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Texto 1
Otávio
Março de 1984, véspera da partida.
Março de 1984, véspera da partida.
Do prédio onde eu trabalhava dava para ver o mar(A). Via as barcas irem e voltarem de Niterói. Sonhava em ter um barco em que eu pudesse viver nele. Não teria mais casa, ou endereço fixo. Mas sempre me faltava coragem, e os planos iam para a gaveta. Até que meu cunhado veio me visitar. Um cara no qual não se pode confiar nem um trocado para comprar cerveja me propôs um negócio que mudaria minha vida!
Levei duas semanas para ter notícias do meu cunhado. Quando me dei conta, descobri que ele tinha me enfiado num negócio de exportação de sardinha em lata(C) e que eu era o dono de um pesqueiro velho e enferrujado. Isto me arruinou! Fiquei com o nome sujo na praça, fui demitido e minha mulher ficou sem falar comigo. Me desesperei. Saí meio sem rumo, cambaleando entre os carros e fui parar no parapeito da estação das barcas. Foi quando vi a barca. Linda. Lembrei do meu sonho. O sonho do barco. O sonho de liberdade. Por que adiar mais? O destino desamarrou meus laços, cortou minhas raízes e havia me empurrado até ali. Fez tudo por mim e eu não tinha percebido(E). Agora era a minha vez!
Uma semana de providências e estávamos prontos para partir. A bordo do veleiro, eu, Marilda, meus filhos David e Felipe, e minha sogra, dona Guiomar, que eu chamava carinhosamente “A Coisa”, embora Marilda não gostasse. Temos comida congelada para a primeira semana. Depois a gente se vira(B).
PAIVA, Cláudio. Inferno no mar: o
diário de bordo da família Schoeller. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 9-14. [texto adaptado]
Considere as afirmativas abaixo, referentes ao texto 1, e assinale a alternativa CORRETA.
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Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao número que identifica um periódico de forma única.
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Assinale a alternativa que contém APENAS documentos que são parte do acervo de multimeios da biblioteca.
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Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna abaixo. As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das ____________.
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Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas abaixo.
A colocação dos livros nas estantes das bibliotecas é determinada pelo processo de e obedece à ordem estabelecida por um .
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Assinale a alternativa que apresenta APENAS obras de referência.
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Texto 1
Otávio
Março de 1984, véspera da partida.
Março de 1984, véspera da partida.
Do prédio onde eu trabalhava dava para ver o mar. Via as barcas irem e voltarem de Niterói. Sonhava em ter um barco em que eu pudesse viver nele. Não teria mais casa, ou endereço fixo. Mas sempre me faltava coragem, e os planos iam para a gaveta. Até que meu cunhado veio me visitar. Um cara no qual não se pode confiar nem um trocado para comprar cerveja me propôs um negócio que mudaria minha vida!
Levei duas semanas para ter notícias do meu cunhado. Quando me dei conta, descobri que ele tinha me enfiado num negócio de exportação de sardinha em lata e que eu era o dono de um pesqueiro velho e enferrujado. Isto me arruinou! Fiquei com o nome sujo na praça, fui demitido e minha mulher ficou sem falar comigo. Me desesperei. Saí meio sem rumo, cambaleando entre os carros e fui parar no parapeito da estação das barcas. Foi quando vi a barca. Linda. Lembrei do meu sonho. O sonho do barco. O sonho de liberdade. Por que adiar mais? O destino desamarrou meus laços, cortou minhas raízes e havia me empurrado até ali. Fez tudo por mim e eu não tinha percebido. Agora era a minha vez!
Uma semana de providências e estávamos prontos para partir. A bordo do veleiro, eu, Marilda, meus filhos David e Felipe, e minha sogra, dona Guiomar, que eu chamava carinhosamente “A Coisa”, embora Marilda não gostasse. Temos comida congelada para a primeira semana. Depois a gente se vira.
PAIVA, Cláudio. Inferno no mar: o
diário de bordo da família Schoeller. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 9-14. [texto adaptado]
Relacione os parágrafos do texto 1 (coluna A) com indicações de seu conteúdo (coluna B).
Coluna A
I. Primeiro parágrafo.
II. Segundo parágrafo.
III. Terceiro parágrafo.
II. Segundo parágrafo.
III. Terceiro parágrafo.
Coluna B
( ) Apresentação dos tripulantes.
( ) Revelação de um grande desejo.
( ) Tomada de decisão para mudar de vida.
( ) Revelação de um grande desejo.
( ) Tomada de decisão para mudar de vida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
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Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas abaixo.
O serviço de ____________ é um serviço que fornece cópia de documentos em ____________ impresso ou digital.
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Texto 3
Otávio
Junho de 1994.
Junho de 1994.
Entramos na Baía de Guanabara de manhã cedo. Havia um certo nevoeiro e o vento soprava frio. Marilda e as crianças estavam debruçadas no convés, loucos para ver alguma coisa familiar, algum pedaço de terra, qualquer coisa que há dez anos deixamos para trás. De repente o vento varreu o nevoeiro e o Pão de Açúcar apareceu enorme bem na nossa frente! Parecia maior do que nunca (deve ter crescido um pouco nesses dez anos). Marilda abriu o berreiro emocionada. As crianças pulavam e gritavam como apaches comemorando nossa volta. Eu me contive. Guardava minha saudade para o melhor. Entramos mais um pouco na enseada e lá estava ela: a barca! A barca cheia de passageiros que vinha e voltava como há dez anos. A barca que me inspirou a largar tudo e me aventurar no mar. Lá estava ela, cruzando a água suja da Baía de Guanabara sem perder a majestade. Tive vontade de beijá-la na boca! – se ela tivesse uma.
PAIVA, Cláudio. Inferno no mar: o diário de bordo da família Schoeller. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 126. [texto adaptado]
Assinale a alternativa que tem o mesmo sentido da palavra “enseada”, no texto 3.
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Texto 1
Otávio
Março de 1984, véspera da partida.
Março de 1984, véspera da partida.
Do prédio onde eu trabalhava dava para ver o mar. Via as barcas irem e voltarem de Niterói. Sonhava em ter um barco em que eu pudesse viver nele. Não teria mais casa, ou endereço fixo. Mas sempre me faltava coragem, e os planos iam para a gaveta. Até que meu cunhado veio me visitar. Um cara no qual não se pode confiar nem um trocado para comprar cerveja me propôs um negócio que mudaria minha vida!
Levei duas semanas para ter notícias do meu cunhado. Quando me dei conta, descobri que ele tinha me enfiado num negócio de exportação de sardinha em lata e que eu era o dono de um pesqueiro velho e enferrujado. Isto me arruinou! Fiquei com o nome sujo na praça, fui demitido e minha mulher ficou sem falar comigo. Me desesperei. Saí meio sem rumo, cambaleando entre os carros e fui parar no parapeito da estação das barcas. Foi quando vi a barca. Linda. Lembrei do meu sonho. O sonho do barco. O sonho de liberdade. Por que adiar mais? O destino desamarrou meus laços, cortou minhas raízes e havia me empurrado até ali. Fez tudo por mim e eu não tinha percebido. Agora era a minha vez!
Uma semana de providências e estávamos prontos para partir. A bordo do veleiro, eu, Marilda, meus filhos David e Felipe, e minha sogra, dona Guiomar, que eu chamava carinhosamente “A Coisa”, embora Marilda não gostasse. Temos comida congelada para a primeira semana. Depois a gente se vira.
PAIVA, Cláudio. Inferno no mar: o
diário de bordo da família Schoeller. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 9-14. [texto adaptado]
Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com o texto 1.
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