Magna Concursos

Foram encontradas 70 questões.

901791 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Nosso pensamento, como toda entidade viva, nasce para se vestir de fronteiras. Essa invenção é uma espécie de vício de arquitetura, pois não há infinito sem linha do horizonte. A verdade é que a vida tem fome de fronteiras. Porque essas fronteiras da natureza não servem apenas para fechar. Todas as membranas orgânicas são entidades vivas e permeáveis. São fronteiras feitas para, ao mesmo tempo, delimitar e negociar: o “dentro” e o “fora” trocam-se por turnos.

Um dos casos mais notáveis na construção de fronteiras acontece no mundo das aves. É o caso do nosso tucano, o tucano africano, que fabrica o ninho a partir do oco de uma árvore. Nesse vão, a fêmea se empareda literalmente, erguendo, ela e o macho, um tapume de barro.A) Essa parede tem apenas um pequeno orifício, ele é a única janela aberta sobre o mundo.B) Naquele cárcere escuro, a fêmea arranca as próprias penas para preparar o ninho das futuras crias. Se quisesse desistir da empreitada, ela morreria, sem possibilidade de voar.C) Mesmo neste caso de consentida clausura, a divisória foi inventada para ser negada.D)

Mas o que aqueles pássaros construíram não foi uma parede: foi um buraco. Erguemos paredes inteiras como se fôssemos tucanos cegos. De um e do outro lado há sempre algo que morre, truncado do seu lado gêmeo. Aprendemos a demarcarmo-nos do Outro e do Estranho como se fossem ameaças à nossa integridade. Temos medo da mudança, medo da desordem, medo da complexidade. Precisamos de modelos para entender o universo (que é, afinal, um pluriverso ou um multiverso), que foi construído em permanente mudança, no meio do caos e do imprevisível.

A própria palavra “fronteira” nasceu como um conceito militar, era o modo como se designava a frente de batalha. Nesse mesmo berço aconteceu um fato curioso: um oficial do exército francês inventou um código de gravação de mensagens em alto-relevo. Esse código servia para que, nas noites de combate, os soldados pudessem se comunicar em silêncio e no escuro. Foi a partir desse código que se inventou o sistema de leitura Braille. No mesmo lugar em que nasceu a palavra “fronteira” sucedeu um episódio que negava o sentido limitador da palavra.

A fronteira concebida como vedação estanque tem a ver com o modo como pensamos e vivemos a nossa própria identidade. Somos um pouco como a tucana que se despluma dentro do escuro: temos a ilusão de que a nossa proteção vem da espessura da parede. Mas seriam as asas e a capacidade de voar que nos devolveriam a segurança de ter o mundo inteiro como a nossa casa.

MIA COUTO

Adaptado de fronteiras.com, 10/08/2014.

No segundo parágrafo, ao descrever a construção do ninho do tucano africano, o autor expressa seu ponto de vista acerca da relatividade do papel das fronteiras.

Esse ponto de vista está enunciado em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
892984 Ano: 2016
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Uma pirâmide com exatamente seis arestas congruentes é denominada tetraedro regular. Admita que a aresta do tetraedro regular ilustrado a seguir, de vértices ABCD, mede 6 cm e que o ponto médio da aresta BC é M.

enunciado 2037105-1

O cosseno do ângulo !$ A \hat{M} D !$ equivale a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
892883 Ano: 2016
Disciplina: Geografia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Distribuição das pessoas que vivem com menos de um dólar por dia

enunciado 2037022-1

enunciado 2037022-2

Adaptado de TERRA, L. e outros. Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2008.

A partir da análise dos mapas, identifica-se que a diminuição da pobreza, entre 1990 e 1999, foi mais acentuada em determinada região do mundo.

Um processo socioeconômico que explica o desempenho alcançado por essa região é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
892748 Ano: 2016
Disciplina: Química
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Durante a Segunda Guerra Mundial, um cientista dissolveu duas medalhas de ouro para evitar que fossem confiscadas pelo exército nazista. Posteriormente, o ouro foi recuperado e as medalhas novamente confeccionadas.

As equações balanceadas a seguir representam os processos de dissolução e de recuperação das medalhas.

enunciado 2036887-1

Admita que foram consumidos 252 g de HNO3 para a completa dissolução das medalhas. Nesse caso, a massa, de NaHSO3, em gramas, necessária para a recuperação de todo o ouro corresponde a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
892219 Ano: 2016
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Uma urna contém uma bola branca, quatro bolas pretas e x bolas vermelhas, sendo x > 2. Uma bola é retirada ao acaso dessa urna, é observada e recolocada na urna. Em seguida, retira-se novamente, ao acaso, uma bola dessa urna.

Se !$ \large{1 \over 2} !$ é a probabilidade de que as duas bolas retiradas sejam da mesma cor, o valor de x é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
880879 Ano: 2016
Disciplina: História
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

enunciado 2036029-1

BANDA OS INCRÍVEIS Adaptado de vagalume.com.br.

A banda brasileira Os Incríveis marcou época ao cantar acontecimentos e ideias que afetavam especialmente a vida dos mais jovens no final da década de 1960, como ilustram as letras citadas.

Essas letras estão relacionadas, respectivamente, aos seguintes contextos internacional e brasileiro daquele momento:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
880595 Ano: 2016
Disciplina: Francês (Língua Francesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

L’identité québécoise et la diversité culturelle

La construction identitaire d’un peuple s’inscrit dans un contexte social, historique, économique, politique, idéologique et géographique. Elle est en constante définition selon les changements dans le temps et l’espace. La mondialisation de la culture et l’individualisme posent des défis importants à une définition de l’identité culturelle collective. Celle-ci est le fruit d’un agir collectif, de solidarités, d’éléments qui rassemblent les gens d’une même appartenance et qui, à la fois, les distinguent par rapport aux autres groupes.

