O Brasil é um país privilegiado em relação à poluição do ar em centros urbanos devido, principalmente, aos automóveis movidos a álcool, que ingressaram no mercado em 1981, diminuindo a concentração de CO atmosférico nas últimas décadas, período em que ocorreu um aumento excessivo do número de veículos no país. Dessa forma, os níveis de poluição do ar nos municípios brasileiros sempre permaneceram normais, o que facilitou o processo de gerenciamento e não comprometeu a saúde da população.

A água utilizada como bebida ou no preparo de alimentos deve ser objeto da mais rigorosa padronização de qualidade. Entretanto, a água destinada à higienização corporal não requer padrões tão elevados de qualidade, devendo apenas estar livre de substâncias tóxicas. Dessa forma, é correto prever que, para uma gestão mais adequada da água, as residências do futuro deverão ser projetadas com três tipos de abastecimento de água distintos. Um primeiro tipo com padrão máximo de qualidade da água, a ser utilizada como bebida ou no preparo de alimentos, um segundo tipo com padrão médio de qualidade, para a água que será utilizada na higienização corporal, e um terceiro tipo de qualidade de água, com padrão mínimo de qualidade, a ser destinada aos vasos sanitários, à rega de plantas e jardins e à lavagem de veículos e áreas externas de residências e edifícios.

Os lixões são uma forma comum de disposição final de resíduos sólidos municipais muito usada no Brasil. Apesar de acarretarem problemas ao meio ambiente, como poluição do solo e da água subterrânea, não existe relação direta comprovada entre essa prática e malefícios à saúde humana, provavelmente devido às elevadas distâncias entre esses locais e os centros urbanos.

Em relação à possibilidade de participação da sociedade brasileira nas questões relacionadas ao meio ambiente, é correto afirmar que apenas em 1981, com o estabelecimento da Política Nacional do Meio Ambiente, a sociedade passou a dispor de um veículo de participação nessa área legalmente constituído. Em 1986, foi instituído o EPIA e a possibilidade de a sociedade intervir, entre outros, em audiências públicas a serem realizadas pelo conselho estadual de meio ambiente de cada estado.

Os fatores que marcaram o planeta e contribuíram para que a sociedade internacional começasse a se mobilizar frente a questões ambientais na década de 60 do século XX incluem a explosão das bombas atômicas, o consumo acelerado dos recursos naturais e os acidentes industriais.

Uma das formas de controle do uso do solo se baseia na análise de vocações e suscetibilidades e, posteriormente, na proibição de certos desenvolvimentos ou atividades em determinadas áreas. Esse é o controle deliberado mais comum exercido sobre o uso do solo. A fim de não prejudicar certas áreas vizinhas, toda cidade deve ser dividida em regiões de desenvolvimento, tais como residências familiares, de indústrias leves e comerciais.

A finalidade dos controles de uso do solo é influenciar a localização de investimentos futuros segundo planos traçados para esse uso. Para exercer essa influência, um planejador tem algumas categorias de instrumentos, como o zoneamento ambiental (proibições) e o chamado método da cenoura, que inclui atrativos, favores tributários ou a construção de estradas.

No processo de gestão ambiental industrial (SGA) é recomendado que sejam estabelecidos planos e procedimentos de emergência, para assegurar que haverá um atendimento apropriado a incidentes e acidentes, tais como emissões atmosféricas acidentais e descargas acidentais na água e no solo.

A gestão ambiental pode ser corretamente entendida como o conjunto de procedimentos que visam à conciliação entre desenvolvimento e qualidade ambiental, que acontece a partir da observância da capacidade de suporte do meio ambiente e das necessidades identificadas pela sociedade civil, pelo governo ou por ambos. As ferramentas de ação da gestão ambiental são encontradas na participação da sociedade, na legislação e na política ambiental e em seus instrumentos.