Em 1919, uma equipe de astrônomos liderada pelo britânico Arthur Eddington esteve na
cidade cearense de Sobral para observar um eclipse solar total que contribuiu para
confirmar a Teoria da Relatividade Geral proposta por Albert Einstein. Em 2019, para marcar
o centenário deste importante episódio histórico para o Brasil, ocorreram várias ações de
divulgação científica sobre o tema, incluindo a publicação de volumes especiais de algumas
revistas de Ensino de Física/Ciências. Sobre esse episódio histórico, é correto afirmar que:
“O compartilhamento das descobertas científicas para a sociedade tem recebido atenção crescente. Nesse contexto, além das mídias tradicionais, as redes sociais tornaram-se importantes canais de comunicação entre a sociedade e instituições de produção do conhecimento científico” (MENDES, MARICATO, 2020, p. 3). As mídias digitais ampliaram as possibilidades para divulgar conhecimento sobre Astronomia, o que por um lado democratiza o conhecimento, mas por outro abre espaço para desinformações e sensacionalismo.
Hoje em dia é provável que a população tenha mais acesso a informações científicas a partir
de canais online (principalmente pela Internet) do que offline (como em museus de ciência e
observatórios astronômicos). Considerando essa tendência, é correto considerar que:
“O compartilhamento das descobertas científicas para a sociedade tem recebido atenção crescente. Nesse contexto, além das mídias tradicionais, as redes sociais tornaram-se importantes canais de comunicação entre a sociedade e instituições de produção do conhecimento científico” (MENDES, MARICATO, 2020, p. 3). As mídias digitais ampliaram as possibilidades para divulgar conhecimento sobre Astronomia, o que por um lado democratiza o conhecimento, mas por outro abre espaço para desinformações e sensacionalismo.
Considerando que mídias digitais, como as redes sociais, podem ser canais interessantes
para divulgar conhecimento em Astronomia, assinale a alternativa que apresenta as
posturas mais adequadas segundo as pesquisas atuais na área de divulgação científica.
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Gil Pérez et al (2001) falam também de uma "visão deformada que transmite uma imagem
descontextualizada, socialmente neutra da ciência: esquecem-se as complexas relações
entre ciência, tecnologia, sociedade (CTS) e proporciona-se uma imagem deformada dos
cientistas" (p. 133) e do próprio fazer científico, como se estes pudessem estar isolados dos
contextos em que estão imersos. Considerando esta concepção de ciência apontada pelos
autores, pode-se afirmar que:
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Outra visão deformada do fazer científico apresentada no trabalho de Gil Pérez et al (2001)
é a que considera que “o conhecimento científico aparece como fruto de um conhecimento
linear puramente acumulativo, que ignora as crises e as remodelações profundas” (p. 132),
indicando que não há modelos únicos e pré-definidos para a construção destes
conhecimentos. Uma das formas de evitar essa distorção sobre o conhecimento científico
em uma palestra sobre Astronomia, por exemplo, é:
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Segundo Gil Pérez et al (2001), a visão deformada mais presente no contexto de sua
pesquisa foi a denominada “concepção empírico-indutivista e ateórica”. Segundo os atores,
tal visão “destaca o papel 'neutro' da observação e da experimentação (...), esquecendo o
papel essencial das hipóteses como orientadoras da investigação, assim como dos corpos
coerentes de conhecimento (teorias) disponíveis, que orientam o processo.” (p.129).
Considerando que uma das atividades possíveis de serem realizadas em observatórios
astronômicos para divulgar a ciência envolve apresentação de reproduções de experimentos
históricos e/ou clássicos para um dado conceito astronômico/físico, assinale a alternativa que indica o movimento mais adequado para evitar uma concepção empírico-indutivista e
ateórica.
É sabido que espaços não formais são propícios para a divulgação da ciência. Um
observatório astronômico, vinculado a uma universidade pública, pode, entre seus diversos
projetos de atuação, produzir vídeos ou outros materiais para divulgar temáticas de
Astronomia para um público amplo, incluindo as escolas. Para isto, a linguagem aparece
como uma das preocupações, já que deve abranger um público diverso, simplificando as
temáticas envolvidas, que podem apresentar uma alta complexidade para serem abordadas.
Neste caso, a preocupação com a linguagem se justifica por qual dos aspectos citados?
Os museus de ciências e observatórios astronômicos são espaços importantes para
divulgação científica e podem aproximar o público mais leigo dos conhecimentos científicos.
É comum nestes espaços haver mediadores que acompanham o público em suas visitas.
Segundo Moraes et al (2007, apud OVIGLI, 2011, p.137), “mediar é provocar diálogos entre
visitantes e experimentos, interação presencial ou virtual capaz de promover novas
aprendizagens nos visitantes”. Nesse sentido, entende-se que o papel do mediador em uma
visita guiada em um museu de ciências ou observatório astronômico é:
Segundo Marandino (2017), definir os termos educação formal e educação não formal ainda
é uma tarefa complexa, mas importante, pois “tem promovido reflexões ricas e interessantes
sobre as práticas educativas realizadas pela escola e pelas diferentes instituições e
organizações culturais, e sobre as relações entre essas várias instâncias.” (p. 814). Os
observatórios astronômicos são uma das instituições que podem promover o que se
considera uma educação não formal. Sobre isso, mesmo considerando a polissemia do
termo, pode-se afirmar que: