Magna Concursos

Foram encontradas 40 questões.

1336218 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Observe os fragmentos abaixo.
(Adaptado de MACHADO, J. Pisando no “Z”. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 3, n. 30, abr. 2008).
( ) Não há nada de mal nisso, porque em português há regras ortográficas algo movediças e as exceções são muitas.
( ) Mesmo assim, sempre haverá dúvidas.
( ) No entanto, é bom que as haja, para que se consulte o dicionário.
( ) Muita gente, inclusive bem escolarizada, tem dificuldade com a grafia de certas palavras.
( ) Afinal, quem não tem dúvidas não aprende.
( ) Só a leitura e a escrita constantes podem dar alguma segurança ao escriba.
Considerando a ordenação numérica apresentada nas alternativas a seguir, assinale a alternativa CORRETA em que os fragmentos constituem um parágrafo coeso e coerente.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336217 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 2
SOS Gramatical
Uma esquina educativa
Às dez e meia da manhã, o telefone tocou mais uma vez. Do outro lado da linha, uma dúvida – a décima segunda do dia. “Você quer saber como se escreve insossa?”, repetiu a plantonista. Sim, era o que a pessoa queria. Considerando o nível de dificuldade das perguntas que Illiana da Costa Forte enfrenta diariamente, essa poderia entrar na categoria bico. Ainda assim, tal como canja de galinha e água-benta, um Aurélio ou um Houaiss nunca é demais. Depois de uma espiada no computador, ela responde: “A palavra é com s e ss.”
Illiana é a coordenadora do Plantão Gramatical de Fortaleza, um tira-dúvidas linguístico mantido há quase trinta anos pela prefeitura da cidade. De segunda a sexta, das 8 às 18 horas, ela e um grupo de oito professores – seis de português, um de inglês e um de espanhol – se revezam em dois turnos para destrinchar(a), por exemplo, as 27 (dizem alguns) funções gramaticais da palavra que (conjunção, pronome, preposição, advérbio etc.). As perguntas são feitas por telefone e fax ou “presencialmente” (como dizem os modernos). É a modalidade preferida dos moradores do bairro Damas, onde fica o escritório, porque um pulo no plantão economiza o telefonema.
Além de lançar luz sobre os mistérios dos três idiomas, os mestres fornecem a origem e o significado de nomes de pessoa. Circula pelo escritório o polpudo(c) Dicionário de Nomes de Bebês, com 8 mil verbetes. “Quer saber o seu?”, Illiana pergunta ao usuário Henrique. “Está aqui: ‘príncipe encantador e poderoso.’” Há que [prep. acidental] duvidar um tanto dos rigores do dicionário, o que não impediu Henrique de ganhar o dia. De posse da informação, certamente apareceu no emprego com a altivez(d) de um cavaleiro medieval.
Variando dos 30 aos 50 anos de idade, todos os plantonistas têm curso superior e quase todos lecionam nas universidades públicas de Fortaleza (são duas). Com o cargo de oráculo(b) gramatical, reforçam o orçamento em 953 reais mensais.
Entre uma pergunta e outra sobre ortografia, sintaxe, morfologia ou pontuação, são por vezes instados(e) a dirimir dúvidas que [pron. rel. com função de sujeito] extrapolam os precisos limites da ciência gramatical. Uma vez, preparada para atender o telefone e fazer, digamos, alguma rápida análise sintática – por exemplo, da frase “Vão-se os anéis, ficam os dedos” –, Illiana foi surpreendida: “Quem era o ator que [pron. rel. com função de sujeito] fazia O Bem-Amado?” Meio no reflexo, ela respondeu na bucha: “Paulo Gracindo.” Entusiasmada, a consulente prosseguiu: “Já que a senhora foi tão simpática comigo, não teria aí o telefone do padre Marcelo Rossi?” Illiana não tinha.
