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1412028 Ano: 2000
Disciplina: Química
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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A amônia, que é utilizada na síntese de inúmeros e importantes compostos, é obtida pela seguinte reação em fase gasosa:

!$ N_2 \, + \, 3H_2 \, \Rightarrow \, 2NH_3 !$

Fazendo-se reagir 4 litros de N2 com 9 litros de H2 em condições de pressão e temperatura constantes, pode-se afirmar que:

I. Após final da reação, serão formados 6 litros de NH3.

II. Após o final da reação, os reagentes serão totalmente convertidos em amônia.

III. O volume final é maior que o inicial.

IV. Os reagentes não estão em quantidades estequiométricas.

Estão corretas apenas as afirmativas

 

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1411718 Ano: 2000
Disciplina: Português
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Coração Segundo

Carlos Drummond de Andrade

De acrílico, de fórmica, de isopor, meticulosamente combinados, fiz meu segundo coração, para enfrentar situações a que o primeiro, o de nascença, não teria condições de resistir. Tornei-me, assim, homem de dois corações. A operação sigilosa foi ignorada pelos repórteres. Eu mesmo fabriquei meu coração novo, nos fundos da casa onde moro. Nenhum vizinho desconfiou, mesmo porque sabem que costumo fechar-me em casa, semanas inteiras, modelando bonecos de barro ou de massa, que depois ofereço às crianças. Oferecia. Meus bonecos não têm arte, representam o que eu quero. Fiz um Einstein que acharam parecido com Lampião. Para mim, era Einstein. Os garotos riam, tentando adivinhar que tipos eu interpretara. Carlito! Não era. Às vezes, não sei por quê, admitia fosse Carlito. Nunca dei importância a leis de semelhança e verossimilhança, que sufocam toda espécie de criação.

Mas, como disse, fiz meu coração sem ninguém saber. E à noite, em perfeita lucidez, abrindo o peito mediante processo que não vou contar, pois minha descrição talvez horrorizasse o leitor, e eu não pretendo horrorizar ninguém — abrindo o peito, instalei lá dentro esse coração especial, regulado para não sofrer. Ao mesmo tempo, desliguei o outro. Como? Também prefiro não explicar. Possuo extrema habilidade manual, aguçada à noite, e sei o que geralmente se sabe dos órgãos do corpo e suas funções e reações, depois que ficou na moda tratar dessas coisas em jornais e revistas. Além disso, minha capacidade de resistir à dor física sempre foi praticamente ilimitada.

Desde criança. Mas as dores morais, as dores alheias, as dores do mundo, acima de tudo, estas sempre me vulneraram. Recompus a incisão, senti que tudo estava perfeito, e fui dormir

Na manhã seguinte, ao ler as notícias que falavam em fome no Paquistão, guerra civil na Irlanda, soldados que se drogam no Vietnã para esquecer o massacre, explosão experimental de bombas de hidrogênio, tensão permanente no Canal de Suez, golpes vitoriosos ou malogrados na América Latina, bem, não senti absolutamente nada. O coração funcionava a contento. Fui para o trabalho experimentando sensação inédita de leveza. No caminho, vi um corpo de homem e outro de mulher estraçalhados entre restos de um automóvel. Pela primeira vez pude contemplar um espetáculo desses sem me crispar e sem envenenar o meu dia. Fitei-o como a objetos de uma casa expostos na calçada, em hora de mudança. E passei um dia normal. Trabalho, refeições, sono, igualmente normais, coisa que não acontecia há anos.

Meu coração fora planejado para evitar padecimento moral, e desempenhava bem a função.

Assisti impassível a cenas que antes me fariam explodir em lágrimas ou protestos. Felicite-me pela excelência. Mas aí começou a ocorrer um fenômeno desconcertante. Eu, que não sofria com as doenças que me assaltavam, passei a sentir reflexos de moléstias inexistentes. Simples corte no dedo, sem inflamação, afliga-me como chaga aberta Dor de cabeça que passa com um comprimido ficava durante semanas. Meu corpo tornou-se frágil, exposto ao sofrimento. E eu não tinha nada. Consultei especialistas. Fiz checkup, não se descobriu qualquer lesão ou distúrbio funcional. Eram apenas imotivadas, gratuitas. Meu coração nº 2 passava pela radiografia sem ser percebido. Irredutível à dor moral, era invisível a aparelhos de precisão.

Comecei a sofrer tanto com os meus males carnais que a vida se tornou insuportável. A dor aparecia especialmente em horas impróprias. Em reuniões sociais. Em concertos. No escritório, ao tratar de negócios. Então fazia caretas, emitia gemidos surdos, assumindo aspecto feroz.

Assustavam-se, queriam chamar ambulância, eu recusava. Tinha medo de que descobrissem o coração fabricado.

Outra coisa: as crianças começaram a achar estranhos meus bonecos, não queriam aceitá-los.

Sempre gostei de crianças. E elas me repeliam. Esmerei-me na feitura de peças que pudessem cativá-las, mas em vão.

Hoje vi um homem encostado a um oiti, diante do mar. Sua expressão de angústia dava ao rosto o aspecto de chão ressecado. Tive pena dele. Surpreso, ignorando tudo a seu respeito, mas participando de sua angústia e trazendo-a comigo para casa.

Agora à noite, decidi-me. Voltei a abrir o peito e examinei o coração segundo. Com pequena fissura no isopor, já não era perfeito. Ao tocá-lo, as partes se descolaram. Inútil restaurá-lo. Joguei fora os restos, liguei o antigo e fechei o cavername. Talvez pela falta de uso, sinto que o coração velho está rateando. Que fazer? E vale a pena fazer? A manhã tarda a chegar, e não encontro resposta em mim.

"Nenhum vizinho desconfiou, mesmo porque sabem que costumo fechar-me em casa, semanas inteiras, modelando bonecos de barro ou de massa, que depois ofereço às crianças."

Em relação ao termo sublinhado:

 

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1411244 Ano: 2000
Disciplina: Português
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Coração Segundo

Carlos Drummond de Andrade

De acrílico, de fórmica, de isopor, meticulosamente combinados, fiz meu segundo coração, para enfrentar situações a que o primeiro, o de nascença, não teria condições de resistir. Tornei-me, assim, homem de dois corações. A operação sigilosa foi ignorada pelos repórteres. Eu mesmo fabriquei meu coração novo, nos fundos da casa onde moro. Nenhum vizinho desconfiou, mesmo porque sabem que costumo fechar-me em casa, semanas inteiras, modelando bonecos de barro ou de massa, que depois ofereço às crianças. Oferecia. Meus bonecos não têm arte, representam o que eu quero. Fiz um Einstein que acharam parecido com Lampião. Para mim, era Einstein. Os garotos riam, tentando adivinhar que tipos eu interpretara. Carlito! Não era. Às vezes, não sei por quê, admitia fosse Carlito. Nunca dei importância a leis de semelhança e verossimilhança, que sufocam toda espécie de criação.

Mas, como disse, fiz meu coração sem ninguém saber. E à noite, em perfeita lucidez, abrindo o peito mediante processo que não vou contar, pois minha descrição talvez horrorizasse o leitor, e eu não pretendo horrorizar ninguém — abrindo o peito, instalei lá dentro esse coração especial, regulado para não sofrer. Ao mesmo tempo, desliguei o outro. Como? Também prefiro não explicar. Possuo extrema habilidade manual, aguçada à noite, e sei o que geralmente se sabe dos órgãos do corpo e suas funções e reações, depois que ficou na moda tratar dessas coisas em jornais e revistas. Além disso, minha capacidade de resistir à dor física sempre foi praticamente ilimitada.

Desde criança. Mas as dores morais, as dores alheias, as dores do mundo, acima de tudo, estas sempre me vulneraram. Recompus a incisão, senti que tudo estava perfeito, e fui dormir

Na manhã seguinte, ao ler as notícias que falavam em fome no Paquistão, guerra civil na Irlanda, soldados que se drogam no Vietnã para esquecer o massacre, explosão experimental de bombas de hidrogênio, tensão permanente no Canal de Suez, golpes vitoriosos ou malogrados na América Latina, bem, não senti absolutamente nada. O coração funcionava a contento. Fui para o trabalho experimentando sensação inédita de leveza. No caminho, vi um corpo de homem e outro de mulher estraçalhados entre restos de um automóvel. Pela primeira vez pude contemplar um espetáculo desses sem me crispar e sem envenenar o meu dia. Fitei-o como a objetos de uma casa expostos na calçada, em hora de mudança. E passei um dia normal. Trabalho, refeições, sono, igualmente normais, coisa que não acontecia há anos.

Meu coração fora planejado para evitar padecimento moral, e desempenhava bem a função.

