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Foram encontradas 30 questões.

2509964 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ao ser aprovado no concurso público da Prefeitura de Maringá, um assistente recebe a tarefa de calcular a área da sala onde irá atuar profissionalmente. A sala tem as dimensões (em metros) mostradas na figura abaixo. Qual a área da sala em metros quadrados (m2)?

Enunciado 3507129-1

 

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2509963 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Sendo a equação x2 – 14x + 48 = 0 a solução de determinado problema, quais são suas raízes?

 

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2509962 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Um comerciante de tecidos utiliza para suas medidas de comprimento uma régua graduada em decímetros. Certa vez, uma cliente comprou 10,89 dm de tecido para suas confecções de roupas. Utilizando-se das informações que 1 metro = 10 dm = 100 cm, transforme a medida para centímetro (cm) e metro (m):

 

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2509961 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Resolva a equação X + Y, onde: X = 20 + 15 – 7 + 6 e Y = ( 30 x 4 ) / ( 15 x 4 )

 

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2509960 Ano: 2015
Disciplina: Matemática
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Um posto de combustíveis vendia o litro do etanol por R$ 2,00 e no último mês, reajustou o valor, em 5%, duas vezes sucessivamente. Qual o valor final do combustível?

 

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2509959 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ensino de robótica não é só coisa da cidade

No Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro ensina programação e robótica a seus alunos do ensino fundamental

Ingrid Matuoka

Jornalista da Revista Carta Capital

No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets, computadores e ensino de programação à grade curricular de seus alunos do 1.º ao 9.º ano.

A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que eles não queriam uma mera substituição do caderno por um computador, mas algo mais motivador. Para isso, criaram uma feira de ciências em que os alunos apresentam trabalhos de tecnologia e robótica desenvolvidos ao longo do ano em quatro horas semanais que se somam ao período de ensino curricular.

A iniciativa oferece aos 135 alunos da Zeferino mais uma ferramenta que pode ser utilizada nos âmbitos profissionais e acadêmicos. Além disso, foi instituído que nos projetos os alunos poderiam estudar o que tivessem curiosidade, integrando disciplinas diversas e trabalhando com alunos de outros anos.

Sua mãe, Iana Viana, 28, relata que na outra escola ele estava se sentindo oprimido, mas na de Viamão foi bem recebido: “Além de usar cadeira de rodas, ele era o único que não conseguia escrever à mão. Agora, aqui, vejo uma evolução enorme na sua capacidade de aprendizado e no envolvimento com os colegas”.

A edição deste ano da feira de ciências, que aconteceu em 21 de novembro, trouxe 23 trabalhos, quase todos relacionados às questões do campo, respondendo a curiosidades dos alunos: Como funciona o universo? Por que as lontras nadam dando rodopios? Como seria uma casa sustentável? Como se comportam as águias? Acompanhando os projetos, os alunos também desenvolveram uma página na internet acessível por um QR Code que explica mais sobre os trabalhos.

A inserção da tecnologia na Zeferino teve início em agosto de 2013 como parte do Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo, que oferece gratuitamente tablets, netbooks e kits de robótica à escolas públicas do Brasil.

A Fundação, em parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação, instalou conexões de fibra ótica de alta velocidade no local e contratou a Hard Fun para auxiliar os professores com o processo de mudança curricular.

Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que procura ajudar os docentes a entender como fazer a mediação dos estudantes com a tecnologia, ao invés de só explicar o funcionamento dos aparatos digitais.

A partir desse contato com a sala de aula, Bittencourt percebeu que se instalou um processo na escola: “Eles estão deixando de ser as pessoas que procuram informações prontas para serem as pessoas que se deslumbram com o mundo e sabem fazer perguntas, e esse é o grande desafio da ciência e do ensino científico”.

Leonardo Silveira, 14, do grupo que estudou maneiras de aprimorar a triagem do gado por meio do uso de chips na orelha dos animais, explica que o modelo desenvolvido por eles poderia ser aplicado no campo com poucas mudanças, e que o processo não foi fácil, mas gratificante.

“A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

No último ano do ensino fundamental, Letícia Silva, 15, comenta que desenvolver o projeto, em que estudou gado e ovelhas, a ajudou a alimentar a vontade de ser veterinária. “Depois que começou o projeto, comecei a ficar mais por dentro da tecnologia, tanto é que essa semana meu computador parou de funcionar e eu consegui formatá-lo sozinha”.

Já Gabriela Silva, 7, está no primeiro ano e queria entender como o leite se forma dentro do corpo da vaca. A dúvida surgiu após uma visita dos “curiós” a uma fazenda, onde ordenharam o animal. De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo e procuraram imagens para reproduzir, em escala, o trajeto do alimento pelo corpo da vaca e sua transformação em leite.

Para Jamile, essa é uma oportunidade para as crianças aprenderem conteúdos fora de suas faixas etárias, como conceitos mais avançados de matemática e biologia. “Eles se interessam porque estudam uma curiosidade deles. E eu me sinto mais motivada, isso tem trazido mudanças para nossa prática”.

Rosa Maria conta que houve uma resistência por parte dos alunos e da comunidade em aceitar a transição, porque estavam acostumados ao modelo tradicional de ensino, mas a mostra de projetos divertiu os jovens e mostrou resultado para os pais. Maria Inês da Costa, cujos três filhos apresentaram trabalhos na feira, diz que agora percebe que a mudança foi positiva, e complementa: “Eu não aprendi nada disso, mas eles, além de aprender, ensinam para nós, em casa”.

(Carta Capital, 15.12.2015)

(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/ educacao/ensino-de-robotica-nao-e-so-coisa-dacidade>. Acesso em 15.dez.2015.)

É correto afirmar que o emprego do aposto aparece na (s) seguinte (s) afirmativa(s):

I) De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo (...)

II) No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets (...)

III) Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que (...)

IV) A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que (...)

 

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2509958 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ensino de robótica não é só coisa da cidade

No Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro ensina programação e robótica a seus alunos do ensino fundamental

Ingrid Matuoka

Jornalista da Revista Carta Capital

No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets, computadores e ensino de programação à grade curricular de seus alunos do 1.º ao 9.º ano.

A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que eles não queriam uma mera substituição do caderno por um computador, mas algo mais motivador. Para isso, criaram uma feira de ciências em que os alunos apresentam trabalhos de tecnologia e robótica desenvolvidos ao longo do ano em quatro horas semanais que se somam ao período de ensino curricular.

A iniciativa oferece aos 135 alunos da Zeferino mais uma ferramenta que pode ser utilizada nos âmbitos profissionais e acadêmicos. Além disso, foi instituído que nos projetos os alunos poderiam estudar o que tivessem curiosidade, integrando disciplinas diversas e trabalhando com alunos de outros anos.

Sua mãe, Iana Viana, 28, relata que na outra escola ele estava se sentindo oprimido, mas na de Viamão foi bem recebido: “Além de usar cadeira de rodas, ele era o único que não conseguia escrever à mão. Agora, aqui, vejo uma evolução enorme na sua capacidade de aprendizado e no envolvimento com os colegas”.

A edição deste ano da feira de ciências, que aconteceu em 21 de novembro, trouxe 23 trabalhos, quase todos relacionados às questões do campo, respondendo a curiosidades dos alunos: Como funciona o universo? Por que as lontras nadam dando rodopios? Como seria uma casa sustentável? Como se comportam as águias? Acompanhando os projetos, os alunos também desenvolveram uma página na internet acessível por um QR Code que explica mais sobre os trabalhos.

A inserção da tecnologia na Zeferino teve início em agosto de 2013 como parte do Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo, que oferece gratuitamente tablets, netbooks e kits de robótica à escolas públicas do Brasil.

A Fundação, em parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação, instalou conexões de fibra ótica de alta velocidade no local e contratou a Hard Fun para auxiliar os professores com o processo de mudança curricular.

Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que procura ajudar os docentes a entender como fazer a mediação dos estudantes com a tecnologia, ao invés de só explicar o funcionamento dos aparatos digitais.

A partir desse contato com a sala de aula, Bittencourt percebeu que se instalou um processo na escola: “Eles estão deixando de ser as pessoas que procuram informações prontas para serem as pessoas que se deslumbram com o mundo e sabem fazer perguntas, e esse é o grande desafio da ciência e do ensino científico”.

Leonardo Silveira, 14, do grupo que estudou maneiras de aprimorar a triagem do gado por meio do uso de chips na orelha dos animais, explica que o modelo desenvolvido por eles poderia ser aplicado no campo com poucas mudanças, e que o processo não foi fácil, mas gratificante.

“A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

No último ano do ensino fundamental, Letícia Silva, 15, comenta que desenvolver o projeto, em que estudou gado e ovelhas, a ajudou a alimentar a vontade de ser veterinária. “Depois que começou o projeto, comecei a ficar mais por dentro da tecnologia, tanto é que essa semana meu computador parou de funcionar e eu consegui formatá-lo sozinha”.

Já Gabriela Silva, 7, está no primeiro ano e queria entender como o leite se forma dentro do corpo da vaca. A dúvida surgiu após uma visita dos “curiós” a uma fazenda, onde ordenharam o animal. De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo e procuraram imagens para reproduzir, em escala, o trajeto do alimento pelo corpo da vaca e sua transformação em leite.

Para Jamile, essa é uma oportunidade para as crianças aprenderem conteúdos fora de suas faixas etárias, como conceitos mais avançados de matemática e biologia. “Eles se interessam porque estudam uma curiosidade deles. E eu me sinto mais motivada, isso tem trazido mudanças para nossa prática”.

Rosa Maria conta que houve uma resistência por parte dos alunos e da comunidade em aceitar a transição, porque estavam acostumados ao modelo tradicional de ensino, mas a mostra de projetos divertiu os jovens e mostrou resultado para os pais. Maria Inês da Costa, cujos três filhos apresentaram trabalhos na feira, diz que agora percebe que a mudança foi positiva, e complementa: “Eu não aprendi nada disso, mas eles, além de aprender, ensinam para nós, em casa”.

(Carta Capital, 15.12.2015)

(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/ educacao/ensino-de-robotica-nao-e-so-coisa-dacidade>. Acesso em 15.dez.2015.)

A temática dos quadrinhos abaixo tem relação com algumas informações apresentadas na reportagem. Segundo o texto, “as oportunidades oferecidas não se limitam às questões acadêmicas”. Quais oportunidades a escola Zeferino Lopes de Castro também conseguiu alcançar?

Enunciado 3507111-1

Disponível em:<http://turmadamonica.uol.com.br/ quadrinhos/> acesso em: 14 de dezembro de 2015. (adaptado)

 

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2509957 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ensino de robótica não é só coisa da cidade

No Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro ensina programação e robótica a seus alunos do ensino fundamental

Ingrid Matuoka

Jornalista da Revista Carta Capital

No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets, computadores e ensino de programação à grade curricular de seus alunos do 1.º ao 9.º ano.

A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que eles não queriam uma mera substituição do caderno por um computador, mas algo mais motivador. Para isso, criaram uma feira de ciências em que os alunos apresentam trabalhos de tecnologia e robótica desenvolvidos ao longo do ano em quatro horas semanais que se somam ao período de ensino curricular.

A iniciativa oferece aos 135 alunos da Zeferino mais uma ferramenta que pode ser utilizada nos âmbitos profissionais e acadêmicos. Além disso, foi instituído que nos projetos os alunos poderiam estudar o que tivessem curiosidade, integrando disciplinas diversas e trabalhando com alunos de outros anos.

Sua mãe, Iana Viana, 28, relata que na outra escola ele estava se sentindo oprimido, mas na de Viamão foi bem recebido: “Além de usar cadeira de rodas, ele era o único que não conseguia escrever à mão. Agora, aqui, vejo uma evolução enorme na sua capacidade de aprendizado e no envolvimento com os colegas”.

A edição deste ano da feira de ciências, que aconteceu em 21 de novembro, trouxe 23 trabalhos, quase todos relacionados às questões do campo, respondendo a curiosidades dos alunos: Como funciona o universo? Por que as lontras nadam dando rodopios? Como seria uma casa sustentável? Como se comportam as águias? Acompanhando os projetos, os alunos também desenvolveram uma página na internet acessível por um QR Code que explica mais sobre os trabalhos.

A inserção da tecnologia na Zeferino teve início em agosto de 2013 como parte do Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo, que oferece gratuitamente tablets, netbooks e kits de robótica à escolas públicas do Brasil.

A Fundação, em parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação, instalou conexões de fibra ótica de alta velocidade no local e contratou a Hard Fun para auxiliar os professores com o processo de mudança curricular.

Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que procura ajudar os docentes a entender como fazer a mediação dos estudantes com a tecnologia, ao invés de só explicar o funcionamento dos aparatos digitais.

A partir desse contato com a sala de aula, Bittencourt percebeu que se instalou um processo na escola: “Eles estão deixando de ser as pessoas que procuram informações prontas para serem as pessoas que se deslumbram com o mundo e sabem fazer perguntas, e esse é o grande desafio da ciência e do ensino científico”.

Leonardo Silveira, 14, do grupo que estudou maneiras de aprimorar a triagem do gado por meio do uso de chips na orelha dos animais, explica que o modelo desenvolvido por eles poderia ser aplicado no campo com poucas mudanças, e que o processo não foi fácil, mas gratificante.

“A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

No último ano do ensino fundamental, Letícia Silva, 15, comenta que desenvolver o projeto, em que estudou gado e ovelhas, a ajudou a alimentar a vontade de ser veterinária. “Depois que começou o projeto, comecei a ficar mais por dentro da tecnologia, tanto é que essa semana meu computador parou de funcionar e eu consegui formatá-lo sozinha”.

Já Gabriela Silva, 7, está no primeiro ano e queria entender como o leite se forma dentro do corpo da vaca. A dúvida surgiu após uma visita dos “curiós” a uma fazenda, onde ordenharam o animal. De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo e procuraram imagens para reproduzir, em escala, o trajeto do alimento pelo corpo da vaca e sua transformação em leite.

Para Jamile, essa é uma oportunidade para as crianças aprenderem conteúdos fora de suas faixas etárias, como conceitos mais avançados de matemática e biologia. “Eles se interessam porque estudam uma curiosidade deles. E eu me sinto mais motivada, isso tem trazido mudanças para nossa prática”.

Rosa Maria conta que houve uma resistência por parte dos alunos e da comunidade em aceitar a transição, porque estavam acostumados ao modelo tradicional de ensino, mas a mostra de projetos divertiu os jovens e mostrou resultado para os pais. Maria Inês da Costa, cujos três filhos apresentaram trabalhos na feira, diz que agora percebe que a mudança foi positiva, e complementa: “Eu não aprendi nada disso, mas eles, além de aprender, ensinam para nós, em casa”.

(Carta Capital, 15.12.2015)

(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/ educacao/ensino-de-robotica-nao-e-so-coisa-dacidade>. Acesso em 15.dez.2015.)

Segundo o texto, a que se refere o trecho a seguir: “houve resistência por parte dos alunos e da comunidade”

 

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2509956 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ensino de robótica não é só coisa da cidade

No Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro ensina programação e robótica a seus alunos do ensino fundamental

Ingrid Matuoka

Jornalista da Revista Carta Capital

No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets, computadores e ensino de programação à grade curricular de seus alunos do 1.º ao 9.º ano.

A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que eles não queriam uma mera substituição do caderno por um computador, mas algo mais motivador. Para isso, criaram uma feira de ciências em que os alunos apresentam trabalhos de tecnologia e robótica desenvolvidos ao longo do ano em quatro horas semanais que se somam ao período de ensino curricular.

A iniciativa oferece aos 135 alunos da Zeferino mais uma ferramenta que pode ser utilizada nos âmbitos profissionais e acadêmicos. Além disso, foi instituído que nos projetos os alunos poderiam estudar o que tivessem curiosidade, integrando disciplinas diversas e trabalhando com alunos de outros anos.

Sua mãe, Iana Viana, 28, relata que na outra escola ele estava se sentindo oprimido, mas na de Viamão foi bem recebido: “Além de usar cadeira de rodas, ele era o único que não conseguia escrever à mão. Agora, aqui, vejo uma evolução enorme na sua capacidade de aprendizado e no envolvimento com os colegas”.

A edição deste ano da feira de ciências, que aconteceu em 21 de novembro, trouxe 23 trabalhos, quase todos relacionados às questões do campo, respondendo a curiosidades dos alunos: Como funciona o universo? Por que as lontras nadam dando rodopios? Como seria uma casa sustentável? Como se comportam as águias? Acompanhando os projetos, os alunos também desenvolveram uma página na internet acessível por um QR Code que explica mais sobre os trabalhos.

A inserção da tecnologia na Zeferino teve início em agosto de 2013 como parte do Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo, que oferece gratuitamente tablets, netbooks e kits de robótica à escolas públicas do Brasil.

A Fundação, em parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação, instalou conexões de fibra ótica de alta velocidade no local e contratou a Hard Fun para auxiliar os professores com o processo de mudança curricular.

Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que procura ajudar os docentes a entender como fazer a mediação dos estudantes com a tecnologia, ao invés de só explicar o funcionamento dos aparatos digitais.

A partir desse contato com a sala de aula, Bittencourt percebeu que se instalou um processo na escola: “Eles estão deixando de ser as pessoas que procuram informações prontas para serem as pessoas que se deslumbram com o mundo e sabem fazer perguntas, e esse é o grande desafio da ciência e do ensino científico”.

Leonardo Silveira, 14, do grupo que estudou maneiras de aprimorar a triagem do gado por meio do uso de chips na orelha dos animais, explica que o modelo desenvolvido por eles poderia ser aplicado no campo com poucas mudanças, e que o processo não foi fácil, mas gratificante.

“A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

No último ano do ensino fundamental, Letícia Silva, 15, comenta que desenvolver o projeto, em que estudou gado e ovelhas, a ajudou a alimentar a vontade de ser veterinária. “Depois que começou o projeto, comecei a ficar mais por dentro da tecnologia, tanto é que essa semana meu computador parou de funcionar e eu consegui formatá-lo sozinha”.

Já Gabriela Silva, 7, está no primeiro ano e queria entender como o leite se forma dentro do corpo da vaca. A dúvida surgiu após uma visita dos “curiós” a uma fazenda, onde ordenharam o animal. De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo e procuraram imagens para reproduzir, em escala, o trajeto do alimento pelo corpo da vaca e sua transformação em leite.

Para Jamile, essa é uma oportunidade para as crianças aprenderem conteúdos fora de suas faixas etárias, como conceitos mais avançados de matemática e biologia. “Eles se interessam porque estudam uma curiosidade deles. E eu me sinto mais motivada, isso tem trazido mudanças para nossa prática”.

Rosa Maria conta que houve uma resistência por parte dos alunos e da comunidade em aceitar a transição, porque estavam acostumados ao modelo tradicional de ensino, mas a mostra de projetos divertiu os jovens e mostrou resultado para os pais. Maria Inês da Costa, cujos três filhos apresentaram trabalhos na feira, diz que agora percebe que a mudança foi positiva, e complementa: “Eu não aprendi nada disso, mas eles, além de aprender, ensinam para nós, em casa”.

(Carta Capital, 15.12.2015)

(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/ educacao/ensino-de-robotica-nao-e-so-coisa-dacidade>. Acesso em 15.dez.2015.)

No excerto a seguir, observe os termos destacados e assinale a alternativa correta:

A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

 

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2509955 Ano: 2015
Disciplina: Português
Banca: FAUEL
Orgão: Pref. Maringá-PR

Ensino de robótica não é só coisa da cidade

No Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro ensina programação e robótica a seus alunos do ensino fundamental

Ingrid Matuoka

Jornalista da Revista Carta Capital

No meio de uma estrada de terra em Viamão, Rio Grande do Sul, a escola pública rural Zeferino Lopes de Castro incluiu tablets, computadores e ensino de programação à grade curricular de seus alunos do 1.º ao 9.º ano.

A diretora da escola, Rosa Maria Stalivieri, explica que eles não queriam uma mera substituição do caderno por um computador, mas algo mais motivador. Para isso, criaram uma feira de ciências em que os alunos apresentam trabalhos de tecnologia e robótica desenvolvidos ao longo do ano em quatro horas semanais que se somam ao período de ensino curricular.

A iniciativa oferece aos 135 alunos da Zeferino mais uma ferramenta que pode ser utilizada nos âmbitos profissionais e acadêmicos. Além disso, foi instituído que nos projetos os alunos poderiam estudar o que tivessem curiosidade, integrando disciplinas diversas e trabalhando com alunos de outros anos.

Sua mãe, Iana Viana, 28, relata que na outra escola ele estava se sentindo oprimido, mas na de Viamão foi bem recebido: “Além de usar cadeira de rodas, ele era o único que não conseguia escrever à mão. Agora, aqui, vejo uma evolução enorme na sua capacidade de aprendizado e no envolvimento com os colegas”.

A edição deste ano da feira de ciências, que aconteceu em 21 de novembro, trouxe 23 trabalhos, quase todos relacionados às questões do campo, respondendo a curiosidades dos alunos: Como funciona o universo? Por que as lontras nadam dando rodopios? Como seria uma casa sustentável? Como se comportam as águias? Acompanhando os projetos, os alunos também desenvolveram uma página na internet acessível por um QR Code que explica mais sobre os trabalhos.

A inserção da tecnologia na Zeferino teve início em agosto de 2013 como parte do Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica Vivo, que oferece gratuitamente tablets, netbooks e kits de robótica à escolas públicas do Brasil.

A Fundação, em parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação, instalou conexões de fibra ótica de alta velocidade no local e contratou a Hard Fun para auxiliar os professores com o processo de mudança curricular.

Juliano Bittencourt, membro da equipe da Hard Fun, explica que procura ajudar os docentes a entender como fazer a mediação dos estudantes com a tecnologia, ao invés de só explicar o funcionamento dos aparatos digitais.

A partir desse contato com a sala de aula, Bittencourt percebeu que se instalou um processo na escola: “Eles estão deixando de ser as pessoas que procuram informações prontas para serem as pessoas que se deslumbram com o mundo e sabem fazer perguntas, e esse é o grande desafio da ciência e do ensino científico”.

Leonardo Silveira, 14, do grupo que estudou maneiras de aprimorar a triagem do gado por meio do uso de chips na orelha dos animais, explica que o modelo desenvolvido por eles poderia ser aplicado no campo com poucas mudanças, e que o processo não foi fácil, mas gratificante.

“A gente errou também, mas cada acerto era muita alegria. E o Juliano também não sabia como funcionava o mecanismo com o chip, mas a gente aprendeu juntos”.

No último ano do ensino fundamental, Letícia Silva, 15, comenta que desenvolver o projeto, em que estudou gado e ovelhas, a ajudou a alimentar a vontade de ser veterinária. “Depois que começou o projeto, comecei a ficar mais por dentro da tecnologia, tanto é que essa semana meu computador parou de funcionar e eu consegui formatá-lo sozinha”.

Já Gabriela Silva, 7, está no primeiro ano e queria entender como o leite se forma dentro do corpo da vaca. A dúvida surgiu após uma visita dos “curiós” a uma fazenda, onde ordenharam o animal. De volta à escola, com a ajuda da professora Jamile Rodrigues, fizeram pesquisas para entender o processo e procuraram imagens para reproduzir, em escala, o trajeto do alimento pelo corpo da vaca e sua transformação em leite.

Para Jamile, essa é uma oportunidade para as crianças aprenderem conteúdos fora de suas faixas etárias, como conceitos mais avançados de matemática e biologia. “Eles se interessam porque estudam uma curiosidade deles. E eu me sinto mais motivada, isso tem trazido mudanças para nossa prática”.

Rosa Maria conta que houve uma resistência por parte dos alunos e da comunidade em aceitar a transição, porque estavam acostumados ao modelo tradicional de ensino, mas a mostra de projetos divertiu os jovens e mostrou resultado para os pais. Maria Inês da Costa, cujos três filhos apresentaram trabalhos na feira, diz que agora percebe que a mudança foi positiva, e complementa: “Eu não aprendi nada disso, mas eles, além de aprender, ensinam para nós, em casa”.

(Carta Capital, 15.12.2015)

(Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/ educacao/ensino-de-robotica-nao-e-so-coisa-dacidade>. Acesso em 15.dez.2015.)

De acordo com o texto, considere as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:

I) O processo instalado na escola por Bittencourt exigiu que a Hard Fun conduzisse professores e estudantes ao uso da tecnologia.

II) 135 alunos da escola pública rural Zeferino Lopes de Castro são beneficiados com uma feira de ciências em que os discentes apresentam trabalhos de tecnologia e robótica.

III) Os interesses dos alunos são considerados na escola rural, visto que os 23 trabalhos apresentados na feira de ciências contaram com o patrocínio e direção somente da Prefeitura Municipal e da Hard Fun.

IV) O ensino de programação e robótica na escola Zeferino também é exemplo de inclusão social para outras escolas.

 

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