Le peuple québécois revendique une identité qui le distingue à l’intérieur d’un ensemble nordaméricain anglo-saxon, d’un continent qui est, et a toujours été, une grande terre d’accueil. Le Québec en soi s’est composé parmi des éléments culturels divers, dû à l’afflux d’immigrants venant de toutes parts. De Canadiens français à Québécois, la construction identitaire des habitants de la province s’est faite principalement sous l’égide de la résistance du fait francophone en Amérique du Nord.

L’immigration fait non seulement partie d’un projet du gouvernement québécois, mais elle est aussi une donnée inévitable à une époque de déplacements des populations. Depuis la fin de la guerre froide et le cheminement de l’humanité vers la mondialisation, les déplacements à l’échelle mondiale se sont accrus d’une façon importante. Que ce soit en raison de l’augmentation du tourisme, des stages d’études, de travail ou de coopération internationale, des conflits armés et des catastrophes avec leur lot de réfugiés, de l’accès au travail, de l’augmentation de la pauvreté et la quête d’une vie meilleure, etc., le flux migratoire international n’a jamais été aussi important qu’à l’ère actuelle.

Certains citoyens ont une conception ethnique de la société québécoise et mettent l’emphase sur des critères bien précis tels la religion catholique, le fait français, le statut de colonisé, etc., afin de la définir. Ces points de vue soulèvent des questions. Les repères historiques sont importants, mais ils sont loin d’être les uniques composantes de l’identité culturelle. L’identité est une construction symbolique. Elle n’existe pas en soi de façon autonome et évolue constamment à travers l’histoire et le temps dans un espace donné. Les différents éléments qui la composent ne sont pas tangibles, palpables. Ils font appel à l’émotivité et aussi à un projet collectif. De là l’importance d’être confiants face au devenir collectif et de rester ouverts de coeur et d’esprit.

Je suis convaincue que la diversité culturelle au Québec et une identité québécoise forte sont loin d’être irréconciliables. Je crois même que l’identité québécoise a besoin, aujourd’hui comme par le passé, de la diversité culturelle pour se définir. Le Québec s’est forgé à partir d’éléments culturels très divers. Le résultat est que les habitants de la belle province sont déjà très habiles dans le bricolage identitaire devenu nécessaire à l’époque actuelle. Comme le dit si bien l’un de mes anciens professeurs d’université, “Il faut assumer la créolisation des cultures qui fait désormais partie de nous-mêmes”.

judithcamier.wordpress.com

dû à l’afflux d’immigrants venant de toutes parts

Au deuxième paragraphe, ce fragment du texte exprime l’idée de:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
879709 Ano: 2016
Disciplina: Física
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Utilize as informações a seguir para responder a questão.

Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável por seu deslocamento vertical, encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário. Para buscar alimento, esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória encontra-se preenchida por 112 mL de oxigênio molecular.

A variação de pressão sobre o peixe, durante seu deslocamento até a superfície, corresponde, em atmosferas, a:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
877786 Ano: 2016
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem todos podem dizer que conhecem uma cidade inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras e terras, confiava-me há muitos anos em Londres que de Londres só conhecia bem o seu clube, e era o que lhe bastava da metrópole e do mundo.

Natividade e Perpétua conheciam outras partes, além de Botafogo, mas o morro do Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão estranho e remoto como o clube. O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. Não obstante, continuavam a subir, como se fosse penitência, devagarinho, cara no chão, véu para baixo. A manhã trazia certo movimento; mulheres, homens, crianças que desciam ou subiam, lavadeiras e soldados, algum empregado, algum lojista, algum padre, todos olhavam espantados para elas, que aliás vestiam com grande simplicidade; mas há um donaire* que se não perde, e não era vulgar naquelas alturas. A mesma lentidão no andar, comparada à rapidez das outras pessoas, fazia desconfiar que era a primeira vez que ali iam. (...)

Com efeito, as duas senhoras buscavam disfarçadamente o número da casa da cabocla, até que deram com ele. A casa era como as outras, trepada no morro. Subia-se por uma escadinha, estreita, sombria, adequada à aventura. Quiseram entrar depressa, mas esbarraram com dous sujeitos que vinham saindo, e coseram-se ao portal. Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha.

– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão de ouvir muito disparate...

– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.

Hesitaram um pouco; mas, logo depois advertiram que as palavras do primeiro eram sinal certo da vidência e da franqueza da adivinha; nem todos teriam a mesma sorte alegre. A dos meninos da Natividade podia ser miserável, e então... Enquanto cogitavam passou fora um carteiro, que as fez subir mais depressa, para escapar a outros olhos. Tinham fé, mas tinham também vexame da opinião, como um devoto que se benzesse às escondidas.

Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as senhoras à sala. (...)

– Minha filha já vem, disse o velho. As senhoras como se chamam?

(...)

A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua menos que Natividade. A aventura parecia audaz, e algum perigo possível. Não ponho aqui os seus gestos; imaginai que eram inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia nada. Natividade confessou depois que tinha um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não se demorou muito; ao cabo de três ou quatro minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a cortina do fundo.

MACHADO DE ASSIS Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

*donaire − elegância

O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas.

Nessa frase, um recurso de linguagem é utilizado para reforçar o incômodo das personagens.

Esse recurso é denominado:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
876659 Ano: 2016
Disciplina: Biologia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Esponjas e mexilhões podem ser considerados bioindicadores, uma vez que a análise de seus tecidos revela a concentração de poluentes na água.

Isso ocorre pois, no meio aquático, esses animais são caracterizados, em sua maioria, como:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas