Magna Concursos
1336213 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
Texto 1
Psicanálise é linguagem
A linguagem está tão presente em cada um de nós que, muitas vezes, a consideramos um instrumento. Quem a usa com maestria é admirado(d). São autores que, com a linguagem, emocionam em obras da literatura, teatro, poesia e cinema(d). Mas, quando há uma dúvida, e uma palavra é incompreendida, a leitura se interrompe para a busca de um significado.
O ser humano, habituado com a linguagem, seja qualquer uma das tantas línguas, procura verdades expressas nas declarações que faz sobre si mesmo e o mundo.
A palavra também serve como bálsamo para a dor, seja no riso quando se diz algo espirituoso, seja no acolhimento ao ouvir sobre o sofrimento do outro.
A palavra abriga a diversidade linguística(c). A imagem bíblica da Torre de Babel, um prenúncio das muitas línguas que seriam criadas no mundo hoje globalizado, só errou num ponto. De algum modo, os homens se fazem entender, não importa onde nasceram ou vivem.
Os seres humanos estão habituados a cantarolar, pedir socorro, demandar, ordenar e espantar-se quando falas inusitadas lhes escapam. Fantasias, enganos, mentiras e verdades. Há um momento em que o ser acredita ser verdade o que diz, e se julga senhor do instrumento(b), como um pincel, um lápis, um formão, uma arma, um espelho.
Verdades construídas
Imersos na linguagem, não percebemos que ela constitui o universo ao nosso redor, a comunicação, o onírico e o real, que nomeia o que nos rodeia. É senhora de tudo: ordena o pensamento, o devaneio, o projeto e a imaginação(e).
O nome, próprio, é um pedacinho de linguagem, na cadeia da linguagem. Acreditar que simplesmente somos os senhores da linguagem é uma ilusão que o ser humano nutre(b). Eu domino a linguagem e vou até fazer um curso de oratória para fascinar o mundo.(e) Eu percebo que falo a alguém apenas o que pretendo. Eu percebo que a camuflagem e o engodo são atributos que manejo(a). Eu, assim, imagino que nada escapa se eu não quiser(a).
Sigmund Freud é o médico que, ainda no final do século 19, ousou tratar, por meio da linguagem, o sofrimento histérico, fóbico, obsessivo, depressivo. Ousadia vitoriosa. Aplicar a linguagem por meio da psicanálise é uma faceta de sua obra que seria resgatada por, dentre outros, Jacques Lacan.
Cruzamos o século 20 e entramos no século 21 ouvindo o anúncio da morte anunciada da psicanálise. E, mesmo assim, essa forma de psicoterapia permanece no campo das terapêuticas. Certamente, essa permanência é devida, entre outras referências, à maneira como os psicanalistas demonstram que a linguagem, não obstante os labirintos que se constroem com ela, transporta pelo menos um pedacinho de verdade.
Não a verdade da religião, não a verdade referencial, mas o pedacinho da verdade que cada um carrega no coração do seu ser.(c)
(MAZZEI, D. Psicanálise é linguagem. Língua Portuguesa, São Paulo, ano 2, edição 5, p. 8, maio
2007. Especial Psicanálise & Linguagem.)
Entre os pares de frases extraídas do texto 1, assinale aquele em que a segunda frase estabelece, explicitamente, com a anterior, uma relação de conclusão.
 

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