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Foram encontradas 25 questões.

1313530 Ano: 2014
Disciplina: Teologia
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG
Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, na Suíça, em 9 de agosto de 1896. Aos dez anos de idade, publicou o seu primeiro artigo científico e, aos vinte e três anos, formou-se em Biologia. Mudou-se para Zurique, onde começou a trabalhar com o raciocínio da criança sob a ótica da psicologia experimental. Publicou mais de 50 livros abordando questões relativas ao desenvolvimento cognitivo.
Sobre o pensamento de Jean Piaget, analise as afirmativas abaixo:
I - A inteligência humana é uma adaptação biológica, quer dizer, o mesmo processo de adaptação que ocorre entre organismo e o meio produzido no terreno biológico acontece também no campo psicológico em relação ao processo de conhecimento dos objetos.
II - O conhecimento é um processo de construção, isto é, as pessoas nascem providas das noções e das categorias de pensamento perfeitamente formuladas, nem tampouco esse conhecimento é fornecido integralmente pelo meio. Cada um constrói o seu conhecimento.
III - O conhecimento é elaborado nos intercâmbios entre sujeito e objeto. Para Piaget, o conhecimento acontece porque o indivíduo, com o seu aparato genético e com as estimulações do meio, começa a formar esquemas e estruturas de conhecimento.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
 

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Herói pelo que não fez
Wanderlei Paulo Vignoli, soldado da PM paulista, de 42 anos, é um brasileiro honra¬do. No meio dos tumultos da última terça-feira em São Paulo, promovidos por bandos selvagens que protestavam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, destacou-se pelo equilíbrio, sensatez e humanidade. Merece do colunista o galardão de personagem da semana. Quando é um PM que se destaca por tais qualidades, em meio a uma situação de conflito como aquela, já se tem ideia de como andaram as coisas do outro lado. Manifestantes depredaram ônibus, agências bancárias, vitrines de lojas e estações de metrô. Provocaram monstruosos congestionamentos na cidade. Deixaram muita gente que supostamente pretendem proteger — os usuários do transporte coletivo — atrasada para ir ao trabalho ou voltar para casa, desorientada e com medo.
Os protestos são promovidos por um certo Movimento Passe Livre. Seu fim último é zerar o custo das passagens de ônibus, metrô e trem. O objetivo é louvável. Melhor ainda se incluísse supermercado livre, farmácia livre e shopping center livre, sem esquecer da tarifa aérea livre e do hotel livre. Esses últimos itens vão em homenagem ao jeitão da massa manifestante. O ar geral é de estudantada. E não a nova estudantada, em que ressalta o pessoal das cotas e do ProUni. É a estudantada tradicional, oriunda da mais pura e característica "elite branca", na memorável expressão do ex-governador paulista Cláudio Lembo. (Confira-se nas fotos e filmes do site do Movimento Passe Livre, saopaulo.mpl.org.br). Tem jeito de massa a quem tarifas aéreas dizem mais respeito do que tarifas de ônibus.
O soldado Vignoli não fazia parte do destacamento encarregado de conter os manifestantes. Ele trabalha na segurança do Palácio da Justiça, sede principal do Poder Judiciário de São Paulo, situada junto à Praça da Sé. Sua função é guardar a entrada, protegendo o entra e sai de desembargadores, funcionários e público, e a incolumidade do edifício. Quando viu um jovem pichando um dos muros do palácio, correu e agarrou-o.!$ ^{(B)} !$ O jovem tentava desvencilhar-se, o soldado tentava mantê-lo imobilizado. Os dois caíram no chão, um agarrado ao outro. O repórter Giba Bergamim Jr., da Folha de S.Paulo, estava bem próximo, e é graças a ele que se tem o relato detalhado da cena. Com o PM e o pichador no chão, outros manifestantes os cercaram. Passaram a agredir o soldado com pedradas, chutes e socos.!$ ^{(D)} !$ "Eram cerca de dez contra um", relatou o repórter. Uma pedrada atingiu o soldado bem no alto da cabeça, coberta por ampla calva. O sangue começou a escorrer-lhe pelo rosto. Vignoli ouvia gritos de "lincha, mata, tira a arma dele". Foi então que, com uma mão ainda a imobilizar o pichador, com a outra sacou do revólver e, erguendo-se a meia altura do solo, apontou-o para os agressores.!$ ^{(C)} !$
Eis o momento que define uma vida. Eram 8 e meia da noite de terça-feira, 11 de junho de 2013, no ponto mais central da cidade de São Paulo, e a sorte cochichava a Vignoli, numa infame provocação: "E agora? Sai dessa". Atirasse, e o esperava o opróbrio devido a mais um PM assassino, o julgamento, o afastamento das fileiras da corporação, o fim do ganha-pão, o colapso do sossego e do futuro, a ruína. Não atirasse, e o que seria dele diante dos agressores ensandecidos, ainda mais que a sangueira lhe inundava o rosto e escorria pela farda, cegava-o e o fazia suspeitar que estivesse seriamente ferido? Os objetos continuavam a ser lançados contra ele. "Pensei que fosse morrer", diria depois. Não atirou.!$ ^{(A)} !$
Um outro grupo de manifestantes ajudou a conter os agressores e proteger o soldado. "O PM ia ser linchado", comentou um estudante de ciências sociais ao repórter da Folha. O próprio repórter ajudou a proteger Vignoli, que, enfim, encontrou uma brecha para escapar e sair em marcha acelerada, intercalada por corridinhas, até o portão dos fundos do Palácio da Justiça, por onde penetrou escoltado pelos colegas da segurança do local. Pouco depois era levado a um hospital, onde recebeu cinco pontos na cabeça e ganhou folga de cinco dias para repousar e fazer novos exames. O soldado Vignoli foi submetido ao grande teste que não apenas sua profissão, mas a vida em geral reserva contra certas pessoas, o supremo momento do vamos-ver-afinal-quem-é-você, e passou. Há heróis que se notabilizam pelo que fizeram. Ele se notabilizou pelo que não fez.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Herói pelo que não fez. Revista Veja. p. 126. 19 de junho de 2013.)
Assinale a alternativa em que se encontra a passagem que justifica o título do texto.
 

