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Foram encontradas 105 questões.

2372112 Ano: 2006
Disciplina: Português
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A questão refere-se aos dois textos seguintes.
TEXTO 1
O ritual brasileiro do trote
Estamos na época dos trotes em calouros de universidade, um ritual coletivo tão brasileirinho quanto o Carnaval e a carnavalização da Justiça nas CPIs.
O trote é medieval como a universidade e quase deixou de existir em lugar civilizado. No Brasil, é um meio de reafirmar, na passagem para a vida adulta, que o jovem estudante pertence mesmo a uma sociedade autoritária, violenta e de privilégio.
Submissão e humilhação são a essência do rito, mas expressivas mesmo são suas formas: o calouro é muita vez obrigado a assumir o papel de pobre brasileiro. A humilhação também faz parte da iniciação universitária americana, embora nesse caso o rito marque a entrada na irmandade, sinal de exclusivismo e vivência de segredos de uma elite que se ressente da falta de aristocracia e de mistérios em sua sociedade ideologicamente igualitária e laica.
De início, como em muito ritual, o jovem é descaracterizado e marcado fisicamente. É sujo de tinta, de lama, até de porcarias excrementícias; raspam sua cabeça. Ao mesmo tempo que apaga simbolicamente sua identidade, a pichação do calouro lhe confere a marca do privilegiado universitário (são poucos e têm cadeia especial!). Pais e estudantes se orgulham da marca suja e da violência.
Na mímica da humilhação dos servos, o jovem é colocado em fila, amarrado ou de mãos dadas, e conduzido pelas ruas, como se fazia com escravos, como a polícia faz com favelados. É jogado em fontes imundas, como garotos de rua. Deve esmolar para seu veterano-cafetão. Na aula-trote, o veterano vinga-se do professor autoritário ao encenar sua raiva e descarregá-la no calouro, com o que a estupidez se reproduz.
Como universidade até outro dia era privilégio oligárquico, o trote nasceu na oligarquia, imitada pelos arrivistas. Da oligarquia veio ainda o ritual universitário do assalto a restaurantes (‘pindura’), rito de iniciação pelo qual certa elite indica que se exclui da ordem legal dos comuns.
Hoje, mais do que nunca, há uma tendência – característica da mentalidade das elites da economia capitalista – de adulação da adolescência, de excessivo prolongamento da mesma e da excessiva indulgência para com esse período tido como ‘de intensos processos conflituosos e persistentes esforços de auto-afirmação’.
De vez em quando, ferem, aleijam ou matam um garoto na cretinice do trote. Ninguém é punido. Os oligarcas velhos relevam: ‘acidente’.
Não, não: é tudo de propósito.
(Vinicius Torres Freire. In: Folha de S. Paulo, 13/02/2006.)
Arrivista. Pessoa inescrupulosa, que quer vencer na vida a todo custo. (Dicionário Aurélio Eletrônico. Versão 2.0.)
TEXTO 2
Vagabundagem universitária começa no trote
Todo começo de ano é a mesma cena: calouros de universidades, as cabeças raspadas e as caras pintadas, incitados ou obrigados por veteranos, ocupam os sinais de trânsito pedindo dinheiro aos motoristas. É uma das formas do chamado ‘trote’, o mais artificial dos ritos de iniciação da mais artificial das instituições contemporâneas – a universidade.
O trote nada mais é do que o retrato da alienação em que vivem esses adolescentes das classes favorecidas. Com tempo de sobra, eles não têm em que empregar tanta liberdade.
Ou querem dizer que essas simples caras pintadas têm qualquer simbologia semelhante à das máscaras de dança das tribos primitivas estudadas por Lévi-Strauss?
Para aquelas tribos índias, as máscaras eram o atestado da onipresença do sobrenatural e da pujança dos mitos. Mas esses adolescentes urbanos não têm tanta complexidade. Movido a MTV e shopping centers, o espírito deles vive nas trevas. A ausência de conhecimento e saber limita-lhes os desejos e as atitudes.
Em tempos mais admiráveis, ou em sociedades mais ideais, essa massa de vagabundos estaria ajudando a cortar cana nos campos, envolvidos com a reforma agrária, em programas de assistência social nas favelas ou com crianças de rua, ou mesmo explorando os sertões e florestas do país, como faziam os estudantes do extinto projeto Rondon.
Desde adolescente, sempre olhei com desprezo esse tratamento que se pretende dar à adolescência (ou pelo menos a certa camada social adolescente): um cuidado especial, semelhante ao que se dá às mulheres grávidas. Pois é exatamente esse pisar em ovos da sociedade que acaba por transformar a adolescência num grande vazio, numa gravidez do nada, numa angustiante fase de absorção dos valores sociais e de integração social.
Se os adolescentes se ocupassem mais, sofreriam menos – ou pelo menos amadureceriam de verdade, solidários, ocupados com o sofrimento real dos outros.
Mas não, ficam vagabundando pelos semáforos das cidades, catando moedas para festas e outras leviandades. E o que é pior, sentindo-se deuses por terem conseguido decorar um punhado de fórmulas e datas e resumos de livros que os fizeram passar no teste para entrar na universidade.
A mim – que trabalhava e estudava ao mesmo tempo desde os 15 anos – causava alarme o espírito de vagabundagem que, cultuado na adolescência, vi prolongar-se na realidade alienada de uma universidade pública.
Na Universidade de São Paulo, onde estudei, os filhos dos ricos ainda passam anos na hibernação adolescente sustentada pelo dinheiro público.
(Marilene Felinto. In: Folha de S. Paulo, 25/02/1997.)
Ao tratar do trote nas universidades brasileiras, o autor do Texto 1 se reporta à iniciação universitária americana e a autora do Texto 2, ao ritual das máscaras de dança das tribos primitivas. Essas relações funcionam em ambos os textos como
I. argumentos para as opiniões por eles defendidas em seus textos;
II. depreciação do ritual do trote praticado pelos universitários brasileiros;
III. distinção entre rituais de sociedades civilizadas e primitivas.
Então, está(ao) correta(s):
 

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2372085 Ano: 2006
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A questão refere-se a um trecho do prefácio abaixo:
(...)
For about 25 years, I have had the opportunity to observe the efforts of many individuals applying digital image-processing techniques to problems offered by the real world. A few of these individuals have established an enduring track record of solid success on almost every attempt. They have consistently contributed innovative and effective solutions that creatively employ the tools of the discipline.
These highly productive individuals demonstrably hold several characteristics in common. One can venture to assume that these characteristics constitute a formula for success, to whatever extent such a thing can exist in this field.
Uniformly, these successful persons have (1) a genuine interest in – even a fascination with – the technology involved, (2) a thorough understanding of the fundamentals of this highly multidisciplinary technology, (3) a conceptual type of understanding (as opposed to rote memorization of totally abstract theory), and (4) a knack for seeing problems visually, graphically, and from more than one viewpoint. In line with this last point, they often find themselves hard pressed to explain their ideas without the aid of a graph or drawing.
This book is designed to help the reader develop the last three of these traits and perhaps enhance the first as well. The selection of materials for inclusion (and, equally important, for omission), the examples used, the references cited, and the exercises and suggestions for projects are all directed toward this goal.
In the field of digital image processing, mathematical analysis forms the stable basis upon which one can make definite predictions regarding the performance of a digital imaging system. In this treatment, however, mathematics is employed more as a faithful servant than as a ruthless master. The emphasis is on developing a conceptual understanding, and the analysis is used to support this goal.
Castleman, K. R. Digital Image Processing. Prentice Hall, 1996
Assinale a opção que melhor traduz, respectivamente, os termos venture , knack e hard-pressed .
 

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2372079 Ano: 2006
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A questão refere-se ao seguinte cartaz de divulgação de evento, afixado em um dos murais do ITA.
Enunciado 2918353-1
(formatação adaptada)
Finalmente, considere as seguintes afirmações:
I. the largest and most comprehensive conference indica que a conferência é um evento de grande porte e de caráter abrangente.
II. being held em now being held for the 5th time e will be held together em The meeting will be held together with the X Brazilian... poderiam ser substituídos, respectivamente, por taking place e will occur.
III. leading-edge topics refere-se a temas em destaque na área de pesquisa em Materiais.
Então, está(ão) correta(s)
 

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2372078 Ano: 2006
Disciplina: Química
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Assinale a opção que indica a substância que, entre as cinco, apresenta a maior temperatura de ebulição à pressão de 1 atm.
 

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2372070 Ano: 2006
Disciplina: Matemática
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Se A; B; C forem conjuntos tais que

!$ n(A \cup B) = 23 !$, !$ n(B - A) = 12 !$, !$ n(C - A) = 10 !$,

!$ n(b \cap C) = 6 !$ e !$ n(A \cap B \cap C) = 4 !$,

então !$ n(A) !$, !$ n(A \cup C) !$, !$ n(A \cup B \cup C) !$, nesta ordem,

 

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2372060 Ano: 2006
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A opção que melhor preenche a lacuna do primeiro quadrinho da tira abaixo é
Enunciado 2913960-1
Folha de S. Paulo, 29/01/04
 

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2372045 Ano: 2006
Disciplina: Matemática
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Considere uma pirâmide regular de base hexagonal, cujo apótema da base mede !$ \sqrt3 \, cm !$. Secciona-se a pirâmide por um plano paralelo à base, obtendo-se um tronco de volume igual a !$ 1 \, cm^3 !$ e uma nova pirâmide. Dado que a razão entre as alturas das pirâmides é !$ 1/\sqrt2 !$, a altura do tronco, em centímetros, é igual a
 

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2372021 Ano: 2006
Disciplina: Português
Banca: ITA
Orgão: ITA
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A questão refere-se aos dois textos seguintes.
TEXTO 1
O ritual brasileiro do trote
Estamos na época dos trotes em calouros de universidade, um ritual coletivo tão brasileirinho!$ ^{(I)} !$ quanto o Carnaval e a carnavalização da Justiça nas CPIs.
O trote é medieval como a universidade e quase deixou de existir em lugar civilizado. No Brasil, é um meio de reafirmar, na passagem para a vida adulta, que o jovem estudante pertence mesmo a uma sociedade autoritária, violenta e de privilégio.
Submissão e humilhação são a essência do rito, mas expressivas mesmo são suas formas: o calouro é muita vez obrigado a assumir o papel de pobre brasileiro. A humilhação também faz parte da iniciação universitária americana, embora nesse caso o rito marque a entrada na irmandade, sinal de exclusivismo e vivência de segredos de uma elite que se ressente da falta de aristocracia e de mistérios em sua sociedade ideologicamente igualitária e laica.
De início, como em muito ritual, o jovem é descaracterizado e marcado fisicamente!$ ^{(II)} !$. É sujo de tinta, de lama, até de porcarias excrementícias; raspam sua cabeça. Ao mesmo tempo que apaga simbolicamente sua identidade, a pichação do calouro lhe confere a marca do privilegiado universitário (são poucos e têm cadeia especial!). Pais e estudantes se orgulham da marca suja e da violência.
Na mímica da humilhação dos servos, o jovem é colocado em fila, amarrado ou de mãos dadas, e conduzido pelas ruas, como se fazia com escravos, como a polícia faz com favelados. É jogado em fontes imundas, como garotos de rua. Deve esmolar para seu veterano-cafetão. Na aula-trote, o veterano vinga-se do professor autoritário ao encenar sua raiva e descarregá-la no calouro, com o que a estupidez se reproduz.
Como universidade até outro dia era privilégio oligárquico, o trote nasceu na oligarquia, imitada pelos arrivistas. Da oligarquia veio ainda o ritual universitário do assalto a restaurantes (‘pindura’), rito de iniciação pelo qual certa elite indica que se exclui da ordem legal dos comuns.
Hoje, mais do que nunca, há uma tendência – característica da mentalidade das elites da economia capitalista – de adulação da adolescência, de excessivo prolongamento da mesma e da excessiva indulgência para com esse período tido como ‘de intensos processos conflituosos e persistentes esforços de auto-afirmação’.
De vez em quando, ferem, aleijam ou matam um garoto na cretinice do trote. Ninguém é punido. Os oligarcas velhos relevam: ‘acidente’.
Não, não: é tudo de propósito.
(Vinicius Torres Freire. In: Folha de S. Paulo, 13/02/2006.)
Arrivista. Pessoa inescrupulosa, que quer vencer na vida a todo custo. (Dicionário Aurélio Eletrônico. Versão 2.0.)
TEXTO 2
Vagabundagem universitária começa no trote
Todo começo de ano é a mesma cena: calouros de universidades, as cabeças raspadas e as caras pintadas, incitados ou obrigados por veteranos, ocupam os sinais de trânsito pedindo dinheiro aos motoristas. É uma das formas do chamado ‘trote’, o mais artificial dos ritos de iniciação da mais artificial das instituições contemporâneas – a universidade.
O trote nada mais é do que o retrato da alienação em que vivem esses adolescentes das classes favorecidas. Com tempo de sobra, eles não têm em que empregar tanta liberdade.
Ou querem dizer que essas simples caras pintadas têm qualquer simbologia semelhante à das máscaras de dança das tribos primitivas estudadas por Lévi-Strauss?
Para aquelas tribos índias, as máscaras eram o atestado da onipresença do sobrenatural e da pujança dos mitos. Mas esses adolescentes urbanos não têm tanta complexidade. Movido a MTV e shopping centers, o espírito deles vive nas trevas. A ausência de conhecimento e saber limita-lhes os desejos e as atitudes.
Em tempos mais admiráveis, ou em sociedades mais ideais, essa massa de vagabundos estaria ajudando a cortar cana nos campos, envolvidos com a reforma agrária, em programas de assistência social nas favelas ou com crianças de rua, ou mesmo explorando os sertões e florestas do país, como faziam os estudantes do extinto projeto Rondon.
Desde adolescente, sempre olhei com desprezo esse tratamento que se pretende dar à adolescência (ou pelo menos a certa camada social adolescente): um cuidado especial, semelhante ao que se dá às mulheres grávidas. Pois é exatamente esse pisar em ovos da sociedade que acaba por transformar a adolescência num grande vazio, numa gravidez do nada, numa angustiante fase de absorção dos valores sociais e de integração social.
Se os adolescentes se ocupassem mais, sofreriam menos!$ ^{(III)} !$ – ou pelo menos amadureceriam de verdade, solidários, ocupados com o sofrimento real dos outros.
Mas não, ficam vagabundando pelos semáforos das cidades, catando moedas para festas e outras leviandades. E o que é pior, sentindo-se deuses por terem conseguido decorar um punhado de fórmulas e datas e resumos de livros!$ ^{(IV)} !$ que os fizeram passar no teste para entrar na universidade.
A mim – que trabalhava e estudava ao mesmo tempo desde os 15 anos – causava alarme o espírito de vagabundagem que, cultuado na adolescência, vi prolongar-se na realidade alienada de uma universidade pública.
Na Universidade de São Paulo, onde estudei, os filhos dos ricos ainda passam anos na hibernação adolescente sustentada pelo dinheiro público.
(Marilene Felinto. In: Folha de S. Paulo, 25/02/1997.)
Leia os fragmentos dos Textos 1 e 2.
I. [...] um ritual coletivo tão brasileirinho [...]. (Texto 1)
II. De início, como em muito ritual, o jovem é descaracterizado e marcado fisicamente. (Texto 1)
III. Se os adolescentes se ocupassem mais, sofreriam menos [...]. (Texto 2)
IV. [...] terem conseguido decorar um punhado de fórmulas e datas e resumos de livros [...]. (Texto 2)
Há depreciação por parte dos autores em:
 

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Questão presente nas seguintes provas
2372018 Ano: 2006
Disciplina: Física
Banca: ITA
Orgão: ITA
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Considere que num tiro de revólver, a bala percorre trajetória retilínea com velocidade V constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura, o aparelho !$ M_1 !$ registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do impacto da bala no alvo, o mesmo ocorrendo com o aparelho !$ M_2 !$. Sendo !$ V_s !$ a velocidade do som no ar, então a razão entre as respectivas distâncias dos aparelhos !$ M_1 !$ e !$ M_2 !$ em relação ao alvo Q é
Enunciado 2902803-1
 

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2372001 Ano: 2006
Disciplina: Física
Banca: ITA
Orgão: ITA
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No arranjo mostrado na figura com duas polias, o fio inextensível e sem peso sustenta a massa M e, também, simetricamente, as duas massas m, em equilíbrio estático. Desprezando o atrito de qualquer natureza, o valor h da distância entre os pontos P e Q vale
Enunciado 2898527-1
 

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