Magna Concursos

Foram encontradas 70 questões.

1293959 Ano: 2019
Disciplina: Biologia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

APICULTORES BRASILEIROS ENCONTRAM MEIO BILHÃO DE ABELHAS MORTAS EM TRÊS MESES

Nos últimos três meses, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores apenas em quatro estados brasileiros, segundo levantamento da Agência Pública e Repórter Brasil.

Adaptado de sul21.com.br, março/2019.

Alguns ecossistemas são gravemente afetados por desequilíbrios como o relatado na reportagem. Nesse caso, uma consequência para as plantas polinizadas por abelhas é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1293877 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

TEXTO BASE

SOBREVIVEREMOS NA TERRA?

Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. Segundo, por ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.

Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. Como resultado, temos nos voltado para políticos populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta. Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras, fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.

Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus: atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 ºC. A vida humana seria impossível. Precisamos ir além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.

Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa consciência.

Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações, introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos devem participar.

STEPHEN HAWKING (1942-2018)

Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

TEXTO BASE

SOBRE A FORMA DA TERRA

Nesses últimos tempos, tem-se difundido na internet uma concepção sobre a forma da Terra: a Terra Plana. Na verdade, essa concepção está associada com outras ideias em conflito com o conhecimento científico atual. Afirma-se, por exemplo, que a gravidade inexiste; a Lua é autoiluminada; o Sol e os demais astros se encontram a não mais de alguns milhares de quilômetros de nós; o Sol e a Lua descrevem órbitas paralelas à superfície da Terra; as viagens espaciais são impossíveis. Negam-se, assim, a ida do homem à Lua e a existência de satélites artificiais, ao mesmo tempo que se afirmam o geocentrismo antropocêntrico e o criacionismo fixista dos 6 mil anos, segundo o qual tudo teria sido criado como é hoje há cerca de 6 mil anos.

FERNANDO LANG DA SILVEIRA
Adaptado de researchgate.net, maio/2017.

Ao enfatizar a atitude de curiosidade no último parágrafo, pode-se inferir a seguinte proposta do autor para o problema que debate:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1293756 Ano: 2019
Disciplina: Geografia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

COMO A REFORMA AGRÁRIA VEM OCORRENDO NO BRASIL

O processo de reforma agrária com contornos similares aos atuais se iniciou em 1985, sob o governo de José Sarney. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária disponibiliza dados sobre a forma como esse processo vem se dando no Brasil até 2018. No que diz respeito a desapropriações, a reforma agrária ocorreu de forma mais acentuada no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), mas perdeu fôlego já na metade de seu segundo mandato. O governo Lula (2004-2011) realizou muitos assentamentos, sem retomar, no entanto, as desapropriações.

enunciado 2083406-1

As informações do texto e a comparação dos dados dos gráficos permitem reconhecer um processo socioespacial, para o conjunto do campo brasileiro, cujo efeito é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1292201 Ano: 2019
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

A figura a seguir representa a trajetória curva do ponto P sobre a superfície lateral de um cone circular reto cujo raio da base mede 10 cm e a geratriz, 60 cm. O ponto P inicia sua trajetória no ponto A, que pertence à circunferência da base, e dá uma volta completa em torno do cone, até retornar ao ponto A.

enunciado 2081876-1

Com a planificação da superfície lateral do cone, é possível calcular o menor comprimento da trajetória percorrida por P, que corresponde, em centímetros, a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1292189 Ano: 2019
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

SOBREVIVEREMOS NA TERRA?

Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. Segundo, por ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.

Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. Como resultado, temos nos voltado para políticos populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta. Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras, fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.

Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus: atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 ºC. A vida humana seria impossível. Precisamos ir além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.

Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa consciência.

Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações, introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos devem participar.

STEPHEN HAWKING (1942-2018)

Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

THE FLAT EARTH CRUISE: SERIOUSLY, PEOPLE?

Organizers of an annual conference that brings together people who believe that our planet is not round are planning a cruise to the supposed edge of the Earth. They’re looking for the ice wall that holds back the oceans.

The journey will take place in 2020, the Flat Earth International Conference (FEIC) recently announced on its website. The goal? To test so-called flat-Earthers’ assertion that the Earth is a flattened disk surrounded at its edge by a towering wall of ice.

Details about the event, including the dates, are forthcoming, according to the FEIC, which calls the cruise “the biggest, boldest adventure yet”. However, it’s worth noting that nautical maps and navigation technologies such as global positioning systems (GPS) work as they do because the Earth is … a globe.

Believers in a flat Earth argue that images showing a curved horizon are fake and that photos of a round Earth from space are part of a vast conspiracy perpetrated by NASA and other space agencies to hide Earth’s flatness. “This likely began during the cold war”, the Flat Earth Society (FES) says. “The U.S.S.R. and U.S.A. were obsessed with beating each other into space to the point that each faked their accomplishments in an attempt to keep pace with the other’s supposed achievements.” These and other flat-Earth assertions appear on the website of the FES, allegedly the world’s oldest official flat Earth organization, dating to the early 1800s.

However, the ancient Greeks demonstrated that Earth was a sphere more than 2.000 years ago, and the gravity that keeps everything on the planet from flying off into space could exist only on a spherical world.

But in diagrams shared on the FES website, the planet appears as a pancake-like disk with the North Pole smacked in the center and an edge “surrounded on all sides by an ice wall that holds the oceans back”. This ice wall – thought by some flat-Earthers to be Antarctica – is the destination of the promised FEIC cruise.

There’s just one catch: navigational charts and systems that guide cruise ships and other vessels around the Earth’s oceans are all based on the principle of a round Earth, says Henk Keijer, a former cruise ship captain with 23 years of experience.

GPS relies on a network of dozens of satellites orbiting thousands of miles above Earth; signals from the satellites beam down to the receiver inside of a GPS device, and at least three satellites are required to pinpoint a precise position because of Earth’s curvature, Keijer explained. “Had the Earth been flat, a total of three satellites would have been enough to provide this information to everyone on Earth”. He adds: “But it is not enough, because the Earth is round”.

Whether or not, the FEIC cruise will rely on GPS or deploy an entirely new flat-Earth-based navigation system for finding the end of the world remains to be seen.

Adaptado de livescience.com, 30/05/2017.

The texts Sobreviveremos na Terra? and The flat Earth cruise: seriously, people? share one issue.

The issue mentioned in both texts is the following one:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1292132 Ano: 2019
Disciplina: Francês (Língua Francesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

NAVIGUER SUR UNE TERRE PLATE?

L’année 2019 est prometteuse pour l’exploration spatiale, mais l’année 2020 sera d’autant plus intéressante pour l’exploration de l’océan, et uniquement pour celles et ceux qui croient encore que la Terre est plate! En effet, une grande croisière est prévue pour 2020, par et pour ces personnes (les platistes) croyant que nous vivons en réalité sur un grand disque (placé sur le dos d’une tortue cosmique géante?).

Bien que les informations à propos du projet de croisière soient encore peu nombreuses, cette dernière serait apparemment organisée par la Flat Earth International Conference – FEIC (Conférence internationale de la Terre plate) et promet d’être “la plus grande, la plus audacieuse, la meilleure aventure à ce jour”.

Mais il y a un problème dès le départ dans ce projet: les bateaux de croisière utilisent la navigation GPS, qui se base donc sur une planète ronde, avec des satellites y orbitant autour. Espérons donc pour eux que l’équipage ne fasse pas lui aussi partie de la Flat Earth Society (l’organisation officielle soutenant l’idée de la Terre plate), car les choses pourraient ne pas se passer comme prévu, et nos heureux platistes pourraient se perdre longtemps, voire à jamais, dans l’océan – bien que cela puisse être un bon moyen de mettre un terme à cette ironie.

“Les bateaux naviguent sur le principe que la Terre est ronde”, a expliqué Henk Keijer, ancien capitaine de bateau de croisière et expert maritime, à Adam Gabbatt du The Guardian. “Les cartes marines sont conçues dans cet esprit: la Terre est ronde”.

La question qui se pose donc est: est-ce que quelqu’un a eu l’occasion d’expliquer aux platistes que le GPS peut localiser votre position, et donc aussi garder un bateau de croisière sur le bon cap, grâce à un réseau de satellites qui gravitent autour de la Terre? Apparemment, soit ils ne sont pas au courant, soit ils ne comprennent pas le fonctionnement du système. Bien que cette actualité hilarante concernant ce groupe atypique de personnes ait déjà fait le tour du web, nous n’en savons malheureusement pas plus, et tous ces questionnements persistent donc.

Et concernant le risque de tomber du bord de la planète, comment s’y prennent-ils? Selon le Wiki de la Terre plate (oui, il en existe un), les vacanciers potentiels ne devraient pas craindre de tomber du plan terrestre, car la “barrière” de l’Antarctique devrait les arrêter avant qu’ils n’atteignent le bord. “La Terre se présente sous la forme d’un disque avec le pôle Nord au centre, et l’Antarctique est sous forme de mur autour du bord”, peut-on lire dans le Wiki. Dans ce cas, s’agirait-il d’un mur similaire à celui de la célèbre série Game of Thrones?

Quoi qu’il en soit, nous nous réjouissons de pouvoir lire et écouter leurs futures explications quant à la courbure de la Terre, lorsqu’ils se rendront compte que des terres et des bateaux peuvent disparaître derrière l’horizon. Enfin, s’ils reviennent un jour.

Adaptado de trustmyscience.com, 11/01/2019.

Dans l’avant-dernier paragraphe, barrière se trouve entre guillemets dans le but de:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1288590 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O conto a seguir foi retirado do Livro Hora de Alimentar Serpentes, de Marina Colasanti.

PESCANDO NA MARGEM DO RIO

Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes.

Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.

Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco a chegar porque seus passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E embora a natureza não se curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.

O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para não ferir as gengivas desguarnecidas.

noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.

Fazia-se mais fraco, porém.

E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer pescador por perto.

O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.

Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-se levar.

O conto constrói um paradoxo, que está formulado em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1288517 Ano: 2019
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O conto a seguir foi retirado do Livro Hora de Alimentar Serpentes, de Marina Colasanti.

PARA COMEÇAR

Desejou ter a beleza de uma árvore frondosa tatuada nas costas, copa espraiada sobre os ombros. Temendo, porém, o longo sofrimento imposto pelas agulhas, mandou tatuar na base da coluna, bem na base, a mínima semente.

Observe a imagem abaixo, que reproduz o quadro de René Magritte chamado “A Clarividência”.

enunciado 2078934-1

Na narrativa, o desejo inicial e a decisão final do personagem podem ser relacionados por meio da seguinte figura de linguagem:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1288283 Ano: 2019
Disciplina: Espanhol (Língua Espanhola)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

¿FLETAR UN CRUCERO HASTA EL BORDE DE LA TIERRA?

La Conferencia Internacional de Flat Earth (FEIC) ha anunciado que fletará un crucero el año que viene con el absurdo fin de llegar hasta los confines de la Tierra. Según una parte de los seguidores de esta corriente, que defiende que la Tierra no es redonda, el planeta acaba en un muro de hielo que nos separa del espacio exterior, al que pretenden llegar en el crucero. Será “la aventura más grande, más audaz y mejor hasta la fecha”, según la publicitan en la web.

La organización Flat Earth anunció el proyecto en su conferencia anual y así lo ha confirmado el periódico The Guardian. El excapitán de barco Henk Keijer cuenta en este periódico que el crucero lo tiene crudo para navegar porque todas las cartas náuticas y los sistemas de navegación están diseñados bajo la premisa de que la Tierra es redonda. Si la tripulación opina que el planeta no es esférico, la navegación podría convertirse en una tarea “muy complicada”.

“Los barcos navegan basándose en el principio de que la Tierra es redonda. Las cartas náuticas se diseñan con eso en mente: que la Tierra es redonda”, recuerda el excapitán, que añade que los barcos usan “un moderno sistema de navegación que se llama ECDIS, que proporciona una gran mejora en la seguridad de la navegación”.

Existen varias teorías dentro de las que creen que la Tierra es plana, aunque la principal afirma que, después de “una extensa experimentación, análisis e investigación”, la Tierra es un disco gigante con el polo norte en el centro y rodeado de “una barrera de pared de hielo: la Antártida”, según la sociedad terraplanista.

“Hasta donde sabemos, nadie ha logrado ir mucho más allá del muro de hielo y ha regresado para contarlo. Lo que sabemos es que rodea la Tierra, sirve para contener a los océanos y ayuda a protegernos de lo que pueda haber más allá”, asegura la Flatpedia, la Wikipedia de los terraplanistas.

Los organizadores del crucero advierten, por tanto, de que no garantizan llegar al muro, pero aseguran que los viajeros encontrarán “evidencias” suficientes para dar el viaje por bueno. Además de navegar al borde del precipicio, los terraplanistas podrán disfrutar de restaurantes y piscinas de olas para poder hacer surf.

En los foros terraplanistas han colgado fotos que “demuestran la existencia de dicho muro”. En realidad son grandes láminas de hielo ártico que, al desprenderse de forma cada vez más frecuente debido al calentamiento global, dejan grandes cortes verticales que se asemejan a murallas.

La Flat Earth Society asegura que “las agencias espaciales del mundo” han conspirado para falsificar “el viaje espacial y la exploración”. “Probablemente empezó durante la Guerra Fría. La U.R.S.S. y los Estados Unidos estaban obsesionados con ser los mejores en cuanto a llegar al espacio se refiere, hasta el punto de que cada uno fingía sus logros en un intento por seguir el ritmo de los supuestos logros del rival”, aseguran.

Adaptado de elpais.com, 12/01/2019.

cada uno fingía sus logros

En el trecho, una palabra que puede sustituir logros sin alteración significativa de sentido es:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1288259 Ano: 2019
Disciplina: História
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

TEXTO BASE

SOBREVIVEREMOS NA TERRA?

