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2411351 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE

O legado da servidão

Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.

O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada, criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.

Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-se.

Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”

(Com adaptações, José Carlos Tórtima, “O Globo”, 26/07/2011)

Assinale a alternativa cujos parônimos completam correta e sequencialmente as lacunas a seguir.

1. “Nabuco vaticinou que a racial perduraria por dois séculos na sociedade brasileira.” (descriminação / discriminação)

2. “As ações das elites brasileiras o que Nabuco vaticinou.” (ratificam / retificam)

3. “O de escravos no Brasil foi de proporções assustadoras.” (tráfico / tráfego)

 

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2411119 Ano: 2011
Disciplina: Administração Pública
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Estudos mostram que o empowerment sustenta que a motivação individual aumenta e os resultados melhoram. Para os idealizadores desse conceito, empowerment
 

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2410821 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE

O legado da servidão

Político, advogado, diplomata, literato e militante abolicionista, Joaquim Nabuco tinha lá sua veia de cientista social. Logo após a assinatura da Lei Áurea, pondo fim à escravidão, ele vaticinou que o estigma do regime ainda perduraria por dois séculos na sociedade brasileira. Filho de senhor de engenho e monarquista, Nabuco conhecia como poucos a visão de mundo das elites da nossa terra. E a História lhe daria inteira razão. A herança cultural da escravidão, oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, permanece ainda hoje assustadoramente viva no Brasil.

O debate sobre a existência, ou não, de racismo entre nós, embora válido, apenas tangencia o problema relacionado à cultura de resistência à inclusão e ao progresso das pessoas oriundas das classes situadas na base da pirâmide social. Pois esta discriminação logo superaria a simples questão da cor da pele para se fixar na população pobre de um modo geral. Negra, mestiça, ou mesmo branca. O rancor dos antigos donos de escravos com a vitória abolicionista seria transmitido a seus descendentes na forma de arraigado desprezo contra todos que viessem a exercer o mesmo trabalho daqueles, fossem eles negros ou não. Esse desdém pela ralé seria responsável pela cunhagem de inúmeras expressões pejorativas para designar “a gente mal nascida”, tais como zé-povinho, patuleia, gentinha, gentalha, choldra, escumalha, negrada, criouléu e tantas outras. E também pelo mito da indolência do brasileiro.

Mas como nem só de epítetos depreciativos e mitos vive o preconceito, o ranço ideológico da escravidão deitaria raízes bem mais profundas na mentalidade das elites brasileiras, sob a forma de um olhar dicotômico sobre a própria condição humana, reclassificada de acordo com a condição social do aspirante à cidadania. Esta deformação está na origem da hostilidade de boa parte de nossa burguesia aos reclamos de ascensão social das classes mais desfavorecidas. É comum a objeção: estão ganhando pouco? Ah, mas pra cervejinha do final de semana, eles têm dinheiro; como se o uísque com os amigos fosse sagrado, mas o lazer do pobre algo imoral. O projeto dos Cieps de Darcy Ribeiro, destinado a oferecer educação de qualidade às crianças de famílias de baixa renda, foi impiedosamente sabotado pela reação conservadora, entre outros pretextos, sob a alegação de que as construções “eram caras demais”. “E favelado lá precisa de quadra poliesportiva e piscina?”, questionava-se.

Não é exatamente por sovinice que, de um modo geral, as elites se opõem às recentes e inéditas políticas públicas de redistribuição de renda. Afinal, cumprindo-se os desígnios da macroeconomia, mesmo obrigados a pagar mais impostos para financiar programas sociais e a oferecer salários melhores a seus empregados, os ricos ficaram ainda mais ricos quando tantos pobres deixaram de ser tão pobres. O problema está no inconformismo dos herdeiros ideológicos do sistema escravocrata, não necessariamente ricos, com o progressivo desaparecimento das marcas da servidão humana no cenário social brasileiro. Como dizia uma conhecida socialite há alguns anos, para espanto de suas amigas francesas: “Adoro o Brasil, pois lá meus empregados contentam-se em comer banana com farinha...”

(Com adaptações, José Carlos Tórtima, “O Globo”, 26/07/2011)

Observando-se o termo regente, assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas a seguir.

1. É comum a elite fazer críticas , pertencendo à classe pobre, tenha lazer.

2. Não somos favoráveis vive na ociosidade.

3. O assunto discutimos referia-se ao racismo no Brasil.

 

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2410751 Ano: 2011
Disciplina: Informática
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Atualmente, quando se instala o Windows, são colocados dois atalhos: um para o programa navegador (Internet Explorer, originalmente) e outro para o programa de correio eletrônico. Qual é o cliente de e-mail originalmente instalado, quando se instala o Windows?
 

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2410736 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
A concorrência schumpeteriana tem como principal característica o enfoque dinâmico e evolucionário, sendo o conceito de inovação extremamente importante para a evolução da economia no longo prazo. Nesse sentido, sobre a concorrência schumpeteriana, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É um processo ativo de criação de espaços e oportunidades.
( ) Caracteriza-se pela busca de diferenciação.
( ) É um processo de interação entre empresas voltadas a apropriação de lucros.
( ) É focada na racionalidade otimizadora dos agentes.
A sequência está correta em
 

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2410188 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Considere o seguinte modelo IS-LM de curto prazo para uma economia fechada e com governo
C=10+0,6(Y-T)
I= 40-2R
G= 100
T= 80
MS= 8
MD= 4+0,08Y-2R
Sabe-se que C é o consumo agregado; Y é a renda nacional; T são os impostos; I representa os investimentos; R é a taxa de juros; os gastos do governo são representados por G; MS é a oferta de moeda; e MD representa a demanda de moeda. Diante desse modelo, é correto afirmar que
 

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2410122 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
A política de metas de inflação foi adotada no governo Fernando Henrique, em 1999, e mantida no governo Lula. A respeito dessa política é INCORRETO afirmar que
 

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2409848 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Existem muitos enfoques sobre barreiras à entrada na literatura econômica. Entretanto, todos dão ênfase ao longo prazo e a concorrência potencial como base teórica para o conceito. Neste contexto, é INCORRETO afirmar que
 

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2409673 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Considere o modelo básico de crescimento de Solow descrito a seguir.
Enunciado 2751517-1
Sendo y e k o produto por trabalhador e o capital por trabalhador, respectivamente; s a taxa de investimento da economia; n representa a taxa de crescimento populacional; e d é a taxa de depreciação do capital. Diante do exposto, marque a alternativa correta.
 

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2409399 Ano: 2011
Disciplina: Economia
Banca: Consulplan
Orgão: IBGE
Com o fim da inflação, a partir de meados de 1994, houve a necessidade de um ajuste fiscal. Entretanto, a dificuldade de um ajuste permanente levou o governo a adotar algumas medidas temporárias de contenção fiscal. NÃO fez parte desse pacote de medidas temporárias.
 

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