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Texto relativo à questão.
Duas classes de um determinado curso universitário receberam a tarefa de realizar medições do peso de 20 de seus colegas, realizando uma amostragem aleatória simples para selecioná-los e, em seguida, construir um histograma para a outra turma de seu curso analisar e realizar estimativas de alguns parâmetros. O histograma de uma das turmas é apresentado a seguir, onde cada coluna apresenta no eixo horizontal do gráfico o ponto médio da classe utilizada para construí-lo. Observe.
“A diferença da mediana menos a média é de , mostrando que a distribuição de pesos destes alunos é .” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmação anterior.
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O legado da servidão
Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.
O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada, criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.
Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-se.
Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”
(Com adaptações, José Carlos Tórtima, “O Globo”, 26/07/2011)
“O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social.” Assinale a alternativa que manteve o sentido original na reescrita do trecho anterior.
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1. Dispositivos de entrada.
2. Dispositivos de saída.
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( ) Projetor.
( ) Scanner.
( ) Impressora.
( ) Monitor.
( ) Mouse.
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- Censo Demográfico 1991 = 146.825.475 habitantes
- Censo Demográfico 2000 = 169.799.170 habitantes
- Censo Demográfico 2010 = 190.755.799 habitantes
Grandes Regiões | Grau de urbanização (%) | ||
1991 | 2000 | 2010 | |
Brasil | 75,6 | 81,2 | 84,4 |
Norte | 59,0 | 69,9 | 73,5 |
Nordeste | 60,7 | 69,1 | 73,1 |
Sudeste | 88,0 | 90,5 | 92,9 |
Sul | 74,1 | 80,9 | 84,9 |
Centro-Oeste | 81,3 | 86,7 | 88,8 |
Data | Participação relativa da população residente (%) | ||||
Norte | Nordeste | Sudeste | Sul | Centro-Oeste | |
01.09.1991 | 6,8 | 28,9 | 42,7 | 15,1 | 6,4 |
01.08.2000 | 7,6 | 28,1 | 42,6 | 14,8 | 6,9 |
01.08.2010 | 8,3 | 27,8 | 42,1 | 14,4 | 7,4 |
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Texto relativo à questão
O Produto Interno Bruto – PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região. A seguir, é apresentada a adaptação de uma tabela publicada pelo IBGE sobre a variação do PIB a preço de mercado (descontando depreciações monetárias) do Brasil sobre Contas Nacionais Trimestrais.
Observe.
Principais resultados do PIB do 1º Trimestre de 2010 ao 4º Trimestre de 2010 | ||||
Taxa (%) | 1º Trimestre 2010 | 2º Trimestre 2010 | 3º Trimestre 2010 | 4º Trimestre 2010 |
Trimestre/mesmo Trimestre do ano anterior | 9,3 | 9,2 | 6,7 | 5,0 |
A seguir, é apresentada uma tabela hipotética contendo informações (trimestral e anual do ano de 2009) sobre componentes para construção do PIB, sendo expressas por M$ (Unidades Monetárias de Referência) e não afetadas por depreciações.
Especificações | Componentes do PIB 2009 (bilhões M$) | ||||
1ºT/2009 | 2ºT/2009 | 3ºT/2009 | 4ºT/2009 | Ano/2009 | |
Agropecuária | 22 | 24 | 24 | 30 | 100 |
Indústria | 48 | 44 | 54 | 54 | 200 |
Serviços | 140 | 140 | 150 | 170 | 600 |
Impostos sobre Produtos | 21 | 24 | 24 | 31 | 100 |
PIB | 226 | 238 | 256 | 280 | 1.000 |
Baseando-se na tabela de Componentes do PIB 2009 construiu-se uma tabela de covariâncias entre os 4 componentes do PIB. Observe.
Matriz de Covariância dos Componentes do PIB | ||||
agro. | ind. | serv. | imp. | |
agro. | 38,67 | |||
ind. | 29,33 | 27,67 | ||
serv. | 24,00 | 5,33 | 53,33 | |
imp. | 28,00 | 18,67 | 24,00 | 22,67 |
Considere que o PIB seja a soma dos 4 componentes e a covariância de cada componente com o PIB é apresentada na seguinte ordenação
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O legado da servidão
Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.
O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada, criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.
Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-se.
Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”
(Com adaptações, José Carlos Tórtima, “O Globo”, 26/07/2011)
Considerando o contexto em que está inserida, todas as palavras grifadas terá o sentido modificado se for substituída pela que está entre parênteses em
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