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Foram encontradas 100 questões.

1356952 Ano: 2013
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Harvard conducted one of the longest and most comprehensive studies of human development — the 75 year old Grant Study — that’s reached some fascinating conclusions regarding the recipe for leading a happy life. The sample group was comprised of healthy male Harvard college students who, over the course of their lifetime, agreed to meet with an array of scientists and researchers who measured their psychological, physical and anthropological traits. Though all identities are confidential, it was recently discovered that John F. Kennedy was a sample participant. Following these men through times of war, their careers, parenthood and old age, the Grant Study has amassed an exorbitant amount of data that deeply reflects the human condition. What can be concluded from seven decades of data? It is quite simple actually; warm relationships between parents, spouses, children and friends have the greatest impact on your health and happiness in old age. The study found that 93 percent of the sample group who were thriving at age 65, had a close relationship with a sibling when they were younger. As George Vaillant, the lead director of the study states, it can all be boiled down into five simple words: “Happiness is love. Full stop.” (Business Insider.)
http://www.goodnet.org/articles/1055 (acesso em 10/06/2013).
A Grant Study, pesquisa realizada pela Universidade de Harvard,
 

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1356551 Ano: 2013
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Harvard conducted one of the longest and most comprehensive studies of human development — the 75 year old Grant Study — that’s reached some fascinating conclusions regarding the recipe for leading a happy life. The sample group was comprised of healthy male Harvard college students who, over the course of their lifetime, agreed to meet with an array of scientists and researchers who measured their psychological, physical and anthropological traits. Though all identities are confidential, it was recently discovered that John F. Kennedy was a sample participant. Following these men through times of war, their careers, parenthood and old age, the Grant Study has amassed an exorbitant amount of data that deeply reflects the human condition. What can be concluded from seven decades of data? It is quite simple actually; warm relationships between parents, spouses, children and friends have the greatest impact on your health and happiness in old age. The study found that 93 percent of the sample group who were thriving at age 65, had a close relationship with a sibling when they were younger. As George Vaillant, the lead director of the study states, it can all be boiled down into five simple words: “Happiness is love. Full stop.” (Business Insider.)
http://www.goodnet.org/articles/1055 (acesso em 10/06/2013).
Substituindo os adjetivos long e comprehensive, respectivamente, por easy e rich na oração “Harvard conducted one of the longest and most comprehensive studies of human development”, teremos:
 

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1356532 Ano: 2013
Disciplina: Física
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Sobre uma placa de vidro plana é colocada uma lente plano-côncava, com 1,50 de índice de refração e concavidade de 8,00 m de raio voltada para baixo. Com a lente iluminada perpendicularmente de cima por uma luz de comprimento de onda 589 nm (no ar), aparece um padrão de interferência com um ponto escuro central circundado por anéis, dos quais 50 são escuros, inclusive o mais externo na borda da lente. Este padrão de interferência aparece devido ao filme de ar entre a lente e a placa de vidro (como esquematizado na figura). A espessura da camada de ar no centro do padrão de interferência e a distância focal da lente são, respectivamente,
enunciado 1356532-1
 

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1356170 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengo.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem –fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha – também se fixou pelo consenso do público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humour que são O Garoto, Ombro Arma, Em Busca do Ouro e O Circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário dom de discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. O olhar de Carlito, no filme O Circo, para a brioche do menino faz rir a criançada como um gesto de gulodice engraçada. Para um adulto pode sugerir da maneira mais dramática todas as categorias do desejo. A sua arte simplificou-se ao mesmo tempo que se aprofundou e alargou. Cada espectador pode encontrar nela o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso.
Essas reflexões me acudiram ao espírito ao ler umas linhas da entrevista fornecida a Florent Fels pelo pintor Pascin, búlgaro naturalizado americano. Pascin não gosta de Carlito e explicou que uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significação muito diversa da que lhe dão fora de lá. Nos Estados Unidos Carlito é o sujeito que não sabe fazer as coisas como todo mundo, que não sabe viver como os outros, não se acomoda em meio algum, –em suma um inadaptável. O espectador americano ri satisfeito de se sentir tão diferente daquele sonhador ridículo. É isto que faz o sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito com as suas lamentáveis aventuras constitui ali uma lição de moral para educação da mocidade no sentido de preparar uma geração de homens hábeis, práticos e bem quaisquer!
Por mais ao par que se esteja do caráter prático do americano, do seu critério de sucesso para julgamento das ações humanas, do seu gosto pela estandardização, não deixa de surpreender aquela interpretação moralista dos filmes de Chaplin. Bem examinadas as coisas, não havia motivo para surpresa. A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, o que propõe o pacto contra a guerra e ao mesmo tempo assalta a Nicarágua, não poderia sentir de outro modo.
Não importa, não será menos legítima a concepção contrária, tanto é verdade que tudo cabe na humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fraco, de um pulha, de um inadaptável, posso eu interpretar Carlito como um herói. Carlito passa por todas as misérias sem lágrimas nem queixas. Não é força isto? Não perde a bondade apesar de todas as experiências, e no meio das maiores privações acha um jeito de amparar a outras criaturas em aperto. Isso é pulhice?
Aceita com estoicismo as piores situações, dorme onde é possível ou não dorme, come sola de sapato cozida como se se tratasse de alguma língua do Rio Grande. É um inadaptável?
Sem dúvida não sabe se adaptar às condições de sucesso na vida. Mas haverá sucesso que valha a força de ânimo do sujeito sem nada neste mundo, sem dinheiro, sem amores, sem teto, quando ele pode agitar a bengalinha como Carlito com um gesto de quem vai tirar a felicidade do nada? Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os transeuntes vão parando e acercando-se do grupo com um ar de curiosidade interesseira. Todos têm uma fisionomia preocupada. Carlito é o único que está certo do prazer ingênuo de olhar.
Neste sentido Carlito é um verdadeiro professor de heroísmo. Quem vive na solidão das grandes cidades não pode deixar de sentir intensamente o influxo da sua lição, e uma simpatia enorme nos prende ao boêmio nos seus gestos de aceitação tão simples.
Nada mais heróico, mais comovente do que a saída de Carlito no fim de O Circo. Partida a companhia, em cuja troupe seguia a menina que ele ajudara a casar com outro, Carlito por alguns momentos se senta no círculo que ficou como último vestígio do picadeiro, refletindo sobre os dias de barriga cheia e relativa felicidade sentimental que acabava de desfrutar. Agora está de novo sem nada e inteiramente só. Mas os minutos de fraqueza duram pouco. Carlito levanta-se, dá um puxão na casaquinha para recuperar a linha, faz um molinete com a bengalinha e sai campo afora sem olhar para trás. Não tem um vintém, não tem uma afeição, não tem onde dormir nem o que comer. No entanto vai como um conquistador pisando em terra nova. Parece que o Universo é dele. E não tenham dúvida: o Universo é dele.
Com efeito, Carlito é poeta.
(Em: Crônicas da Província do Brasil. 1937.)
idiossincrasia (linha 3): maneira de ser e de agir própria de cada pessoa.
mamulengo (linha 4): fantoche, boneco usado à mão em peças de teatro popular ou infantil.
tabético (linha 9): que tem andar desgovernado, sem muita firmeza.
dandismo (linha 18): relativo ao indivíduo que se veste e se comporta com elegância.
pulhice (linha 54): safadeza, canalhice.
estoicismo (linha 55): resignação com dignidade diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio.
molinete (linha 71): movimento giratório que se faz com a espada ou outro objeto semelhante.
De acordo com Bandeira,
 

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1343903 Ano: 2013
Disciplina: Literatura Brasileira e Estrangeira
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Em uma passagem do romance Lucíola, de José de Alencar, Lúcia e Paulo vão a uma praia em Niterói, local onde ela passou a infância. Podemos afirmar que esta cena
 

