Para responder à questão leia o texto a seguir.

A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia

entre normas morais e prática social.

Quando se abre o jornal, é raro não nos defrontarmos com escândalos no mundo político. Casos de malversação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, redes de clientelas e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo, que nos leva a olhar de modo muito cético os rumos que a política, no Brasil, tem tomado. Criam-se, dessa forma, um clamor moral e um clima de caça às bruxas que geram instabilidade e um muro de lamentações e barreiras a projetos de políticas públicas. Contudo, apesar da sucessão de escândalos no Brasil, existe uma sensação de impotência por parte da sociedade; a corrupção é tolerada, e os cidadãos ficam apenas aguardando qual será o próximo escândalo que circulará nos jornais.

Essa sensação de mal-estar coletivo com a corrupção cria concepções de senso comum de uma natural desonestidade do brasileiro.

Um dos traços característitcos do senso comum no Brasil é que o brasileiro típico tem caráter duvidoso e, , não se nega a levar algum tipo de vantagem no âmbito das relações sociais ordinárias. Por isso, vários indicadores de confiança apontam o Brasil como um país onde a desconfiança impera. Para além do senso comum, esse tipo de leitura da realidade social brasileira converge para termos centrais das interpretações do país, e a produção de conceitos no mundo acadêmico também incorpora esse tipo de visão, sendo o brasileiro típico um cidadão voltado para seus desejos agonísticos, que se expressam em formas sociais como o jeitinho e a malandragem. Culpa-se, sobremaneira, nossa herança histórica deixada pelo mundo ibérico, que teria feito com que o Brasil não conhecesse o processo de racionalização típico do Ocidente e não incorporasse os valores e princípios do mundo protestante, ascético e voltado para uma ética dos deveres e do trabalho.

O projeto de interpretação do Brasil fornecido pela vertente do patrimonialismo tende tomar esse pressuposto como característica antropológica, alicerçada em visão muitas vezes derivada de outras experiências sociais. Afinal, a herança do patrimonialismo ibérico deixou algumas mazelas na constituição da sociedade brasileira, o que acarretaria projetos de ruptura com o passado.

A prática de corrupção não está relacionada aspectos do caráter do brasileiro, mas à constituição de normas informais que institucionalizaram certas práticas tidas como moralmente degradantes, mas cotidianamente toleradas. A antinomia entre normas morais e prática social da corrupção no Brasil revela que há uma outra antinomia: a corrupção é explicada, no plano da sociedade brasileira, pelofosso que separa os aspectos morais e valorativos da vida e da cultura política. Isso acarreta uma tolerância à corrupção que está na base da vida democrática pós- 1985.

Fonte: FILGUEIRAS, F. A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2, nov. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/op/v/s/n2/05.pdf. Acesso em 30 mai. 2015. (Adaptado)

Considerando o emprego da norma-padrão e à construção de sentido, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas na sequência do texto.

Segundo o modo de formação, as rochas sedimentares são divididas em clásticas, químicas e biogênicas. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, esses tipos de rocha.

No nordeste do Brasil, uma pequena bacia sedimentar destaca-se internacionalmente. Nela são encontrados troncos silicificados, impressões de coniferófitas, plantas com flores, moluscos, artrópodes, peixes, anfíbios e répteis, que estão entre as melhores condições de preservação orgânica do mundo. Delicadas estruturas anatômicas, tais como cerdas de insetos, restos musculares de vertebrados e coloração original de alguns fósseis, estão preservadas. Tal situação é única no Brasil e raríssima no mundo. Assinale a alternativa que aponta, respectivamente, a idade (período geológico) desses depósitos e o nome da bacia sedimentar onde ocorrem.

Observe o gráfico.

Fonte: CARVALHO, Ismar de Souza. Paleontologia:

conceitos e métodos. vol. 1. 3. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. p. 136. (Adaptado)

O gráfico acima evidencia picos de perda de diversidade (extinções) de invertebrados marinhos ao longodo tempo geológico. Nesses picos, dois eventos se destacam: um pela extinção dos trilobitas e outro pela extinção dos dinossauros não-aviários. Entre quais períodos geológicos ocorreram esses eventos, respectivamente?

Os restos fósseis, tais como conchas, dentes e ossos, constituem as partes duras dos organismos, enquanto vísceras, pele, músculos e vasos sanguíneos, representam partes moles. Em relação a essas partes, considere as alternativas a seguir.

I - Partes duras são muito mais comuns no registro paleontológico devido à sua maior facilidade de preservação.
II - Partes duras e moles têm igual possibilidade de se preservar.
III - A composição química de sílica (SiO ) e carbo- 2 nato de cálcio (CaCO ) nas partes moles é facilita- 3 dora da preservação.
IV - Restos vegetais sempre são encontrados em associação (raízes, caules, folhas, frutos e sementes), todos em estado articulado.

Está(ão) correta(s)

No Brasil, uma das mais importantes vias de divulgação e construção do conhecimento científico acerca da natureza se dá através do acesso aos museus. Dentre as atividades, qual NÃO constitui objetivo de um museu?

Considere os seguintes procedimentos de coleta de vertebrados fósseis:

I - Escavação.
II - Remoção de blocos de rochas.
III - Bandagem em gesso.

Deve(m) ser utilizado(s) em campo

Para responder à questão leia o texto a seguir.

A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia

entre normas morais e prática social.

Quando se abre o jornal, é raro não nos defrontarmos com escândalos no mundo político. Casos de malversação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, redes de clientelas e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo, que nos leva a olhar de modo muito cético os rumos que a política, no Brasil, tem tomado. Criam-se, dessa forma, um clamor moral e um clima de caça às bruxas que geram instabilidade e um muro de lamentações e barreiras a projetos de políticas públicas. Contudo, apesar da sucessão de escândalos no Brasil, existe uma sensação de impotência por parte da sociedade; a corrupção é tolerada, e os cidadãos ficam apenas aguardando qual será o próximo escândalo que circulará nos jornais.

Essa sensação de mal-estar coletivo com a corrupção cria concepções de senso comum acerca de uma natural desonestidade do brasileiro.

Um dos traços característitcos do senso comum no Brasil é que o brasileiro típico tem caráter duvidoso e, a princípio , não se nega a levar algum tipo de vantagem no âmbito das relações sociais ordinárias. Por isso, vários indicadores de confiança apontam o Brasil como um país onde a desconfiança impera. Para além do senso comum, esse tipo de leitura da realidade social brasileira converge para termos centrais das interpretações do país, e a produção de conceitos no mundo acadêmico também incorpora esse tipo de visão, sendo o brasileiro típico um cidadão voltado para seus desejos agonísticos, que se expressam em formas sociais como o jeitinho e a malandragem. Culpa-se, sobremaneira, nossa herança histórica deixada pelo mundo ibérico, que teria feito com que o Brasil não conhecesse o processo de racionalização típico do Ocidente e não incorporasse os valores e princípios do mundo protestante, ascético e voltado para uma ética dos deveres e do trabalho.

O projeto de interpretação do Brasil fornecido pela vertente do patrimonialismo tende a tomar esse pressuposto como característica antropológica, alicerçada em visão muitas vezes derivada de outras experiências sociais. Afinal, a herança do patrimonialismo ibérico deixou algumas mazelas na constituição da sociedade brasileira, o que acarretaria projetos de ruptura com o passado.

A prática de corrupção não está relacionada a aspectos do caráter do brasileiro, mas à constituição de normas informais que institucionalizaram certas práticas tidas como moralmente degradantes, mas cotidianamente toleradas. A antinomia entre normas morais e prática social da corrupção no Brasil revela que há uma outra antinomia: a corrupção é explicada, no plano da sociedade brasileira, pelofosso que separa os aspectos morais e valorativos da vida e da cultura política. Isso acarreta uma tolerância à corrupção que está na base da vida democrática pós- 1985.

Fonte: FILGUEIRAS, F. A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2, nov. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/op/v/s/n2/05.pdf. Acesso em 30 mai. 2015. (Adaptado)

Em relação à formação de palavras usadas no texto, considere as afirmativas a seguir.

I - As palavras "impotência" e "desonestidade" são formadas pelo processo de derivação prefixal e sufixal, e os prefixos de ambas as palavras denotam negação.

II - A palavra "malandragem" é formada pelo processo de derivação sufixal e significa o resultado da ação de ser malandro.

III - As palavras "sobremaneira" e "antinomia" são formadas pelo processo de composição por justaposição e derivação prefixal, respectivamente.

Está(ão) correta(s)

A origem da vida se deu relativamente cedo após o processo de acreção do planeta Terra. A evidência mais antiga de vida preservada em rochas de nosso planeta tem cerca de

Observe a figura.

Fonte: Lambert et al. (2003). Enciclopédia dos dinossauros e da vida pré-histórica. p. 90-91. (Adaptado)

Rauisúquios são arcossauros bastante comuns em depósitos do Triássico Médio do Rio Grande do Sul. Observe o esqueleto fóssil e assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os ossos correspondentes à numeração apresentada na figura.