(Adaptado de SOS Gramatical. Piauí, Rio de Janeiro, ano 3, n. 30, p. 12-13, mar. 2009
Assinale a alternativa em que o vocábulo à direita é SINÔNIMO do termo transcrito do texto 2.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336216 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 2
SOS Gramatical
Uma esquina educativa
Às dez e meia da manhã, o telefone tocou mais uma vez. Do outro lado da linha, uma dúvida – a décima segunda do dia. “Você quer saber como se escreve insossa?”, repetiu a plantonista. Sim, era o que a pessoa queria. Considerando o nível de dificuldade das perguntas que Illiana da Costa Forte enfrenta diariamente, essa poderia entrar na categoria bico. Ainda assim, tal como canja de galinha e água-benta, um Aurélio ou um Houaiss nunca é demais. Depois de uma espiada no computador, ela responde: “A palavra é com s e ss.”
Illiana é a coordenadora do Plantão Gramatical de Fortaleza, um tira-dúvidas linguístico mantido há quase trinta anos pela prefeitura da cidade. De segunda a sexta, das 8 às 18 horas, ela e um grupo de oito professores – seis de português, um de inglês e um de espanhol – se revezam em dois turnos para destrinchar, por exemplo, as 27 (dizem alguns) funções gramaticais da palavra que (conjunção, pronome, preposição, advérbio etc.). As perguntas são feitas por telefone e fax ou “presencialmente” (como dizem os modernos). É a modalidade preferida dos moradores do bairro Damas, onde fica o escritório, porque um pulo no plantão economiza o telefonema.
Além de lançar luz sobre os mistérios dos três idiomas, os mestres fornecem a origem e o significado de nomes de pessoa. Circula pelo escritório o polpudo Dicionário de Nomes de Bebês, com 8 mil verbetes. “Quer saber o seu?”, Illiana pergunta ao usuário Henrique. “Está aqui: ‘príncipe encantador e poderoso.’” Há que [prep. acidental] duvidar um tanto dos rigores do dicionário, o que não impediu Henrique de ganhar o dia. De posse da informação, certamente apareceu no emprego com a altivez de um cavaleiro medieval.
Variando dos 30 aos 50 anos de idade, todos os plantonistas têm curso superior e quase todos lecionam nas universidades públicas de Fortaleza (são duas). Com o cargo de oráculo gramatical, reforçam o orçamento em 953 reais mensais.
Entre uma pergunta e outra sobre ortografia, sintaxe, morfologia ou pontuação, são por vezes instados a dirimir dúvidas que [pron. rel. com função de sujeito] extrapolam os precisos limites da ciência gramatical. Uma vez, preparada para atender o telefone e fazer, digamos, alguma rápida análise sintática – por exemplo, da frase “Vão-se os anéis, ficam os dedos” –, Illiana foi surpreendida: “Quem era o ator que [pron. rel. com função de sujeito] fazia O Bem-Amado?” Meio no reflexo, ela respondeu na bucha: “Paulo Gracindo.” Entusiasmada, a consulente prosseguiu: “Já que a senhora foi tão simpática comigo, não teria aí o telefone do padre Marcelo Rossi?” Illiana não tinha.
(Adaptado de SOS Gramatical. Piauí, Rio de Janeiro, ano 3, n. 30, p. 12-13, mar. 2009
Assinale a alternativa que apresenta a reescrita CORRETA da frase abaixo, do ponto de vista da norma culta da língua portuguesa, sem prejuízo do significado da frase extraída do texto.
“IIliana é a coordenadora do Plantão Gramatical de Fortaleza, um tira-dúvidas linguístico mantido há quase trinta anos pela prefeitura da cidade.”
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336215 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 2
SOS Gramatical
Uma esquina educativa
Às dez e meia da manhã, o telefone tocou mais uma vez. Do outro lado da linha, uma dúvida – a décima segunda do dia. “Você quer saber como se escreve insossa?”, repetiu a plantonista. Sim, era o que a pessoa queria. Considerando o nível de dificuldade das perguntas que Illiana da Costa Forte enfrenta diariamente, essa poderia entrar na categoria bico. Ainda assim, tal como canja de galinha e água-benta, um Aurélio ou um Houaiss nunca é demais. Depois de uma espiada no computador, ela responde: “A palavra é com s e ss.”
Illiana é a coordenadora do Plantão Gramatical de Fortaleza, um tira-dúvidas linguístico mantido há quase trinta anos pela prefeitura da cidade. De segunda a sexta, das 8 às 18 horas, ela e um grupo de oito professores – seis de português, um de inglês e um de espanhol – se revezam em dois turnos para destrinchar, por exemplo, as 27 (dizem alguns) funções gramaticais da palavra que (conjunção, pronome, preposição, advérbio etc.). As perguntas são feitas por telefone e fax ou “presencialmente” (como dizem os modernos). É a modalidade preferida dos moradores do bairro Damas, onde fica o escritório, porque um pulo no plantão economiza o telefonema.
Além de lançar luz sobre os mistérios dos três idiomas, os mestres fornecem a origem e o significado de nomes de pessoa. Circula pelo escritório o polpudo Dicionário de Nomes de Bebês, com 8 mil verbetes. “Quer saber o seu?”, Illiana pergunta ao usuário Henrique. “Está aqui: ‘príncipe encantador e poderoso.’” Há que [prep. acidental] duvidar um tanto dos rigores do dicionário, o que não impediu Henrique de ganhar o dia. De posse da informação, certamente apareceu no emprego com a altivez de um cavaleiro medieval.
Variando dos 30 aos 50 anos de idade, todos os plantonistas têm curso superior e quase todos lecionam nas universidades públicas de Fortaleza (são duas). Com o cargo de oráculo gramatical, reforçam o orçamento em 953 reais mensais.
Entre uma pergunta e outra sobre ortografia, sintaxe, morfologia ou pontuação, são por vezes instados a dirimir dúvidas que [pron. rel. com função de sujeito] extrapolam os precisos limites da ciência gramatical. Uma vez, preparada para atender o telefone e fazer, digamos, alguma rápida análise sintática – por exemplo, da frase “Vão-se os anéis, ficam os dedos” –, Illiana foi surpreendida: “Quem era o ator que [pron. rel. com função de sujeito] fazia O Bem-Amado?” Meio no reflexo, ela respondeu na bucha: “Paulo Gracindo.” Entusiasmada, a consulente prosseguiu: “Já que a senhora foi tão simpática comigo, não teria aí o telefone do padre Marcelo Rossi?” Illiana não tinha.
(Adaptado de SOS Gramatical. Piauí, Rio de Janeiro, ano 3, n. 30, p. 12-13, mar. 2009
Leia o excerto e assinale a alternativa CORRETA.
“Do outro lado da linha, uma dúvida – a décima segunda do dia. ‘Você quer saber como se escreve insossa?’ [...] Considerando o nível de dificuldade das perguntas que Illiana da Costa Forte enfrenta diariamente, essa poderia entrar na categoria bico.”
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336214 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 1
Psicanálise é linguagem
A linguagem está tão presente em cada um de nós que, muitas vezes, a consideramos um instrumento. Quem a usa com maestria é admirado. São autores que, com a linguagem, emocionam em obras da literatura, teatro, poesia e cinema. Mas, quando há uma dúvida, e uma palavra é incompreendida, a leitura se interrompe para a busca de um significado.
O ser humano, habituado com a linguagem, seja qualquer uma das tantas línguas, procura verdades expressas nas declarações que faz sobre si mesmo e o mundo.
A palavra também serve como bálsamo para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.
A palavra abriga a diversidade linguística. A imagem bíblica da Torre de Babel, um prenúncio das muitas línguas que seriam criadas no mundo hoje globalizado, só errou num ponto. De algum modo, os homens se fazem entender, não importa onde nasceram ou vivem.
Os seres humanos estão habituados a cantarolar, pedir socorro, demandar, ordenar e espantar-se quando falas inusitadas lhes escapam. Fantasias, enganos, mentiras e verdades. Há um momento em que o ser acredita ser verdade o que diz, e se julga senhor do instrumento, como um pincel, um lápis, um formão, uma arma, um espelho.
Verdades construídas
Imersos na linguagem, não percebemos que ela constitui o universo ao nosso redor, a comunicação, o onírico e o real, que nomeia o que nos rodeia. É senhora de tudo: ordena o pensamento, o devaneio, o projeto e a imaginação.