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715972 Ano: 2014
Disciplina: Direito Constitucional
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG

Sobre a Constituição Federal e o Ensino Religioso, analise as afirmativas abaixo:

I - 1.ª CONSTITUIÇÃO DO BRASIL REPÚBLICA: 1891. art. 72, Parágrafo 3.º - “Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto.” Parágrafo 6.º - “Será leigo o ensino ministrado nos estabelecimentos públicos. Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo.”

II - CONSTITUIÇÃO DO BRASIL DE 1967. art. 168, inciso IV – “O ER, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e médio.”

III - CONSTITUIÇÃO DE 1988. art. 210, § 1º – “O ER, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”

Estão CORRETAS as proposições

 

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710791 Ano: 2014
Disciplina: Filosofia
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG
Historicamente, o essencialismo e o empirismo marcaram as abordagens sistemáticas do fenômeno religioso; no entanto, vislumbramos cada vez mais o crescimento e a evidência da tendência empirista nas pesquisas, muito provavelmente em função da preocupação em não se confundir Ciência da Religião com Teologia.
Sobre o essencialismo e o empirismo, analise as proposições abaixo:
I - A visão empirista sobre o objeto religião defende a ideia de que a religião possui uma essência que extrapola o ser humano. Familiar no senso comum, o empirismo acredita que todas as religiões “falam da mesma coisa”. Os caminhos são diferentes, mas chegarão ao mesmo ponto, isto é, ao mesmo Deus. Os representantes dessa visão são Rudolf Oto e Mircea Eliade.
II - A visão essencialista descarta a necessidade de existência de um sagrado na abordagem científica sobre religião, pois o que importa são as manifestações daquilo que pode ser observado.
III - O essencialismo e o empirismo geraram, além de discussões, organizações acadêmicas que procuram apontar, a partir de suas concepções, qual o caminho científico que deve tomar as pesquisas sobre religião. É preciso, contudo, esclarecer que ser essencialista pode não significar ser dogmático. É possível perceber a essência da religião além da existência do Sagrado, ou melhor, ser essencialista nem sempre significa vislumbrar o substrato da religião como sagrado.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) proposição(ões)
 

