Executar uma obra de arte significa acrescentar-lhe algo de estranho, expô-la a inevitáveis falseamentos ou disfarces.

Ler uma obra de arte também quer dizer visualizá-la. Em uma pintura, o olhar do leitor reconstrói a realidade viva da obra, multiplicando as perspectivas, escolhendo pontos de vista.

Tanto na música como no teatro, a realização da obra está indivisivelmente ligada à decifração de uma escrita simbólica, como no caso da partitura, ou na apresentação de uma obra ao público.

A leitura de um texto musical ou dramático deve trazê-lo à vida, tirar a obra de uma aparente imobilidade para devolverlhe a sua pulsação e fazer com que aquele conjunto de sons, de vozes, de gestos que o intérprete realiza seja a própria obra na sua realidade plena e completa.

A contemplação a uma obra de arte é um estado de passividade. Uma condição de inércia, na qual o leitor é levado pela obra de arte e se perde nela. Na contemplação, somente deve imperar a obra, única protagonista da cena.

Compete à estética estabelecer as especificidades de cada arte, mas deve fazê-lo em um plano que interesse a todas as artes, isto é, tendo em conta todos os aspectos da experiência artística.

A estética torna o artista e o crítico mais conscientes do seu respectivo trabalho, podendo influir de modo expressivo no seu gosto e modo de criar, juízo e modo de interpretar.

A estética tem caráter normativo e valorativo, pois define as normas para o artista e os critérios para o crítico.

A observação é uma habilidade quase inteiramente adquirida. Depende de olhar com interesse dirigido, examinar minuciosamente e focalizar com atenção determinado objeto.