Magna Concursos

Foram encontradas 70 questões.

1283426 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O conto a seguir foi retirado do Livro Hora de Alimentar Serpentes, de Marina Colasanti.

PESCANDO NA MARGEM DO RIO

Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes.

Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.

Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco a chegar porque seus passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E embora a natureza não se curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.

O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para não ferir as gengivas desguarnecidas.

noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.

Fazia-se mais fraco, porém.

E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer pescador por perto.

O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.

Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-se levar.

Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.

Uma reformulação que mantém sentido equivalente ao da frase acima é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282760 Ano: 2019
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Admita que, em dezembro de 2014, uma filha tinha 20 anos e seu pai, 50. Em dezembro de 2024, a razão entre as idades da filha e do pai será de:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282708 Ano: 2019
Disciplina: Química
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

ANO INTERNACIONAL DA TABELA PERIÓDICA

Há 150 anos, a primeira versão da tabela periódica foi elaborada pelo cientista Dimitri Mendeleiev. Trata-se de uma das conquistas de maior influência na ciência moderna, que reflete a essência não apenas da química, mas também da física, da biologia e de outras áreas das ciências puras. Como reconhecimento de sua importância, a UNESCO/ONU proclamou 2019 o Ano Internacional da Tabela Periódica.

Na tabela proposta por Mendeleiev em 1869, constavam os 64 elementos químicos conhecidos até então, além de espaços vazios para outros que ainda poderiam ser descobertos. Para esses possíveis novos elementos, ele empregou o prefixo “eca”, que significa “posição imediatamente posterior”. Por exemplo, o ecassilício seria o elemento químico a ocupar a primeira posição em sequência ao silício no seu grupo da tabela periódica.

Em homenagem ao trabalho desenvolvido pelo grande cientista, o elemento químico artificial de número atômico 101 foi denominado mendelévio.

Atualmente, o símbolo do elemento correspondente ao ecassilício é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282599 Ano: 2019
Disciplina: História
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

TRANSAMAZÔNICA COMPLETA 45 ANOS

A rodovia federal Transamazônica (BR−230) completou 45 anos em outubro de 2015, mas ainda não é asfaltada na sua totalidade. A rodovia começou a ser implantada ainda em 1970, no governo do general Emílio Garrastazu Médici. Dois anos depois, ela foi inaugurada. O trecho entre Marabá e Altamira é o que está em melhor estado atualmente. Um dos diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse que, durante esse período de mais de quatro décadas, muita coisa já foi feita, mas explicou que o país viveu uma mudança de filosofia: “Antigamente, o que era símbolo de desenvolvimento era um trator V8 derrubando uma árvore, uma castanheira; hoje, isso é um crime”, disse.

enunciado 2073897-1

A mencionada “mudança de filosofia”, entre a década de 1970 e a atualidade, refere-se às seguintes prioridades em cada um desses momentos históricos, respectivamente:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282496 Ano: 2019
Disciplina: Francês (Língua Francesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

NAVIGUER SUR UNE TERRE PLATE?

L’année 2019 est prometteuse pour l’exploration spatiale, mais l’année 2020 sera d’autant plus intéressante pour l’exploration de l’océan, et uniquement pour celles et ceux qui croient encore que la Terre est plate! En effet, une grande croisière est prévue pour 2020, par et pour ces personnes (les platistes) croyant que nous vivons en réalité sur un grand disque (placé sur le dos d’une tortue cosmique géante?).

Bien que les informations à propos du projet de croisière soient encore peu nombreuses, cette dernière serait apparemment organisée par la Flat Earth International Conference – FEIC (Conférence internationale de la Terre plate) et promet d’être “la plus grande, la plus audacieuse, la meilleure aventure à ce jour”.

Mais il y a un problème dès le départ dans ce projet: les bateaux de croisière utilisent la navigation GPS, qui se base donc sur une planète ronde, avec des satellites y orbitant autour. Espérons donc pour eux que l’équipage ne fasse pas lui aussi partie de la Flat Earth Society (l’organisation officielle soutenant l’idée de la Terre plate), car les choses pourraient ne pas se passer comme prévu, et nos heureux platistes pourraient se perdre longtemps, voire à jamais, dans l’océan – bien que cela puisse être un bon moyen de mettre un terme à cette ironie.

“Les bateaux naviguent sur le principe que la Terre est ronde”, a expliqué Henk Keijer, ancien capitaine de bateau de croisière et expert maritime, à Adam Gabbatt du The Guardian. “Les cartes marines sont conçues dans cet esprit: la Terre est ronde”.

La question qui se pose donc est: est-ce que quelqu’un a eu l’occasion d’expliquer aux platistes que le GPS peut localiser votre position, et donc aussi garder un bateau de croisière sur le bon cap, grâce à un réseau de satellites qui gravitent autour de la Terre? Apparemment, soit ils ne sont pas au courant, soit ils ne comprennent pas le fonctionnement du système. Bien que cette actualité hilarante concernant ce groupe atypique de personnes ait déjà fait le tour du web, nous n’en savons malheureusement pas plus, et tous ces questionnements persistent donc.

Et concernant le risque de tomber du bord de la planète, comment s’y prennent-ils? Selon le Wiki de la Terre plate (oui, il en existe un), les vacanciers potentiels ne devraient pas craindre de tomber du plan terrestre, car la “barrière” de l’Antarctique devrait les arrêter avant qu’ils n’atteignent le bord. “La Terre se présente sous la forme d’un disque avec le pôle Nord au centre, et l’Antarctique est sous forme de mur autour du bord”, peut-on lire dans le Wiki. Dans ce cas, s’agirait-il d’un mur similaire à celui de la célèbre série Game of Thrones?

Quoi qu’il en soit, nous nous réjouissons de pouvoir lire et écouter leurs futures explications quant à la courbure de la Terre, lorsqu’ils se rendront compte que des terres et des bateaux peuvent disparaître derrière l’horizon. Enfin, s’ils reviennent un jour.

Adaptado de trustmyscience.com, 11/01/2019.

bien que cela puisse être un bon moyen de mettre un terme à cette ironie.

Dans le commentaire ci-dessus l’ironie évoquée par le journaliste consiste dans:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282335 Ano: 2019
Disciplina: Espanhol (Língua Espanhola)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

¿FLETAR UN CRUCERO HASTA EL BORDE DE LA TIERRA?

La Conferencia Internacional de Flat Earth (FEIC) ha anunciado que fletará un crucero el año que viene con el absurdo fin de llegar hasta los confines de la TierraA). Según una parte de los seguidores de esta corriente, que defiende que la Tierra no es redonda, el planeta acaba en un muro de hielo que nos separa del espacio exterior, al que pretenden llegar en el crucero. Será “la aventura más grande, más audaz y mejor hasta la fechaB)”, según la publicitan en la web.

La organización Flat Earth anunció el proyecto en su conferencia anual y así lo ha confirmado el periódico The Guardian. El excapitán de barco Henk Keijer cuenta en este periódico que el crucero lo tiene crudo para navegar porque todas las cartas náuticas y los sistemas de navegación están diseñados bajo la premisa de que la Tierra es redonda. Si la tripulación opina que el planeta no es esférico, la navegación podría convertirse en una tarea “muy complicada”.

“Los barcos navegan basándose en el principio de que la Tierra es redonda. Las cartas náuticas se diseñan con eso en mente: que la Tierra es redonda”, recuerda el excapitán, que añade que los barcos usan “un moderno sistema de navegación que se llama ECDIS, que proporciona una gran mejora en la seguridad de la navegación”.

Existen varias teorías dentro de las que creen que la Tierra es plana, aunque la principal afirma que, después de “una extensa experimentación, análisis e investigación”, la Tierra es un disco gigante con el polo norte en el centro y rodeado de “una barrera de pared de hielo: la Antártida”, según la sociedad terraplanista.

“Hasta donde sabemos, nadie ha logrado ir mucho más allá del muro de hielo y ha regresado para contarlo. Lo que sabemos es que rodea la Tierra, sirve para contener a los océanos y ayuda a protegernos de lo que pueda haber más allá”, asegura la Flatpedia, la Wikipedia de los terraplanistas.

Los organizadores del crucero advierten, por tanto, de que no garantizan llegar al muroC), pero aseguran que los viajeros encontrarán “evidencias” suficientes para dar el viaje por bueno. Además de navegar al borde del precipicio, los terraplanistas podrán disfrutar de restaurantes y piscinas de olas para poder hacer surf.

En los foros terraplanistas han colgado fotos que “demuestran la existencia de dicho muro”. En realidad son grandes láminas de hielo árticoD) que, al desprenderse de forma cada vez más frecuente debido al calentamiento global, dejan grandes cortes verticales que se asemejan a murallas.

La Flat Earth Society asegura que “las agencias espaciales del mundo” han conspirado para falsificar “el viaje espacial y la exploración”. “Probablemente empezó durante la Guerra Fría. La U.R.S.S. y los Estados Unidos estaban obsesionados con ser los mejores en cuanto a llegar al espacio se refiere, hasta el punto de que cada uno fingía sus logros en un intento por seguir el ritmo de los supuestos logros del rival”, aseguran.

Adaptado de elpais.com, 12/01/2019.

El periodista relata la noticia sobre el crucero y añade una evaluación suya sobre la teoría terraplanista.

Esa evaluación se presenta en:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282292 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

CIVILIZAÇÃO

A matéria saiu no New York Times, foi publicada na Folha de São Paulo; deveria ser bibliografia obrigatória do ensino fundamental à pós-graduação, deveria ser colada aos postes, lançada de aviões, viralizada nas redes sociais, impressa em santinhos, guardada na carteira, no bolso ou no sutiã e lida toda vez que a desilusão, o desespero, a melancolia ou mesmo o tédio batesse na porta, batesse na aorta: “Para salvar Stradivarius, uma cidade inteira fica em silêncio”.

Antonio Stradivari viveu entre 1644 e 1737 em Cremona, norte da Itália, cidadezinha que hoje conta com 72267 habitantes. Durante algumas décadas dos séculos XVII e XVIII, Stradivari produziu instrumentos de corda, como violinos, cujos sons quase quatro séculos de conhecimento acumulado não foram capazes de igualar.

Por muito tempo permaneceu um mistério o que fazia aqueles instrumentos tão diferentes dos demais, fabricados antes ou depois. Estudos recentes, porém, mostraram que, para além da artesania magistral do luthier*, um tratamento químico dado à madeira, à época da fabricação, interfere na qualidade do som dos instrumentos.

O tempo de uso também entra na equação: a secura da madeira e a distância entre as fibras, causada pela oxidação, são razões pelas quais, segundo o dr. Hwan-Ching Tai, autor de um estudo de 2016, “esses velhos violinos vibram mais livremente, o que permite a eles expressar uma gama mais ampla de emoções”.

Se é verdade que os violinos Stradivarius, como muitos vinhos, melhoraram com o tempo, é inexorável que, em algum momento, avinagrem. Pois esse momento se aproxima: depois de quase quatrocentos anos espalhando a melhor música que já foi ouvida, os violinos, violoncelos e violas de Cremona estão atingindo seu limite. Logo estarão frágeis demais para serem tocados e serão, segundo Fausto Cacciatori, curador do Museu do Violino de Cremona, “colocados para dormir”.

Antecipando-se ao sono derradeiro, os moradores de Cremona criaram o Projeto Stradivarius. “Por cinco semanas, quatro músicos, tocando dois violinos, uma viola e um violoncelo, farão centenas de escalas e arpejos, usando técnicas diferentes com arcos, ou dedilhando as cordas”, sob “trinta e dois microfones de alta sensibilidade”. Três engenheiros de som, trancados num quartinho à prova de qualquer ruído, no auditório do museu, gravarão cada uma das centenas de milhares de variações sonoras, de modo que, no futuro, será possível compor músicas com o som dos Stradivarius.

O projeto já estava quase saindo do papel em 2017 quando os idealizadores perceberam que o barulho em torno do museu impossibilitaria as gravações. O prefeito de Cremona, então, permitiu que as ruas da região fossem fechadas até que a última nota fosse imortalizada. A cidade calou-se e os Stradivarius começaram a cantar.

Até meados de fevereiro, os 72267 moradores da cidadezinha italiana deixarão de buzinar suas lambretas, “nonas” evitarão gritar às janelas e amigos cochicharão pelas mesas dos cafés para que daqui a quatrocentos anos um garoto em Cremona, Mumbai ou Reykjavik possa compor uma música com as notas únicas e inimitáveis saídas de instrumentos feitos à mão por um homem que morreu quase um milênio antes de esse garoto nascer. Acho que é disso que estamos falando quando falamos em civilização.

ANTONIO PRATA

Adaptado de www1.folha.uol.com.br, 27/01/2019.

Acho que é disso que estamos falando quando falamos em civilização.

O termo “disso” se refere a praticamente toda a crônica de Antonio Prata e pode ser resumido como o esforço da comunidade para:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282214 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

CIVILIZAÇÃO

A matéria saiu no New York Times, foi publicada na Folha de São Paulo; deveria ser bibliografia obrigatória do ensino fundamental à pós-graduação, deveria ser colada aos postes, lançada de aviões, viralizada nas redes sociais, impressa em santinhos, guardada na carteira, no bolso ou no sutiã e lida toda vez que a desilusão, o desespero, a melancolia ou mesmo o tédio batesse na porta, batesse na aorta: “Para salvar Stradivarius, uma cidade inteira fica em silêncio”.

Antonio Stradivari viveu entre 1644 e 1737 em Cremona, norte da Itália, cidadezinha que hoje conta com 72267 habitantes. Durante algumas décadas dos séculos XVII e XVIII, Stradivari produziu instrumentos de corda, como violinos, cujos sons quase quatro séculos de conhecimento acumulado não foram capazes de igualarA).

Por muito tempo permaneceu um mistério o que fazia aqueles instrumentos tão diferentes dos demais, fabricados antes ou depois. Estudos recentes, porém, mostraram que, para além da artesania magistral do luthier*, um tratamento químico dado à madeira, à época da fabricação, interfere na qualidade do som dos instrumentos.

O tempo de uso também entra na equação: a secura da madeira e a distância entre as fibras, causada pela oxidação, são razões pelas quais, segundo o dr. Hwan-Ching Tai, autor de um estudo de 2016, “esses velhos violinos vibram mais livremente, o que permite a eles expressar uma gama mais ampla de emoçõesB)”.

Se é verdade que os violinos Stradivarius, como muitos vinhos, melhoraram com o tempo, é inexorável que, em algum momento, avinagremC). Pois esse momento se aproxima: depois de quase quatrocentos anos espalhando a melhor música que já foi ouvida, os violinos, violoncelos e violas de Cremona estão atingindo seu limite. Logo estarão frágeis demais para serem tocados e serão, segundo Fausto Cacciatori, curador do Museu do Violino de Cremona, “colocados para dormirD)”.

Antecipando-se ao sono derradeiro, os moradores de Cremona criaram o Projeto Stradivarius. “Por cinco semanas, quatro músicos, tocando dois violinos, uma viola e um violoncelo, farão centenas de escalas e arpejos, usando técnicas diferentes com arcos, ou dedilhando as cordas”, sob “trinta e dois microfones de alta sensibilidade”. Três engenheiros de som, trancados num quartinho à prova de qualquer ruído, no auditório do museu, gravarão cada uma das centenas de milhares de variações sonoras, de modo que, no futuro, será possível compor músicas com o som dos Stradivarius.

O projeto já estava quase saindo do papel em 2017 quando os idealizadores perceberam que o barulho em torno do museu impossibilitaria as gravações. O prefeito de Cremona, então, permitiu que as ruas da região fossem fechadas até que a última nota fosse imortalizada. A cidade calou-se e os Stradivarius começaram a cantar.

Até meados de fevereiro, os 72267 moradores da cidadezinha italiana deixarão de buzinar suas lambretas, “nonas” evitarão gritar às janelas e amigos cochicharão pelas mesas dos cafés para que daqui a quatrocentos anos um garoto em Cremona, Mumbai ou Reykjavik possa compor uma música com as notas únicas e inimitáveis saídas de instrumentos feitos à mão por um homem que morreu quase um milênio antes de esse garoto nascer. Acho que é disso que estamos falando quando falamos em civilização.

ANTONIO PRATA

Adaptado de www1.folha.uol.com.br, 27/01/2019.

Para valorizar poeticamente os violinos, combinam-se duas figuras de linguagem, o eufemismo e a personificação.

Essa combinação se encontra em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282162 Ano: 2019
Disciplina: Francês (Língua Francesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

NAVIGUER SUR UNE TERRE PLATE?

L’année 2019 est prometteuse pour l’exploration spatiale, mais l’année 2020 sera d’autant plus intéressante pour l’exploration de l’océan, et uniquement pour celles et ceux qui croient encore que la Terre est plate! En effet, une grande croisière est prévue pour 2020, par et pour ces personnes (les platistes) croyant que nous vivons en réalité sur un grand disque (placé sur le dos d’une tortue cosmique géante?).

Bien que les informations à propos du projet de croisière soient encore peu nombreuses, cette dernière serait apparemment organisée par la Flat Earth International Conference – FEIC (Conférence internationale de la Terre plate) et promet d’être “la plus grande, la plus audacieuse, la meilleure aventure à ce jour”.

Mais il y a un problème dès le départ dans ce projet: les bateaux de croisière utilisent la navigation GPS, qui se base donc sur une planète ronde, avec des satellites y orbitant autour. Espérons donc pour eux que l’équipage ne fasse pas lui aussi partie de la Flat Earth Society (l’organisation officielle soutenant l’idée de la Terre plate), car les choses pourraient ne pas se passer comme prévu, et nos heureux platistes pourraient se perdre longtemps, voire à jamais, dans l’océan – bien que cela puisse être un bon moyen de mettre un terme à cette ironie.