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Herói pelo que não fez
Wanderlei Paulo Vignoli, soldado da PM paulista, de 42 anos, é um brasileiro honra¬do. No meio dos tumultos da última terça-feira em São Paulo, promovidos por bandos selvagens que protestavam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, destacou-se pelo equilíbrio, sensatez e humanidade. Merece do colunista o galardão de personagem da semana. Quando é um PM que se destaca por tais qualidades, em meio a uma situação de conflito como aquela, já se tem ideia de como andaram as coisas do outro lado. Manifestantes depredaram ônibus, agências bancárias, vitrines de lojas e estações de metrô. Provocaram monstruosos congestionamentos na cidade. Deixaram muita gente que supostamente pretendem proteger — os usuários do transporte coletivo — atrasada para ir ao trabalho ou voltar para casa, desorientada e com medo.
Os protestos são promovidos por um certo Movimento Passe Livre. Seu fim último é zerar o custo das passagens de ônibus, metrô e trem.!$ ^{(B)} !$ O objetivo é louvável. Melhor ainda se incluísse supermercado livre, farmácia livre e shopping center livre, sem esquecer da tarifa aérea livre e do hotel livre. Esses últimos itens vão em homenagem ao jeitão da massa manifestante. O ar geral é de estudantada. E não a nova estudantada, em que ressalta o pessoal das cotas e do ProUni. É a estudantada tradicional, oriunda da mais pura e característica "elite branca", na memorável expressão do ex-governador paulista Cláudio Lembo. (Confira-se nas fotos e filmes do site do Movimento Passe Livre, saopaulo.mpl.org.br). Tem jeito de massa a quem tarifas aéreas dizem mais respeito do que tarifas de ônibus.
O soldado Vignoli não fazia parte do destacamento encarregado de conter os manifestantes. Ele trabalha na segurança do Palácio da Justiça, sede principal do Poder Judiciário de São Paulo, situada junto à Praça da Sé. Sua função é guardar a entrada, protegendo o entra e sai de desembargadores, funcionários e público!$ ^{(C)} !$, e a incolumidade do edifício. Quando viu um jovem pichando um dos muros do palácio, correu e agarrou-o. O jovem tentava desvencilhar-se, o soldado tentava mantê-lo imobilizado. Os dois caíram no chão, um agarrado ao outro. O repórter Giba Bergamim Jr., da Folha de S.Paulo, estava bem próximo, e é graças a ele que se tem o relato detalhado da cena. Com o PM e o pichador no chão, outros manifestantes os cercaram. Passaram a agredir o soldado com pedradas, chutes e socos. "Eram cerca de dez contra um", relatou o repórter. Uma pedrada atingiu o soldado bem no alto da cabeça, coberta por ampla calva. O sangue começou a escorrer-lhe pelo rosto. Vignoli ouvia gritos de "lincha, mata, tira a arma dele". Foi então que, com uma mão ainda a imobilizar o pichador, com a outra sacou do revólver e, erguendo-se a meia altura do solo, apontou-o para os agressores.
Eis o momento que define uma vida. Eram 8 e meia da noite de terça-feira, 11 de junho de 2013, no ponto mais central da cidade de São Paulo, e a sorte cochichava a Vignoli, numa infame provocação: "E agora? Sai dessa". Atirasse, e o esperava o opróbrio devido a mais um PM assassino, o julgamento, o afastamento das fileiras da corporação, o fim do ganha-pão, o colapso do sossego!$ ^{(A)} !$ e do futuro, a ruína. Não atirasse, e o que seria dele diante dos agressores ensandecidos, ainda mais que a sangueira lhe inundava o rosto e escorria pela farda, cegava-o e o fazia suspeitar que estivesse seriamente ferido? Os objetos continuavam a ser lançados contra ele. "Pensei que fosse morrer", diria depois. Não atirou.
Um outro grupo de manifestantes ajudou a conter os agressores e proteger o soldado. "O PM ia ser linchado", comentou um estudante de ciências sociais ao repórter da Folha. O próprio repórter ajudou a proteger Vignoli, que, enfim, encontrou uma brecha para escapar e sair em marcha acelerada, intercalada por corridinhas, até o portão dos fundos do Palácio da Justiça, por onde penetrou escoltado pelos colegas da segurança do local. Pouco depois era levado a um hospital, onde recebeu cinco pontos na cabeça e ganhou folga de cinco dias para repousar e fazer novos exames. O soldado Vignoli foi submetido ao grande teste que não apenas sua profissão, mas a vida em geral reserva contra certas pessoas, o supremo momento do vamos-ver-afinal-quem-é-você, e passou.!$ ^{(D)} !$ Há heróis que se notabilizam pelo que fizeram. Ele se notabilizou pelo que não fez.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Herói pelo que não fez. Revista Veja. p. 126. 19 de junho de 2013.)
Em todas as alternativas, verifica-se o uso de substantivação de verbos como recurso de expressão, EXCETO em
 

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682640 Ano: 2014
Disciplina: Filosofia
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG
A pergunta sobre o que é religião remete a uma das questões centrais da Ciência da Religião, que possui entre seus objetivos proporcionar conhecimentos sobre as religiões tendo em vista uma convivência pacífica na diversidade. Para a Ciência da Religião, a diversidade religiosa não deve assustar, pois evidencia a grande riqueza do homem de ser o criador dos seus universos simbólicos. Como então definir religião em meio à diversidade religiosa? É possível encontrar uma única definição que sirva para identificar todas as religiões? Sobre as tentativas de se definir as religiões de maneira universal, podemos afirmar que, até o momento, do ponto de vista teológico, não foi possível. O caminho mais apropriado tem sido aquele que considera o contexto histórico-cultural de cada religião.
Sobre a discussão acerca do conceito de religião, analise as proposições abaixo.
I - Partindo de sua etimologia, do latim religião, a palavra religião sugere “observância cuidadosa”. Para os romanos indicava exatidão no que diz respeito ao ritual, isto é, ao desempenho correto do ritual, sua execução do início ao fim, sempre da mesma forma. No entanto, o termo religio foi interpretado em vários sentidos. Cícero (106-43 a.C.) definia religio como culto aos deuses, evidenciando sempre o procedimento correto do ritual, não se afastando, dessa forma, da compreensão romana que valorizava mais a realização correta do rito pelo homem do que este crer. Lactancio (III/IVa.C.) concede um outro significado ao termo, religio derivaria de religare – ligar de novo, ligar de volta –. Agostinho (354-430 d.C.) adotou essa definição, acrescentando o termo vera. Religio vera refere-se, para ele, à religião verdadeira, aquela que religa o homem a Deus.
II - No período da Reforma Protestante, o termo religio foi deslocado: por um lado, os humanistas o associam à “fé cristã comum” e também à “confissão”. Religião passa a designar o contrário de magia e superstição (fé errada), como também o contrário da atuação cúltica da Igreja Católica que, para os reformadores, era errada. Por outro lado, o termo “religião”, como vimos, termo ocidental, se generaliza-se, é atribuído a qualquer expressão humana relacionada ao sobrenatural. Tomar como religião qualquer expressão em relação ao sobrenatural coloca o termo por trás e acima da diversidade de religiões, ou seja, intrinsecamente concebe-se religião como um todo ideal presente em toda e qualquer crença religiosa, só que de forma insuficiente. Ou seja, nessa concepção, todas as religiões são uma forma insuficiente ou mesmo imperfeitas do que realmente é ou deve ser religião. O Iluminismo é responsável pela quase consolidação dessa ideia.
III - Segundo Geertz, religião é: um sistema de símbolos que atua para estabelecer poderosas, penetrantes e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de conceitos de uma ordem de existência geral e revestindo essas concepções com tal aura de fatualidade que as disposições e motivações parecem singularmente realistas.
Estão CORRETAS as proposições
 

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Herói pelo que não fez
Wanderlei Paulo Vignoli, soldado da PM paulista, de 42 anos, é um brasileiro honra¬do. No meio dos tumultos da última terça-feira em São Paulo, promovidos por bandos selvagens que protestavam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, destacou-se pelo equilíbrio, sensatez e humanidade. Merece do colunista o galardão de personagem da semana. Quando é um PM que se destaca por tais qualidades, em meio a uma situação de conflito como aquela, já se tem ideia de como andaram as coisas do outro lado. Manifestantes depredaram ônibus, agências bancárias, vitrines de lojas e estações de metrô. Provocaram monstruosos congestionamentos na cidade. Deixaram muita gente que supostamente pretendem proteger — os usuários do transporte coletivo — atrasada para ir ao trabalho ou voltar para casa, desorientada e com medo.
Os protestos são promovidos por um certo Movimento Passe Livre. Seu fim último é zerar o custo das passagens de ônibus, metrô e trem. O objetivo é louvável. Melhor ainda se incluísse supermercado livre, farmácia livre e shopping center livre, sem esquecer da tarifa aérea livre e do hotel livre. Esses últimos itens vão em homenagem ao jeitão da massa manifestante. O ar geral é de estudantada. E não a nova estudantada, em que ressalta o pessoal das cotas e do ProUni. É a estudantada tradicional, oriunda da mais pura e característica "elite branca", na memorável expressão do ex-governador paulista Cláudio Lembo. (Confira-se nas fotos e filmes do site do Movimento Passe Livre, saopaulo.mpl.org.br). Tem jeito de massa a quem tarifas aéreas dizem mais respeito do que tarifas de ônibus.
O soldado Vignoli não fazia parte do destacamento encarregado de conter os manifestantes. Ele trabalha na segurança do Palácio da Justiça, sede principal do Poder Judiciário de São Paulo, situada junto à Praça da Sé. Sua função é guardar a entrada, protegendo o entra e sai de desembargadores, funcionários e público, e a incolumidade do edifício. Quando viu um jovem pichando um dos muros do palácio, correu e agarrou-o. O jovem tentava desvencilhar-se, o soldado tentava mantê-lo imobilizado. Os dois caíram no chão, um agarrado ao outro. O repórter Giba Bergamim Jr., da Folha de S.Paulo, estava bem próximo, e é graças a ele que se tem o relato detalhado da cena. Com o PM e o pichador no chão, outros manifestantes os cercaram. Passaram a agredir o soldado com pedradas, chutes e socos. "Eram cerca de dez contra um", relatou o repórter. Uma pedrada atingiu o soldado bem no alto da cabeça, coberta por ampla calva. O sangue começou a escorrer-lhe pelo rosto. Vignoli ouvia gritos de "lincha, mata, tira a arma dele". Foi então que, com uma mão ainda a imobilizar o pichador, com a outra sacou do revólver e, erguendo-se a meia altura do solo, apontou-o para os agressores.
Eis o momento que define uma vida. Eram 8 e meia da noite de terça-feira, 11 de junho de 2013, no ponto mais central da cidade de São Paulo, e a sorte cochichava a Vignoli, numa infame provocação: "E agora? Sai dessa". Atirasse, e o esperava o opróbrio devido a mais um PM assassino, o julgamento, o afastamento das fileiras da corporação, o fim do ganha-pão, o colapso do sossego e do futuro, a ruína. Não atirasse, e o que seria dele diante dos agressores ensandecidos, ainda mais que a sangueira lhe inundava o rosto e escorria pela farda, cegava-o e o fazia suspeitar que estivesse seriamente ferido? Os objetos continuavam a ser lançados contra ele. "Pensei que fosse morrer", diria depois. Não atirou.
Um outro grupo de manifestantes ajudou a conter os agressores e proteger o soldado. "O PM ia ser linchado", comentou um estudante de ciências sociais ao repórter da Folha. O próprio repórter ajudou a proteger Vignoli, que, enfim, encontrou uma brecha para escapar e sair em marcha acelerada, intercalada por corridinhas, até o portão dos fundos do Palácio da Justiça, por onde penetrou escoltado pelos colegas da segurança do local. Pouco depois era levado a um hospital, onde recebeu cinco pontos na cabeça e ganhou folga de cinco dias para repousar e fazer novos exames. O soldado Vignoli foi submetido ao grande teste que não apenas sua profissão, mas a vida em geral reserva contra certas pessoas, o supremo momento do vamos-ver-afinal-quem-é-você, e passou. Há heróis que se notabilizam pelo que fizeram. Ele se notabilizou pelo que não fez.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Herói pelo que não fez. Revista Veja. p. 126. 19 de junho de 2013.)
O autor identifica os estudantes que participaram da manifestação referida como aqueles que, possivelmente,
 

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668894 Ano: 2014
Disciplina: Teologia
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG
Analise os termos e suas respectivas definições apresentados abaixo:
I - Animismo – não é necessariamente uma religião, é mais uma crença, uma mentalidade. No animismo, todos os objetos sensíveis possuem vida e alma, psique ou espírito capaz de se relacionar com os seres humanos sob determinadas condições. É uma tentativa de explicação dos fenômenos da natureza.
II - Ateísmo – palavra que vem do grego e significa negação/inexistência de um sagrado/divino.
III - Panteísmo – tudo é sagrado/divino. Universo, natureza e sagrado são idênticos.
Estão CORRETAS as definições
 

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653600 Ano: 2014
Disciplina: Filosofia
Banca: COTEC
Orgão: Pref. Brasília Minas-MG
A afluência de várias ciências diferencia a Ciência da Religião como inter e multidisciplinar, o que a torna mais atrativa e interessante num mundo cada vez mais interligado por redes sociais e contínuo trânsito de informações. As trocas culturais favorecidas pelos intensos movimentos dos meios de comunicação acirram processos sincréticos e, consequentemente, o surgimento de novas crenças religiosas. Interligado, mas de certa forma fragmentado, principalmente no que se refere às identidades, o mundo atual necessita de abordagens com maior amplitude e que valorize o cultural a fim de que o conhecimento seja além das fronteiras daquilo que simplesmente aparece e coerente com seu contexto.
Sobre a afluência de várias ciências na constituição da Ciência da Religião, analise as proposições abaixo:
I - O olhar antropológico tem como objeto as relações entre religião e sociedade. Seu foco é a dimensão social da religião e a dimensão religiosa da sociedade. Para tanto, é preciso esvaziamento de valores e preconceitos concebidos anteriormente pelo pesquisador. A atividade sociológica deve ser vista antes de tudo como o exercício de buscar a compreensão do novo.
II - Por mais que a Ciência da Religião se restrinja ao fenômeno – isto é aquilo que aparece – a união de várias ciências revela além da aparência, porque considera diversos aspectos. Necessário dizer que o observável não se reduz ao que os olhos podem ver, mas se estende a caracteres que, submetidos a leituras hermenêuticas sistematizadas, revelam o que se encontra oculto aos olhos.
III - A Psicologia da Religião procura estudar o comportamento religioso do homem a partir de fundamentos e métodos da psicologia. Como comportamento religioso, entende-se qualquer ato com referência ao sobrenatural. A psicologia considera a existência de experiências religiosas como resposta a diversos estímulos, o que nos leva ao conhecimento da personalidade do homem religioso.
Estão CORRETAS as proposições
 

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Herói pelo que não fez
Wanderlei Paulo Vignoli, soldado da PM paulista, de 42 anos, é um brasileiro honra¬do. No meio dos tumultos da última terça-feira em São Paulo, promovidos por bandos selvagens que protestavam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo, destacou-se pelo equilíbrio, sensatez e humanidade. Merece do colunista o galardão de personagem da semana. Quando é um PM que se destaca por tais qualidades, em meio a uma situação de conflito como aquela, já se tem ideia de como andaram as coisas do outro lado. Manifestantes depredaram ônibus, agências bancárias, vitrines de lojas e estações de metrô. Provocaram monstruosos congestionamentos na cidade. Deixaram muita gente que supostamente pretendem proteger — os usuários do transporte coletivo — atrasada para ir ao trabalho ou voltar para casa, desorientada e com medo.
Os protestos são promovidos por um certo Movimento Passe Livre. Seu fim último é zerar o custo das passagens de ônibus, metrô e trem. O objetivo é louvável. Melhor ainda se incluísse supermercado livre, farmácia livre e shopping center livre, sem esquecer da tarifa aérea livre e do hotel livre. Esses últimos itens vão em homenagem ao jeitão da massa manifestante. O ar geral é de estudantada. E não a nova estudantada, em que ressalta o pessoal das cotas e do ProUni. É a estudantada tradicional, oriunda da mais pura e característica "elite branca", na memorável expressão do ex-governador paulista Cláudio Lembo. (Confira-se nas fotos e filmes do site do Movimento Passe Livre, saopaulo.mpl.org.br). Tem jeito de massa a quem tarifas aéreas dizem mais respeito do que tarifas de ônibus.
O soldado Vignoli não fazia parte do destacamento encarregado de conter os manifestantes. Ele trabalha na segurança do Palácio da Justiça, sede principal do Poder Judiciário de São Paulo, situada junto à Praça da Sé. Sua função é guardar a entrada, protegendo o entra e sai de desembargadores, funcionários e público, e a incolumidade do edifício. Quando viu um jovem pichando um dos muros do palácio, correu e agarrou-o. O jovem tentava desvencilhar-se, o soldado tentava mantê-lo imobilizado. Os dois caíram no chão, um agarrado ao outro. O repórter Giba Bergamim Jr., da Folha de S.Paulo, estava bem próximo, e é graças a ele que se tem o relato detalhado da cena. Com o PM e o pichador no chão, outros manifestantes os cercaram. Passaram a agredir o soldado com pedradas, chutes e socos. "Eram cerca de dez contra um", relatou o repórter. Uma pedrada atingiu o soldado bem no alto da cabeça, coberta por ampla calva. O sangue começou a escorrer-lhe pelo rosto. Vignoli ouvia gritos de "lincha, mata, tira a arma dele". Foi então que, com uma mão ainda a imobilizar o pichador, com a outra sacou do revólver e, erguendo-se a meia altura do solo, apontou-o para os agressores.
Eis o momento que define uma vida. Eram 8 e meia da noite de terça-feira, 11 de junho de 2013, no ponto mais central da cidade de São Paulo, e a sorte cochichava a Vignoli, numa infame provocação: "E agora? Sai dessa". Atirasse, e o esperava o opróbrio devido a mais um PM assassino, o julgamento, o afastamento das fileiras da corporação, o fim do ganha-pão, o colapso do sossego e do futuro, a ruína. Não atirasse, e o que seria dele diante dos agressores ensandecidos, ainda mais que a sangueira lhe inundava o rosto e escorria pela farda, cegava-o e o fazia suspeitar que estivesse seriamente ferido? Os objetos continuavam a ser lançados contra ele. "Pensei que fosse morrer", diria depois. Não atirou.
Um outro grupo de manifestantes ajudou a conter os agressores e proteger o soldado. "O PM ia ser linchado", comentou um estudante de ciências sociais ao repórter da Folha. O próprio repórter ajudou a proteger Vignoli, que, enfim, encontrou uma brecha para escapar e sair em marcha acelerada, intercalada por corridinhas, até o portão dos fundos do Palácio da Justiça, por onde penetrou escoltado pelos colegas da segurança do local. Pouco depois era levado a um hospital, onde recebeu cinco pontos na cabeça e ganhou folga de cinco dias para repousar e fazer novos exames. O soldado Vignoli foi submetido ao grande teste que não apenas sua profissão, mas a vida em geral reserva contra certas pessoas, o supremo momento do vamos-ver-afinal-quem-é-você, e passou. Há heróis que se notabilizam pelo que fizeram. Ele se notabilizou pelo que não fez.
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Herói pelo que não fez. Revista Veja. p. 126. 19 de junho de 2013.)
“... e o esperava o opróbrio devido a mais um PM assassino, o julgamento, o afastamento das fileiras da corporação, o fim do ganha-pão, o colapso do sossego e do futuro, a ruína.”
Assinale a alternativa que apresenta o sinônimo mais apropriado para a palavra negritada, tendo em vista o contexto em que foi utilizada.
 

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