O nome, próprio, é um pedacinho de linguagem, na cadeia da linguagem. Acreditar que simplesmente somos os senhores da linguagem é uma ilusão que o ser humano nutre. Eu domino a linguagem e vou até fazer um curso de oratória para fascinar o mundo. Eu percebo que falo a alguém apenas o que pretendo. Eu percebo que a camuflagem e o engodo são atributos que manejo. Eu, assim, imagino que nada escapa se eu não quiser.
Sigmund Freud é o médico que, ainda no final do século 19, ousou tratar, por meio da linguagem, o sofrimento histérico, fóbico, obsessivo, depressivo. Ousadia vitoriosa. Aplicar a linguagem por meio da psicanálise é uma faceta de sua obra que seria resgatada por, dentre outros, Jacques Lacan.
Cruzamos o século 20 e entramos no século 21 ouvindo o anúncio da morte anunciada da psicanálise. E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece no campo das terapêuticas. Certamente, essa permanência é devida, entre outras referências, à maneira como os psicanalistas demonstram que a linguagem, não obstante os labirintos que se constroem com ela, transporta pelo menos um pedacinho de verdade.
Não a verdade da religião, não a verdade referencial, mas o pedacinho da verdade que cada um carrega no coração do seu ser.
(MAZZEI, D. Psicanálise é linguagem. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 2, edição 5, p. 8, maio
2007. Especial Psicanálise & Linguagem.)
Com base no texto 1, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo.
( ) No sétimo parágrafo, o referente do pronome eu, mencionado várias vezes, é o autor do texto.
( ) Na frase a seguir, há falta de paralelismo sintático entre as orações sublinhadas: “A palavra também serve como bálsamo para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.”
( ) O tempo verbal predominante no texto é o presente.
( ) Nas quatro palavras a seguir, observa-se um processo de derivação pelo qual um substantivo é formado por meio do acréscimo de sufixo a uma base verbal: ousadia; permanência; anunciada; linguística.
( ) Na frase “E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece [...]” a expressão sublinhada pode ser substituída por apesar disso, sem prejuízo de sentido.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336213 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 1
Psicanálise é linguagem
A linguagem está tão presente em cada um de nós que, muitas vezes, a consideramos um instrumento. Quem a usa com maestria é admirado(d). São autores que, com a linguagem, emocionam em obras da literatura, teatro, poesia e cinema(d). Mas, quando há uma dúvida, e uma palavra é incompreendida, a leitura se interrompe para a busca de um significado.
O ser humano, habituado com a linguagem, seja qualquer uma das tantas línguas, procura verdades expressas nas declarações que faz sobre si mesmo e o mundo.
A palavra também serve como bálsamo para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.
A palavra abriga a diversidade linguística(c). A imagem bíblica da Torre de Babel, um prenúncio das muitas línguas que seriam criadas no mundo hoje globalizado, só errou num ponto. De algum modo, os homens se fazem entender, não importa onde nasceram ou vivem.
Os seres humanos estão habituados a cantarolar, pedir socorro, demandar, ordenar e espantar-se quando falas inusitadas lhes escapam. Fantasias, enganos, mentiras e verdades. Há um momento em que o ser acredita ser verdade o que diz, e se julga senhor do instrumento(b), como um pincel, um lápis, um formão, uma arma, um espelho.
Verdades construídas
Imersos na linguagem, não percebemos que ela constitui o universo ao nosso redor, a comunicação, o onírico e o real, que nomeia o que nos rodeia. É senhora de tudo: ordena o pensamento, o devaneio, o projeto e a imaginação(e).
O nome, próprio, é um pedacinho de linguagem, na cadeia da linguagem. Acreditar que simplesmente somos os senhores da linguagem é uma ilusão que o ser humano nutre(b). Eu domino a linguagem e vou até fazer um curso de oratória para fascinar o mundo.(e) Eu percebo que falo a alguém apenas o que pretendo. Eu percebo que a camuflagem e o engodo são atributos que manejo(a). Eu, assim, imagino que nada escapa se eu não quiser(a).
