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Foram encontradas 50 questões.

3167260 Ano: 2023
Disciplina: Português
Banca: VUNESP
Orgão: Pref. Santo André-SP

Leia o texto para responder às questões de números 35 a 43.

‘Te amo’ é resposta brasileira

à dificuldade de amar em português

Foi por Sérgio Rodrigues, que leio sempre com prazer nesta Folha, que soube que uma página de internet dedicada ao português desaconselha o uso da expressão “te amo” porque “não se pode começar frase com pronome oblíquo átono”.

Ora, a formulação “te amo” é uma excelente resposta brasileira à dificuldade de amar em português. No português de Portugal nós dizemos “amo-te”, uma palavra essa sim verdadeiramente átona que, dita com o sotaque europeu, parece mais um rosnado do que um arrebatamento apaixonado.

Boas alternativas são difíceis de encontrar. Em tempos propus a substituição de “amo-te” por “estimo-te intensamente”, esperando que a aliteração do t animasse a declaração, até por remeter para o som festivo das latas que se costumam atar ao carro dos recém-casados.

A minha sugestão não foi bem-sucedida. Ninguém aceitou passar a estimar intensamente, e o problema é tão grave que, muitas vezes, por falta de alternativas satisfatórias, falantes de português decidem cair nos braços da língua inglesa, caso de Marisa Monte quando celebremente declarou “amor, I love you”.

Mas a opção brasileira por “te amo” merece encorajamento, e não repúdio. Ao contrário do que sugere a página citada por Sérgio Rodrigues, a expressão “te amo” não começa com um pronome átono. Ou melhor, talvez comece se for eu a proferi-la com o sotaque português. Mas um brasileiro não diz “te amo”. Diz “tchi amo”. E “tchi” não é átono, é tônico. Tônico como um gin tônico, tanto que parece o som de um copo a bater no outro. “Tchi amo” é uma declaração de amor e um brinde. Ainda agora o amor começou e quem o declara já está a brindar a ele.

É uma excelente alternativa. Pelo menos, muito melhor do que “estimo-te intensamente”.

(Ricardo Araújo Teixeira. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas, 08. 04. 2023. Adaptado)

O texto pertence ao gênero artigo de opinião. Nele, o autor defende que

 

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3167259 Ano: 2023
Disciplina: Português
Banca: VUNESP
Orgão: Pref. Santo André-SP

Leia o texto para responder às questões de números 33 e 34.

Ainda decorrente da opção teórica geral do documento, que considera a língua numa perspectiva enunciativo-discursiva, cabe uma última palavra sobre a reflexão linguística-semiótica: além da continuidade do estudo da ortografia, pontuação e acentuação em suas regularidades e irregularidades, são aprofundados, progressivamente, os estudos que regem a língua dentro da norma padrão. Mas é importante ressaltar que esses devem estar articulados aos outros eixos de aprendizagem. Isso significa que o estudo da língua deve se colocar a favor da construção do sentido, do reconhecimento das estratégias do dizer.

(Currículo Paulista – Língua Portuguesa, p. 127)

Redes de ensino como as do Ceará e de São Paulo já têm aplicado avaliações para conhecer mais sobre o desenvolvimento socioemocional de seus estudantes e educadores, criando bússolas que apontam onde é possível melhorar e qual caminho seguir.

(Viviane Senna. https://www.estadao.com.br/opiniao, 19.04.2023. Adaptado)

No Currículo Paulista, afirma-se que “o estudo da língua deve se colocar a favor da construção do sentido, do reconhecimento das estratégias do dizer”. Com relação ao texto, esse posicionamento se confirma com a análise e o reconhecimento de que

 

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Leia o texto para responder às questões de números 03 a 10.

Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

A colocação pronominal está em conformidade com a norma-padrão em:

 

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Leia o texto para responder às questões de números 03 a 10.

Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Considere as passagens:

• Lá [...] estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos...

• ... quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar!

As vírgulas, na primeira passagem, e o ponto de exclamação, na segunda, são empregados, correta e respectivamente, para

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Sobre o emprego dos termos destacados nas passagens – Pra lhes dizer a verdade... – e – , bem no começo, seguindo a ordem alfabética... –, é correto afirmar que o primeiro se refere

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Sem prejuízo de sentido ao texto original e em conformidade com a norma-padrão, a passagem – ... sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. – está adequadamente reescrita em:

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Ao descrever a organização do almanaque, o autor deixa claro que ele estava organizado

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Na passagem – Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. – a pergunta destacada expressa

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

De acordo com o narrador, a intenção da consulta do pai ao almanaque era

 

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Pra lhes dizer a verdade, não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque, velharia do século passado, e que catalogava os municípios das Minas Gerais, um por um. Tenho de confessar que, como aquele, ainda não vi outro, tão bem arranjado e consciente das coisas que deviam ser preservadas para a posteridade. Tanto assim que, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, descrevia o povo, listando os vultos mais ilustres, começando, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas, passando então aos médicos, boticários, bacharéis e sacerdotes, sem se esquecer, ainda que no fim, dos mestres-escolas. Lá, bem no começo, seguindo a ordem alfabética, estava Boa Esperança, terra de meu pai, e ele ajeitou os óculos para ver se descobria naquele registro do passado a informação de algum antepassado ilustre, quem sabe alguma glória de que se pudesse gabar! E o dedo indicador foi percorrendo o rol dos importantes pelo sobrenome, pois que de primeiro nome todas as memórias já tinham sido apagadas. Até que parou. Lá estava. Não podia haver dúvidas. O sobrenome era o mesmo: Espírito Santo. Profissão: tropeiro. Tropeiro? Isto mesmo. E com a tropa de burros e o barulho imaginário dos sinos da madrinha, pelas trilhas da serra da Boa Esperança que o Lamartine Babo cantou, foram-se também as esperanças de um passado glorioso.

(Rubem Alves, Conversas com quem gosta de ensinar. Adaptado)

Considere os enunciados:

• Não sei onde meu pai arranjou aquele almanaque que catalogava os municípios das Minas Gerais, um ___________ um.

• Tenho de confessar que, igual __________, ainda não vi outro.

• O almanaque, além de exaltar as belezas do lugar e as excelências do clima, listando os vultos mais ilustres, descrevia o povo, __________ começar, como era de se esperar, pelos capitalistas, fazendeiros e donos de lojas...

De acordo com a norma-padrão, as lacunas dos enunciados devem ser preenchidas, respectivamente, com:

 

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