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Analise os períodos abaixo quanto ao emprego da (s) palavra (s) em destaque:
I. A discussão foi vista pelos vizinhos, e os mesmos ficaram espantados.
II. Cíntia Chagas estava mesmo de roupão na rua.
III. De fato, foi Maurício mesmo quem começou a discussão.
IV. É isso mesmo!
De acordo com a gramática tradicional, o emprego da (s) palavra (s) destacada (s) está CORRETO em:
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Mesmo?
Há alguns anos, namorei um professor de Direito e procurador-geral da União (do tipo com mestrado, doutorado, pós-doutorado e mil especializações) cujo apreço pela língua portuguesa chegava a ser irritante até para mim. Não sei se por implicância ou por exibicionismo, esse homem, nos nossos momentos de brigas (que não eram poucos; afinal, éramos mais possessivos do que todos os pronomes possessivos juntos), tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu. E o que acontecia? Eu ficava tão irritada com a situação que sempre perdia no quesito argumentação.
Certa vez, após almoçarmos em uma tarde de sábado, ele foi para a minha casa.
Enquanto esperávamos pelo elevador, eu comentei:
- Ainda chegará o dia em que todas essas placas de aviso de elevadores serão corrigidas. Aff!
- Oi?
- Você nunca reparou? “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. ”
- E daí?
- E daí que a palavra “mesmo” não pode retomar outra palavra, como elevador.
- Claro que pode! “Mesmo” é um pronome demonstrativo. Está demonstrando onde devemos ou não entrar.
- Realmente, “mesmo” pode atuar como pronome demonstrativo, mas ele retoma uma oração, não uma palavra, Maurício.
- Exemplo?
- Eu sou uma namorada fiel; por isso espero que o meu namorado faça o mesmo.
Viu? Recupera-se, aí, a oração sobre fidelidade.
- Isso é uma indireta, Cíntia?
- Não, é direta mesmo.
- E esse “mesmo” de agora?
- É um advérbio com valor reforçativo, Maurício. Ele reforça quão galinha você é.
O elevador chegou. Vamos.
- Mesmo? Hahaha...
- Não fuja do assunto. Estou cansada das suas ciscadas por aí.
Chegando, eu retirei as minhas roupas e coloquei um roupão. Ele tirou os sapatos, como quem mostra que vai ficar, mas recebeu um telefonema sei lá de quem e prontamente respondeu:
- Claro que vou. Em dez minutos estarei aí.
- Oi??? Você vai me deixar aqui mesmo?
- E esse “mesmo”?
- Equivale à palavra “realmente” e ao provável término do nosso namoro se você sair daqui.
Perguntei para ele de quem se tratava, mas Maurício desconversou. Disse que eu não conhecia a pessoa em questão, que ele precisava “dar uma passada” no tal lugar, que eu não iria gostar do barzinho, blá-blá-blá... E começou a ladainha linguisticamente ortodoxa comum aos discursos que ele ensaiava nas nossas brigas:
- Cíntia, eu sou um homem de conduta ilibada, de quem você não pode duvidar. E você é a mulher pela qual sou apaixonado. Você tem tudo quanto quer de mim e ainda assim sempre duvida dos lugares onde digo que estou.
- É mesmo? Fiquei lisonjeada...
- Esse “mesmo” foi irônico. Não admito ironias sobre a minha fidelidade.
- Maurício, você não me engana. Eu ouvi voz de mulher. Quem está lá? Quantas mulheres são? De onde é esse amigo misterioso do qual eu nunca ouvi falar? Aposto que é aniversário de mulher, por isso você não quer me levar. Não é? Você já estava distante na hora do almoço. Eu senti!
- Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso! Sou um namorado de cuja fidelidade você não pode duvidar. Quer saber? Vou embora. Passar bem.
E saiu correndo do meu apartamento. E eu saí correndo atrás dele, afinal de contas, ele tinha de me ouvir. Mas o caso é que eu estava de roupão e não me lembrei desse detalhe. Pois bem: vi-me de roupão, no meio da rua, brigando com o Senhor Sabe-Tudo. Cena de novela: atirei-me na frente do carro dele e disse:
- Daqui você não sai.
Ele, frio como um iceberg, respondeu:
- Só se você me disser que “mesmo” substitui palavra, que estou certo.
- Maurício, não me irrite! Já expliquei que “mesmo” não substitui palavra e ponto final.
- Ele, divertindo-se com a situação, disse:
- Então, como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?
- “Antes de entrar no elevador, verifique se este se encontra parado neste andar”.
Pronto, Maurício. Agora saia do carro. Os vizinhos já estão olhando. Não vê que estou de roupão?
- É mesmo? Coitadinha... Isso é para você aprender a não desconfiar de mim.
Deu ré e foi embora.
Então eu fiquei ali, na rua, de roupão, sem a chave do portão do prédio, à espera de um vizinho com quem eu pudesse contar.
E você, leitor, neste momento pergunta a si mesmo: mesmo? De roupão na rua? Mesmo...
CHAGAS, Cíntia. Sou péssimo em português: chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de
português dando boas risadas. 1 ed. Rio de Janeiro: HarperColllins, 2018.
Os pressupostos são informações implícitas que são marcadas lexicalmente na frase. Considerando o contexto, analise os fragmentos do texto “Mesmo?” abaixo quanto à ocorrência de informações implícitas, e, a seguir, assinale a opção CORRETA:
I. “[...] tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu.”
II. “Estou cansada de suas ciscadas por aí.”
III. “É mesmo? Fiquei lisonjeada...”
IV. “- Então como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?”
Há informações implícitas nos itens:
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Comete o crime de deserção, previsto no Decreto-Lei nº 1.001/1969 - Código Penal Militar, o militar que se ausentar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, com pena de detenção, de seis meses a dois anos e, se oficial, a pena é agravada. Na mesma pena incorre o militar que, EXCETO:
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Considerando os crimes contra a administração militar previstos no Decreto-Lei nº 1.001/1969 - Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA:
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De acordo com as regras previstas no Decreto-Lei nº 1.001/1969 -Código Penal Militar, marque alternativa CORRETA:
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Considerando a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, julgue as assertivas abaixo segundo sua veracidade, e assinale a alternativa CORRETA:
I. É garantido ao servidor público civil e militar o direito à livre associação sindical.
II. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
III. O militar alistável é elegível. Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade e, se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
IV. As polícias militares e os corpos de bombeiros militares subordinam-se hierarquicamente ao Exército
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Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, assinale a alternativa INCORRETA:
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Pedro, funcionário público, e João são desafetos de longa data. Certo dia, após uma longa jornada de serviço, Pedro decide aproveitar seu momento de descanso em um bar próximo à sua residência, momento em que João, que também estava no estabelecimento, ofende a honra subjetiva de Pedro. Diante das ofensas, Pedro decide se vingar de João e acabar com o problema matando João. Para tanto, Pedro saca uma arma de fogo e dispara contra João, contudo, erra o alvo e atinge Gabriel, funcionário do bar, ferindo-o no braço de forma leve. Diante do caso apresentado e tendo em vista as normas contidas no Decreto-Lei nº 2848/1940 - Código Penal Brasileiro, Pedro praticou, em tese:
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Identifique a opção na qual as palavras complementam, CORRETAMENTE, os espaços dos períodos abaixo:
I. Maurício, você vai hoje à tarde?
II. O namorado deu atenção a ela.
III. Maurício não fazia outra coisa, criticar.
IV. O namoro acabou devido ao - entendido.
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Mesmo?
Há alguns anos, namorei um professor de Direito e procurador-geral da União (do tipo com mestrado, doutorado, pós-doutorado e mil especializações) cujo apreço pela língua portuguesa chegava a ser irritante até para mim. Não sei se por implicância ou por exibicionismo, esse homem, nos nossos momentos de brigas (que não eram poucos; afinal, éramos mais possessivos do que todos os pronomes possessivos juntos), tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu. E o que acontecia? Eu ficava tão irritada com a situação que sempre perdia no quesito argumentação.
Certa vez, após almoçarmos em uma tarde de sábado, ele foi para a minha casa.
Enquanto esperávamos pelo elevador, eu comentei:
- Ainda chegará o dia em que todas essas placas de aviso de elevadores serão corrigidas. Aff!
- Oi?
- Você nunca reparou? “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. ”
- E daí?
- E daí que a palavra “mesmo” não pode retomar outra palavra, como elevador.
- Claro que pode! “Mesmo” é um pronome demonstrativo. Está demonstrando onde devemos ou não entrar.
- Realmente, “mesmo” pode atuar como pronome demonstrativo, mas ele retoma uma oração, não uma palavra, Maurício.
- Exemplo?
- Eu sou uma namorada fiel; por isso espero que o meu namorado faça o mesmo.
Viu? Recupera-se, aí, a oração sobre fidelidade.
- Isso é uma indireta, Cíntia?
- Não, é direta mesmo.
- E esse “mesmo” de agora?
- É um advérbio com valor reforçativo, Maurício. Ele reforça quão galinha você é.
O elevador chegou. Vamos.
- Mesmo? Hahaha...
- Não fuja do assunto. Estou cansada das suas ciscadas por aí.
Chegando, eu retirei as minhas roupas e coloquei um roupão. Ele tirou os sapatos, como quem mostra que vai ficar, mas recebeu um telefonema sei lá de quem e prontamente respondeu:
- Claro que vou. Em dez minutos estarei aí.
- Oi??? Você vai me deixar aqui mesmo?
- E esse “mesmo”?
- Equivale à palavra “realmente” e ao provável término do nosso namoro se você sair daqui.
Perguntei para ele de quem se tratava, mas Maurício desconversou. Disse que eu não conhecia a pessoa em questão, que ele precisava “dar uma passada” no tal lugar, que eu não iria gostar do barzinho, blá-blá-blá... E começou a ladainha linguisticamente ortodoxa comum aos discursos que ele ensaiava nas nossas brigas:
- Cíntia, eu sou um homem de conduta ilibada, de quem você não pode duvidar. E você é a mulher pela qual sou apaixonado. Você tem tudo quanto quer de mim e ainda assim sempre duvida dos lugares onde digo que estou.
- É mesmo? Fiquei lisonjeada...
- Esse “mesmo” foi irônico. Não admito ironias sobre a minha fidelidade.
- Maurício, você não me engana. Eu ouvi voz de mulher. Quem está lá? Quantas mulheres são? De onde é esse amigo misterioso do qual eu nunca ouvi falar? Aposto que é aniversário de mulher, por isso você não quer me levar. Não é? Você já estava distante na hora do almoço. Eu senti!
- Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso! Sou um namorado de cuja fidelidade você não pode duvidar. Quer saber? Vou embora. Passar bem.
E saiu correndo do meu apartamento. E eu saí correndo atrás dele, afinal de contas, ele tinha de me ouvir. Mas o caso é que eu estava de roupão e não me lembrei desse detalhe. Pois bem: vi-me de roupão, no meio da rua, brigando com o Senhor Sabe-Tudo. Cena de novela: atirei-me na frente do carro dele e disse:
- Daqui você não sai.
Ele, frio como um iceberg, respondeu:
- Só se você me disser que “mesmo” substitui palavra, que estou certo.
- Maurício, não me irrite! Já expliquei que “mesmo” não substitui palavra e ponto final.
- Ele, divertindo-se com a situação, disse:
- Então, como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?
- “Antes de entrar no elevador, verifique se este se encontra parado neste andar”.
Pronto, Maurício. Agora saia do carro. Os vizinhos já estão olhando. Não vê que estou de roupão?
- É mesmo? Coitadinha... Isso é para você aprender a não desconfiar de mim.
Deu ré e foi embora.
Então eu fiquei ali, na rua, de roupão, sem a chave do portão do prédio, à espera de um vizinho com quem eu pudesse contar.
E você, leitor, neste momento pergunta a si mesmo: mesmo? De roupão na rua? Mesmo...
CHAGAS, Cíntia. Sou péssimo em português: chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de
português dando boas risadas. 1 ed. Rio de Janeiro: HarperColllins, 2018.
Assinale a opção CORRETA.
“- Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso!”
Considerando o contexto do texto “Mesmo?”, o adjetivo sublinhado corresponde semanticamente a:
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