Sigmund Freud é o médico que, ainda no final do século 19, ousou tratar, por meio da linguagem, o sofrimento histérico, fóbico, obsessivo, depressivo. Ousadia vitoriosa. Aplicar a linguagem por meio da psicanálise é uma faceta de sua obra que seria resgatada por, dentre outros, Jacques Lacan.
Cruzamos o século 20 e entramos no século 21 ouvindo o anúncio da morte anunciada da psicanálise. E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece no campo das terapêuticas. Certamente, essa permanência é devida, entre outras referências, à maneira como os psicanalistas demonstram que a linguagem, não obstante os labirintos que se constroem com ela, transporta pelo menos um pedacinho de verdade.
Não a verdade da religião, não a verdade referencial, mas o pedacinho da verdade que cada um carrega no coração do seu ser.(c)
(MAZZEI, D. Psicanálise é linguagem. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 2, edição 5, p. 8, maio
2007. Especial Psicanálise & Linguagem.)
Entre os pares de frases extraídas do texto 1, assinale aquele em que a segunda frase estabelece, explicitamente, com a anterior, uma relação de conclusão.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1336212 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 1
Psicanálise é linguagem
A linguagem está tão presente em cada um de nós que, muitas vezes, a consideramos um instrumento. Quem a usa com maestria é admirado. São autores que, com a linguagem, emocionam em obras da literatura, teatro, poesia e cinema. Mas, quando há uma dúvida, e uma palavra é incompreendida, a leitura se interrompe para a busca de um significado.
O ser humano, habituado com a linguagem, seja qualquer uma das tantas línguas, procura verdades expressas nas declarações que faz sobre si mesmo e o mundo.
A palavra também serve como bálsamo para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.
A palavra abriga a diversidade linguística. A imagem bíblica da Torre de Babel, um prenúncio das muitas línguas que seriam criadas no mundo hoje globalizado, só errou num ponto. De algum modo, os homens se fazem entender, não importa onde nasceram ou vivem.
Os seres humanos estão habituados a cantarolar, pedir socorro, demandar, ordenar e espantar-se quando falas inusitadas lhes escapam. Fantasias, enganos, mentiras e verdades. Há um momento em que o ser acredita ser verdade o que diz, e se julga senhor do instrumento, como um pincel, um lápis, um formão, uma arma, um espelho.
Verdades construídas
Imersos na linguagem, não percebemos que ela constitui o universo ao nosso redor, a comunicação, o onírico e o real, que nomeia o que nos rodeia. É senhora de tudo: ordena o pensamento, o devaneio, o projeto e a imaginação.
O nome, próprio, é um pedacinho de linguagem, na cadeia da linguagem. Acreditar que simplesmente somos os senhores da linguagem é uma ilusão que o ser humano nutre. Eu domino a linguagem e vou até fazer um curso de oratória para fascinar o mundo. Eu percebo que falo a alguém apenas o que pretendo. Eu percebo que a camuflagem e o engodo são atributos que manejo. Eu, assim, imagino que nada escapa se eu não quiser.
Sigmund Freud é o médico que, ainda no final do século 19, ousou tratar, por meio da linguagem, o sofrimento histérico, fóbico, obsessivo, depressivo. Ousadia vitoriosa. Aplicar a linguagem por meio da psicanálise é uma faceta de sua obra que seria resgatada por, dentre outros, Jacques Lacan.
Cruzamos o século 20 e entramos no século 21 ouvindo o anúncio da morte anunciada da psicanálise. E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece no campo das terapêuticas. Certamente, essa permanência é devida, entre outras referências, à maneira como os psicanalistas demonstram que a linguagem, não obstante os labirintos que se constroem com ela, transporta pelo menos um pedacinho de verdade.
Não a verdade da religião, não a verdade referencial, mas o pedacinho da verdade que cada um carrega no coração do seu ser.
(MAZZEI, D. Psicanálise é linguagem. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 2, edição 5, p. 8, maio
2007. Especial Psicanálise & Linguagem.)
De acordo com o texto 1, é CORRETO afirmar que:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1335251 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 1
Psicanálise é linguagem
A linguagem está tão presente em cada um de nós que, muitas vezes, a consideramos um instrumento. Quem a usa com maestria é admirado. São autores que, com a linguagem, emocionam em obras da literatura, teatro, poesia e cinema. Mas, quando há uma dúvida, e uma palavra é incompreendida, a leitura se interrompe para a busca de um significado.
O ser humano, habituado com a linguagem, seja qualquer uma das tantas línguas, procura verdades expressas nas declarações que faz sobre si mesmo e o mundo.
A palavra também serve como bálsamo(d) para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.
A palavra abriga a diversidade linguística. A imagem bíblica da Torre de Babel, um prenúncio das muitas línguas que seriam criadas no mundo hoje globalizado, só errou num ponto. De algum modo, os homens se fazem entender, não importa onde nasceram ou vivem.
Os seres humanos estão habituados a cantarolar, pedir socorro, demandar, ordenar e espantar-se quando falas inusitadas(b) lhes(b) escapam. Fantasias, enganos, mentiras e verdades. Há um momento em que o ser acredita ser verdade o que diz, e se julga senhor do instrumento, como um pincel, um lápis, um formão, uma arma, um espelho.
Verdades construídas
Imersos na linguagem, não percebemos que ela constitui o universo ao nosso redor, a comunicação, o onírico e o real, que nomeia o que nos rodeia. É senhora de tudo: ordena o pensamento, o devaneio, o projeto e a imaginação.
O nome, próprio, é um pedacinho de linguagem, na cadeia da linguagem. Acreditar que simplesmente somos os senhores da linguagem(c) é uma ilusão que o ser humano(c) nutre. Eu domino a linguagem e vou até fazer um curso de oratória para fascinar o mundo. Eu percebo que falo a alguém apenas o que pretendo. Eu percebo que a camuflagem e o engodo são atributos que manejo. Eu, assim, imagino que nada escapa se eu não quiser.
Sigmund Freud é o médico que, ainda no final do século 19, ousou tratar, por meio da linguagem, o sofrimento histérico, fóbico, obsessivo, depressivo. Ousadia vitoriosa. Aplicar a linguagem por meio da psicanálise é uma faceta de sua obra que seria resgatada por, dentre outros, Jacques Lacan.
Cruzamos o século 20 e entramos no século 21 ouvindo o anúncio da morte anunciada da psicanálise. E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece no campo das terapêuticas. Certamente, essa permanência é devida, entre outras referências, à maneira como os psicanalistas demonstram que a linguagem, não obstante(a) os labirintos que se constroem com ela(e), transporta pelo menos um pedacinho de verdade.
Não a verdade da religião, não a verdade referencial, mas o pedacinho da verdade que cada um carrega no coração do seu ser.
(MAZZEI, D. Psicanálise é linguagem. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 2, edição 5, p. 8, maio
2007. Especial Psicanálise & Linguagem.)
De acordo com o texto 1, é CORRETO afirmar que:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1334711 Ano: 2009
Disciplina: Veterinária
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Provas:
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e a manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo, segundo a legislação vigente no País.
( ) As doenças vesiculares infecciosas são de notificação compulsória. Todo médico veterinário, produtor rural, transportador de animais, profissional que atua em laboratórios veterinários oficiais ou privados que tenha conhecimento de casos suspeitos de doença vesicular fica obrigado, em prazo não superior a 24 horas do conhecimento da suspeita, a comunicar o fato ao serviço veterinário oficial. Ficam excetuadas, desde que portadoras de certificado de biossegurança outorgado por órgão competente, as instituições de ensino e pesquisa veterinária.
( ) Todos os animais susceptíveis à febre aftosa, seus produtos e subprodutos, materiais, substâncias ou qualquer produto veterinário que possa veicular o agente viral, que ingressarem em zonas livres, com ou sem vacinação, em desacordo com esta Instrução Normativa, deverão ser enviados ao sacrifício sanitário ou destruídos.
( ) É proibido o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa em zona livre sem vacinação. No entanto, o ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre sem vacinação fica autorizado para animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por um período mínimo de 4 (quatro) meses, em outra zona livre de febre aftosa sem vacinação, transportados em veículos lacrados, exceto ovinos e caprinos.
( ) Em relação à classificação oficial quanto ao risco de febre aftosa, os dois estados vizinhos ao Estado de Santa Catarina, que é classificado na categoria “BR-D - Risco Desprezível”, são classificados na categoria “BR-1 - Risco Mínimo”.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1334688 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 2
SOS Gramatical
Uma esquina educativa
Às dez e meia da manhã, o telefone tocou mais uma vez. Do outro lado da linha, uma dúvida – a décima segunda do dia. “Você quer saber como se escreve insossa?”, repetiu a plantonista. Sim, era o que a pessoa queria. Considerando o nível de dificuldade das perguntas que Illiana da Costa Forte enfrenta diariamente, essa poderia entrar na categoria bico. Ainda assim, tal como canja de galinha e água-benta, um Aurélio ou um Houaiss nunca é demais. Depois de uma espiada no computador, ela responde: “A palavra é com s e ss.”
Illiana é a coordenadora do Plantão Gramatical de Fortaleza, um tira-dúvidas linguístico mantido há quase trinta anos pela prefeitura da cidade. De segunda a sexta, das 8 às 18 horas, ela e um grupo de oito professores – seis de português, um de inglês e um de espanhol – se revezam em dois turnos para destrinchar, por exemplo, as 27 (dizem alguns) funções gramaticais da palavra que (conjunção, pronome, preposição, advérbio etc.). As perguntas são feitas por telefone e fax ou “presencialmente” (como dizem os modernos). É a modalidade preferida dos moradores do bairro Damas, onde fica o escritório, porque um pulo no plantão economiza o telefonema.
Além de lançar luz sobre os mistérios dos três idiomas, os mestres fornecem a origem e o significado de nomes de pessoa. Circula pelo escritório o polpudo Dicionário de Nomes de Bebês, com 8 mil verbetes. “Quer saber o seu?”, Illiana pergunta ao usuário Henrique. “Está aqui: ‘príncipe encantador e poderoso.’” Há que [prep. acidental] duvidar um tanto dos rigores do dicionário, o que não impediu Henrique de ganhar o dia. De posse da informação, certamente apareceu no emprego com a altivez de um cavaleiro medieval.
Variando dos 30 aos 50 anos de idade, todos os plantonistas têm curso superior e quase todos lecionam nas universidades públicas de Fortaleza (são duas). Com o cargo de oráculo gramatical, reforçam o orçamento em 953 reais mensais.
Entre uma pergunta e outra sobre ortografia, sintaxe, morfologia ou pontuação, são por vezes instados a dirimir dúvidas que [pron. rel. com função de sujeito] extrapolam os precisos limites da ciência gramatical. Uma vez, preparada para atender o telefone e fazer, digamos, alguma rápida análise sintática – por exemplo, da frase “Vão-se os anéis, ficam os dedos” –, Illiana foi surpreendida: “Quem era o ator que [pron. rel. com função de sujeito] fazia O Bem-Amado?” Meio no reflexo, ela respondeu na bucha: “Paulo Gracindo.” Entusiasmada, a consulente prosseguiu: “Já que a senhora foi tão simpática comigo, não teria aí o telefone do padre Marcelo Rossi?” Illiana não tinha.
(Adaptado de SOS Gramatical. Piauí, Rio de Janeiro, ano 3, n. 30, p. 12-13, mar. 2009
Considere a relação semântica estabelecida entre as orações de cada frase abaixo.
1. “Tal como canja de galinha e água-benta, um Aurélio ou um Houaiss nunca é demais.”
2. “Já que a senhora foi tão simpática comigo, não teria aí o telefone do padre Marcelo Rossi?”
3. “De segunda a sexta, das 8 às 18 horas, ela e um grupo de oito professores [...] se revezam em dois turnos para destrinchar, por exemplo, as 27 (dizem alguns) funções gramaticais da palavra que.”
4. “Além de lançar luz sobre os mistérios dos três idiomas, os mestres fornecem a origem e o significado de nomes de pessoa.”
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA das relações semânticas, de cima para baixo.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas