Magna Concursos

Foram encontradas 69 questões.

910358 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O passado anda atrás de nós
como os detetives os cobradores os ladrões
o futuro anda na frente
como as crianças os guias de montanha
os maratonistas melhores
do que nós
salvo engano o futuro não se imprime
como o passado nas pedras nos móveis no rosto
das pessoas que conhecemos
o passado ao contrário dos gatos
não se limpa a si mesmo
aos cães domesticados se ensina
a andar sempre atrás do dono
mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem
pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro
este besouro este vulcão este despenhadeiro
à frente de nós à frente deles
corre o cão

ANA MARTINS MARQUES
O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

aos cães domesticados se ensina

a andar sempre atrás do dono

mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem (v. 12-14)

Nesses versos, sugere-se uma ideia a respeito da relação entre cães e seres humanos. Essa ideia, no verso destacado, recebe da poeta a seguinte avaliação:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
907142 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Há alguns meses fui convidado a visitar o Museu da Ciência de La Coruña, na Galícia. Ao final da visita, o curador1 anunciou que tinha uma surpresa para mim e me conduziu ao planetário2. Um planetário sempre é um lugar sugestivo, porque, quando se apagam as luzes, temos a impressão de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguardava.

De repente a sala ficou inteiramente às escuras, e ouvi um lindo acalanto de Manuel de Falla. Lentamente (embora um pouco mais depressa do que na realidade, já que a apresentação durou ao todo quinze minutos) o céu sobre minha cabeça se pôs a rodar. Era o céu que aparecera sobre minha cidade natal – Alessandria, na Itália – na noite de 5 para 6 de janeiro de 1932, quando nasci. Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida.

Vivenciei-a pela primeira vez, pois não tinha visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha mãe a viu, exausta como estava depois de me dar à luz; mas talvez meu pai a tenha visto, ao sair para o terraço, um pouco agitado com o fato maravilhoso (pelo menos para ele) que testemunhara e ajudara a produzir.

O planetário usava um artifício mecânico que se pode encontrar em muitos lugares. Outras pessoas talvez tenham passado por uma experiência semelhante. Mas vocês hão de me perdoar se durante aqueles quinze minutos tive a impressão de ser o único homem desde o início dos tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu próprio começo. Eu estava tão feliz que tive a sensação – quase o desejo – de que podia, deveria morrer naquele exato momento e que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a mais bela história que li em toda a minha vida.

Talvez eu tivesse encontrado a história que todos nós procuramos nas páginas dos livros e nas telas dos cinemas: uma história na qual as estrelas e eu éramos os protagonistas. Era ficção porque a história fora reinventada pelo curador; era História porque recontava o que acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real e não uma personagem de romance.

UMBERTO ECO Adaptado de Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução: Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

1 curador − responsável pelo museu

2 planetário − local onde é possível reproduzir o movimento dos astros

No último parágrafo, ao descrever a experiência vivida no planetário, o autor identifica três efeitos: de ficção, de História e de realidade.

De acordo com a exposição do autor, a interação entre esses três efeitos pode ser descrita como uma relação de:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
905975 Ano: 2016
Disciplina: Física
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Um sistema é constituído por seis moedas idênticas fixadas sobre uma régua de massa desprezível que está apoiada na superfície horizontal de uma mesa, conforme ilustrado abaixo. Observe que, na régua, estão marcados pontos equidistantes, numerados de 0 a 6.

enunciado 2037678-1

Ao se deslocar a régua da esquerda para a direita, o sistema permanecerá em equilíbrio na horizontal até que determinado ponto da régua atinja a extremidade da mesa.

De acordo com a ilustração, esse ponto está representado pelo seguinte número:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
898575 Ano: 2016
Disciplina: Francês (Língua Francesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

LE PETIT CHAPERON ROUGE

Il était une fois une jeune fille habitant à l’orée de la forêt avec sa mère. L’enfant était appelée Le Petit Chaperon Rouge, en référence à un conte bien connu, car ses vêtements étaient d’un rouge éclatant. Les événements ici racontés eurent lieu lorsque la période des soldes venait de se terminer et que le portable GMS envahit toutes les boutiques. Le Petit Chaperon Rouge supplia sa mère de lui en acheter un. Mais la mère était écolo: les GMS, ça te grille les neurones, ça pollue, ça te rend accro...

Un jour, la mère vint demander à sa fille d’apporter un bon gâteau bien bio à sa grand-mère. La jeune fille prit le gâteau, mit son veston rouge et entra dans la forêt, ne se doutant pas que, pas loin de là, le vieux loup camionneur rôdait. Sur le GPS du loup apparut immédiatement un point indiquant “petit chaperon rouge” (je sais, c’est un GPS de qualité). Le GPS indiquait que le petit bonhomme rouge prenait une impasse qui n’avait pour arrivée qu’une seule et unique maison indiquant “maison de la grand-mère du petit chaperon rouge” (oui, il est vraiment très précis ce GPS).

Alors, le loup entra dans la ville, pénétra une impasse et se précipita sur la maison de la grandmère. Il appuya sur la sonnette et entendit une voix tremblante se demander qui était là.

– Salut, grand-mère, répondit le loup en imitant une voix de jeune fille, légèrement enraillée.

C’est Le Petit Chaperon Rouge, je peux entrer?

– Bien sûr, mon enfant, répondit naïvement la grand-mère un peu sourde.

Le loup entra à la volée et se jeta sur la vieille dame couchée sur un matelas. Elle était périmée depuis longtemps, pensa le loup qui la jeta sous le lit et alla s’enfoncer sous les draps. Quelques instants plus tard, la sonnette retentit et le loup en imitant la voix de la vieille femme s’écria:

– Qui est là?

– C’est Le Petit Chaperon Rouge, mamy, je peux entrer?

– Bien sûr, mon enfant, répondit le loup en feintant la voix de la grand-mère.

La jeune fille remarqua quelques changements perturbants, elle demanda:

– Eh, mamy, depuis quand as-tu une montre?

– Euh, depuis peu, hésita le loup. C’est pour vérifier que les livreurs de pizza arrivent bien à l’heure.

– Eh, mamy, c’est quoi ton nouveau parfum?, continua Le Chaperon Rouge.

– C’est l’haleine de loup, très à la mode ces derniers temps, répondit le loup.

– D’accord, mamy, mais pourquoi as-tu une dent en or?

– Ah, c’est pour mieux te manger sans risquer de me casser les dents, s’écria le loup sortant de sous les draps.

Et il bondit sur Le Petit Chaperon Rouge, dévorant l’enfant comme excellent dessert.

Moralité de l’histoire: si la mère avait acheté un GMS à sa fille, celle-ci aurait pu commander un fast-food pour sa grand-mère, et tout ça ne se serait pas passé.

histoirechaperon.canalblog.com

Ce texte est une nouvelle version d’un conte traditionnel bien connu.

L’élément commun aux deux versions de l’histoire est présent dans l’alternative suivante:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
892969 Ano: 2016
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Um fisioterapeuta elaborou o seguinte plano de treinos diários para o condicionamento de um maratonista que se recupera de uma contusão:

• primeiro dia - corrida de 6 km;

• dias subsequentes - acréscimo de 2 km à corrida de cada dia imediatamente anterior.

O último dia de treino será aquele em que o atleta correr 42 km.

O total percorrido pelo atleta nesse treinamento, do primeiro ao último dia, em quilômetros, corresponde a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
890647 Ano: 2016
Disciplina: Física
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Duas carretas idênticas, A e B, trafegam com velocidade de 50 km/h e 70 km/h, respectivamente. Admita que as massas dos motoristas e dos combustíveis são desprezíveis e que EA é a energia cinética da carreta A e EB a da carreta B.

A razão !$ \large{E_A \over E_B} !$ equivale a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
888999 Ano: 2016
Disciplina: Geografia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Nas imagens, estão representadas a malha urbana da cidade de Toledo, com suas ruas estreitas de origem medieval, e a de um bairro de Los Angeles, cidade estadunidense que se expandiu principalmente após a Segunda Guerra Mundial.

enunciado 2036427-1

A diferença entre as duas malhas urbanas é explicada pela relação entre dois fatores que contribuíram para a organização desses espaços, embora em épocas bastante distintas.

Esses fatores estão apontados em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
888964 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Pietro Brun, meu tetravô paterno, embarcou em um navio no final do século 19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo nome de América. Pietro queria terra, sim. Mas o que o movia era um território de outra ordem. Ele queria salvar seu nome, encarnado na figura de meu bisavô, Antônio. Pietro fora obrigado a servir o exército como soldado por anos demais (...). Havia chegado a hora de Antônio se alistar, e o pai decidiu que não perderia seu filhoA). Fugiu com ele e com a filha Luigia para o sul do Brasil. Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se afastava do porto de Gênova. Embarcou como clandestino.

Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro declarou o nome completo. O funcionário do Império, como aconteceu tantas e tantas vezes, registrou-o conforme ouviu. Tornando-o, no mundo novo, Brum – com “m”. Meu pai, Argemiro, filho de José, neto de Antônio e bisneto de Pietro, tomou para si a missão de resgatar essa história e documentá-la.

No início dos anos 1990 cogitamos reivindicar a cidadania italianaB). Possuímos todos os documentos, organizados numa pasta. Mas entre nós existe essa diferença na letra. Antes de ingressar com a documentação, seria preciso corrigir o erro do burocrata do governo imperial que substituiu um “n” por um “m”C). Um segundo ele deve ter demorado para nos transformar, e com certeza morreu sem saber. E, se soubesse, não teria se importado, porque era apenas o nome de mais um imigrante a bater nas costas do Brasil despertencido de tudo.

Cabia a mim levar essa empreitada adiante.

Há uma autonomia na forma como damos carne ao nosso nome com a vida que construímos – e não com a que herdamos. (...) Eu escolho a memória. A desmemória assombra porque não a nomeamos, respira em nossos porões como monstros sem palavras. A memória, não. É uma escolha do que esquecer e do que lembrar – e uma oportunidade de ressignificar o passado para ganhar um futuro. Pela memória nos colocamos não só em movimento, mas nos tornamos o próprio movimento. Gesto humano, para sempre incompleto.

Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou “m”. Mas essa perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava uma perda.

(...)

Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivos na margem que se distanciou, ele não poderia ser o mesmo ao alcançar o outro ladoD). Ele tinha de ser outro, assim como nós, que resultamos dessa aventura desesperada. Era imperativo que ele fosse Pietro Brum – e depois até Pedro Brum.

ELIANE BRUM Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras. São Paulo: LeYa, 2014.

No texto, a autora narra fatos e expõe suas opiniões relacionados à vinda de sua família para o Brasil.

Uma dessas opiniões está explicitada em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
880541 Ano: 2016
Disciplina: História
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

enunciado 2035719-1

Charge da Revista Tagarela, publicada em agosto de 1904, em que três doenças – febre amarela, peste bubônica e varíola – realizam conferência na cidade do Rio de Janeiro.

A capital da República não pode continuar a ser apontada como sede de vida difícil, quando tem fartos elementos para constituir o mais notável centro de atração de braços, de atividade e de capitais nesta parte do mundo.

RODRIGUES ALVES, presidente da República, 1902-1906.

Adaptado de FIDÉLIS, C.; FALLEIROS, I. (Org.). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio da história. Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010.

No início do século XX, enquanto a charge ironizava um dos graves problemas que afetava a população da cidade do Rio de Janeiro, o pronunciamento do então presidente Rodrigues Alves enfatizava a preocupação com o que poderia comprometer o desenvolvimento da capital da República.

Naquele contexto, uma ação governamental para promover tal desenvolvimento e um resultado obtido, foram, respectivamente:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
879791 Ano: 2016
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

LITTLE RED RIDING HOOD

There once was a young person named Little Red Riding Hood who lived on the edge of a large forest full of endangered fauna and rare plants. One day her mother asked her to take a basket of organically grown fruit and mineral water to her grandmother’s house.

– But mother, won’t this be stealing work from the people who have struggled for years to earn the right to carry all packages between various people in the woods?

Red Riding Hood’s mother assured her that she had called the union secretary and had been given a special compassionate mission exemption form.

– But mother, aren’t you oppressing me by ordering me to do this?

Red Riding Hood’s mother pointed out that it was impossible for women to oppress each other, since all women were equally oppressed until all women were free.

On her way to grandma’s house, Red Riding Hood passed a woodchopper and wandered off the path in order to examine some flowers. She was startled to find herself standing before a wolf, who asked her what was in her basket.

– I am taking my grandmother some healthy snacks in a gesture of solidarity. Now, if you’ll excuse me, I would prefer to be on my way.

Red Riding Hood returned to the main path and proceeded towards her grandmother’s house. But the wolf knew of a quicker route to grandma’s house. He burst into the house and ate grandma, a course of action affirmative of his nature as a predator. He put on grandma’s nightclothes and awaited.

Red Riding Hood entered the cottage and said:

– Goodness! grandma, what big eyes you have!

– You forget that I am optically challenged.

– And grandma, what an enormous nose you have!

– Naturally, I could have had it surgically fixed, but I didn’t give in to such societal pressures, my child.

– And grandma, what very big, sharp teeth you have!

The wolf could not take any more of this, grabbed Little Red Riding Hood and opened his jaws so wide that she could see her poor grandmother in his belly.

At the same time, the woodchopper burst into the cottage, brandishing an axe.

– Hands off!, cried the woodchopper.

– And what do you think you’re doing?, cried Little Red Riding Hood. If I let you help me now, I would be expressing a lack of confidence in my own abilities.

– Get your hands off that endangered species! This is a police raid!, screamed the woodchopper.

– Thank goodness you got here in time, said the Wolf. I thought I was a goner.

guy-sports.com

This modern version of the fairy tale Little Red Riding Hood addresses different social issues.

One of these issues is:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas