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Foram encontradas 50 questões.

2469193 Ano: 2013
Disciplina: Direito Constitucional
Banca: FUMARC
Orgão: Pref. Sete Lagoas-MG
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Na Constituição Federal de 1988, a educação é um direito social fundante da cidadania e a educação no ensino fundamental, gratuito e obrigatório, tornou-se direito público subjetivo. Direito público subjetivo é aquele pelo qual

 

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2468700 Ano: 2013
Disciplina: Direito Educacional e Tecnológico
Banca: FUMARC
Orgão: Pref. Sete Lagoas-MG
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Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foram incorporados os Temas Transversais no cotidiano pedagógico da escola, visando dar mais sentido aos saberes específicos das disciplinas e estabelecer relações entre eles. Considerando as diretrizes sobre os Temas Transversais, é CORRETO afirmar
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere -se ao texto 1 a seguir.
Texto 1
A linguagem dos protestos
Com estratégias de contracomunicação e muita criatividade, as manifestações ocuparam o país com palavras e ideias
Por Edgard Murano
A audiência do SPTV 2ª edição, jornalístico da Rede Globo em São Paulo, deve ter estranhado quando luzes verdes refletiram na cabeça do âncora Carlos Tramontina, destoando da iluminação anódina do estúdio. Ao fundo do telejornal, a visão da ponte Octavio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, na zona sul da cidade, não incluía os cerca de 400 manifestantes que, naquela noite de 11 de julho, protestavam em frente à emissora contra o "monopólio da mídia".
Os feixes de luz que coloriram Tramontina eram canetas-laser apontadas por manifestantes coordenados pelo performer Paulinho Fluxus, que ajudou a preparar a ação com dias de antecedência.
A marcha, uma entre centenas nos últimos dois meses, é um exemplo da sofisticação alcançada pela linguagem de protesto no Brasil. Cada vez mais criativas, provocantes e eficazes na divulgação de suas reivindicações, essas manifestações gravaram seu nome na história da contracomunicação brasileira e desafiaram a mídia tradicional por meio de mensagens que contrariam o establishment. Naquela mesma noite, com um computador e um projetor, o atrevimento dos manifestantes chegou a ponto de estampar na parede do prédio da emissora a frase "Globo sonega", uma alusão às recentes acusações de sonegação fiscal contra a gigante das telecomunicações. E a placa com o nome da ponte que cruza o rio Pinheiros, homenagem ao empresário Octavio Frias (um dos fundadores do jornal Folha de S.Paulo), foi simbolicamente rebatizada como "ponte Jornalista Vladimir Herzog" (morto e torturado pela ditadura em 1975), recebendo um imenso adesivo colado sobre o nome original. A técnica, conhecida como sticker, pertence à chamada street art (com seus grafites, colagens, estênceis etc.), sendo aplicada em sinalizações de trânsito como protesto ou pelo simples prazer de subverter os códigos.
Aparato retórico
Com o atual ímpeto brasileiro de sair às ruas para pedir mudanças e criticar os governantes, atiçado pelo Movimento Passe Livre em São Paulo, um aparato retórico foi mobilizado nas ruas. Cartazes, faixas, slogans, gritos de guerra, pichações, entre outros recursos de contracomunicação, buscaram desestabilizar o discurso institucional e as respostas pré-fabricadas por assessores políticos. Sobretudo, buscaram ressignificar a realidade. Cada palavra dos manifestantes só tinha razão de ser como réplica a um contexto definido de antemão. Para tanto, não raro se valeram da sátira e da paródia para referenciar aquilo a que respondiam.
"A eficácia do discurso do cartaz reside precisamente nesse poder de evocação de discursos anteriormente enunciados e não na relação entre tamanho e quantidade de informação", afirma Eduardo J. M. Camilo no artigo "Minoria tenebrosa, '''Maioria silenciosa'''' – a sátira e a invectiva no cartaz político", no livro Comunicação e Poder [http://bit.ly/14X9xKk].
Entre os cartazes mais fortes fotografados nas ruas desde que os protestos começaram, já virou clássico o que diz "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país". A paródia, uma brincadeira com as placas que anunciam obras, rodou o Brasil e foi replicada em diversas manifestações. "Saímos do Facebook", crítica bem-humorada aos chamados "ativistas de sofá", também virou hit. Os altos gastos do governo com a Copa de 2014 também deram a tônica de muitos protestos, e as exigências da Fifa aos brasileiros viraram mote de sátiras virulentas, na linha de "Queremos hospitais padrão Fifa".
"Uma das características do cartaz satírico, numa perspectiva restrita, e da sátira, em geral, é a da reprodução, a da imitação, mas concretizada pelo fenômeno da inversão", explica Eduardo J. M. Camilo.
Bom exemplo do que ele diz é o cartaz "Visite estádio decorado", cujos dizeres foram grafados numa placa em forma de seta que imita anúncios imobiliários, como os pendurados no pescoço de "homens- placas", comuns nas esquinas das grandes cidades.
Reside nessa inversão o principal artifício retórico dos protestos. O próprio ativista, com suas roupas, palavras de ordem e gestual típico de manifestações, é uma tela onde projeta sua mensagem. A pesquisadora Barbara Peccei Szaniecki, em Cartazes Políticos da Contemporaneidade [Redes.com n. 5, em http://bit.ly/14aUIWw], chega a usar o termo "Carnaval" para referir-se às manifestações. "As manifestações carnais são uma recusa de representação transcendente e demanda de cooperação imanente; são o Carnaval de nossos tempos", afirma.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/94/a-linguagem-dos-protestos-293651-1.asp [adaptado]
A frase “Reside nessa inversão o principal artifício retórico dos protestos” é constituída de segmentos cuja função sintática é a mesma da opção:
 

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2468179 Ano: 2013
Disciplina: Pedagogia
Banca: FUMARC
Orgão: Pref. Sete Lagoas-MG
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Analise as afirmativas abaixo:
I. O interacionismo toma a educação como organização de situações estimuladoras pelas quais se pode controlar o comportamento humano, sem que formas de raciocínio, fantasias e desejos precisem ser considerados.
II. O inatismo considera que a educação deve adaptar-se à natureza biológica e psicológica da criança, que já tem prontas, independentemente da experiência, as tendências relativas a seu desenvolvimento, que só precisam ser trazidas à tona.
III. O culturalismo vê a educação como um processo imanente do desenvolvimento humano cujo resultado é a adaptação do indivíduo ao meio social, buscando desenvolvimento provocado por interesses do organismo.
IV. O pragmatismo compreende que a finalidade da educação é buscar o fim último da vida, que é regenerar o ser humano de suas tendências destrutivas, preparando-o para a formação de um caráter incorruptível.
Está CORRETA apenas a afirmativa
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere -se ao texto 1 a seguir.
Texto 1
A linguagem dos protestos
Com estratégias de contracomunicação e muita criatividade, as manifestações ocuparam o país com palavras e ideias
Por Edgard Murano
A audiência do SPTV 2ª edição, jornalístico da Rede Globo em São Paulo, deve ter estranhado quando luzes verdes refletiram na cabeça do âncora Carlos Tramontina, destoando da iluminação anódina do estúdio. Ao fundo do telejornal, a visão da ponte Octavio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, na zona sul da cidade, não incluía os cerca de 400 manifestantes que, naquela noite de 11 de julho, protestavam em frente à emissora contra o "monopólio da mídia".
Os feixes de luz que coloriram Tramontina eram canetas-laser apontadas por manifestantes coordenados pelo performer Paulinho Fluxus, que ajudou a preparar a ação com dias de antecedência.
A marcha, uma entre centenas nos últimos dois meses, é um exemplo da sofisticação alcançada pela linguagem de protesto no Brasil. Cada vez mais criativas, provocantes e eficazes na divulgação de suas reivindicações, essas manifestações gravaram seu nome na história da contracomunicação brasileira e desafiaram a mídia tradicional por meio de mensagens que contrariam o establishment. Naquela mesma noite, com um computador e um projetor, o atrevimento dos manifestantes chegou a ponto de estampar na parede do prédio da emissora a frase "Globo sonega", uma alusão às recentes acusações de sonegação fiscal contra a gigante das telecomunicações. E a placa com o nome da ponte que cruza o rio Pinheiros, homenagem ao empresário Octavio Frias (um dos fundadores do jornal Folha de S.Paulo), foi simbolicamente rebatizada como "ponte Jornalista Vladimir Herzog" (morto e torturado pela ditadura em 1975), recebendo um imenso adesivo colado sobre o nome original. A técnica, conhecida como sticker, pertence à chamada street art (com seus grafites, colagens, estênceis etc.), sendo aplicada em sinalizações de trânsito como protesto ou pelo simples prazer de subverter os códigos.
Aparato retórico
Com o atual ímpeto brasileiro de sair às ruas para pedir mudanças e criticar os governantes, atiçado pelo Movimento Passe Livre em São Paulo, um aparato retórico foi mobilizado nas ruas. Cartazes, faixas, slogans, gritos de guerra, pichações, entre outros recursos de contracomunicação, buscaram desestabilizar o discurso institucional e as respostas pré-fabricadas por assessores políticos. Sobretudo, buscaram ressignificar a realidade. Cada palavra dos manifestantes só tinha razão de ser como réplica a um contexto definido de antemão. Para tanto, não raro se valeram da sátira e da paródia para referenciar aquilo a que respondiam.
"A eficácia do discurso do cartaz reside precisamente nesse poder de evocação de discursos anteriormente enunciados e não na relação entre tamanho e quantidade de informação", afirma Eduardo J. M. Camilo no artigo "Minoria tenebrosa, '''Maioria silenciosa'''' – a sátira e a invectiva no cartaz político", no livro Comunicação e Poder [http://bit.ly/14X9xKk].
Entre os cartazes mais fortes fotografados nas ruas desde que os protestos começaram, já virou clássico o que diz "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país". A paródia, uma brincadeira com as placas que anunciam obras, rodou o Brasil e foi replicada em diversas manifestações. "Saímos do Facebook", crítica bem-humorada aos chamados "ativistas de sofá", também virou hit. Os altos gastos do governo com a Copa de 2014 também deram a tônica de muitos protestos, e as exigências da Fifa aos brasileiros viraram mote de sátiras virulentas, na linha de "Queremos hospitais padrão Fifa".
"Uma das características do cartaz satírico, numa perspectiva restrita, e da sátira, em geral, é a da reprodução, a da imitação, mas concretizada pelo fenômeno da inversão", explica Eduardo J. M. Camilo.
Bom exemplo do que ele diz é o cartaz "Visite estádio decorado", cujos dizeres foram grafados numa placa em forma de seta que imita anúncios imobiliários, como os pendurados no pescoço de "homens- placas", comuns nas esquinas das grandes cidades.
Reside nessa inversão o principal artifício retórico dos protestos. O próprio ativista, com suas roupas, palavras de ordem e gestual típico de manifestações, é uma tela onde projeta sua mensagem. A pesquisadora Barbara Peccei Szaniecki, em Cartazes Políticos da Contemporaneidade [Redes.com n. 5, em http://bit.ly/14aUIWw], chega a usar o termo "Carnaval" para referir-se às manifestações. "As manifestações carnais são uma recusa de representação transcendente e demanda de cooperação imanente; são o Carnaval de nossos tempos", afirma.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/94/a-linguagem-dos-protestos-293651-1.asp [adaptado]
Em relação aos indícios de autoria no texto, pode-se dizer que o autor:
I. Utiliza a forma impessoal como forma de objetividade.
II. Desliza para a pessoalidade quando utiliza itens linguísticos como “bom”, “criativas” e “fortes”.
III. Adere à fala dos discursos citados.
São corretas as proposições:
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere -se ao texto 1 a seguir.
Texto 1
A linguagem dos protestos
Com estratégias de contracomunicação e muita criatividade, as manifestações ocuparam o país com palavras e ideias
Por Edgard Murano
A audiência do SPTV 2ª edição, jornalístico da Rede Globo em São Paulo, deve ter estranhado quando luzes verdes refletiram na cabeça do âncora Carlos Tramontina, destoando da iluminação anódina do estúdio. Ao fundo do telejornal, a visão da ponte Octavio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, na zona sul da cidade, não incluía os cerca de 400 manifestantes que, naquela noite de 11 de julho, protestavam em frente à emissora contra o "monopólio da mídia".
Os feixes de luz que coloriram Tramontina eram canetas-laser apontadas por manifestantes coordenados pelo performer Paulinho Fluxus, que ajudou a preparar a ação com dias de antecedência.
A marcha, uma entre centenas nos últimos dois meses, é um exemplo da sofisticação alcançada pela linguagem de protesto no Brasil. Cada vez mais criativas, provocantes e eficazes na divulgação de suas reivindicações, essas manifestações gravaram seu nome na história da contracomunicação brasileira e desafiaram a mídia tradicional por meio de mensagens que contrariam o establishment. Naquela mesma noite, com um computador e um projetor, o atrevimento dos manifestantes chegou a ponto de estampar na parede do prédio da emissora a frase "Globo sonega", uma alusão às recentes acusações de sonegação fiscal contra a gigante das telecomunicações. E a placa com o nome da ponte que cruza o rio Pinheiros, homenagem ao empresário Octavio Frias (um dos fundadores do jornal Folha de S.Paulo), foi simbolicamente rebatizada como "ponte Jornalista Vladimir Herzog" (morto e torturado pela ditadura em 1975), recebendo um imenso adesivo colado sobre o nome original. A técnica, conhecida como sticker, pertence à chamada street art (com seus grafites, colagens, estênceis etc.), sendo aplicada em sinalizações de trânsito como protesto ou pelo simples prazer de subverter os códigos.
Aparato retórico
Com o atual ímpeto brasileiro de sair às ruas para pedir mudanças e criticar os governantes, atiçado pelo Movimento Passe Livre em São Paulo, um aparato retórico foi mobilizado nas ruas. Cartazes, faixas, slogans, gritos de guerra, pichações, entre outros recursos de contracomunicação, buscaram desestabilizar o discurso institucional e as respostas pré-fabricadas por assessores políticos. Sobretudo, buscaram ressignificar a realidade. Cada palavra dos manifestantes só tinha razão de ser como réplica a um contexto definido de antemão. Para tanto, não raro se valeram da sátira e da paródia para referenciar aquilo a que respondiam.
"A eficácia do discurso do cartaz reside precisamente nesse poder de evocação de discursos anteriormente enunciados e não na relação entre tamanho e quantidade de informação", afirma Eduardo J. M. Camilo no artigo "Minoria tenebrosa, '''Maioria silenciosa'''' – a sátira e a invectiva no cartaz político", no livro Comunicação e Poder [http://bit.ly/14X9xKk].
Entre os cartazes mais fortes fotografados nas ruas desde que os protestos começaram, já virou clássico o que diz "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país". A paródia, uma brincadeira com as placas que anunciam obras, rodou o Brasil e foi replicada em diversas manifestações. "Saímos do Facebook", crítica bem-humorada aos chamados "ativistas de sofá", também virou hit. Os altos gastos do governo com a Copa de 2014 também deram a tônica de muitos protestos, e as exigências da Fifa aos brasileiros viraram mote de sátiras virulentas, na linha de "Queremos hospitais padrão Fifa".
"Uma das características do cartaz satírico, numa perspectiva restrita, e da sátira, em geral, é a da reprodução, a da imitação, mas concretizada pelo fenômeno da inversão", explica Eduardo J. M. Camilo.
Bom exemplo do que ele diz é o cartaz "Visite estádio decorado", cujos dizeres foram grafados numa placa em forma de seta que imita anúncios imobiliários, como os pendurados no pescoço de "homens- placas", comuns nas esquinas das grandes cidades.
Reside nessa inversão o principal artifício retórico dos protestos. O próprio ativista, com suas roupas, palavras de ordem e gestual típico de manifestações, é uma tela onde projeta sua mensagem. A pesquisadora Barbara Peccei Szaniecki, em Cartazes Políticos da Contemporaneidade [Redes.com n. 5, em http://bit.ly/14aUIWw], chega a usar o termo "Carnaval" para referir-se às manifestações. "As manifestações carnais são uma recusa de representação transcendente e demanda de cooperação imanente; são o Carnaval de nossos tempos", afirma.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/94/a-linguagem-dos-protestos-293651-1.asp [adaptado]
A linguagem utilizada nos protestos realizados no Brasil é considerada pelo autor do texto como uma
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere-se ao texto 3 a seguir.
Texto 3
Enunciado 3153762-1
Disponível em: http://www.chargeonline.com.br/doano.htm
No segundo quadrinho, o nome Dilma é classificado sintaticamente como
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere-se ao texto 3 a seguir.
Texto 3
Enunciado 3146819-1
Disponível em: http://www.chargeonline.com.br/doano.htm
Dos recursos linguísticos presentes nos quadrinhos, o que contribui de modo DECISIVO para o efeito de humor é
 

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INSTRUÇÃO: Considere a lista de ditados populares a seguir para responder à questão.
DITADOS POPULARES
1. Cada cabeça, uma sentença.
2. Barata sabida não atravessa galinheiro.
3. Angu de um dia não engorda porco.
4. Não ria do mal do vizinho, que o seu está a caminho.
5. Dizei-me com quem andas, que eu te direis quem és.
6. Uns gostam dos olhos, outros, da remela.
7. Antes causar inveja que dó.
8. Se o mundo fosse bom, o dono moraria nele.
9. Não há regra sem exceção, nem mulher sem senão.
10. O sol nasce para todos, a lua para quem merece.
Há ocorrência de elipse de verbo nos ditados:
 

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INSTRUÇÃO: A questão refere -se ao texto 1 a seguir.
Texto 1
A linguagem dos protestos
Com estratégias de contracomunicação e muita criatividade, as manifestações ocuparam o país com palavras e ideias
Por Edgard Murano
A audiência do SPTV 2ª edição, jornalístico da Rede Globo em São Paulo, deve ter estranhado quando luzes verdes refletiram na cabeça do âncora Carlos Tramontina, destoando da iluminação anódina do estúdio. Ao fundo do telejornal, a visão da ponte Octavio Frias de Oliveira, que cruza o rio Pinheiros, na zona sul da cidade, não incluía os cerca de 400 manifestantes que, naquela noite de 11 de julho, protestavam em frente à emissora contra o "monopólio da mídia".
Os feixes de luz que coloriram Tramontina eram canetas-laser apontadas por manifestantes coordenados pelo performer Paulinho Fluxus, que ajudou a preparar a ação com dias de antecedência.
A marcha, uma entre centenas nos últimos dois meses, é um exemplo da sofisticação alcançada pela linguagem de protesto no Brasil. Cada vez mais criativas, provocantes e eficazes na divulgação de suas reivindicações, essas manifestações gravaram seu nome na história da contracomunicação brasileira e desafiaram a mídia tradicional por meio de mensagens que contrariam o establishment. Naquela mesma noite, com um computador e um projetor, o atrevimento dos manifestantes chegou a ponto de estampar na parede do prédio da emissora a frase "Globo sonega", uma alusão às recentes acusações de sonegação fiscal contra a gigante das telecomunicações. E a placa com o nome da ponte que cruza o rio Pinheiros, homenagem ao empresário Octavio Frias (um dos fundadores do jornal Folha de S.Paulo), foi simbolicamente rebatizada como "ponte Jornalista Vladimir Herzog" (morto e torturado pela ditadura em 1975), recebendo um imenso adesivo colado sobre o nome original. A técnica, conhecida como sticker, pertence à chamada street art (com seus grafites, colagens, estênceis etc.), sendo aplicada em sinalizações de trânsito como protesto ou pelo simples prazer de subverter os códigos.
Aparato retórico
Com o atual ímpeto brasileiro de sair às ruas para pedir mudanças e criticar os governantes, atiçado pelo Movimento Passe Livre em São Paulo, um aparato retórico foi mobilizado nas ruas. Cartazes, faixas, slogans, gritos de guerra, pichações, entre outros recursos de contracomunicação, buscaram desestabilizar o discurso institucional e as respostas pré-fabricadas por assessores políticos. Sobretudo, buscaram ressignificar a realidade. Cada palavra dos manifestantes só tinha razão de ser como réplica a um contexto definido de antemão. Para tanto, não raro se valeram da sátira e da paródia para referenciar aquilo a que respondiam.
"A eficácia do discurso do cartaz reside precisamente nesse poder de evocação de discursos anteriormente enunciados e não na relação entre tamanho e quantidade de informação", afirma Eduardo J. M. Camilo no artigo "Minoria tenebrosa, '''Maioria silenciosa'''' – a sátira e a invectiva no cartaz político", no livro Comunicação e Poder [http://bit.ly/14X9xKk].
Entre os cartazes mais fortes fotografados nas ruas desde que os protestos começaram, já virou clássico o que diz "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país". A paródia, uma brincadeira com as placas que anunciam obras, rodou o Brasil e foi replicada em diversas manifestações. "Saímos do Facebook", crítica bem-humorada aos chamados "ativistas de sofá", também virou hit. Os altos gastos do governo com a Copa de 2014 também deram a tônica de muitos protestos, e as exigências da Fifa aos brasileiros viraram mote de sátiras virulentas, na linha de "Queremos hospitais padrão Fifa".
"Uma das características do cartaz satírico, numa perspectiva restrita, e da sátira, em geral, é a da reprodução, a da imitação, mas concretizada pelo fenômeno da inversão", explica Eduardo J. M. Camilo.
Bom exemplo do que ele diz é o cartaz "Visite estádio decorado", cujos dizeres foram grafados numa placa em forma de seta que imita anúncios imobiliários, como os pendurados no pescoço de "homens- placas", comuns nas esquinas das grandes cidades.
Reside nessa inversão o principal artifício retórico dos protestos. O próprio ativista, com suas roupas, palavras de ordem e gestual típico de manifestações, é uma tela onde projeta sua mensagem. A pesquisadora Barbara Peccei Szaniecki, em Cartazes Políticos da Contemporaneidade [Redes.com n. 5, em http://bit.ly/14aUIWw], chega a usar o termo "Carnaval" para referir-se às manifestações. "As manifestações carnais são uma recusa de representação transcendente e demanda de cooperação imanente; são o Carnaval de nossos tempos", afirma.
Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/94/a-linguagem-dos-protestos-293651-1.asp [adaptado]
Considerando a configuração e o funcionamento dos textos, pode-se dizer sobre o texto 1:
 

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