Foram encontradas 60 questões.
- História GeralDemandas políticas e sociais no mundo atual
- História GeralQuestões Internacionais: história do tempo presente
Descrever a teoria essencial do anarquismo é um pouco como
tentar lutar com Proteu, pois as próprias características da
atitude libertária – a rejeição ao dogma, a deliberada fuga a
sistemas teóricos rígidos e, acima de tudo, a ênfase que dá à total
liberdade de escolha, à primazia do julgamento individual - criam
imediatamente a possibilidade de uma imensa variedade de
pontos de vista, inconcebíveis num sistema rigorosamente
dogmático. Na verdade , o anarquismo é a um só tempo
diversificado e inconstante e, à perspectiva histórica, apresenta a
aparência, não de um curso d’água cada vez mais forte, correndo
em direção ao mar do seu destino (uma imagem que bem
poderia ser aplicada ao marxismo), mas de um fio d’água
filtrando-se através do sol poroso – formando aqui uma corrente
subterrânea, ali um poço turbulento, escorrendo pelas fendas,
desaparecendo de vista para surgir onde as rachaduras da
estrutura social possam lhe oferecer uma oportunidade de fluir.
Como doutrina, muda constantemente, com movimento, cresce e
se desintegra, em permanente flutuação, mas jamais se acaba.
Existe na Europa desde 1840 ininterruptamente, e, por suas
próprias características multiformes, conseguiu sobreviver onde
muitos outros movimentos do século anterior, bem mais
poderosos, mas com menor capacidade de adaptação,
desaparecerem totalmente.
(WOODCOCK, George. História das ideias e movimentos anarquistas. Porto Alegre:
L&PM, 2002, p 17)
A partir da análise do texto, é correto inferir que
A partir da análise do texto, é correto inferir que
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Como outros reis do início da Idade Moderna, especialmente após
1648, Luís tentou se apresentar como igual ao imperador, e seu
reinado como um império. Assim, por exemplo, na descrição
oficial da entrada de 1660, a famosa frase da Eneida, de Virgilio,
“foi-me dado um império sem limite” [imperium sine fine dedi] foi
aplicada aos reis de França, que foram apresentados como
sucessores dos imperadores romanos. A reivindicação foi feita de
modo mais explícito e cabal em 1667, no panfleto escrito por
Aubéry sobre os direitos de Luís sobre o império.
Muitas referências aparentemente casuais reforçam essa
pretensão. Vernon, um dos historiógrafos reais, por exemplo
compôs uma inscrição que intitulava Luís de “o imperador dos
francos” [Imperator Francorium]. As frequentes referências a Luís
como “augusto” ou como o maior monarca do mundo deveriam
ser interpretadas tanto como apoio a pretensões políticas
particulares quanto como uma forma geral de glorificação.
O mesmo se aplica a seu uso do tradicional símbolo imperial, o
sol, com a implicação de que há um soberano supremo na terra
assim como há um sol no céu.
(BURKE, A fabricação do rei; a construção da imagem pública de Luís XIV. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p. 191-192)
Conforme o autor nos informa, a construção da imagem do monarca absolutista fundamentou-se em representações sobre o mundo antigo clássico. Podemos também acrescentar outros elementos de referência para compor a imagem de um monarca universal. Nesse sentido, para analisar a construção da imagem de Luís XIV, devemos considerar
Conforme o autor nos informa, a construção da imagem do monarca absolutista fundamentou-se em representações sobre o mundo antigo clássico. Podemos também acrescentar outros elementos de referência para compor a imagem de um monarca universal. Nesse sentido, para analisar a construção da imagem de Luís XIV, devemos considerar
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Enquanto o debate político esteve limitado aos notáveis, a
história referia-se elite culta e era ministrada apenas no ensino
médio. No entanto, com a democracia, a política tornou-se o
negócio de todos; neste caso, levantou-se a questão da história
no ensino fundamental.
Neste ponto, as datas são eloquentes: em 1867, quando o 2°
Império se liberalizava, a história tornou-se em princípio, matéria
obrigatória, no ensino fundamental. Entretanto, na prática, ela se
impôs nas classes somente após o triunfo dos republicanos; em
1880, fazia parte da prova oral para a obtenção do Certificado de
Estudos e foi necessário esperar o ano de 1882 para que viesse a
ocupar seu lugar definitivo nos horários – 2 horas por semana – e
programas da escola elementar. O ensino da história foi
implementado, com seu desenrolar regular e seus suportes
pedagógicos; por sua vez, o compêndio tornou-se obrigatório em
1890. A história na escola primária atingiu seu apogeu após a
Grande Guerra: por uma portaria de 1917, foi instituída uma
prova escrita de história ou de ciências (por sorteio) para a
obtenção do Certificado, já mencionado.
(PROST, Antoine. Doze lições sobre a História.
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 26-27)
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que
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A “memória” não pode ocupar o lugar que foi ou ainda é da
história. Ela deve ocupar um lugar com certeza, mas não o mesmo.
Todo um conjunto de operações passa a ser da sua competência ou
de seu magistério: as relações com o passado em geral e, mais
especificamente, o vasto domínio dos crimes perpetrados, recentes
ou menos recentes, o lugar concedido aos testemunhos, a escuta
das vítimas, as reparações, quando possível, as injustiças sofridas, a
votação das “leis memoriais”, a implementação de “políticas de
memória”" , a gestão do dever de memória, pedidos de
transformação ou mesmo de remoção de monumentos históricos.
Estátuas para as quais já não olhávamos de repente se tornam
visíveis novamente e, ao mesmo tempo, ofensivas, conflituosas.
Elas ferem a memória, pois impõem uma história no que nos
Estados Unidos, por exemplo, os afro-americanos nunca poderão
compartilhar. Elevado, portanto, é o papel da memória. Resta, no
entanto, uma diferença entre ela e a história; suas respectivas
relações com o futuro. A história, a do conceito moderno de
história, via o passado à luz do futuro. A memória vê o passado à
luz do presente. Eis aí uma grande diferença de ponto de vista, que
é melhor ser mensurada do que levada a julgamento. Ela é, de fato,
a marca de uma mudança de época.
(HARTOG, François. Os impasses do presentismo. In: In: IEGELSKI, Francine; MÜLLER,
Angélica (orgs). História do Tempo presente: mutações e reflexões. Rio de Janeiro:
FGV, 2022. p. 141)
A partir da análise desse trecho de um artigo do historiador, é correto inferir que o autor considera que
A partir da análise desse trecho de um artigo do historiador, é correto inferir que o autor considera que
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O Movimento Negro conquistou um lugar de existência afirmativa
no Brasil. Ao trazer o debate sobre o racismo para a cena pública
e indagar as políticas públicas e seu compromisso com a
superação das desigualdades raciais, esse movimento social
ressignifica e politiza a raça, dando-lhe um trato emancipatório e
não inferiorizante.
No caso do Brasil, o Movimento Negro ressignifica e politiza
afirmativamente a ideia de raça, entendendo-a como potência de
emancipação, e não como uma regulação conservadora; explicita
como ela opera na construção de identidades étnico-raciais.
(GOMES, Nilma Lino O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas
por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. p. 21)
Para analisar o impacto do movimento negro na sociedade brasileira desde os anos 1970, vale destacar que
Para analisar o impacto do movimento negro na sociedade brasileira desde os anos 1970, vale destacar que
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Avancemos um pouco mais no tempo e tomemos como objeto a
produção dos historiadores relativa ao que se convencionou
chamar de transição política rumo a um regime democrático no
país. Como é costume acontecer, há várias propostas que buscam
situar no tempo esse processo. Para alguns, a transição política
deu-se na passagem da ditadura militar para um regime civil, ou
seja, mais ou menos entre 1974 e 1985 – quando José Sarney
tomou posse. Para outros, estes mais preocupados com a
institucionalidade e a clássica questão da legitimidade, sugerem
que a transição se completa com a promulgação da constituição
de 1988 e a eleição pelo voto popular do Presidente da república,
no caso, Fernando Collor. Por fim, há os que colocam em xeque
tanto o modus operandi da transição, como o processo de
institucionalização democrática, considerando o regime civil, daí
resultando em uma experiência política marcadamente
conservadora e limitada, e, portanto, distante do que se poderia
chamar de democracia.
(FREIRE, Américo. Democracia brasileira em foco: historiografia, atores e
proposições. Salvador: Saga, 2019. p. 14).
Apesar de existir diferenças na produção historiográfica sobre o período pós-ditadura, é possível identificar algumas proximidades entre elas. Para analisar o elemento comum dessa produção devemos considerar
Apesar de existir diferenças na produção historiográfica sobre o período pós-ditadura, é possível identificar algumas proximidades entre elas. Para analisar o elemento comum dessa produção devemos considerar
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- História GeralDemandas políticas e sociais no mundo atual
- História GeralQuestões Internacionais: história do tempo presente
A ideia-força do desenvolvimento nacional aliada à política
populista incitava à mobilização das massas, de cujo apoio os
dirigentes políticos dependiam para obter êxito no processo
eleitoral. O direito de voto, contudo, estava condicionado à
alfabetização, o que levou os governantes a organizar programas,
campanhas e movimentos de alfabetização de jovens e adultos
dirigidos não apenas aos crescentes contingentes urbanos, mas
também à população rural. Daí o surgimento de campanhas
ministeriais que se estenderam do final da década de 1940 até
1963: Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA)
(1947-1963); Campanha Nacional de Educação Rural (CNER)
(1952-1963); Campanha Nacional de Erradicação do
Analfabetismo (1958-1963); Mobilização Nacional contra o
Analfabetismo (MNCA) (1962-1963).
(SAVIANI, Dermeval. História da Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores
Associados, 2008. p. 316)
No contexto político e social da primeira metade dos anos 1960, a mobilização em torno do combate ao analfabetismo ganha um novo sentido com a expressão educação popular. Para analisar o novo significado de educação popular, entendido como educação destinada à conscientização do povo, devemos considerar
No contexto político e social da primeira metade dos anos 1960, a mobilização em torno do combate ao analfabetismo ganha um novo sentido com a expressão educação popular. Para analisar o novo significado de educação popular, entendido como educação destinada à conscientização do povo, devemos considerar
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- História GeralDemandas políticas e sociais no mundo atual
- História GeralQuestões Internacionais: história do tempo presente
Os novos movimentos sociais – de mulheres, ecológicos, de
negros etc. ocorreram em toda a América Latina, mas com
grandes diferenças em relação aos europeus e norte-americanos.
Embora algumas bandeiras tenham sido ‘importadas’, como a dos
ecologistas, os movimentos latino-americanos ocorreram em
sociedades civis marcadas por tradições de relações clientelistas
e autoritárias, por Estados cartoriais e com sistemas jurídicos
inoperantes.
(GOHN, Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos.
São Paulo: Loyola. 2010. p. 229)
Para que possamos analisar os movimentos sociais brasileiros em sua especificidade em relação aos movimentos sociais europeus e norte-americanos vigentes nos anos 1970, devemos considerar que
Para que possamos analisar os movimentos sociais brasileiros em sua especificidade em relação aos movimentos sociais europeus e norte-americanos vigentes nos anos 1970, devemos considerar que
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Além de alterar o âmbito do trabalho, a dinâmica da
industrialização afetou outras dimensões da sociedade ocidental.
Dentre esses aspectos merece destaque o da qualidade de vida
nas grandes cidades, que se deteriorou por não ser capaz de
absorver o crescente fluxo de pessoas em busca de trabalho.
As ruas de Londres, Paris, Berlim e outros centros urbanos foram
tomadas pelo movimento intenso de carruagens e de pedestres
apressados, num ir e vir ininterrupto que aumentava a cada dia –
assim como se ampliavam desigualdades sociais, pobreza,
desemprego e criminalidade. Retrato disso eram os bairros
miseráveis, com suas ruas estreitas, sinuosas e sujas, que
surgiram ao lado dos bairros das elites.
(VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007. p. 206-207)
Uma instituição que sofreu o impacto da industrialização foi a escola, símbolo da modernidade europeia. Nesse contexto histórico, a escola era um equipamento urbano que cumpria uma função social, uma vez que
Uma instituição que sofreu o impacto da industrialização foi a escola, símbolo da modernidade europeia. Nesse contexto histórico, a escola era um equipamento urbano que cumpria uma função social, uma vez que
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Há cerca de dois mil anos, indígenas viviam em cidades com
estruturas complexas na região da bacia do Rio Upano, na
Amazônia equatoriana. É o que mostra uma nova pesquisa que
identificou construções soterradas na região.
As estruturas foram capturadas em imagens 3D, por meio de um
mapeamento que utilizou a tecnologia Lidar. Ela consiste em
liberar pulsos de laser de um drone ou avião, capturando até
mesmo construções no solo que estão cobertas por vegetação.
Stéphen Rostain, autor do estudo, já havia identificado estruturas na região há mais de duas décadas. “Eu não tinha certeza de como tudo se encaixava”, disse Rostain. Agora, no artigo publicado na revista Science, ele descreve o que parece ser a civilização amazônica complexa mais antiga.
Os assentamentos eram ocupados pelo povo Upano, entre 500 a.C. a 600 d.C. Dessa forma, essa civilização indígena existia no mesmo período que o Império Romano, na Europa.
Em geral, os pesquisadores encontraram estruturas cerimoniais, residências, estradas e também campos agrícolas com canais de drenagem. Mas elas não eram feitas de pedras, como aquelas de outras civilizações complexas – maias e astecas, por exemplo.
De acordo com especialistas, essa sociedade indígena construía com barro. Então, para erguer construções tão complexas, foi necessário um sistema de trabalho organizado. “Era um vale perdido de cidades. É incrível.”, disse Rostain.
Isso indica que na região havia uma ocupação muito densa e uma sociedade extremamente complexa. Embora seja difícil estimar a população, os cientistas acreditam que o local abrigava algo entre 10 mil e 30 mil pessoas – um número semelhante à quantidade de habitantes da cidade de Londres durante a era romana. Enquanto muitas pessoas pensam que a Amazônia abriga apenas grupos pequenos e isolados de pessoas, os resultados da nova pesquisa demonstram que a região também abrigava sociedades elaboradas.
“Sempre houve uma incrível diversidade de pessoas e assentamentos na Amazônia, não apenas uma maneira de viver. Estamos apenas aprendendo mais sobre eles”, disse Rostain.”
![Enunciado 3527353-1](/images/concursos/c/b/2/cb29808f-868f-2bc9-0516-09367863da57.png)
Ao propor usar a reportagem em uma turma de ensino fundamental II, o professor de história tem como objetivo
Stéphen Rostain, autor do estudo, já havia identificado estruturas na região há mais de duas décadas. “Eu não tinha certeza de como tudo se encaixava”, disse Rostain. Agora, no artigo publicado na revista Science, ele descreve o que parece ser a civilização amazônica complexa mais antiga.
Os assentamentos eram ocupados pelo povo Upano, entre 500 a.C. a 600 d.C. Dessa forma, essa civilização indígena existia no mesmo período que o Império Romano, na Europa.
Em geral, os pesquisadores encontraram estruturas cerimoniais, residências, estradas e também campos agrícolas com canais de drenagem. Mas elas não eram feitas de pedras, como aquelas de outras civilizações complexas – maias e astecas, por exemplo.
De acordo com especialistas, essa sociedade indígena construía com barro. Então, para erguer construções tão complexas, foi necessário um sistema de trabalho organizado. “Era um vale perdido de cidades. É incrível.”, disse Rostain.
Isso indica que na região havia uma ocupação muito densa e uma sociedade extremamente complexa. Embora seja difícil estimar a população, os cientistas acreditam que o local abrigava algo entre 10 mil e 30 mil pessoas – um número semelhante à quantidade de habitantes da cidade de Londres durante a era romana. Enquanto muitas pessoas pensam que a Amazônia abriga apenas grupos pequenos e isolados de pessoas, os resultados da nova pesquisa demonstram que a região também abrigava sociedades elaboradas.
“Sempre houve uma incrível diversidade de pessoas e assentamentos na Amazônia, não apenas uma maneira de viver. Estamos apenas aprendendo mais sobre eles”, disse Rostain.”
![Enunciado 3527353-1](/images/concursos/c/b/2/cb29808f-868f-2bc9-0516-09367863da57.png)
Ao propor usar a reportagem em uma turma de ensino fundamental II, o professor de história tem como objetivo
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