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Foram encontradas 60 questões.

1564450 Ano: 2020
Disciplina: Português
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
O cortador de piada
Por Paulo Pestana
Contar piada é uma arte. Há o contador minucioso, que entra em detalhes, sai do trilho e, quando menos se espera, volta para o arremate, normalmente rindo mais do que quem ouve a história pela primeira vez; há o conciso, que usa poucas frases e normalmente é cortante, frequentemente maldoso; o histriônico, que muda a voz, se levanta, interpreta e exagera, o pornográfico, que acha palavrão engraçado, o verborrágico, que emenda uma piada na outra, entre muitos outros.
Toda boa roda de botequim tem que ter algum contador de anedota de repertório amplo, memória prodigiosa e paciência. Ainda mais se de vez em quando aparecer na conversa um outro personagem, o cortador de piada. Sim; um conta, o outro corta, normalmente se introduzindo na história alheia, estragando o final.
Toda boa piada tem seu clímax no final. Não é como um conto, uma narrativa, um cordel ou até mesmo um ‘causo’, quando a graça, muitas vezes, está no desenvolvimento da ação. O fecho da piada tem que ser surpreendente, definitivo, deve conter toda graça em poucas palavras que muitas vezes torcem a lógica exposta anteriormente.
O cortador de piada é também conhecido como o chato. Por mais velho que seja o chiste, é preciso respeitar o contador, ainda que não seja dos mais cativantes, que não tenha o brilho e a graça de um Chico Anísio. O cortador muitas vezes interrompe a narrativa sem a menor cerimônia, com aquela inocência insuportável dos enjoados — o chato de verdade nunca é proposital; é um traço de caráter inato, o que só piora a situação.
Mas há situações piores, quando o chato se transforma no ladrão de piada. Também querendo dominar o ambiente, o ladino se apodera da história alheia e conta o final, deixando o dono da anedota com a boca aberta e sem ter o que dizer. Foi o que aconteceu, não faz muito tempo, num famoso boteco da W2 Sul — ou melhor, famoso para nós, frequentadores, já que não sai nas colunas de jornal.
A noite ainda era juvenil, mas aquela turma dava impressão de estar por ali desde o café da manhã, tamanha a animação. Cascos vazios de cerveja já tinham enchido um engradado e já eram colocados com a boca para baixo, entre os outros. Um dos rapazes começou a contar uma piada comprida e que era constantemente interrompida por comentários diversos por outro sujeito.
Havia interessados na narrativa, até porque é uma piada sobre advogados, e os causídicos são fregueses habituais do estabelecimento. O chato não sossegava, queria ser o centro das atenções e diante de tantos ‘psius’ pedindo silêncio, disparou:
— Que tatu? Não vi nenhum tatu por aqui!
E se contorcia como o Orlando Furioso, da ópera de Vivaldi. Ele havia contado o fim da piada numa cena que só pode ser explicada pelo alto nível etílico daquela mesa, quando o tempo fechou como uma final com Grenal. Até hoje tem gente querendo saber como a piada chegaria ao tatu, mas tem medo de perguntar.
Adaptado de: http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/mais-
leitor/2019/12/06/noticia-mais-leitor,162065/cronica-o-cortador-de-piada.shtml. Acesso em: 10 dez. 2019.
Sobre a linguagem apresentada no texto, assinale a alternativa correta.
 

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1564269 Ano: 2020
Disciplina: Matemática
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
Lucas percorreu 2/5 de uma estrada e ainda faltam 252 km para terminar a viagem. Sabendo disso, quantos quilômetros da estrada Lucas já percorreu?
 

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1556572 Ano: 2020
Disciplina: Português
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
O cortador de piada
Por Paulo Pestana
Contar piada é uma arte. Há o contador minucioso, que entra em detalhes, sai do trilho e, quando menos se espera, volta para o arremate, normalmente rindo mais do que quem ouve a história pela primeira vez; há o conciso, que usa poucas frases e normalmente é cortante, frequentemente maldoso; o histriônico, que muda a voz, se levanta, interpreta e exagera, o pornográfico, que acha palavrão engraçado, o verborrágico, que emenda uma piada na outra, entre muitos outros.
Toda boa roda de botequim tem que ter algum contador de anedota de repertório amplo, memória prodigiosa e paciência. Ainda mais se de vez em quando aparecer na conversa um outro personagem, o cortador de piada. Sim; um conta, o outro corta, normalmente se introduzindo na história alheia, estragando o final.
Toda boa piada tem seu clímax no final. Não é como um conto, uma narrativa, um cordel ou até mesmo um ‘causo’, quando a graça, muitas vezes, está no desenvolvimento da ação. O fecho da piada tem que ser surpreendente, definitivo, deve conter toda graça em poucas palavras que muitas vezes torcem a lógica exposta anteriormente.
O cortador de piada é também conhecido como o chato. Por mais velho que seja o chiste, é preciso respeitar o contador, ainda que não seja dos mais cativantes, que não tenha o brilho e a graça de um Chico Anísio. O cortador muitas vezes interrompe a narrativa sem a menor cerimônia, com aquela inocência insuportável dos enjoados — o chato de verdade nunca é proposital; é um traço de caráter inato, o que só piora a situação.
Mas há situações piores, quando o chato se transforma no ladrão de piada. Também querendo dominar o ambiente, o ladino se apodera da história alheia e conta o final, deixando o dono da anedota com a boca aberta e sem ter o que dizer. Foi o que aconteceu, não faz muito tempo, num famoso boteco da W2 Sul — ou melhor, famoso para nós, frequentadores, já que não sai nas colunas de jornal.
A noite ainda era juvenil, mas aquela turma dava impressão de estar por ali desde o café da manhã, tamanha a animação. Cascos vazios de cerveja já tinham enchido um engradado e já eram colocados com a boca para baixo, entre os outros. Um dos rapazes começou a contar uma piada comprida e que era constantemente interrompida por comentários diversos por outro sujeito.
Havia interessados na narrativa, até porque é uma piada sobre advogados, e os causídicos são fregueses habituais do estabelecimento. O chato não sossegava, queria ser o centro das atenções e diante de tantos ‘psius’ pedindo silêncio, disparou:
— Que tatu? Não vi nenhum tatu por aqui!
E se contorcia como o Orlando Furioso, da ópera de Vivaldi. Ele havia contado o fim da piada numa cena que só pode ser explicada pelo alto nível etílico daquela mesa, quando o tempo fechou como uma final com Grenal. Até hoje tem gente querendo saber como a piada chegaria ao tatu, mas tem medo de perguntar.
Adaptado de: http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/mais-
leitor/2019/12/06/noticia-mais-leitor,162065/cronica-o-cortador-de-piada.shtml. Acesso em: 10 dez. 2019.
Em relação às ideias contidas no texto, assinale a alternativa correta.
 

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1545185 Ano: 2020
Disciplina: Informática
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
No software LibreOffice Calc versão 6.3, versão em português, qual resultado a função MDC retorna?
 

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1508641 Ano: 2020
Disciplina: Informática
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
Considerando o Microsoft Windows 7, versão em português, a funcionalidade “Criar uma imagem do sistema” está disponível em qual utilitário?
 

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1236796 Ano: 2020
Disciplina: Libras
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
O Projeto de Lei n° 1.231/2019 estabelece
 

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1071292 Ano: 2020
Disciplina: Informática
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
A tecnologia que implementa comunicações sobrepostas às redes públicas utilizadas para criar túneis entre escritórios é conhecida como
 

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816093 Ano: 2020
Disciplina: Libras
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
Sobre a realização da interpretação de língua falada para língua sinalizada e vice-versa e quanto aos preceitos éticos necessários, assinale a alternativa INCORRETA.
 

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636085 Ano: 2020
Disciplina: Libras
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
São exemplos de sinais arbitrários:
 

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355449 Ano: 2020
Disciplina: Matemática
Banca: AOCP
Orgão: Pref. Cariacica-ES
Lucas passou por uma vitrine e viu uma mercadoria no valor de R$ 56,00. Como naquele momento Lucas não tinha dinheiro, voltou na semana seguinte e viu que a mesma mercadoria tinha passado a custar R$ 68,00. Qual foi o aumento que o preço antigo dessa mercadoria sofreu, aproximadamente?
 

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