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Foram encontradas 50 questões.

2191947 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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TEXTO I
Concertos de leitura
Penso que, de tudo o que as escolas podem fazer com as crianças e os jovens, não há nada de importância maior que o ensino do prazer da leitura. Todos falam na importância de alfabetizar, saber transformar símbolos gráficos em palavras. Concordo. Mas isso não basta. É preciso que o ato de ler dê prazer. As escolas produzem, anualmente, milhares de pessoas com habilidade de ler mas que, vida afora, não vão ler um livro sequer. Acredito piamente no dito do evangelho: "No princípio está a Palavra…". É pela palavra que se entra no mundo humano. (...)
As razões por que as pessoas não gostam de ler, eu as descobri acidentalmente muitos anos atrás. Uma aluna foi à minha sala e me disse: "Encontrei um poema lindo!". Em seguida disse a primeira linha. Fiquei contente porque era um de meus favoritos. Aí ela resolveu lê-lo inteiro. Foi o horror. Foi nesse momento que compreendi. Imagine uma valsa de Chopin, por exemplo a vulgarmente chamada "do minuto". Peço que o pianista Alexander Brailowiski a execute. Os dedos correm rápidos sobre as teclas, deslizando, subindo, descendo. É uma brincadeira, um riso. Aí eu pego a mesma partitura e peço que um pianeiro a execute. As notas são as mesmas. Mas a valsa fica um horror: tropeções, notas erradas, arritmias, confusões. O que a gente deseja é que ele pare. Pois a leitura é igual à música. Para que a leitura dê prazer é preciso que quem lê domine a técnica de ler. A leitura não dá prazer quando o leitor é igual ao pianeiro: sabem juntar as letras, dizer o que significam — mas não têm o domínio da técnica. O pianista dominou a técnica do piano quando não precisa pensar nos dedos e nas notas: ele só pensa na música. O leitor dominou a técnica da leitura quando não precisa pensar em letras e palavras: só pensa nos mundos que saem delas; quando ler é o mesmo que viajar. E o feitiço da leitura continua me espantando. Faz uns anos um amigo rico me convidou para passar uns dias no apartamento dele em Cabo Frio. Aceitei alegre, mas ele logo me advertiu: "Vão também cinco adolescentes…". Senti um calafrio. E tratei de me precaver. Fui a uma casa de armas, isto é, uma livraria, escolhi uma arma adequada, uma versão simplificada da Odisséia, de Homero, comprei-a e viajei, pronto para o combate. Primeiro dia, praia, almoço, modorra, sesta. Depois da sesta, aquela situação de não saber o que fazer. Foi então que eu, valendo-me do fato de que eles não me conheciam, e falando com a autoridade de um sargento, disse: "Ei, vocês aí. Venham até a sala que eu quero lhes mostrar uma coisa!". Eles obedeceram sem protestar. Aí, comecei a leitura. Não demorou muito. Todos eles estavam em transe. Daí para a frente foi aquela delícia, eles atrás de mim pedindo que continuasse a leitura. Ensina-se, nas escolas, muita coisa que a gente nunca vai usar, depois, na vida inteira. Fui obrigado a aprender muita coisa que não era necessária, que eu poderia ter aprendido depois, quando e se a ocasião e sua necessidade o exigisse. É como ensinar a arte de velejar a quem mora no alto das montanhas…Nunca usei seno ou logaritmo, nunca tive oportunidade de usar meus conhecimentos sobre as causas da Guerra dos Cem Anos, nunca tive de empregar os saberes da genética para determinar a prole resultante do cruzamento de coelhos brancos com coelhos pretos, nunca houve ocasião que eu me valesse dos saberes sobre sulfetos. Mas aquela experiência infantil, a professora nos lendo literatura, isso mudou minha vida. Ao ler — acho que ela nem sabia disso — ela estava me dando a chave de abrir o mundo. Há concertos de música. Por que não concertos de leitura? Imagino uma situação impensável: o adolescente se prepara para sair com a namorada, e a mãe lhe pergunta: "Aonde é que você vai?". E ele responde: "Vou a um concerto de leitura. Hoje, no teatro, vai ser lido o conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa. Por que é que você não vai também com o pai?". Aí, pai e mãe, envergonhados, desligam o Jornal Nacional e vão se aprontar…
(Adaptado de: ALVES, R. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Editorial
Loyola, 1996.)
Para o autor do Texto I, o prazer da leitura:
 

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2191936 Ano: 2015
Disciplina: Redação Oficial
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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Associe as duas colunas, relacionando os tipos de correspondências oficiais às suas definições.
A. Pauta.
B. Ata .
C. Certificado.
D. Bilhete.
E. Circular.
F. Memorando.
G. Ofício .
H. Requerimento.
I. Procuração pública.
( ) Documento usado para transmitir avisos, ordens ou instruções para muitas pessoas ao mesmo tempo.
( ) Documento lavrado em cartório, pelo qual o outorgante autoriza o outorgado a agir e realizar negócios em seu nome.
( ) Correspondência cotidiana, rápida e objetiva. Utiliza-se para estabelecer comunicação interna entre setores e departamentos.
( ) Documento em que se faz fé de algo.
( ) Documento, em alguns casos, obrigatório pela legislação, que consiste no resumo de fatos e soluções a que chegaram as pessoas que participaram de uma assembleia ou reunião.
( ) Documento que requer certo grau de formalidade, equivalente à carta comercial. Utiliza-se para comunicações externas.
( ) Comunicação escrita, na qual se faz um pedido.
( ) Meio rápido, geralmente, informal e simples de transmitir uma mensagem.
( ) Relação de assuntos a serem tratados em reuniões ou audiências.
A sequência CORRETA desta associação é:
 

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2191808 Ano: 2015
Disciplina: Secretariado
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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Existem vários tipos de eventos e suas subdivisões. Alguns eventos promovidos por organizações (públicas ou privadas) incluem-se em programas de visitas, como _____________, que tem por finalidade apresentar a empresa a um público específico, por meio de uma programação criteriosamente preparada. As exposições fazem parte de outro grupo de eventos. Como alguns exemplos desse grupo temos: _____________, vernissage e _____________. Já os encontros técnicos e científicos podem ser divididos em _____________, _____________ e _____________, entre outros.
Em sequência, as palavras que completam CORRETAMENTE as lacunas do texto acima são:
 

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2191725 Ano: 2015
Disciplina: Redação Oficial
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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No contexto das organizações, as comunicações escritas/oficiais, são produzidas com função de trâmite administrativo, destinado a um público externo (pessoa, entidade, corporação). Estes atos administrativos são denominados de:
 

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2191657 Ano: 2015
Disciplina: Secretariado
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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Considerando a natureza histórico-etimológica, a palavra “Secretário(a)” designa a seguinte compreensão:
 

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2191633 Ano: 2015
Disciplina: Secretariado
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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No contexto das ações organizacionais, os processos de gestão, suas estratégias, metas e resultados dependem, sobretudo, de um alinhamento coerente entre planejamento e execução. O(a) Secretário(a) está envolvido(a) nesse cenário, muitas vezes participando de forma direta em todos os processos intrínsecos aos desdobramentos das ações empresariais. Neste aspecto, considere as asserções abaixo:
1. O planejamento define as atividades que orientam a vinculação de recursos e o desempenho da empresa.
Porque:
2. A execução ajuda a criar estruturas para o processo de tomada de decisão.
Sobre estas duas afirmativas, é CORRETO afirmar que:
 

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2191623 Ano: 2015
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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Em termos gerais, qual a característica que mais corresponde à natureza dos atos administrativos?
 

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2191602 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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TEXTO II
Enunciado 2639052-1
Comparando-se o Texto II com o Texto I, só NÃO se pode afirmar que:
 

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2191601 Ano: 2015
Disciplina: Administração Geral
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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O modelo matemático, mecânico ou linear da comunicação é arbitrário ou fechado porque prepondera a figura do emissor que transfere, através de um canal, a mensagem ao receptor. Já o modelo interativo, circular ou aberto da comunicação socializa sentidos/significados construídos no processo horizontal entre emissor e receptor. Para esse processo circular da comunicação, qual o termo que corresponde à forma com que o receptor dialoga com a mensagem enviada pelo emissor e vice-versa?
 

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2191573 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
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TEXTO I
Concertos de leitura
Penso que, de tudo o que as escolas podem fazer com as crianças e os jovens, não há nada de importância maior que o ensino do prazer da leitura. Todos falam na importância de alfabetizar, saber transformar símbolos gráficos em palavras. Concordo. Mas isso não basta. É preciso que o ato de ler dê prazer. As escolas produzem, anualmente, milhares de pessoas com habilidade de ler mas que, vida afora, não vão ler um livro sequer. Acredito piamente no dito do evangelho: "No princípio está a Palavra…". É pela palavra que se entra no mundo humano. (...)
As razões por que as pessoas não gostam de ler, eu as descobri acidentalmente muitos anos atrás. Uma aluna foi à minha sala e me disse: "Encontrei um poema lindo!". Em seguida disse a primeira linha. Fiquei contente porque era um de meus favoritos. Aí ela resolveu lê-lo inteiro. Foi o horror. Foi nesse momento que compreendi. Imagine uma valsa de Chopin, por exemplo a vulgarmente chamada "do minuto". Peço que o pianista Alexander Brailowiski a execute. Os dedos correm rápidos sobre as teclas, deslizando, subindo, descendo. É uma brincadeira, um riso. Aí eu pego a mesma partitura e peço que um pianeiro a execute. As notas são as mesmas. Mas a valsa fica um horror: tropeções, notas erradas, arritmias, confusões. O que a gente deseja é que ele pare. Pois a leitura é igual à música. Para que a leitura dê prazer é preciso que quem lê domine a técnica de ler. A leitura não dá prazer quando o leitor é igual ao pianeiro: sabem juntar as letras, dizer o que significam — mas não têm o domínio da técnica. O pianista dominou a técnica do piano quando não precisa pensar nos dedos e nas notas: ele só pensa na música. O leitor dominou a técnica da leitura quando não precisa pensar em letras e palavras: só pensa nos mundos que saem delas; quando ler é o mesmo que viajar. E o feitiço da leitura continua me espantando. Faz uns anos um amigo rico me convidou para passar uns dias no apartamento dele em Cabo Frio. Aceitei alegre, mas ele logo me advertiu: "Vão também cinco adolescentes…". Senti um calafrio. E tratei de me precaver. Fui a uma casa de armas, isto é, uma livraria, escolhi uma arma adequada, uma versão simplificada da Odisséia, de Homero, comprei-a e viajei, pronto para o combate. Primeiro dia, praia, almoço, modorra, sesta. Depois da sesta, aquela situação de não saber o que fazer. Foi então que eu, valendo-me do fato de que eles não me conheciam, e falando com a autoridade de um sargento, disse: "Ei, vocês aí. Venham até a sala que eu quero lhes mostrar uma coisa!". Eles obedeceram sem protestar. Aí, comecei a leitura. Não demorou muito. Todos eles estavam em transe. Daí para a frente foi aquela delícia, eles atrás de mim pedindo que continuasse a leitura. Ensina-se, nas escolas, muita coisa que a gente nunca vai usar, depois, na vida inteira. Fui obrigado a aprender muita coisa que não era necessária, que eu poderia ter aprendido depois, quando e se a ocasião e sua necessidade o exigisse. É como ensinar a arte de velejar a quem mora no alto das montanhas…Nunca usei seno ou logaritmo, nunca tive oportunidade de usar meus conhecimentos sobre as causas da Guerra dos Cem Anos, nunca tive de empregar os saberes da genética para determinar a prole resultante do cruzamento de coelhos brancos com coelhos pretos, nunca houve ocasião que eu me valesse dos saberes sobre sulfetos. Mas aquela experiência infantil, a professora nos lendo literatura, isso mudou minha vida. Ao ler — acho que ela nem sabia disso — ela estava me dando a chave de abrir o mundo. Há concertos de música. Por que não concertos de leitura? Imagino uma situação impensável: o adolescente se prepara para sair com a namorada, e a mãe lhe pergunta: "Aonde é que você vai?". E ele responde: "Vou a um concerto de leitura. Hoje, no teatro, vai ser lido o conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa. Por que é que você não vai também com o pai?". Aí, pai e mãe, envergonhados, desligam o Jornal Nacional e vão se aprontar…
(Adaptado de: ALVES, R. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Editorial
Loyola, 1996.)
Sobre a função da escola no desenvolvimento do prazer de ler, o Texto I assim se posiciona:
 

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