Magna Concursos

Foram encontradas 50 questões.

1317671 Ano: 2015
Disciplina: Direito Constitucional
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

Apresentam-se, a seguir, proposições relativas à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas alterações:

I – É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

II – Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo, salvo com autorização do Congresso Nacional.

III – É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

IV – Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Marque a alternativa CORRETA.

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1316017 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 1
MÁ EDUCAÇÃO E CELULAR
Uma conhecida convidou os quatro netos pré-adolescentes para lanchar. Queria passar um tempo com eles, como fazem as avós. Sentaram-se numa lanchonete. Pediram sanduíches e refrigerantes. Daí, os quatro sacaram os celulares. Ficaram todo o tempo trocando mensagens com amigos, rindo e se divertindo. Com cara de mamão murcho, a avó esperou alguma oportunidade de bater papo. Não houve. Agora, ela já prometeu:
– Desisti. Não saio mais com meus netos.
Cada vez mais as pessoas “abandonam” os outros para viver num mundo de relações via celular. Às vezes de maneira assustadora. Vou muito para o Rio de Janeiro, sem carro. No meu trajeto, costumo escolher a Avenida Niemeyer, cuja vista é linda. Mas é cheia de curvas. Durante o trajeto, preciso me acalmar e recitar o mantra “om... ommmm” quando os motoristas atendem seus celulares. Dá medo, com o abismo pela frente! A falta de educação é dos dois lados. Quem liga, se não é atendido, continua tocando sem parar. O motorista muitas vezes atende e diz que não dá para falar. A pessoa do outro lado nem liga e continua o assunto. Alguns atores que eu conheço estão detonando suas carreiras. Ficam no WhatsApp até o momento de gravar. Atuar exige concentração, “entrar” no personagem. Se a pessoa “conversa” por mensagens até o momento exato de interpretar, fará pior. Está com a cabeça em outro lugar.
A praga atingiu até o setor de serviços. Dia destes estava no caixa de uma livraria. A mocinha passava meus livros e revistas com displicência enquanto falava ao celular. De repente, se confundiu. Teve de passar tudo de novo. Desligou. Voltou ao trabalho, mas aí o celular tocou e... a fila atrás de mim só aumentava. O máximo que ouvi da parte dela foi:
– Desculpa.
Tocou de novo, atendeu, tentando colocar meus livros numa sacolinha com uma única mão.
Em certos almoços, mesmo de negócios, é impossível tratar do assunto que importa. O interlocutor escolhe o prato com a orelha no celular. Quando desliga, abre para verificar e-mails. Responde. Pacientemente espero. Iniciamos o papo que motivou o almoço. O celular toca novamente. Dá vontade de levantar da mesa e ir embora. Não posso, seria falta de educação. Mas não é pior ficar como espectador enquanto a pessoa resolve suas coisas pelo celular, sem dar continuidade na conversa?
Também adoro um celular. Tenho amigos no exterior e trocamos mensagens diariamente. Mas faço isso quando estou sozinho. Há também soluções rápidas, pessoais e profissionais onde ele ajuda e muito! Mas hummm.... do ponto de vista profissional, nem sei se é tão bom assim. Celular não tem hora. Invade sem pedir permissão. É uma decisão difícil não atender o telefonema de um chefe ou de alguém importante no trabalho. Ou seja, a gente trabalha 24 horas direto!(III) Há também quem chame durante uma reunião de trabalho importante. E, como contei no caso do carro, continuam chamando mesmo sem ser atendidas, até tornar o papo profissional impossível. Finalmente, ouço.
– Dá licença, vou atender e encerrar logo esse assunto.
Faço cara de paisagem enquanto a pessoa discute algo que nada tem a ver comigo. Penso: seria melhor, muito melhor, não ter marcado reunião nenhuma. Mais fácil seria, sim, me impor através do celular, porque através dele entro na sala de alguém quando quero, sem marcar hora. O aparelhinho invade até situações íntimas(II). Se fosse só comigo, estaria traumatizado por me sentir pouco interessante. Mas sei de casos onde, entre um beijo e outro, um dos parceiros atende o celular. Para tudo, sai do clima. Quando termina a ligação, é preciso de um tempo para retomar. Mas aí, pode tocar novamente e... enfim, até nos momentos mais eróticos, o aparelhinho atrapalha.
Ainda sou daquele tempo de ter conversas francas e profundas, de olhar nos olhos. Hoje é quase impossível aprofundar-se nos olhos de alguém. Estão fixados na tela de seu modelo de última geração. Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular(I). Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele. Eu descobri uma estratégia que sempre funciona, se quero realmente falar com alguém. Convido para jantar, por exemplo. Ela saca o celular. Pego o meu e envio uma mensagem para ela mesma, em frente a mim. Não falha. Seja quem for, acha divertidíssimo. E assim continuamos até o cafezinho. Sem palavras, mas trocando incríveis mensagens pelo celular. Todo mundo acha divertidíssimo.
Walcir Carrasco. Revista Época. Disponível em:
< http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/01/bma-educacaob-e-celular.html>. Acesso em: 9/3/2015.
Em relação ao uso dos operadores argumentativos no texto, analise as proposições a seguir:
I – O uso de “ainda” no trecho “Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular” indica que o autor reconhece que o uso do aparelho é um mal necessário.
II – Em “O aparelhinho invade até situações íntimas”, o emprego do “até” demonstra que o autor quis enfatizar os excessos do uso do celular.
III – Em “Ou seja, a gente trabalha 24 horas direto!” O uso de “ou seja” indica uma retificação em relação à informação que o antecede.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
1306481 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 5
CHARGE
enunciado 2127424-1
Disponível em: <http://arteemanhasdalingua.blogspot.
com.br/2011/07/01-se-voce-estivesse-apenas-escutando.html>. Acesso em:18/3/2015.
Assinale a alternativa que analisa adequadamente o texto.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
817681 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 1
MÁ EDUCAÇÃO E CELULAR
Uma conhecida convidou os quatro netos pré-adolescentes para lanchar. Queria passar um tempo com eles, como fazem as avós. Sentaram-se numa lanchonete. Pediram sanduíches e refrigerantes. Daí, os quatro sacaram os celulares. Ficaram todo o tempo trocando mensagens com amigos, rindo e se divertindo. Com cara de mamão murcho, a avó esperou alguma oportunidade de bater papo. Não houve. Agora, ela já prometeu:
– Desisti. Não saio mais com meus netos.
Cada vez mais as pessoas “abandonam” os outros para viver num mundo de relações via celular. Às vezes de maneira assustadora. Vou muito para o Rio de Janeiro, sem carro. No meu trajeto, costumo escolher a Avenida Niemeyer, cuja vista é linda. Mas é cheia de curvas. Durante o trajeto, preciso me acalmar e recitar o mantra “om... ommmm” quando os motoristas atendem seus celulares. Dá medo, com o abismo pela frente! A falta de educação é dos dois lados. Quem liga, se não é atendido, continua tocando sem parar. O motorista muitas vezes atende e diz que não dá para falar. A pessoa do outro lado nem liga e continua o assunto. Alguns atores que eu conheço estão detonando suas carreiras. Ficam no WhatsApp até o momento de gravar. Atuar exige concentração, “entrar” no personagem. Se a pessoa “conversa” por mensagens até o momento exato de interpretar, fará pior. Está com a cabeça em outro lugar.
A praga atingiu até o setor de serviços. Dia destes estava no caixa de uma livraria. A mocinha passava meus livros e revistas com displicência enquanto falava ao celular. De repente, se confundiu. Teve de passar tudo de novo. Desligou. Voltou ao trabalho, mas aí o celular tocou e... a fila atrás de mim só aumentava. O máximo que ouvi da parte dela foi:
– Desculpa.
Tocou de novo, atendeu, tentando colocar meus livros numa sacolinha com uma única mão.
Em certos almoços, mesmo de negócios, é impossível tratar do assunto que importa. O interlocutor escolhe o prato com a orelha no celular. Quando desliga, abre para verificar e-mails. Responde. Pacientemente espero. Iniciamos o papo que motivou o almoço. O celular toca novamente. Dá vontade de levantar da mesa e ir embora. Não posso, seria falta de educação. Mas não é pior ficar como espectador enquanto a pessoa resolve suas coisas pelo celular, sem dar continuidade na conversa?
Também adoro um celular. Tenho amigos no exterior e trocamos mensagens diariamente. Mas faço isso quando estou sozinho. Há também soluções rápidas, pessoais e profissionais onde ele ajuda e muito! Mas hummm.... do ponto de vista profissional, nem sei se é tão bom assim. Celular não tem hora. Invade sem pedir permissão. É uma decisão difícil não atender o telefonema de um chefe ou de alguém importante no trabalho. Ou seja, a gente trabalha 24 horas direto! Há também quem chame durante uma reunião de trabalho importante. E, como contei no caso do carro, continuam chamando mesmo sem ser atendidas, até tornar o papo profissional impossível. Finalmente, ouço.
– Dá licença, vou atender e encerrar logo esse assunto.
Faço cara de paisagem enquanto a pessoa discute algo que nada tem a ver comigo. Penso: seria melhor, muito melhor, não ter marcado reunião nenhuma. Mais fácil seria, sim, me impor através do celular, porque através dele entro na sala de alguém quando quero, sem marcar hora. O aparelhinho invade até situações íntimas. Se fosse só comigo, estaria traumatizado por me sentir pouco interessante. Mas sei de casos onde, entre um beijo e outro, um dos parceiros atende o celular. Para tudo, sai do clima. Quando termina a ligação, é preciso de um tempo para retomar. Mas aí, pode tocar novamente e... enfim, até nos momentos mais eróticos, o aparelhinho atrapalha.
Ainda sou daquele tempo de ter conversas francas e profundas, de olhar nos olhos. Hoje é quase impossível aprofundar-se nos olhos de alguém. Estão fixados na tela de seu modelo de última geração. Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular. Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele. Eu descobri uma estratégia que sempre funciona, se quero realmente falar com alguém. Convido para jantar, por exemplo. Ela saca o celular. Pego o meu e envio uma mensagem para ela mesma, em frente a mim. Não falha. Seja quem for, acha divertidíssimo. E assim continuamos até o cafezinho. Sem palavras, mas trocando incríveis mensagens pelo celular. Todo mundo acha divertidíssimo.
Walcir Carrasco. Revista Época. Disponível em:
< http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/01/bma-educacaob-e-celular.html>. Acesso em: 9/3/2015.
Apresentam-se proposições sobre o título “Má educação e celular”; com esse título, o autor:
I – Condena aqueles que usam o celular durante o trabalho.
II – Mostra que o uso abusivo do celular prejudica as relações sociais e profissionais.
III – Enumera situações em que o uso do celular configura-se como falta de educação.
IV – Demonstra a utilidade dos celulares nas relações sociais.
V – Vale-se de exemplos do cotidiano para refletir sobre um tema atual.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
817360 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
Um bebedouro permite a combinação de água natural (temperatura ambiente) e água gelada, através de duas torneiras independentes, conforme figura abaixo:
enunciado 2029090-1
Uma pessoa colocou em um copo a metade do seu volume com água natural e, para completar a outra metade, abriu ambas as torneiras, que possuem a mesma vazão. Nesse caso, no copo cheio, a porcentagem de água gelada foi de:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
813544 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 4
MANIA NACIONAL
enunciado 2028570-1
Fontes: “Our mobile planet“ (Google) e Ipsos/Marplan para Motorola.
A partir da leitura do infográfico, infere-se que:
I – O smartphone prejudica o desempenho no trabalho.
II – Os smartphones são mais utilizados pelo brasileiro para ouvir música.
III – A funcionalidade “fazer ligações” apresenta-se desnecessária no smartphone.
IV – A inclusão digital promovida pelo acesso ao smartphone abrange diferentes grupos sociais.
V – O título “mania nacional” sustenta-se pelo índice de pessoas que adquiriram o smartphone em menos de um ano.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
813277 Ano: 2015
Disciplina: Redação Oficial
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 6
DOCUMENTO HIPOTÉTICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MOTINEIRA
Ofício n. 23/2014
Ao senhor
José Cândido Silva
Coordenador da Pró-reitoria de Extensão
Assunto: Solicitação de prorrogação do prazo para envio de projetos de extensão universitária
Lamentavelmente(I), comunicamos a V.Sa. que em função do processo de avaliação do Curso que ora coordenamos, vimos informar que não foi possível o envio do nosso projeto de extensão no prazo estipulado. Solicitamos, encarecidamente(I), que V.Sa. prorrogueis o prazo de envio para o dia 23/04 para evitarmos prejuízos para o desenvolvimento do projeto de extensão já iniciado para o qual exige-se um prazo maior para ser concluído.
Sem mais para o momento, solicitamos deferimento.(V)
João Joaquim
Coordenador do Curso de Moda e Estilo
Sobre as características da linguagem empregada no ofício, considere as proposições:
I – O uso dos modalizadores “lamentavelmente” e “encarecidamente” ferem o princípio da impessoalidade nas comunicações oficiais.
II – A forma verbal “prorrogueis” encontra-se na 2ª pessoa para concordar com o pronome de tratamento Vossa Senhoria, conforme determinação para as comunicações oficiais.
III – O uso da forma verbal “vimos” indica tempo presente e atende ao requisito de formalidade das comunicações oficiais.
IV – A utilização dos recursos coesivos, no texto apresentado, atende aos requisitos do uso formal da linguagem.
V – O fecho “sem mais para o momento, solicitamos deferimento” indica polidez e atende ao disposto para o encerramento do gênero textual ofício.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
813061 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 5
CHARGE
enunciado 2028150-1
Disponível em: <http://arteemanhasdalingua.blogspot.
com.br/2011/07/01-se-voce-estivesse-apenas-escutando.html>. Acesso em:18/3/2015.
O texto 5, tomado na sua globalidade, ratifica a função própria do gênero “charge” na medida em que critica:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
805670 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 2
FIU-FIU
Lançaram agora um celular à prova d’água, que você pode usar no chuveiro. Ou em qualquer outro lugar embaixo d’água(II). No mar, por exemplo.
— Bem, não me espere para o jantar...
— Onde você está?
— Sabe a nossa pesca submarina?
— O que houve?
— Pensei que fosse uma garoupa e era um tubarão. E ele está vindo na minha direção.
— Você ainda está embaixo d’água?!
— Estou.
— E o seu arpão?
— O tubarão engoliu!
— Ligue para a Guarda Costeira!
São cada vez mais raros os lugares em que você pode se ver livre de celulares, e agora nem as piscinas estão seguras.
Os celulares são práticos e se tornaram indispensáveis, eu sei, mas empobreceram a vida social(I). Existe coisa mais melancólica do que uma mesa de quatro pessoas, num restaurante, em que três estão dedilhando seus smartphones e uma está falando sozinha? Ou um casal em outra mesa, os dois mergulhados nos respectivos celulares sem nem se olharem, o que dirá se falarem — a não ser que estejam trocando mensagens silenciosas entre si, o que é ainda mais triste?
Os celulares podem ser perigosos de várias maneiras, mesmo que não derretam o cérebro, como se andou espalhando há algum tempo(III). Imagino uma velhinha que ganhou um celular dos netos sem que estes se dessem ao trabalho de explicar seu funcionamento para a vovó. Não contaram, por exemplo, que o celular dado assovia quando recebe uma mensagem. É um assovio humano, um nítido fiu-fiu avisando que alguém ligou, e que pode soar a qualquer hora do dia ou da noite. E imagino a vovó, que mora sozinha, dormindo e, de repente, acordando com o assovio. Um fiu-fiu no meio da noite! A vovó, se não morrer imediatamente do coração, pode ficar apavorada. Quem está lá? Um ladrão ou um fantasma assoviador? E o assovio tem algo de galante. A vovó pode muito bem sair da cama, sem saber se está acordada ou sonhando(IV), e caminhar na direção do fiu-fiu sedutor, como se tivessem vindo buscá-la. Alguém pensou nas vovós solitárias quando inventou o assovio?
O fato é que não há mais refúgio. Nem castelos anti-smartphones com um fosso em volta. Eles agora podem atravessar o fosso.
Luiz Fernando Veríssimo Disponível em: <http://oglobo.globo.com/opiniao/fiu-fiu-13464128>. Acesso em 9/3/2015.
Considere as relações de sentido estabelecidas nos fragmentos selecionados e analise as proposições a seguir:
I – No fragmento “Os celulares são práticos e se tornaram indispensáveis, eu sei, mas empobreceram a vida social.” (linha 15), o pronome “se” indica reflexividade.
II – No fragmento “Lançaram agora um celular à prova d’água, que você pode usar no chuveiro. Ou em qualquer outro lugar embaixo d’água.”, o “Ou” indica uma relação semântica de inclusão.
III – No fragmento “Os celulares podem ser perigosos de várias maneiras, mesmo que não derretam o cérebro, como se andou espalhando há algum tempo.”, as relações semânticas estabelecidas por “mesmo que” e “como” são de concessão e explicação.
IV – No trecho “A vovó pode muito bem sair da cama, sem saber se está acordada ou sonhando (...)”, a expressão “muito bem” indicia uma ênfase em uma situação mesmo hipotética.
Assinale a alternativa CORRETA.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
805645 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
TEXTO 2
FIU-FIU
Lançaram agora um celular à prova d’água, que você pode usar no chuveiro. Ou em qualquer outro lugar embaixo d’água. No mar, por exemplo.
— Bem, não me espere para o jantar...
— Onde você está?
— Sabe a nossa pesca submarina?
— O que houve?
— Pensei que fosse uma garoupa e era um tubarão. E ele está vindo na minha direção.
— Você ainda está embaixo d’água?!
— Estou.
— E o seu arpão?
— O tubarão engoliu!
— Ligue para a Guarda Costeira!
São cada vez mais raros os lugares em que você pode se ver livre de celulares, e agora nem as piscinas estão seguras.
Os celulares são práticos e se tornaram indispensáveis, eu sei, mas empobreceram a vida social. Existe coisa mais melancólica do que uma mesa de quatro pessoas, num restaurante, em que três estão dedilhando seus smartphones e uma está falando sozinha? Ou um casal em outra mesa, os dois mergulhados nos respectivos celulares sem nem se olharem, o que dirá se falarem — a não ser que estejam trocando mensagens silenciosas entre si, o que é ainda mais triste?
Os celulares podem ser perigosos de várias maneiras, mesmo que não derretam o cérebro, como se andou espalhando há algum tempo. Imagino uma velhinha que ganhou um celular dos netos sem que estes se dessem ao trabalho de explicar seu funcionamento para a vovó. Não contaram, por exemplo, que o celular dado assovia quando recebe uma mensagem. É um assovio humano, um nítido fiu-fiu avisando que alguém ligou, e que pode soar a qualquer hora do dia ou da noite. E imagino a vovó, que mora sozinha, dormindo e, de repente, acordando com o assovio. Um fiu-fiu no meio da noite! A vovó, se não morrer imediatamente do coração, pode ficar apavorada. Quem está lá? Um ladrão ou um fantasma assoviador? E o assovio tem algo de galante. A vovó pode muito bem sair da cama, sem saber se está acordada ou sonhando, e caminhar na direção do fiu-fiu sedutor, como se tivessem vindo buscá-la. Alguém pensou nas vovós solitárias quando inventou o assovio?
O fato é que não há mais refúgio. Nem castelos anti-smartphones com um fosso em volta. Eles agora podem atravessar o fosso.
Luiz Fernando Veríssimo Disponível em: <http://oglobo.globo.com/opiniao/fiu-fiu-13464128>. Acesso em 9/3/2015.
Releia o trecho transcrito:
— Bem, não me espere para o jantar...
— Onde você está?
— Sabe a nossa pesca submarina?
— O que houve?
— Pensei que fosse uma garoupa e era um tubarão. E ele está vindo na minha direção.
— Você ainda está embaixo d’água?!
— Estou.
— E o seu arpão?
— O tubarão engoliu!
— Ligue para a Guarda Costeira!
O trecho provoca o riso, sobretudo, por:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas