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2024320
Ano: 2021
Disciplina: Ética na Administração Pública
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: IBGE
Disciplina: Ética na Administração Pública
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: IBGE
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De acordo com o Código de Ética do IBGE, a ausência
injustificada do servidor de seu local de trabalho
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Daniel comercializava cada unidade do produto A por
R$ 100 e cada unidade do produto B por R$ 200. No dia
8/4/2021, Daniel aumentou o preço da unidade do produto A em
10% e o preço da unidade do produto B em 30%. No dia
15/4/2021, pressionado pelos seus clientes, Daniel reduziu os
preços então vigentes, tanto do produto A quanto do produto B,
em 20%. Nessa situação, se Ernesto adquiriu de Daniel uma
unidade do produto A e uma unidade do produto B no dia
16/4/2021, ele pagou por esses produtos um valor
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Bianca precisou estimar a distância entre o ponto A —
correspondente a um domicílio — e o ponto B — correspondente
a um estabelecimento comercial — e, para isso, utilizou a
seguinte estratégia:
I ela caminhou do ponto A até o ponto B contando os passos e contabilizou 1.280 passos entre esses dois pontos;
II em seguida, sabendo que a distância entre os pontos C e D era de 15 metros, ela caminhou do ponto C até o ponto D contando os passos e contabilizou 20 passos;
III por fim, ela utilizou uma regra de três simples para estimar a distância, em metros, entre os pontos A e B.
Com base nessas informações, considerando-se que Bianca tenha executado seus cálculos corretamente, a estimativa para a distância entre A e B por ela encontrada foi de
I ela caminhou do ponto A até o ponto B contando os passos e contabilizou 1.280 passos entre esses dois pontos;
II em seguida, sabendo que a distância entre os pontos C e D era de 15 metros, ela caminhou do ponto C até o ponto D contando os passos e contabilizou 20 passos;
III por fim, ela utilizou uma regra de três simples para estimar a distância, em metros, entre os pontos A e B.
Com base nessas informações, considerando-se que Bianca tenha executado seus cálculos corretamente, a estimativa para a distância entre A e B por ela encontrada foi de
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Texto 1A2-II
Quando a covid-19 começou a se espalhar pelo Brasil em março de 2020 e exigiu a adoção de medidas mais restritivas, especialistas em saúde mental passaram a usar o termo “quarta onda” para se referir à avalanche de novos casos de depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos que viriam pela frente.
Mas, contrariando todas as expectativas, os primeiros 12 meses pandêmicos não resultaram em mais diagnósticos dessas doenças: estudos publicados em março de 2021 indicam que os números de indivíduos acometidos tiveram até uma ligeira subida no início da crise, mas depois eles se mantiveram estáveis dali em diante.
Outros achados recentes também apontam que políticas mais extremas como o lockdown, adotadas em vários países e tão necessárias para achatar as curvas de contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, não resultaram numa piora do bem-estar nem no aumento dos casos de suicídio.
O que as pesquisas mais recentes nos apontam é que, ao menos em 2020, aquela “quarta onda” de transtornos mentais que era prevista pelos especialistas não aconteceu na prática graças à resiliência do ser humano e a despeito de uma piora na qualidade de vida e de um esperado aumento de sentimentos como tristeza, frustração, raiva e nervosismo.
Em todo caso, é preciso destacar que alguns grupos foram mais atingidos que outros, como é o caso dos profissionais da saúde e das mulheres, que precisaram lidar com a sobrecarga de trabalho.
Internet: <uol.com.br> (com adaptações).
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Texto 1A2-II
Quando a covid-19 começou a se espalhar pelo Brasil em março de 2020 e exigiu a adoção de medidas mais restritivas, especialistas em saúde mental passaram a usar o termo “quarta onda” para se referir à avalanche de novos casos de depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos que viriam pela frente.
Mas, contrariando todas as expectativas, os primeiros 12 meses pandêmicos não resultaram em mais diagnósticos dessas doenças: estudos publicados em março de 2021 indicam que os números de indivíduos acometidos tiveram até uma ligeira subida no início da crise, mas depois eles se mantiveram estáveis dali em diante.
Outros achados recentes também apontam que políticas mais extremas como o lockdown, adotadas em vários países e tão necessárias para achatar as curvas de contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, não resultaram numa piora do bem-estar nem no aumento dos casos de suicídio.
O que as pesquisas mais recentes nos apontam é que, ao menos em 2020, aquela “quarta onda” de transtornos mentais que era prevista pelos especialistas não aconteceu na prática graças à resiliência do ser humano e a despeito de uma piora na qualidade de vida e de um esperado aumento de sentimentos como tristeza, frustração, raiva e nervosismo.
Em todo caso, é preciso destacar que alguns grupos foram mais atingidos que outros, como é o caso dos profissionais da saúde e das mulheres, que precisaram lidar com a sobrecarga de trabalho.
Internet: <uol.com.br> (com adaptações).
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Texto 1A2-I
A revista The Lancet publicou no dia 14 de julho de 2020
um artigo em que apresenta novas projeções para a população
mundial e para os diversos países. Os pesquisadores do Instituto
de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de
Washington (IHME, na sigla em inglês) sugerem números para a
população humana do planeta em 2100 que são menores do que o
cenário médio apresentado em 2019 pela Divisão de População
da ONU (que é a referência maior nesta área de projeções
demográficas).
Segundo o artigo, o maior nível educacional das mulheres
e o maior acesso aos métodos contraceptivos acelerarão a
redução das taxas de fecundidade, gerando um crescimento
demográfico global mais lento.
Se este cenário acontecer de fato, será um motivo de
comemoração, pois a redução do ritmo de crescimento
demográfico não aconteceria pelo lado da mortalidade, mas sim
pelo lado da natalidade e, principalmente, em decorrência do
empoderamento das mulheres, da universalização dos direitos
sexuais e reprodutivos e do aumento do bem-estar geral dos
cidadãos e das cidadãs da comunidade internacional.
De modo geral, a imprensa tratou as novas projeções
como uma grande novidade, dizendo que a população mundial
não ultrapassará 10 bilhões de pessoas até o final do século e
que, no caso do Brasil, a população apresentará uma queda de
50 milhões de pessoas na segunda metade do corrente século.
Na verdade, isto não é totalmente novidade, pois a
possibilidade de uma população bem abaixo de 10 bilhões de
pessoas já era prevista. Diante das incertezas, normalmente,
elaboram-se cenários para o futuro com amplo leque de variação.
A Divisão de População da ONU, por exemplo, tem vários
números para o montante de habitantes em 2100, que variam
entre 7 bilhões e 16 bilhões.
Internet:<ecodebate.com.br> (com adaptações).
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Texto 1A1-I
Estou escrevendo um livro sobre a guerra...
Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que,
durante minha infância e juventude, essa fosse a leitura preferida
de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não
surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.
Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no
front; minha avó, mãe do meu pai, morreu de tifo; de seus três
filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos primeiros
meses da guerra, só um voltou. Meu pai.
Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da
guerra era o único que conhecíamos, e as pessoas da guerra eram
as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro mundo,
outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?
A vila de minha infância depois da guerra era feminina.
Das mulheres. Não me lembro de vozes masculinas. Tanto que
isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres.
Choram. Cantam enquanto choram.
Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a
guerra. Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu
pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, um
porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em
guerra ou nos preparando para ela. E rememorando como
combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez nem
saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver,
teremos que passar um tempo aprendendo.
Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade
me assustava e atraía. Desse desconhecimento da vida surgiu
uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais ligada à
realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde
veio tudo isso: do desconhecimento? Ou foi uma intuição do
caminho? Pois a intuição do caminho existe...
Passei muito tempo procurando... Com que palavras seria
possível transmitir o que escuto? Procurava um gênero que
respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam
meus olhos, meus ouvidos.
Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho
de uma vila em chamas. Tinha uma forma incomum: um
romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu
escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no
café. É isso! O círculo se fechou. Achei o que estava procurando.
O que estava pressentindo.
Svetlana Aleksiévitch. A guerra não tem rosto de mulher.
Companhia das Letras, 2016, p. 9-11 (com adaptações).
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Texto 1A2-I
A revista The Lancet publicou no dia 14 de julho de 2020
um artigo em que apresenta novas projeções para a população
mundial e para os diversos países. Os pesquisadores do Instituto
de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de
Washington (IHME, na sigla em inglês) sugerem números para a
população humana do planeta em 2100 que são menores do que o
cenário médio apresentado em 2019 pela Divisão de População
da ONU (que é a referência maior nesta área de projeções
demográficas).
Segundo o artigo, o maior nível educacional das mulheres
e o maior acesso aos métodos contraceptivos acelerarão a
redução das taxas de fecundidade, gerando um crescimento
demográfico global mais lento.
Se este cenário acontecer de fato, será um motivo de
comemoração, pois a redução do ritmo de crescimento
demográfico não aconteceria pelo lado da mortalidade, mas sim
pelo lado da natalidade e, principalmente, em decorrência do
empoderamento das mulheres, da universalização dos direitos
sexuais e reprodutivos e do aumento do bem-estar geral dos
cidadãos e das cidadãs da comunidade internacional.
De modo geral, a imprensa tratou as novas projeções
como uma grande novidade, dizendo que a população mundial
não ultrapassará 10 bilhões de pessoas até o final do século e
que, no caso do Brasil, a população apresentará uma queda de
50 milhões de pessoas na segunda metade do corrente século.
Na verdade, isto não é totalmente novidade, pois a
possibilidade de uma população bem abaixo de 10 bilhões de
pessoas já era prevista. Diante das incertezas, normalmente,
elaboram-se cenários para o futuro com amplo leque de variação.
A Divisão de População da ONU, por exemplo, tem vários
números para o montante de habitantes em 2100, que variam
entre 7 bilhões e 16 bilhões.
Internet:<ecodebate.com.br> (com adaptações).
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Determinar as coordenadas geográficas de um ponto
qualquer sobre um mapa significa identificar a latitude e a
longitude desse ponto, o que, em outras palavras, seria calcular o
valor do paralelo e do meridiano que se cruzam sobre o lugar
considerado. Considere a figura a seguir, em que o ponto A
representa uma cidade qualquer situada na quadrícula formada
pelos paralelos de 20 a 30 graus e pelos meridianos de 70 e 60.
Com base nas informações e na figura apresentadas, assinale a
opção que apresenta a latitude do ponto A.
![enunciado 1120883-1](/images/concursos/4/2/b/42b2899b-7461-6760-c0a9-19927bfb62cb.png)
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Texto 1A1-I
Estou escrevendo um livro sobre a guerra...
Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que,
durante minha infância e juventude, essa fosse a leitura preferida
de todo mundo. De todo mundo da minha idade. E isso não
surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.
Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no
front; minha avó, mãe do meu pai, morreu de tifo; de seus três
filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos primeiros
meses da guerra, só um voltou. Meu pai.
Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da
guerra era o único que conhecíamos, e as pessoas da guerra eram
as únicas que conhecíamos. Até agora não conheço outro mundo,
outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?
A vila de minha infância depois da guerra era feminina.
Das mulheres. Não me lembro de vozes masculinas. Tanto que
isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres.
Choram. Cantam enquanto choram.
Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a
guerra. Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu
pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma resposta, um
porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em
guerra ou nos preparando para ela. E rememorando como
combatíamos. Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez nem
saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver,
teremos que passar um tempo aprendendo.
Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade
me assustava e atraía. Desse desconhecimento da vida surgiu
uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma pessoa mais ligada à
realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde
veio tudo isso: do desconhecimento? Ou foi uma intuição do
caminho? Pois a intuição do caminho existe...
Passei muito tempo procurando... Com que palavras seria
possível transmitir o que escuto? Procurava um gênero que
respondesse à forma como vejo o mundo, como se estruturam
meus olhos, meus ouvidos.
Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho
de uma vila em chamas. Tinha uma forma incomum: um
romance constituído a partir de vozes da própria vida, do que eu
escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no
café. É isso! O círculo se fechou. Achei o que estava procurando.
O que estava pressentindo.
Svetlana Aleksiévitch. A guerra não tem rosto de mulher.
Companhia das Letras, 2016, p. 9-11 (com adaptações).
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