, se é que não o pratica pelo prazer de abanar-se. Mas há bois esparsos, bois solitários, que se portam junto a árvores, aparentemente recolhidos; ou fitam o carro que levanta poeira sobre a poeira habitual, e ruminam não sei que novelas de boi.
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o braço de homem, no fundo escuro da casa , erguendo a garrafa.
Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres, com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças: no riso largo, nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neoromânticos que exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a enérgica.
Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit...
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra da goiabeira, dormindo na manhá de Minas Gerais...
Carlos Drummond de Andrade – Poemas e Poesias.
Analise as afirmativas referentes ao texto:
I - O texto mostra que o interesse pela paisagem da região descrita vai aumentando à medida em que a jardineira percorre a estrada em direção a cidade.
II - No texto há predominância de traços descritivos mesclados a comentários interpretativos.
III - A frase “o próprio mato foge à obrigação” de acordo com o contexto, encerra a mesma ideia de que não acontecer nada.
Quais afirmativas estão corretas?
 

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1224081 Ano: 2013
Disciplina: Direito Financeiro
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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A Lei Federal Complementar nº 101/2000 define que a Lei que servirá como base para a elaboração da proposta orçamentária, que disporá sobre critérios e forma de limitação de empenho e que estabelecerá metas anuais de resultados nominal e primário para o exercício e para os dois seguintes recebe o nome de:
 

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1219690 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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DOMINGO NA ESTRADA
Carlos Drummond de Andrade
Do avião saltamos para a jardineira, a caminho da cidade. A princípio, só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. Que fazer desses ermos lobrigados de passagem, que nos sensibilizam a vista, e daqui a pouco esqueceremos na contemplação de outras formas naturais menos secas.
uma lagoa na região, e não se deixa ver. De repente começamos a sentir que essa terra humilde vai nos interessando .................... seu desconforto. O mato dos barrancos perdeu o verde nativo; tudo ficou vermelho, amarelo ou pardo, tocado de pó incansável. Como se chamam esses vegetais só Riobaldo Tatarana sabe, e hei de consultá-lo na volta. A paisagem toca .................... que não tem, pela pobreza calma. Não há imprevisto. Nos pastos de grama pouca, só as grandes bossas dos cupins se expõem, bichos imobilizados. E à paz do campo mineiro se ajunta, aprofundando-a, a paz do domingo mineiro.
Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingos de eternidade se concentram .................... vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer – mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas – porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho. O rebanho amontoa-se em círculo, algumas reses em pé, outras deitadas, chifres cumprimentando-se sem ruído. Parece um só boi espalhado, imaginando. Com o pincel do rabo o milenar movimento de repelir a mosca, se é que não o pratica pelo prazer de abanar-se. Mas há bois esparsos, bois solitários, que se portam junto a árvores, aparentemente recolhidos; ou fitam o carro que levanta poeira sobre a poeira habitual, e ruminam não sei que novelas de boi.
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o braço de homem, no fundo escuro da casa , erguendo a garrafa.
Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres, com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças: no riso largo, nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neoromânticos que exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a enérgica.
Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit...
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra da goiabeira, dormindo na manhá de Minas Gerais...
Carlos Drummond de Andrade – Poemas e Poesias.
Acerca da acentuação das palavras, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
( ) A mesma regra de acentuação que vale para “há” vale também para “será”.
( ) “Árvores” e “tábuas” obedecem à mesma regra de acentuação.
( ) “Político” e “bêbado” são acentuadas por serem proparoxítonas.
( ) “Série” e “solitários” são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo.
( ) “Incansável” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em “el”.
 

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1215904 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Câm. Guaratuba-PR
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DOMINGO NA ESTRADA
Carlos Drummond de Andrade
Do avião saltamos para a jardineira, a caminho da cidade. A princípio, só o trajeto aborrecido, na pressa de chegar. Que fazer desses ermos lobrigados de passagem, que nos sensibilizam a vista, e daqui a pouco esqueceremos na contemplação de outras formas naturais menos secas.
Há uma lagoa na região, e não se deixa ver. De repente começamos a sentir que essa terra humilde vai nos interessando .................... seu desconforto. O mato dos barrancos perdeu o verde nativo; tudo ficou vermelho, amarelo ou pardo, tocado de pó incansável. Como se chamam esses vegetais só Riobaldo Tatarana sabe, e hei de consultá-lo na volta. A paisagem toca .................. que não tem, pela pobreza calma. Não há imprevisto. Nos pastos de grama pouca, só as grandes bossas dos cupins se expõem, bichos imobilizados. E à paz do campo mineiro se ajunta, aprofundando-a, a paz do domingo mineiro.
Nunca será tão domingo como aqui, e domingos e domingos de eternidade se concentram .................. vigorosa dominicalização. Não acontecer nada, que beatitude! Deixar o mato crescer – mas o próprio mato foge à obrigação, e goza o domingo. Lá estão o touro zebu e seu harém de nobres e modestas vacas – porque o zebu alia à majestade indiana a placidez das Minas, e boi nenhum se fez tão mineiro quanto esse, e bicho nenhum é tão mineiro quanto o boi, em seu calado conhecimento da vida, sua participação no trabalho. O rebanho amontoa-se em círculo, algumas reses em pé, outras deitadas, chifres cumprimentando-se sem ruído. Parece um só boi espalhado, imaginando. Com o pincel do rabo o milenar movimento de repelir a mosca, se é que não o pratica pelo prazer de abanar-se. Mas há bois esparsos, bois solitários, que se portam junto a árvores, aparentemente recolhidos; ou fitam o carro que levanta poeira sobre a poeira habitual, e ruminam não sei que novelas de boi.
A terra é um universal domingo, as estampas não se destacam, desaparecem na série. Figura humana é que custa a aparecer. Só o garotinho que brincava no barro, entre galinhas, e o braço de homem, no fundo escuro da casa , erguendo a garrafa.
Gente começa afinal a surgir, desembocando da ruazinha de arraial, em caminhões alegres, com inscrições: “Fé em Deus e pé na tábua”, “Chiquinha casa comigo”, e um ar de festa que é também domingueiro, festa nas roupas claras, nos lenços coloridos das cabeças: no riso largo, nos gritos. Rapazes de calção, viajando de pé, aos berros. Vão disputar a grande partida em dos dez lugares da redondeza onde o futebol resolveu o problema da felicidade.
Há também o bêbado da estrada. Não é patético como o dos poetas neoromânticos que exploram o gênero, é simplesmente bêbado, sem pretensões, também ele universal na pureza de sua irresponsabilidade. Está a mil sonhos do futebol, mas a parada do caminhão para tomar água lhe comunica a chama do esporte, e ei-lo que engrola a enérgica.
Vocês me tragam a vitó... a vitóooria! Eu fico esperando a vit...
Todos aplaudem freneticamente. Mas as pernas arriam, e ele fica ali, desmanchado, à sombra da goiabeira, dormindo na manhá de Minas Gerais...
Carlos Drummond de Andrade – Poemas e Poesias.
Obedecendo as normas gramaticais referentes à regência verbal, assinale a alternativa cujas preposições preenchem corretamente as lacunas de linha pontilhada do texto, mantendo o raciocínio do texto:
 

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