“Les bateaux naviguent sur le principe que la Terre est ronde”, a expliqué Henk Keijer, ancien capitaine de bateau de croisière et expert maritime, à Adam Gabbatt du The Guardian. “Les cartes marines sont conçues dans cet esprit: la Terre est ronde”.

La question qui se pose donc est: est-ce que quelqu’un a eu l’occasion d’expliquer aux platistes que le GPS peut localiser votre position, et donc aussi garder un bateau de croisière sur le bon cap, grâce à un réseau de satellites qui gravitent autour de la Terre? Apparemment, soit ils ne sont pas au courant, soit ils ne comprennent pas le fonctionnement du système. Bien que cette actualité hilarante concernant ce groupe atypique de personnes ait déjà fait le tour du web, nous n’en savons malheureusement pas plus, et tous ces questionnements persistent donc.

Et concernant le risque de tomber du bord de la planète, comment s’y prennent-ils? Selon le Wiki de la Terre plate (oui, il en existe un), les vacanciers potentiels ne devraient pas craindre de tomber du plan terrestre, car la “barrière” de l’Antarctique devrait les arrêter avant qu’ils n’atteignent le bord. “La Terre se présente sous la forme d’un disque avec le pôle Nord au centre, et l’Antarctique est sous forme de mur autour du bord”, peut-on lire dans le Wiki. Dans ce cas, s’agirait-il d’un mur similaire à celui de la célèbre série Game of Thrones?

Quoi qu’il en soit, nous nous réjouissons de pouvoir lire et écouter leurs futures explications quant à la courbure de la Terre, lorsqu’ils se rendront compte que des terres et des bateaux peuvent disparaître derrière l’horizon. Enfin, s’ils reviennent un jour.

Adaptado de trustmyscience.com, 11/01/2019.

Les titres Sobreviveremos na Terra? et Naviguer sur une Terre plate? annoncent des questionnements sur la planète Terre.

Les attentes créées par ces titres suggèrent des textes ayant comme caractéristique, respectivement:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1282024 Ano: 2019
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

THE FLAT EARTH CRUISE: SERIOUSLY, PEOPLE?

Organizers of an annual conference that brings together people who believe that our planet is not round are planning a cruise to the supposed edge of the Earth. They’re looking for the ice wall that holds back the oceans.

The journey will take place in 2020, the Flat Earth International Conference (FEIC) recently announced on its website. The goal? To test so-called flat-Earthers’ assertion that the Earth is a flattened disk surrounded at its edge by a towering wall of ice.

Details about the event, including the dates, are forthcoming, according to the FEIC, which calls the cruise “the biggest, boldest adventure yet”A). However, it’s worth noting that nautical maps and navigation technologies such as global positioning systems (GPS) work as they do because the Earth is … a globe.

Believers in a flat Earth argue that images showing a curved horizon are fake and that photos of a round Earth from space are part of a vast conspiracy perpetrated by NASA and other space agencies to hide Earth’s flatness. “This likely began during the cold war”B), the Flat Earth Society (FES) says. “The U.S.S.R. and U.S.A. were obsessed with beating each other into space to the point that each faked their accomplishments in an attempt to keep pace with the other’s supposed achievements.” These and other flat-Earth assertions appear on the website of the FES, allegedly the world’s oldest official flat Earth organization, dating to the early 1800s.

However, the ancient Greeks demonstrated that Earth was a sphere more than 2.000 years ago, and the gravity that keeps everything on the planet from flying off into space could exist only on a spherical world.

But in diagrams shared on the FES website, the planet appears as a pancake-like disk with the North Pole smacked in the center and an edge “surrounded on all sides by an ice wall that holds the oceans back”C). This ice wall – thought by some flat-Earthers to be Antarctica – is the destination of the promised FEIC cruise.

There’s just one catch: navigational charts and systems that guide cruise ships and other vessels around the Earth’s oceans are all based on the principle of a round Earth, says Henk Keijer, a former cruise ship captain with 23 years of experience.

GPS relies on a network of dozens of satellites orbiting thousands of miles above Earth; signals from the satellites beam down to the receiver inside of a GPS device, and at least three satellites are required to pinpoint a precise position because of Earth’s curvature, Keijer explained. “Had the Earth been flat, a total of three satellites would have been enough to provide this information to everyone on Earth”. He adds: “But it is not enough, because the Earth is round”D).

Whether or not, the FEIC cruise will rely on GPS or deploy an entirely new flat-Earth-based navigation system for finding the end of the world remains to be seen.

Adaptado de livescience.com, 30/05/2017.

In order to support his point of view, the writer of the text quotes an authoritative source in the fragment below:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas