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Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte. (...)
Não tardou que o correio começasse a entregar-me as respostas; e, como eu não pagava o porte, reconheci que há neste mundo uma infinidade de filhos de Deus ou do diabo que os carregue, que estão à espreita de um simples pretexto para comunicar as suas ideias, ainda à custa dos vinténs magros.
Não publico todas as definições recebidas, porque a vida é curta, vita brevis. Faço, porém, uma escolha rigorosa, e dou algumas das principais. (...) Uma das cartas dizia simplesmente que a política é tirar o chapéu às pessoas mais velhas. Outra afirmava que a política é a obrigação de não meter o dedo no nariz. Outra, que é, estando à mesa, não enxugar os beiços no guardanapo da vizinha, nem na ponta da toalha. Um secretário de club dançante jura que a política é dar excelência às moças, e não lhes pôr alcunhas. Segundo um morador da Tijuca, a política é agradecer com um sorriso animador ao amigo que nos paga a passagem.
Muitas cartas são tão longas e difusas, que quase se não pode extratar nada. Citarei dessas a de um barbeiro, que define a política como a arte de lhe pagarem as barbas, e a de um boticário para quem a verdadeira política é não comprar nada na botica da esquina. Um sectário de Comte (viver às claras) afirma que a política é berrar nos bonds, quer se trate dos negócios da gente, quer dos estranhos.
Não entendi algumas cartas. A letra de outras é ilegível. Outras repetem-se. Cinco ou seis dão, como suas, opiniões achadas nos livros.
Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos eles pedindo uma definição.
Machado de Assis. Balas de estalo. In: Obra completa, vol. 3, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 468-9 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
A colocação pronominal no português do Brasil é variável, por isso, em “quase se não pode extratar nada”, estaria gramaticalmente correta qualquer uma destas opções: quase não se pode extratar nada ou quase não pode-se extratar nada.
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Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte. (...)
Não tardou que o correio começasse a entregar-me as respostas; e, como eu não pagava o porte, reconheci que há neste mundo uma infinidade de filhos de Deus ou do diabo que os carregue, que estão à espreita de um simples pretexto para comunicar as suas ideias, ainda à custa dos vinténs magros.
Não publico todas as definições recebidas, porque a vida é curta, vita brevis. Faço, porém, uma escolha rigorosa, e dou algumas das principais. (...) Uma das cartas dizia simplesmente que a política é tirar o chapéu às pessoas mais velhas. Outra afirmava que a política é a obrigação de não meter o dedo no nariz. Outra, que é, estando à mesa, não enxugar os beiços no guardanapo da vizinha, nem na ponta da toalha. Um secretário de club dançante jura que a política é dar excelência às moças, e não lhes pôr alcunhas. Segundo um morador da Tijuca, a política é agradecer com um sorriso animador ao amigo que nos paga a passagem.
Muitas cartas são tão longas e difusas, que quase se não pode extratar nada. Citarei dessas a de um barbeiro, que define a política como a arte de lhe pagarem as barbas, e a de um boticário para quem a verdadeira política é não comprar nada na botica da esquina. Um sectário de Comte (viver às claras) afirma que a política é berrar nos bonds, quer se trate dos negócios da gente, quer dos estranhos.
Não entendi algumas cartas. A letra de outras é ilegível. Outras repetem-se. Cinco ou seis dão, como suas, opiniões achadas nos livros.
Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos eles pedindo uma definição.
Machado de Assis. Balas de estalo. In: Obra completa, vol. 3, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 468-9 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
O segmento “como eu não pagava o porte” contribui para o entendimento do significado da expressão “ainda à custa dos vinténs magros”.
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Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte. (...)
Não tardou que o correio começasse a entregar-me as respostas; e, como eu não pagava o porte, reconheci que há neste mundo uma infinidade de filhos de Deus ou do diabo que os carregue, que estão à espreita de um simples pretexto para comunicar as suas ideias, ainda à custa dos vinténs magros.
Não publico todas as definições recebidas, porque a vida é curta, vita brevis. Faço, porém, uma escolha rigorosa, e dou algumas das principais. (...) Uma das cartas dizia simplesmente que a política é tirar o chapéu às pessoas mais velhas. Outra afirmava que a política é a obrigação de não meter o dedo no nariz. Outra, que é, estando à mesa, não enxugar os beiços no guardanapo da vizinha, nem na ponta da toalha. Um secretário de club dançante jura que a política é dar excelência às moças, e não lhes pôr alcunhas. Segundo um morador da Tijuca, a política é agradecer com um sorriso animador ao amigo que nos paga a passagem.
Muitas cartas são tão longas e difusas, que quase se não pode extratar nada. Citarei dessas a de um barbeiro, que define a política como a arte de lhe pagarem as barbas, e a de um boticário para quem a verdadeira política é não comprar nada na botica da esquina. Um sectário de Comte (viver às claras) afirma que a política é berrar nos bonds, quer se trate dos negócios da gente, quer dos estranhos.
Não entendi algumas cartas. A letra de outras é ilegível. Outras repetem-se. Cinco ou seis dão, como suas, opiniões achadas nos livros.
Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos eles pedindo uma definição.
Machado de Assis. Balas de estalo. In: Obra completa, vol. 3, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 468-9 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em “pedindo-lhes” e “dispensando-os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto.
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Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte. (...)
Não tardou que o correio começasse a entregar-me as respostas; e, como eu não pagava o porte, reconheci que há neste mundo uma infinidade de filhos de Deus ou do diabo que os carregue, que estão à espreita de um simples pretexto para comunicar as suas ideias, ainda à custa dos vinténs magros.
Não publico todas as definições recebidas, porque a vida é curta, vita brevis. Faço, porém, uma escolha rigorosa, e dou algumas das principais. (...) Uma das cartas dizia simplesmente que a política é tirar o chapéu às pessoas mais velhas. Outra afirmava que a política é a obrigação de não meter o dedo no nariz. Outra, que é, estando à mesa, não enxugar os beiços no guardanapo da vizinha, nem na ponta da toalha. Um secretário de club dançante jura que a política é dar excelência às moças, e não lhes pôr alcunhas. Segundo um morador da Tijuca, a política é agradecer com um sorriso animador ao amigo que nos paga a passagem.
Muitas cartas são tão longas e difusas, que quase se não pode extratar nada. Citarei dessas a de um barbeiro, que define a política como a arte de lhe pagarem as barbas, e a de um boticário para quem a verdadeira política é não comprar nada na botica da esquina. Um sectário de Comte (viver às claras) afirma que a política é berrar nos bonds, quer se trate dos negócios da gente, quer dos estranhos.
Não entendi algumas cartas. A letra de outras é ilegível. Outras repetem-se. Cinco ou seis dão, como suas, opiniões achadas nos livros.
Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos eles pedindo uma definição.
Machado de Assis. Balas de estalo. In: Obra completa, vol. 3, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 468-9 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
A palavra “concidadãos”, formada com o prefixo latino “con-”, que significa junto, diz respeito a habitantes de mesma cidadania.
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Escrevi uma carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte. (...)
Não tardou que o correio começasse a entregar-me as respostas; e, como eu não pagava o porte, reconheci que há neste mundo uma infinidade de filhos de Deus ou do diabo que os carregue, que estão à espreita de um simples pretexto para comunicar as suas ideias, ainda à custa dos vinténs magros.
Não publico todas as definições recebidas, porque a vida é curta, vita brevis. Faço, porém, uma escolha rigorosa, e dou algumas das principais. (...) Uma das cartas dizia simplesmente que a política é tirar o chapéu às pessoas mais velhas. Outra afirmava que a política é a obrigação de não meter o dedo no nariz. Outra, que é, estando à mesa, não enxugar os beiços no guardanapo da vizinha, nem na ponta da toalha. Um secretário de club dançante jura que a política é dar excelência às moças, e não lhes pôr alcunhas. Segundo um morador da Tijuca, a política é agradecer com um sorriso animador ao amigo que nos paga a passagem.
Muitas cartas são tão longas e difusas, que quase se não pode extratar nada. Citarei dessas a de um barbeiro, que define a política como a arte de lhe pagarem as barbas, e a de um boticário para quem a verdadeira política é não comprar nada na botica da esquina. Um sectário de Comte (viver às claras) afirma que a política é berrar nos bonds, quer se trate dos negócios da gente, quer dos estranhos.
Não entendi algumas cartas. A letra de outras é ilegível. Outras repetem-se. Cinco ou seis dão, como suas, opiniões achadas nos livros.
Note-se que, em todo esse montão de cartas, não há uma só de deputado ou senador, contudo escrevi a todos eles pedindo uma definição.
Machado de Assis. Balas de estalo. In: Obra completa, vol. 3, Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 468-9 (com adaptações).
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item.
Infere-se das informações apresentadas, no texto, em relação às respostas reveladas nas cartas, que, segundo a percepção do autor, a população é bem informada e domina com percuciência o conceito de política.
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No que se refere às formas de interação entre os museus e a sociedade, julgue o item subsecutivo.
Em instituições museais situadas em prédios tombados, é recorrente o uso de paredes falsas, que podem ser furadas, repintadas, revestidas e retiradas sem comprometer a integridade do espaço expositivo, e(ou) paredes de móveis, com ou sem rodas na parte inferior, de fácil instalação e transporte.
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Acerca da utilização das novas tecnologias da informação nos museus, julgue o próximo item.
Em regra, a estruturação de museus virtuais segue o padrão dos museus tradicionais ortodoxos.
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Disciplina: Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: Câm. Deputados
O Brasil nunca mais seria o mesmo após aqueles três dias de vertigem e vaias no teatro refinado de São Paulo. A Semana de Arte Moderna apresentou ao país seus “neotupis”: os poetas Mário e Oswald de Andrade, a pintora Anita Malfatti, o compositor Villa-Lobos. A Semana rompeu com o passado e apresentou o Brasil das letras ao Brasil das calçadas. Plantou o pau-brasil — e só poupou o Machado.
(...)
As vaias viraram urros e os urros se tornaram ofensas. O poeta seguia berrando, sob os riffs lancinantes da guitarra: “Vocês estão por fora. Vocês não dão pra entender. Mas que juventude é essa? Vocês são iguais sabem a quem? Sabem a quem? Àqueles que foram no Roda Viva e espancaram os atores. Não diferem em nada deles”. Era 12/9/1968 e, acompanhado dos Mutantes, Caetano Veloso estava tentando apresentar a canção É proibido proibir.
Eduardo Bueno. Brasil: uma história —
cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010, p. 319-20 e p. 403 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes da cultura brasileira, julgue o item que se segue.
Mencionada no texto, Roda Vida é nome de canção e de peça teatral de Chico Buarque cuja encenação ocorria em ambiente de radicalização ideológica entre esquerda e direita, quando o regime autoritário se preparava para enrijecer-se, o que se concretizou com o Ato Institucional n.º 5.
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A respeito da organização do Estado, julgue o item seguinte.
É necessária requisição específica do tribunal de justiça estadual para que a União intervenha em determinado estado em razão de desobediência a ordem ou decisão judiciária.
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Acerca da organização dos Poderes da União, julgue o item a seguir.
Tratando-se de crime comum, a competência para processar e julgar membro do tribunal de contas estadual é do Superior Tribunal de Justiça (STJ); para processar e julgar membro do Tribunal de Contas da União, nos crimes comuns, a competência é do Supremo Tribunal Federal (STF).
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