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Foram encontradas 50 questões.

1309345 Ano: 2016
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Quanto ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, regulamentado pela Lei n. 8.112/1990 e suas alterações, pode-se afirmar que

 

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1306725 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Para responder a questão, considere a frase do escritor português José Saramago e parte de um artigo sobre cidades publicado em uma revista acadêmica brasileira.

“No interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos.”

(José Saramago)

Apesar de concentrar características execradas pelos seus habitantes, a cidade continua exercendo um grande poder de atração, avalia o professor João Júlio Vitral Amaro, do Departamento de Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG. Curiosamente, na venda de casas e apartamentos construídos fora da área urbanizada, um dos itens que mais valorizam os imóveis é a vista que eles proporcionam da própria cidade.

“Parece paradoxal, mas não é”, afirma Vitral Amaro. Trata-se, segundo ele, de um certo recuo, mas nunca um abandono da cidade. “A cidade tem esse poder de atração porque é onde melhor administramos o tempo de encontro e o de recuo, uma coisa da própria natureza humana: somos mamíferos, gregários, animais de rebanho, e todo mamífero necessita de uma certa modulação do território, escolhendo as horas de maior ou menor proximidade”, avalia.

A atração exercida pela cidade põe para a sociedade o desafio de encontrar soluções para problemas que crescem junto com a mancha urbana. “O desafio de uma cidade do futuro não é tanto uma reflexão científica, pelo menos não é uma questão de volume de informação ou de conhecimento sobre a cidade”, opina Vitral. Para ele, a cidade que conseguirmos pensar “tem a ver com o tipo de futuro que estamos esperando”. E comenta: “Estamos tão pobres ao pensar o tema cidade, que deixamos a discussão se reduzir ao dilema murar ou não murar favela”. Em sua opinião, a pergunta deveria ser: nós, brasileiros, queremos ter favelas daqui a 50 anos?

Segundo Vitral Amaro, cada povo define para si um futuro, a exemplo do que fez o Brasil na década de 1960, ao construir Brasília. “Naquele momento, enviamos uma mensagem para o futuro.

Hoje é como se o país tivesse se recolhido, e a própria incapacidade de vislumbrar a cidade do futuro reflete essa falta de perspectiva de pensar o próprio futuro como nação”, diz.

Ao refletir sobre os limites da cidade e a construção de muros em favelas no Rio de Janeiro, o professor Cássio Eduardo Viana Hissa, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFMG, afirma que não há e não poderá haver, sobretudo no capitalismo, uma cidade inteira. Segundo ele, a ideia de inteireza não é recortada apenas pelas topografias, edificações e circulação, mas pelas práticas sociais e pelas relações de identidade e de conflito. “Isso significa que há limites nos interiores da cidade. Há cidades na cidade. Para o
cidadão, também, não há uma cidade inteira: há a cidade para ele, que é feita nas relações que estabelece com o mundo urbano, com as pessoas, e através de um experimentar a cidade que ele próprio desenha.”

Hissa afirma que os habitantes interpretam a cidade a partir de paradigmas que lhes interessam porque se referem à história com a qual se identificam. “A interpretação que fazemos da cidade é a de nós mesmos, feita por nós e para o outro. Mas a ciência moderna ainda confia na fidelidade cartesiana das cartografias”, reflete. E diz que a edificação de uma muralha, por exemplo, poderá fazer as pessoas descobrirem que tal recorte existe nelas sem que se deem conta disso. “Desde as cidades medievais até as modernas, as muralhas, os sinais de grafite nos muros, as tintas no asfalto podem mostrar onde começa, termina e para onde segue a nossa cidade e a dos outros. Talvez ainda mais, tal desenho poderá nos dizer algo acerca de nós mesmos no mundo”, sugere.

Para responder à questão, considere o período em destaque.

Hissa afirma que os habitantes interpretam a cidade a partir de paradigmas que lhes interessam porque se referem à história coma qual se identificam.

Na organização do período, percebe-se que os verbos afirmar e interpretar foram posicionados imediatamente depois do sujeito gramatical, no caso Hissa e os habitantes, respectivamente. Esse é o termo com o qual os verbos concordam. Para os outros verbos, é necessário reconhecer que o emprego da terceira pessoa do plural está adequado pois

Iinteressar estabelece concordância com os habitantes.
II se referir estabelece concordância com paradigmas.
III se identificar estabelece concordância com os habitantes.

Está(ão) correta(s)

 

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1306317 Ano: 2016
Disciplina: Museologia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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"A acessibilidade é uma forma de concepção de ambientes que considera o uso de todos os indivíduos independente de suas limitações físicas e sensoriais, desenvolvida a partir dos conceitos do movimento de Inclusão Social. Os benefícios da acessibilidade possibilitam a melhoria da qualidade de vida da população com e sem deficiência, proporcionando liberdade de escolhas e abertura de horizontes pessoais, profissionais e acadêmicos”.

Fonte: SARRAF, Viviane Panelli. Acessibilidade para pessoas com deficiência
emespaços culturais e exposições: inovação no design de espaços, comunicação
sensorial e eliminação de barreiras atitudinais. In: Acessibilidade
emambientes culturais. Porto Alegre:Marca Visual, 2012, p. 60-78.

Segundo Viviane Sarraf, respaldada pela Norma Brasileira de Acessibilidade (ABNT NBR 9050), o termo acessível implica que o acesso deve considerar as esferas física, intelectual, cognitiva e atitudinal. Contudo, no âmbito da acessibilidade em espaços culturais, as barreiras atitudinais continuam sendo um desafio a ser superado pelas instituições e por seus profissionais.

Assinale a alternativa que apresenta uma proposta que possibilita a eliminação de barreiras atitudinais em um espaço museológico.

 

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980189 Ano: 2016
Disciplina: Museologia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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"Na área demuseus, nos últimos 50 anos, houve um crescimento exponencial das pesquisas de público voltadas para questões de marketing, de educação e de comunicação”.

Fonte: ALMEIDA, Adriana Mortara; LOPES, MariaMargaret.
Modelos de comunicação aplicados aos estudos de públicos de museus.
Revista Ciências Humanas, Taubaté, v.09, nº02, Jul-Dez/ 2003. P.137-145.

É correto afirmar que em grande parte dos museus estas pesquisas são desenvolvidas pelo setor:

 

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979112 Ano: 2016
Disciplina: Museologia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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São fatores de deterioração dos têxteis: a incidência direta e indireta de luz, a oscilação da umidade relativa e da temperatura em espaços de guarda e em locais de exposição, a poluição atmosférica e a ação de agentes biológicos, como insetos e fungos.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre as ações de conservação indicadas para este tipo de acervo.

 

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979065 Ano: 2016
Disciplina: Museologia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Em relação à Museologia contemporânea, considere as seguintes afirmações:

I → A Museologia contemporânea compreende patrimônio e museu como conceitos de uso polissêmico.

II→A ressignificação do papel dosmuseus nomundo contemporâneo não exige uma práxis museológica que opere em sintonia com a educação voltada para o desenvolvimento humano em sua plenitude, da esfera individual à sociedade global.

III → A Museologia possui um compromisso social de reconhecimento da pluralidade cultural com vistas à promoção do bem-estar das sociedades.

Está(ão) correta(s)

 

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960157 Ano: 2016
Disciplina: Museologia
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Do ponto de vista histórico, observamos que os museus partem de uma caracterização enciclopédica, onde deveriam dar mostras de todo o conhecimento humano, à especialização de suas coleções. Ou como nos aponta Dominique Poulot, do enciclopedismo à “inventividade tipológica” (POULOT, 2013, p. 36).

No Brasil, esse processo de especialização tipológica, que rompe com o enciclopedismo, inicia com a criação do

 

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960073 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Para responder a questão, considere a frase do escritor português José Saramago e parte de um artigo sobre cidades publicado em uma revista acadêmica brasileira.

“No interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos.”

(José Saramago)

Apesar de concentrar características execradas pelos seus habitantes, a cidade continua exercendo um grande poder de atração, avalia o professor João Júlio Vitral Amaro, do Departamento de Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG. Curiosamente, na venda de casas e apartamentos construídos fora da área urbanizada, um dos itens que mais valorizam os imóveis é a vista que eles proporcionam da própria cidade.

“Parece paradoxal, mas não é”, afirma Vitral Amaro. Trata-se, segundo ele, de um certo recuo, mas nunca um abandono da cidade. “A cidade tem esse poder de atração porque é onde melhor administramos o tempo de encontro e o de recuo, uma coisa da própria natureza humana: somos mamíferos, gregários, animais de rebanho, e todo mamífero necessita de uma certa modulação do território, escolhendo as horas de maior ou menor proximidade”, avalia.

A atração exercida pela cidade põe para a sociedade o desafio de encontrar soluções para problemas que crescem junto com a mancha urbana. “O desafio de uma cidade do futuro não é tanto uma reflexão científica, pelo menos não é uma questão de volume de informação ou de conhecimento sobre a cidade”, opina Vitral. Para ele, a cidade que conseguirmos pensar “tem a ver com o tipo de futuro que estamos esperando”. E comenta: “Estamos tão pobres ao pensar o tema cidade, que deixamos a discussão se reduzir ao dilema murar ou não murar favela”. Em sua opinião, a pergunta deveria ser: nós, brasileiros, queremos ter favelas daqui a 50 anos?

Segundo Vitral Amaro, cada povo define para si um futuro, a exemplo do que fez o Brasil na década de 1960, ao construir Brasília. “Naquele momento, enviamos uma mensagem para o futuro.

Hoje é como se o país tivesse se recolhido, e a própria incapacidade de vislumbrar a cidade do futuro reflete essa falta de perspectiva de pensar o próprio futuro como nação”, diz.

Ao refletir sobre os limites da cidade e a construção de muros em favelas no Rio de Janeiro, o professor Cássio Eduardo Viana Hissa, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFMG, afirma que não há e não poderá haver, sobretudo no capitalismo, uma cidade inteira. Segundo ele, a ideia de inteireza não é recortada apenas pelas topografias, edificações e circulação, mas pelas práticas sociais e pelas relações de identidade e de conflito. “Isso significa que há limites nos interiores da cidade. Há cidades na cidade. Para o
cidadão, também, não há uma cidade inteira: há a cidade para ele, que é feita nas relações que estabelece com o mundo urbano, com as pessoas, e através de um experimentar a cidade que ele próprio desenha.”

Hissa afirma que os habitantes interpretam a cidade a partir de paradigmas que lhes interessam porque se referem à história com a qual se identificam. “A interpretação que fazemos da cidade é a de nós mesmos, feita por nós e para o outro. Mas a ciência moderna ainda confia na fidelidade cartesiana das cartografias”, reflete. E diz que a edificação de uma muralha, por exemplo, poderá fazer as pessoas descobrirem que tal recorte existe nelas sem que se deem conta disso. “Desde as cidades medievais até as modernas, as muralhas, os sinais de grafite nos muros, as tintas no asfalto podem mostrar onde começa, termina e para onde segue a nossa cidade e a dos outros. Talvez ainda mais, tal desenho poderá nos dizer algo acerca de nós mesmos no mundo”, sugere.

Aproximando as ideias defendidas pelos professores da UFMG e o teor da citação do escritor português, percebe-se que a interpretação feita por ___________________ evidencia uma leitura da cidade a partir da ótica de que práticas e vivências sociais criam cidades dentro da cidade, ao passo que a análise de ___________________ dá visibilidade à cidade e sua relação com as políticas públicas. Por outro lado, a ideia defendida por _____________________ mostra que as cidades são também concebidas como construções individuais cujos limites são estabelecidos com sinais físicos, os quais, além de desenhar para os habitantes a sua cidade e a dos outros, são uma forma de interpretação de si próprios.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.

 

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959769 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
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Para responder a questão, considere a frase do escritor português José Saramago e parte de um artigo sobre cidades publicado em uma revista acadêmica brasileira.

“No interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos.”

(José Saramago)

Apesar de concentrar características execradas pelos seus habitantes, a cidade continua exercendo um grande poder de atração, avalia o professor João Júlio Vitral Amaro, do Departamento de Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG. Curiosamente, na venda de casas e apartamentos construídos fora da área urbanizada, um dos itens que mais valorizam os imóveis é a vista que eles proporcionam da própria cidade.

“Parece paradoxal, mas não é”, afirma Vitral Amaro. Trata-se, segundo ele, de um certo recuo, mas nunca um abandono da cidade. “A cidade tem esse poder de atração porque é onde melhor administramos o tempo de encontro e o de recuo, uma coisa da própria natureza humana: somos mamíferos, gregários, animais de rebanho, e todo mamífero necessita de uma certa modulação do território, escolhendo as horas de maior ou menor proximidade”, avalia.

A atração exercida pela cidade põe para a sociedade o desafio de encontrar soluções para problemas que crescem junto com a mancha urbana. “O desafio de uma cidade do futuro não é tanto uma reflexão científica, pelo menos não é uma questão de volume de informação ou de conhecimento sobre a cidade”, opina Vitral. Para ele, a cidade que conseguirmos pensar “tem a ver com o tipo de futuro que estamos esperando”. E comenta: “Estamos tão pobres ao pensar o tema cidade, que deixamos a discussão se reduzir ao dilema murar ou não murar favela”. Em sua opinião, a pergunta deveria ser: nós, brasileiros, queremos ter favelas daqui a 50 anos?

Segundo Vitral Amaro, cada povo define para si um futuro, a exemplo do que fez o Brasil na década de 1960, ao construir Brasília. “Naquele momento, enviamos uma mensagem para o futuro.

Hoje é como se o país tivesse se recolhido, e a própria incapacidade de vislumbrar a cidade do futuro reflete essa falta de perspectiva de pensar o próprio futuro como nação”, diz.

Ao refletir sobre os limites da cidade e a construção de muros em favelas no Rio de Janeiro, o professor Cássio Eduardo Viana Hissa, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFMG, afirma que não há e não poderá haver, sobretudo no capitalismo, uma cidade inteira. Segundo ele, a ideia de inteireza não é recortada apenas pelas topografias, edificações e circulação, mas pelas práticas sociais e pelas relações de identidade e de conflito. “Isso significa que há limites nos interiores da cidade. Há cidades na cidade. Para o
cidadão, também, não há uma cidade inteira: há a cidade para ele, que é feita nas relações que estabelece com o mundo urbano, com as pessoas, e através de um experimentar a cidade que ele próprio desenha.”

Hissa afirma que os habitantes interpretam a cidade a partir de paradigmas que lhes interessam porque se referem à história com a qual se identificam. “A interpretação que fazemos da cidade é a de nós mesmos, feita por nós e para o outro. Mas a ciência moderna ainda confia na fidelidade cartesiana das cartografias”, reflete. E diz que a edificação de uma muralha, por exemplo, poderá fazer as pessoas descobrirem que tal recorte existe nelas sem que se deem conta disso. “Desde as cidades medievais até as modernas, as muralhas, os sinais de grafite nos muros, as tintas no asfalto podem mostrar onde começa, termina e para onde segue a nossa cidade e a dos outros. Talvez ainda mais, tal desenho poderá nos dizer algo acerca de nós mesmos no mundo”, sugere.

O fragmento destacado a seguir serve de base para responder a questão.

A atração exercida pela cidade põe para a sociedade o desafio de encontrar soluções para problemas que crescem junto com a mancha urbana.

No contexto, a expressão mancha urbana é entendida como

 

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959580 Ano: 2016
Disciplina: Português
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Para responder a questão, considere a frase do escritor português José Saramago e parte de um artigo sobre cidades publicado em uma revista acadêmica brasileira.

“No interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos.”

(José Saramago)

Apesar de concentrar características execradas pelos seus habitantes, a cidade continua exercendo um grande poder de atração, avalia o professor João Júlio Vitral Amaro, do Departamento de Urbanismo da Escola de Arquitetura da UFMG. Curiosamente, na venda de casas e apartamentos construídos fora da área urbanizada, um dos itens que mais valorizam os imóveis é a vista que eles proporcionam da própria cidade.

“Parece paradoxal, mas não é”, afirma Vitral Amaro. Trata-se, segundo ele, de um certo recuo, mas nunca um abandono da cidade. “A cidade tem esse poder de atração porque é onde melhor administramos o tempo de encontro e o de recuo, uma coisa da própria natureza humana: somos mamíferos, gregários, animais de rebanho, e todo mamífero necessita de uma certa modulação do território, escolhendo as horas de maior ou menor proximidade”, avalia.

A atração exercida pela cidade põe para a sociedade o desafio de encontrar soluções para problemas que crescem junto com a mancha urbana. “O desafio de uma cidade do futuro não é tanto uma reflexão científica, pelo menos não é uma questão de volume de informação ou de conhecimento sobre a cidade”, opina Vitral. Para ele, a cidade que conseguirmos pensar “tem a ver com o tipo de futuro que estamos esperando”. E comenta: “Estamos tão pobres ao pensar o tema cidade, que deixamos a discussão se reduzir ao dilema murar ou não murar favela”. Em sua opinião, a pergunta deveria ser: nós, brasileiros, queremos ter favelas daqui a 50 anos?

Segundo Vitral Amaro, cada povo define para si um futuro, a exemplo do que fez o Brasil na década de 1960, ao construir Brasília. “Naquele momento, enviamos uma mensagem para o futuro.

Hoje é como se o país tivesse se recolhido, e a própria incapacidade de vislumbrar a cidade do futuro reflete essa falta de perspectiva de pensar o próprio futuro como nação”, diz.

Ao refletir sobre os limites da cidade e a construção de muros em favelas no Rio de Janeiro, o professor Cássio Eduardo Viana Hissa, do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFMG, afirma que não há e não poderá haver, sobretudo no capitalismo, uma cidade inteira. Segundo ele, a ideia de inteireza não é recortada apenas pelas topografias, edificações e circulação, mas pelas práticas sociais e pelas relações de identidade e de conflito. “Isso significa que há limites nos interiores da cidade. Há cidades na cidade. Para o
cidadão, também, não há uma cidade inteira: há a cidade para ele, que é feita nas relações que estabelece com o mundo urbano, com as pessoas, e através de um experimentar a cidade que ele próprio desenha.”

Hissa afirma que os habitantes interpretam a cidade a partir de paradigmas que lhes interessam porque se referem à história com a qual se identificam. “A interpretação que fazemos da cidade é a de nós mesmos, feita por nós e para o outro. Mas a ciência moderna ainda confia na fidelidade cartesiana das cartografias”, reflete. E diz que a edificação de uma muralha, por exemplo, poderá fazer as pessoas descobrirem que tal recorte existe nelas sem que se deem conta disso. “Desde as cidades medievais até as modernas, as muralhas, os sinais de grafite nos muros, as tintas no asfalto podem mostrar onde começa, termina e para onde segue a nossa cidade e a dos outros. Talvez ainda mais, tal desenho poderá nos dizer algo acerca de nós mesmos no mundo”, sugere.

Na frase de José Saramago, o segmento realmente contribui para destacar a oposição entre a cidade de todos e a cidade na qual vivemos

 

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