Enquanto o debate político esteve limitado aos notáveis, a
história referia-se elite culta e era ministrada apenas no ensino
médio. No entanto, com a democracia, a política tornou-se o
negócio de todos; neste caso, levantou-se a questão da história
no ensino fundamental.
Neste ponto, as datas são eloquentes: em 1867, quando o 2°
Império se liberalizava, a história tornou-se em princípio, matéria
obrigatória, no ensino fundamental. Entretanto, na prática, ela se
impôs nas classes somente após o triunfo dos republicanos; em
1880, fazia parte da prova oral para a obtenção do Certificado de
Estudos e foi necessário esperar o ano de 1882 para que viesse a
ocupar seu lugar definitivo nos horários – 2 horas por semana – e
programas da escola elementar. O ensino da história foi
implementado, com seu desenrolar regular e seus suportes
pedagógicos; por sua vez, o compêndio tornou-se obrigatório em
1890. A história na escola primária atingiu seu apogeu após a
Grande Guerra: por uma portaria de 1917, foi instituída uma
prova escrita de história ou de ciências (por sorteio) para a
obtenção do Certificado, já mencionado.
(PROST, Antoine. Doze lições sobre a História.
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 26-27)
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que
As pesquisas sobre a constituição do campo da História na condição de disciplina acadêmica e escolar têm tido como referência os estudos franceses. Assim sendo, a partir da leitura do texto podemos inferir que