A mais importante das relações hierárquicas é a específica, pois se fundamenta na identidade total do conjunto de características das noções superordenadas e subordinadas nela envolvida.

A estrutura básica de uma linguagem documentária é dada por intermédio das relações hierárquicas, que podem ser genéricas, específicas ou partitivas e que marcam relações de gênero e espécie e relações entre partes de um todo.

Nas linguagens documentárias modernas, como, por exemplo, nos tesauros, os diferentes tipos de relações entre as unidades são mais claramente apresentados por meio de recursos notacionais, o que não acontece nos sistemas de classificação bibliográfica, em que relações de natureza diferente coexistem em uma mesma hierarquia.

Quanto à sua configuração interna, as linguagens documentárias são estruturadas de maneira lógico-sintática. O seu conjunto notacional básico é apresentado em hierarquias, em torno das quais se agregam as unidades semânticas que se relacionam horizontalmente, de forma associativa.

As linguagens documentárias desempenham importante função na representação da informação documentária, obtida pela análise do texto, cujo objetivo é identificar conteúdos pertinentes, em razão das finalidades do sistema e da representação desses conteúdos, em uma forma sintética, padronizada e unívoca.

Em linguagens documentárias, são fundamentais os conceitos de léxico, vocabulário, nomenclatura, terminologia e linguagens naturais.

Linguagem documentária é um conjunto de termos, provido ou não de regras sintáticas, utilizado para representar conteúdos de documentos técnico-científicos, com fins de classificação ou busca retrospectiva de informações.

A CDU é também chamada de simbólica ou estruturada quando se classifica um assunto segundo o seu contexto e escolhe-se o número que melhor se adapta a esse assunto, em consonância com a utilização pelos usuários.

A classificação decimal universal (CDU), elaborada por Paul Otlet e Henri La Fontaine, está dividida em 10 classes principais, cada uma com três dígitos. Nas notações mais longas, coloca-se apenas um ponto após o terceiro dígito.

A diferença fundamental entre a classificação de Dewey e as dos seus predecessores é que estes utilizavam letras maiúsculas, minúsculas e números, enquanto Dewey passou a utilizar só números, que são mais universais do que as letras.