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1324251 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Ritos
Nos filmes americanos do passado, quando alguém estava falando ao telefone e a linha de repente era cortada, a pessoa batia repetidamente no gancho, dizendo “Alô? Alô?”, para ver se o outro voltava. Nunca vi uma linha voltar por esse processo, nem no cinema, nem na vida real, mas era assim que os atores faziam.
Assim como acontecia também com o ato de o sujeito enfiar a carta dentro do envelope elamber este envelope para fechá-lo. Era formidável a “nonchalance” com que os atores lambiam envelopes no cinema americano – a cola devia ser de primeira. Nos nossos envelopes, se não aplicássemos a possante goma arábica, as cartas chegariam abertas ao destino.
Outra coisa que sempre me intrigou nos velhos filmes era: o sujeito recebia um telegrama ou mensagem de um boy, enfiava a mão no bolso lateral da calça e já saía com uma moeda no valor certo da gorjeta, que ele atirava ao ar e o garoto pegava com notável facilidade. Ninguém tirava a moeda do bolsinho caça-níqueis, que é onde os homens costumam guardar moedas.
E ninguém tirava também um cigarro do maço e o levava à boca. Tirava-o da cigarreira ou de dentro do bolso mesmo, da calça ou do paletó. Ou seja, nos velhos filmes americanos, as pessoas andavam com os cigarros soltos pelos bolsos. Acho que era para não mostrar de graça, para milhões, a marca impressa no maço.
Já uma coisa que nunca entendi era por que todo mundo só entrava no carro pelo lado do carona e tinha de vencer aquele banco imenso, passando por cima das marchas, para chegar ao volante. Não seria mais prático, já que iriam dirigir, entrar pelo lado do motorista? Seria. Mas Hollywood, como tantas instituições, em Roma, Tegucigalpa ou Brasília, tinha seus ritos. E vá você entender os ritos, sacros ou profanos.
(Em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2707200805.htm, 27/07/2009)
Nonchalance: indiferença, desinteresse.
Tegucigalpa: capital de Honduras.
O Texto é uma crítica
 

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1323339 Ano: 2013
Disciplina: Matemática
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Para os inteiros positivos !$ k !$ e !$ n !$, com !$ k \le n !$, sabe-se que !$ \large {n+1 \over k+1} \begin{pmatrix} n \\ k \end{pmatrix}=\begin{pmatrix} n+1 \\ k+1 \end{pmatrix} !$.
Então, o valor de !$ \begin{pmatrix} n \\ 0 \end{pmatrix}+\large{1 \over2}\begin{pmatrix} n \\ 1 \end{pmatrix}+\large{1 \over3}\begin{pmatrix} n \\ 2 \end{pmatrix}+\, ... +\large{1 \over n+1} \begin{pmatrix} n \\ n \end{pmatrix} !$ é igual a
 

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1323024 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengo.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas e erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem –fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha – também se fixou pelo consenso do público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humour que são O Garoto, Ombro Arma, Em Busca do Ouro e O Circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário dom de discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. O olhar de Carlito, no filme O Circo, para a brioche do menino faz rir a criançada como um gesto de gulodice engraçada. Para um adulto pode sugerir da maneira mais dramática todas as categorias do desejo. A sua arte simplificou-se ao mesmo tempo que se aprofundou e alargou. Cada espectador pode encontrar nela o que procura: o riso, a crítica, o lirismo ou ainda o contrário de tudo isso.
Essas reflexões me acudiram ao espírito ao ler umas linhas da entrevista fornecida a Florent Fels pelo pintor Pascin, búlgaro naturalizado americano. Pascin não gosta de Carlito e explicou que uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significação muito diversa da que lhe dão fora de lá. Nos Estados Unidos Carlito é o sujeito que não sabe fazer as coisas como todo mundo, que não sabe viver como os outros, não se acomoda em meio algum, –em suma um inadaptável. O espectador americano ri satisfeito de se sentir tão diferente daquele sonhador ridículo. É isto que faz o sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito com as suas lamentáveis aventuras constitui ali uma lição de moral para educação da mocidade no sentido de preparar uma geração de homens hábeis, práticos e bem quaisquer!
Por mais ao par que se esteja do caráter prático do americano, do seu critério de sucesso para julgamento das ações humanas, do seu gosto pela estandardização, não deixa de surpreender aquela interpretação moralista dos filmes de Chaplin. Bem examinadas as coisas, não havia motivo para surpresa. A interpretação cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: o americano bem verdadeiramente americano, o que veda a entrada do seu território a doentes e estropiados, o que propõe o pacto contra a guerra e ao mesmo tempo assalta a Nicarágua, não poderia sentir de outro modo.
Não importa, não será menos legítima a concepção contrária, tanto é verdade que tudo cabe na humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fraco, de um pulha, de um inadaptável, posso eu interpretar Carlito como um herói. Carlito passa por todas as misérias sem lágrimas nem queixas. Não é força isto? Não perde a bondade apesar de todas as experiências, e no meio das maiores privações acha um jeito de amparar a outras criaturas em aperto. Isso é pulhice?
Aceita com estoicismo as piores situações, dorme onde é possível ou não dorme, come sola de sapato cozida como se se tratasse de alguma língua do Rio Grande. É um inadaptável?
Sem dúvida não sabe se adaptar às condições de sucesso na vida. Mas haverá sucesso que valha a força de ânimo do sujeito sem nada neste mundo, sem dinheiro, sem amores, sem teto, quando ele pode agitar a bengalinha como Carlito com um gesto de quem vai tirar a felicidade do nada? Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os transeuntes vão parando e acercando-se do grupo com um ar de curiosidade interesseira. Todos têm uma fisionomia preocupada. Carlito é o único que está certo do prazer ingênuo de olhar.
Neste sentido Carlito é um verdadeiro professor de heroísmo. Quem vive na solidão das grandes cidades não pode deixar de sentir intensamente o influxo da sua lição, e uma simpatia enorme nos prende ao boêmio nos seus gestos de aceitação tão simples.
Nada mais heróico, mais comovente do que a saída de Carlito no fim de O Circo. Partida a companhia, em cuja troupe seguia a menina que ele ajudara a casar com outro, Carlito por alguns momentos se senta no círculo que ficou como último vestígio do picadeiro, refletindo sobre os dias de barriga cheia e relativa felicidade sentimental que acabava de desfrutar. Agora está de novo sem nada e inteiramente só. Mas os minutos de fraqueza duram pouco. Carlito levanta-se, dá um puxão na casaquinha para recuperar a linha, faz um molinete com a bengalinha e sai campo afora sem olhar para trás. Não tem um vintém, não tem uma afeição, não tem onde dormir nem o que comer. No entanto vai como um conquistador pisando em terra nova. Parece que o Universo é dele. E não tenham dúvida: o Universo é dele.
Com efeito, Carlito é poeta.
(Em: Crônicas da Província do Brasil. 1937.)
idiossincrasia (linha 3): maneira de ser e de agir própria de cada pessoa.
mamulengo (linha 4): fantoche, boneco usado à mão em peças de teatro popular ou infantil.
tabético (linha 9): que tem andar desgovernado, sem muita firmeza.
dandismo (linha 18): relativo ao indivíduo que se veste e se comporta com elegância.
pulhice (linha 54): safadeza, canalhice.
estoicismo (linha 55): resignação com dignidade diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio.
molinete (linha 71): movimento giratório que se faz com a espada ou outro objeto semelhante.
Segundo o texto, herói é aquele que
 

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1318371 Ano: 2013
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A HISTORY OF PI
The history of Pi, says the author, though a small part of the history of mathematics, is nevertheless a mirror of the history of man. Petr Beckmann holds up this mirror, giving the background of the times when Pi made progress — and also when it did not, because science was being stifled by militarism or religious fanaticism. The mathematical level of this book is flexible, and there is plenty for readers of all ages and interests.
ABOUT THE AUTHOR
Petr Beckmann was born in Prague, Czechoslovakia, in 1924. Until 1963, he worked as a research scientist for the Czechoslovak Academy of Sciences, when he was invited as a Visiting Professor to the University of Colorado, where he decided to stay permanently as professor of electrical engineering.
Dr. Beckmann has authored 11 books and more than 50 scientific papers, mostly on probability theory and electromagnetic wave propagation. History is one of his side interests; another is linguistics (he is fluent in five languages and he has worked out a new generative grammar which enables a computer to construct trillions of grammatical sentences from a dictionary of less than 100 unprocessed words).
He also publishes a monthly pro-science, pro-technology, pro-free enterprise newsletter Access to Energy, in which he promotes the viewpoint that clean energy can be made plentiful, but that access to it is blocked by government interference and environmental paranoia.
BECKMANN, Petr. A History of Pi. New York: Barnes & Noble Books, 1983.
Indique o item lexical que pode substituir o sublinhado no trecho “... mostly on probability theory and electromagnetic wave propagation.”, sem prejudicar o seu sentido.
 

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1314956 Ano: 2013
Disciplina: Matemática
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Sejam !$ A=\begin{bmatrix} 1 & -1 & 1 \\ y & -x & 1 \end{bmatrix} !$ e !$ B= \begin{bmatrix} x + 1 & x \\ y-2 & y \\ z + 3 & z \end{bmatrix} !$ matrizes reais tais que o produto !$ AB !$ é uma matriz antissimétrica. Das afirmações abaixo:
I. !$ BA !$ é antissimétrica;
II. !$ BA !$ não é inversível ;
III. O sistema !$ (BA)X=0 !$, com !$ X^t=[x_1\,x_2\,x_3] !$, admite infinitas soluções,
é (são) verdadeira(s)
 

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