Assisti impassível a cenas que antes me fariam explodir em lágrimas ou protestos. Felicite-me pela excelência. Mas aí começou a ocorrer um fenômeno desconcertante. Eu, que não sofria com as doenças que me assaltavam, passei a sentir reflexos de moléstias inexistentes. Simples corte no dedo, sem inflamação, afliga-me como chaga aberta Dor de cabeça que passa com um comprimido ficava durante semanas. Meu corpo tornou-se frágil, exposto ao sofrimento. E eu não tinha nada. Consultei especialistas. Fiz checkup, não se descobriu qualquer lesão ou distúrbio funcional. Eram apenas imotivadas, gratuitas. Meu coração nº 2 passava pela radiografia sem ser percebido. Irredutível à dor moral, era invisível a aparelhos de precisão.

Comecei a sofrer tanto com os meus males carnais que a vida se tornou insuportável. A dor aparecia especialmente em horas impróprias. Em reuniões sociais. Em concertos. No escritório, ao tratar de negócios. Então fazia caretas, emitia gemidos surdos, assumindo aspecto feroz.

Assustavam-se, queriam chamar ambulância, eu recusava. Tinha medo de que descobrissem o coração fabricado.

Outra coisa: as crianças começaram a achar estranhos meus bonecos, não queriam aceitá-los.

Sempre gostei de crianças. E elas me repeliam. Esmerei-me na feitura de peças que pudessem cativá-las, mas em vão.

Hoje vi um homem encostado a um oiti, diante do mar. Sua expressão de angústia dava ao rosto o aspecto de chão ressecado. Tive pena dele. Surpreso, ignorando tudo a seu respeito, mas participando de sua angústia e trazendo-a comigo para casa.

Agora à noite, decidi-me. Voltei a abrir o peito e examinei o coração segundo. Com pequena fissura no isopor, já não era perfeito. Ao tocá-lo, as partes se descolaram. Inútil restaurá-lo. Joguei fora os restos, liguei o antigo e fechei o cavername. Talvez pela falta de uso, sinto que o coração velho está rateando. Que fazer? E vale a pena fazer? A manhã tarda a chegar, e não encontro resposta em mim.

"A manhã tarda a chegar, e não encontro resposta em mim."

O período que emprega a conjunção e com o mesmo valor sintático do período acima é:

 

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1411186 Ano: 2000
Disciplina: Geografia
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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A internacionalização da economia atribuiu à cidade novos papéis. Algumas cidades, pelo seu papel na esfera global, são consideradas metrópoles mundiais. Para serem assim consideradas, essas cidades necessariamente precisam ser as(os)

 

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1410961 Ano: 2000
Disciplina: Química
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Um dos primeiros remédios usados contra a AIDS foi o AZT (azidotimidina). O AZT possui à seguinte fórmula estrutural.

enunciado 1410961-1

Sobre essa fórmula estrutural, é correto afirmar que ela possui

I. 4 carbonos sp2 e 7 hidrogênios.

II. grupos funcionais de álcool e éter.

III. dois núcleos heterogêneos.

IV. um radical metil e outro etóxi.

Estão corretas

 

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1410655 Ano: 2000
Disciplina: Literatura Brasileira e Estrangeira
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Leia as afirmações abaixo:

I - "Traduz um retorno ao equilíbrio e à simplicidade dos modelos greco-romanos."

II - "O romance é encarado como um instrumento de denúncia e combate, uma vez que focaliza os desequilíbrios sociais."

III - "A natureza do homem, como a dos demais seres vivos, é determinada por circunstâncias exteriores."

IV - "O homem em conflito entre a razão e a fé, entre os sentidos e o espírito."

V - "Enfoque espiritualista da mulher, envolvendo-a num clima de sonho onde predomina o vago, o impreciso e o etéreo."

Referem-se ao Realismo e/ou Naturalismo as afirmativas:

 

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1409939 Ano: 2000
Disciplina: Física
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Um posto recebeu 5000 litros de gasolina a uma temperatura de 35º C. Com a chegada de uma frente fria, a temperatura ambiente baixou, e a gasolina foi totalmente vendida a 20º C. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação volumétrica da gasolina é de 1,1x 10-3 º C-1, e considerando-se desprezível a sua evaporação, podemos afirmar que o prejuízo sofrido pelo dono do posto, em litros de gasolina, foi de

 

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1409351 Ano: 2000
Disciplina: Matemática
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Dada a equação !$ \mid 2x \, - \, 3 \mid + \, \mid \, x \, \mid \, - \, 5 \, = \, 0, !$ soma de todas as suas soluções é igual a

 

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1409222 Ano: 2000
Disciplina: Geografia
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Analise o mapa.

enunciado 1409222-1

Com base no conhecimento de coordenadas geográficas, é possível concluir que a porção representada no mapa

 

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1408267 Ano: 2000
Disciplina: Geografia
Banca: DECEx
Orgão: EsPCEx
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Sobre o continente africano, é correto afirmar que

 

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