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Foram encontradas 80 questões.

2571334 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Considere o seguinte trecho do texto 2:

“Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada...”

A palavra “como”, em destaque no trecho, indica

 

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2571333 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apuradaa, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempreb – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempod em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artesc e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Assinale a opção em que o termo sublinhado na frase não exerce, no texto 2, função de retomada coesiva.

 

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2571331 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

No trecho “A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente...”, o duplo travessão foi usado para

 

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2571330 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Assinale a opção em que a adaptação do trecho “E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos...” está em desacordo com a norma culta.

 

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2571329 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Quanto ao texto 2, é correto afirmar que

 

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2571328 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Considerando a leitura dos textos 1 e 2, infere-se que

 

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2571327 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Texto 1

Poema culinário

No croquete de galinha,

A cebola batidinha

Com duas folhas de louro

Vale mais do que um tesouro

Também dois dentes de alho

Nunca serão espantalho.

(Ao contrário)

E três tomates,

Em vez de causar dislates,

Sem peles e sem sementes,

São ajudas pertinentes

Ao lado do sal, da salsa,

(A receita nunca é falsa)

Todos boiam na manteiga

De natural doce e meiga.

E para maior deleite,

copo e meio de leite.

Ah, me esqueci: três ovos

Bem graúdos e bem novos

Junto à farinha de rosca

(Espante-se logo a mosca)

a pitada de óleo,

Sem se manchar o linóleo,

E mais farinha de trigo…

Ai, meu Deus, deixa comigo!

Carlos Drummond de Andrade

Texto 2

A poesia é para comer: Iguarias para o corpo e para o espírito

Há muito tempo que versos e petiscos se cozinhavam na minha mente, em lume brando, como convém a uma receita que se quer apurada, insinuando no meu espírito aromas irresistíveis de cozinha de infância. Nasci numa família em que a gastronomia foi sempre – ao longo de gerações – um culto e um prazer, com honras de biblioteca e pesando, até, na escolha de itinerários de viagem. E o que pode haver de mais poético do que as memórias de um tempo em que tudo era assim, brando e promissor, sem pressas nem atropelos, apesar da sede imensa de uma vida inteira pela frente, por beber ainda? Enquanto tudo se espera, tudo pode acontecer… A ideia de reunir num mesmo livro duas das minhas paixões – a poesia e a gastronomia (na sua vertente culinária) – foi tomando forma naturalmente, deixando-me água na boca e na imaginação. Impunha-se encontrar uma fórmula original, que glorificasse igualmente as duas artes e as casasse harmoniosamente, prevenindo o risco de divórcio. Ambas são de personalidade forte e muita sensibilidade: nubentes difíceis, portanto. Mas possíveis, porque iluminadas pela mesma chama.

Excerto retirado da Introdução do livro

A poesia é para comer - Iguarias para o corpo e para o espírito. Ana Vidal, Editora Babel (2006).

Quanto à composição dos textos 1 e 2, analise as assertivas abaixo e informe verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma delas. Em seguida, marque a opção que apresenta a sequência correta.

( ) O texto 1 tem características de uma receita.

( ) Ocorre mistura de gêneros no Texto 1, já que o gênero receita e o gênero poesia se fundem para um propósito de comunicação.

( ) Os dois textos utilizam o recurso da intertextualidade para a construção do sentido.

( ) O texto 2 é um blog que se mescla ao gênero poesia ao incluir a conotação como recurso de linguagem.

 

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2571326 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Como ser brasileiro em Lisboa sem dar (muito) na vista

Sim, eu sei que não será culpa sua, mas, se você desembarcar em Lisboa sem um bom domínio do idioma, poderá ver-se de repente em terríveis águas de bacalhau. Está vendo? Você já começou a não entender. O fato é que, como dizia Mark Twain a respeito da Inglaterra e dos Estados Unidos, também Portugal e Brasil são dois países separados pela mesma língua. Se não acredita, veja só esses exemplosI. (...)

Um casal brasileiro, amigo meu, alugou um carro e seguia tranquilamente pela estrada Lisboa-Porto, quando deu de cara com um aviso: “Cuidado com as bermas”. Eles ficaram assustados – que (...) seria berma? Alguns metros à frente, outro aviso: “Cuidado com as bermas”. Não resistiram: pararam no primeiro posto de gasolina, perguntaram o que era uma berma e só respiraram tranquilos quando souberam que berma era o acostamento.

Você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos – peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola – mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) Pelo mesmo motivo, as fraldas de crianças são chamadas cuequinhas de bebê. Atenção também para os nomes de certas utilidades caseiras. Não adianta falar em esparadrapo – deve-se dizer pensos. Pasta de dente é dentífrico. Ventilador é ventoinha. (...)

As maiores gafes de brasileiros em Lisboa acontecem (onde mais?) nos restaurantes, claro. Não adianta perguntar ao gerente do hotel onde se pode beliscar alguma coisa, porque ele achará que você está a fim de sair aplicando beliscões pela rua. Pergunte-lhe onde se pode petiscar. Os sanduíches são particularmente enganadores: um sanduíche de filé é chamado de prego; cachorros-quentes são simplesmente cachorros. E não se esqueça: um cafezinho é uma bica; uma média é um galão e um chope é uma imperial.IV (...)

Um sujeito preguiçoso é um mandrião. Um indivíduo truculento é um matulão. Um tipo cabeludo é um gadelhudo. Quando não se gosta de alguém, diz-se: “Não gramo aquele gajo”II. Quando alguém fala mal de você e você não liga, deve-se dizer: “Estou-me nas tintas”III; ou então: “Estou-me marimbando” (...)

Mas o meu pior equívoco em Portugal foi quando pifou a descarga da privada do meu quarto de hotel e eu telefonei para a portaria: “Podem me mandar um bombeiro para consertar a descarga da privada?” O homem não entendeu uma única palavra. Eu devia ter dito: “Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclisma da retrete.”

CASTRO, Ruy. Como ser brasileiro...Viaje bem. Revista de Bordo da VASP, 8(3), 1978. In: PRESTES, Mari Luci de Mesquita. Leitura e (Re)escritura de textos: subsídios teóricos e práticos para o seu ensino. SP: Editora Rêspel, 2001. (texto adaptado)

Analise as assertivas abaixo quanto ao uso e à classificação da partícula “se”.

I. “Se não acredita, veja só esses exemplos.”

II. “Quando não se gosta de alguém, diz-se: “Não gramo aquele gajo”.”

III. “Quando alguém fala mal de você e você não liga, deve-se dizer: “Estou-me nas tintas”.”

IV. “E não se esqueça: um cafezinho é uma bica; uma média é um galão e um chope é uma imperial.”

Sobre as afirmativas acima, é correto afirmar que

 

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2571325 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Como ser brasileiro em Lisboa sem dar (muito) na vista

Sim, eu sei que não será culpa sua, mas, se você desembarcar em Lisboa sem um bom domínio do idioma, poderá ver-se de repente em terríveis águas de bacalhau. Está vendo? Você já começou a não entender. O fato é que, como dizia Mark Twain a respeito da Inglaterra e dos Estados Unidos, também Portugal e Brasil são dois países separados pela mesma língua. Se não acredita, veja só esses exemplos. (...)

Um casal brasileiro, amigo meu, alugou um carro e seguia tranquilamente pela estrada Lisboa-Porto, quando deu de cara com um aviso: “Cuidado com as bermas”. Eles ficaram assustados – que (...) seria berma? Alguns metros à frente, outro aviso: “Cuidado com as bermas”. Não resistiram: pararam no primeiro posto de gasolina, perguntaram o que era uma berma e só respiraram tranquilos quando souberam que berma era o acostamento.

Você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos – peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola – mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) Pelo mesmo motivo, as fraldas de crianças são chamadas cuequinhas de bebê. Atenção também para os nomes de certas utilidades caseiras. Não adianta falar em esparadrapo – deve-se dizer pensos. Pasta de dente é dentífrico. Ventilador é ventoinha. (...)

As maiores gafes de brasileiros em Lisboa acontecem (onde mais?) nos restaurantes, claro. Não adianta perguntar ao gerente do hotel onde se pode beliscar alguma coisa, porque ele achará que você está a fim de sair aplicando beliscões pela rua. Pergunte-lhe onde se pode petiscar. Os sanduíches são particularmente enganadores: um sanduíche de filé é chamado de prego; cachorros-quentes são simplesmente cachorros. E não se esqueça: um cafezinho é uma bica; uma média é um galão e um chope é uma imperial. (...)

Um sujeito preguiçoso é um mandrião. Um indivíduo truculento é um matulão. Um tipo cabeludo é um gadelhudo. Quando não se gosta de alguém, diz-se: “Não gramo aquele gajo”. Quando alguém fala mal de você e você não liga, deve-se dizer: “Estou-me nas tintas”; ou então: “Estou-me marimbando” (...)

Mas o meu pior equívoco em Portugal foi quando pifou a descarga da privada do meu quarto de hotel e eu telefonei para a portaria: “Podem me mandar um bombeiro para consertar a descarga da privada?” O homem não entendeu uma única palavra. Eu devia ter dito: “Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclisma da retrete.”

CASTRO, Ruy. Como ser brasileiro...Viaje bem. Revista de Bordo da VASP, 8(3), 1978. In: PRESTES, Mari Luci de Mesquita. Leitura e (Re)escritura de textos: subsídios teóricos e práticos para o seu ensino. SP: Editora Rêspel, 2001. (texto adaptado)

Em “O fato é que, como dizia Mark Twain a respeito da Inglaterra e dos Estados Unidos...”, a palavra destacada poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido da frase, por

 

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2571324 Ano: 2021
Disciplina: Português
Banca: DIRENS Aeronáutica
Orgão: EEAr

Como ser brasileiro em Lisboa sem dar (muito) na vista

Sim, eu sei que não será culpa sua, mas, se você desembarcar em Lisboa sem um bom domínio do idioma, poderá ver-se de repente em terríveis águas de bacalhau. Está vendo? Você já começou a não entender. O fato é que, como dizia Mark Twain a respeito da Inglaterra e dos Estados Unidos, também Portugal e Brasil são dois países separados pela mesma línguaa. Se não acredita, veja só esses exemplos. (...)

Um casal brasileiro, amigo meu, alugou um carro e seguia tranquilamente pela estrada Lisboa-Porto, quando deu de cara com um aviso: “Cuidado com as bermas”. Eles ficaram assustados – que (...) seria berma? Alguns metros à frente, outro aviso: “Cuidado com as bermas”. Não resistiram: pararam no primeiro posto de gasolina, perguntaram o que era uma berma e só respiraram tranquilos quando souberam que berma era o acostamento.

Você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos – peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola – mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) Pelo mesmo motivo, as fraldas de crianças são chamadas cuequinhas de bebê. Atenção também para os nomes de certas utilidades caseiras. Não adianta falar em esparadrapo – deve-se dizer pensos. Pasta de dente é dentífrico. Ventilador é ventoinha. (...)

As maiores gafes de brasileiros em Lisboa acontecem (onde mais?)d nos restaurantes, claro. Não adianta perguntar ao gerente do hotel onde se pode beliscar alguma coisa, porque ele achará que você está a fim de sair aplicando beliscões pela rua. Pergunte-lhe onde se pode petiscar. Os sanduíches são particularmente enganadores: um sanduíche de filéc é chamado de prego; cachorros-quentes são simplesmente cachorros. E não se esqueça: um cafezinho é uma bica; uma média é um galão e um chope é uma imperial. (...)

Um sujeito preguiçoso é um mandrião. Um indivíduo truculento é um matulão. Um tipo cabeludo é um gadelhudo. Quando não se gosta de alguém, diz-se: “Não gramo aquele gajo”. Quando alguém fala mal de você e você não liga, deve-se dizer: “Estou-me nas tintas”; ou então: “Estou-me marimbando” (...)

Mas o meu pior equívoco em Portugal foi quando pifou a descargab da privada do meu quarto de hotel e eu telefonei para a portaria: “Podem me mandar um bombeiro para consertar a descarga da privada?” O homem não entendeu uma única palavra. Eu devia ter dito: “Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclisma da retrete.”

CASTRO, Ruy. Como ser brasileiro...Viaje bem. Revista de Bordo da VASP, 8(3), 1978. In: PRESTES, Mari Luci de Mesquita. Leitura e (Re)escritura de textos: subsídios teóricos e práticos para o seu ensino. SP: Editora Rêspel, 2001. (texto adaptado)

Assinale a opção em que o termo destacado foi classificado incorretamente.

 

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