Tenho interesse pessoal no tempo. Primeiro, meu best-seller chama-se Uma breve história do tempo. Segundo, por ser alguém que, aos 21 anos, foi informado pelos médicos de que teria apenas mais cinco anos de vida e que completou 76 anos em 2018. Tenho uma aguda e desconfortável consciência da passagem do tempo. Durante a maior parte da minha vida, convivi com a sensação de que estava fazendo hora extra.

Parece que nosso mundo enfrenta uma instabilidade política maior do que em qualquer outro momento. Uma grande quantidade de pessoas sente ter ficado para trás. Como resultado, temos nos voltado para políticos populistas, com experiência de governo limitada e cuja capacidade para tomar decisões ponderadas em uma crise ainda está para ser testada. A Terra sofre ameaças em tantas frentes que é difícil permanecer otimista. Os perigos são grandes e numerosos demais. O planeta está ficando pequeno para nós. Nossos recursos físicos estão se esgotando a uma velocidade alarmante. A mudança climática foi uma trágica dádiva humana ao planeta. Temperaturas cada vez mais elevadas, redução da calota polar, desmatamento, superpopulação, doenças, guerras, fome, escassez de água e extermínio de espécies; todos esses problemas poderiam ser resolvidos, mas até hoje não foram. O aquecimento global está sendo causado por todos nós. Queremos andar de carro, viajar e desfrutar um padrão de vida melhor. Mas quando as pessoas se derem conta do que está acontecendo, pode ser tarde demais.

Estamos no limiar de um período de mudança climática sem precedentes. No entanto, muitos políticos negam a mudança climática provocada pelo homem, ou a capacidade do homem de revertê-la. O derretimento das calotas polares ártica e antártica reduz a fração de energia solar refletida de volta no espaço e aumenta ainda mais a temperatura. A mudança climática pode destruir a Amazônia e outras florestas tropicais, eliminando uma das principais ferramentas para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera. A elevação da temperatura dos oceanos pode provocar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono. Ambos os fenômenos aumentariam o efeito estufa e exacerbariam o aquecimento global, tornando o clima em nosso planeta parecido com o de Vênus: atmosfera escaldante e chuva ácida a uma temperatura de 250 ºC. A vida humana seria impossível. Precisamos ir além do Protocolo de Kyoto – o acordo internacional adotado em 1997 – e cortar imediatamente as emissões de carbono. Temos a tecnologia. Só precisamos de vontade política.

Quando enfrentamos crises parecidas no passado, havia algum outro lugar para colonizar. Estamos ficando sem espaço, e o único lugar para ir são outros mundos. Tenho esperança e fé de que nossa engenhosa raça encontrará uma maneira de escapar dos sombrios grilhões do planeta e, deste modo, sobreviver ao desastre. A mesma providência talvez não seja possível para os milhões de outras espécies que vivem na Terra, e isso pesará em nossa consciência.

Mas somos, por natureza, exploradores. Somos motivados pela curiosidade, essa qualidade humana única. Foi a curiosidade obstinada que levou os exploradores a provar que a Terra não era plana, e é esse mesmo impulso que nos leva a viajar para as estrelas na velocidade do pensamento, instigando-nos a realmente chegar lá. E sempre que realizamos um grande salto, como nos pousos lunares, exaltamos a humanidade, unimos povos e nações, introduzimos novas descobertas e novas tecnologias. Deixar a Terra exige uma abordagem global combinada – todos devem participar.

STEPHEN HAWKING (1942-2018)

Adaptado de Breves respostas para grandes questões. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

TEXTO BASE

SOBRE A FORMA DA TERRA

Nesses últimos tempos, tem-se difundido na internet uma concepção sobre a forma da Terra: a Terra Plana. Na verdade, essa concepção está associada com outras ideias em conflito com o conhecimento científico atual. Afirma-se, por exemplo, que a gravidade inexiste; a Lua é autoiluminada; o Sol e os demais astros se encontram a não mais de alguns milhares de quilômetros de nós; o Sol e a Lua descrevem órbitas paralelas à superfície da Terra; as viagens espaciais são impossíveis. Negam-se, assim, a ida do homem à Lua e a existência de satélites artificiais, ao mesmo tempo que se afirmam o geocentrismo antropocêntrico e o criacionismo fixista dos 6 mil anos, segundo o qual tudo teria sido criado como é hoje há cerca de 6 mil anos.

FERNANDO LANG DA SILVEIRA
Adaptado de researchgate.net, maio/2017.

De acordo com essa concepção sobre a forma da Terra, dentre as viagens empreendidas pelos exploradores do período das Grandes Navegações, a que faz alusão Stephen Hawking, seria impossível a realização do seguinte percurso:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas