Magna Concursos

Foram encontradas 50 questões.

Para responder à questão leia o texto a seguir.

A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia

entre normas morais e prática social.

Quando se abre o jornal, é raro não(I) nos defrontarmos com escândalos no mundo político. Casos de malversação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, redes de clientelas e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo, que nos leva a olhar de modo muito cético os rumos que a política, no Brasil, tem tomado. Criam-se(II), dessa forma, um clamor moral(II) e um clima de caça às bruxas(II) que geram(III) instabilidade e um muro de lamentações e barreiras a projetos de políticas públicas. Contudo, apesar da sucessão de escândalos no Brasil, existe uma sensação de impotência por parte da sociedade; a corrupção é tolerada, e os cidadãos ficam apenas aguardando qual será o próximo escândalo que circulará nos jornais.

Essa sensação de mal-estar coletivo com a corrupção cria concepções de senso comum acerca de uma natural desonestidade do brasileiro.

Um dos traços característitcos do senso comum no Brasil é que o brasileiro típico tem caráter duvidoso e, a princípio , não se nega a levar algum tipo de vantagem no âmbito das relações sociais ordinárias. Por isso, vários indicadores de confiança apontam o Brasil como um país onde a desconfiança impera. Para além do senso comum, esse tipo de leitura da realidade social brasileira converge para termos centrais das interpretações do país, e a produção de conceitos no mundo acadêmico também incorpora esse tipo de visão, sendo o brasileiro típico um cidadão voltado para seus desejos agonísticos, que se expressam em formas sociais como o jeitinho e a malandragem. Culpa-se, sobremaneira, nossa herança histórica deixada pelo mundo ibérico, que teria feito(IV) com que o Brasil não conhecesse(IV) o processo de racionalização típico do Ocidente e não incorporasse(IV) os valores e princípios do mundo protestante, ascético e voltado para uma ética dos deveres e do trabalho.

O projeto de interpretação do Brasil fornecido pela vertente do patrimonialismo tende a tomar esse pressuposto como característica antropológica, alicerçada em visão muitas vezes derivada de outras experiências sociais. Afinal, a herança do patrimonialismo ibérico deixou algumas mazelas na constituição da sociedade brasileira, o que acarretaria projetos de ruptura com o passado.

A prática de corrupção não está relacionada a aspectos do caráter do brasileiro, mas à constituição de normas informais que institucionalizaram certas práticas tidas como moralmente degradantes, mas cotidianamente toleradas. A antinomia entre normas morais e prática social da corrupção no Brasil revela que há uma outra antinomia: a corrupção é explicada, no plano da sociedade brasileira, pelofosso que separa os aspectos morais e valorativos da vida e da cultura política. Isso acarreta uma tolerância à corrupção que está na base da vida democrática pós- 1985.

Fonte: FILGUEIRAS, F. A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2, nov. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/op/v/s/n2/05.pdf. Acesso em 30 mai. 2015. (Adaptado)

Em relação às escolhas linguísticas e à construção de sentido no texto, considere as afirmativas a seguir.

I - Se o adjunto adverbial "não" fosse deslocado para antes de "é raro", o sentido da informação seria mantido.

II - As expressões "um clamor moral" e "um clima de caça às bruxas" correspondem ao agente da ação expressa por "Criam-se" e sinalizam a intenção de encobrimento dos responsáveis pela ação.

III - O pronome "que" retoma a palavra "bruxas", motivo pelo qual o verbo "geram" está flexionado.

IV - O modo verbal empregado em "conhecesse" e "incorporasse" está condicionado ao uso do tempo verbal "teria feito", que expressa incerteza e relaciona um fato futuro a um fato passado.

Está(ão) correta(s)

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

Para responder à questão leia o texto a seguir.

Gentileza gera gentileza

o título da coluna foi tomado emprestado dele, o próprio Gentileza. Gentileza foi um grande homem, com um grande legado e uma grande vida.

Passou a maior parte dela pregando a gentileza como um modo de existir. Depois que morreu, em 1996, velhinho, aos 79 anos, a Companhia de Limpeza Urbana do Rio cobriu seus escritos nas pilastras do viaduto do Caju com tinta cinza. Não podia ser mais simbólico. O apagamento de Gentileza gerou um movimento de reação chamado “Rio com gentileza”, que resgatou o livro urbano de Gentileza e propõe a gentileza como uma forma de estar no mundo.

É sério. Parece pouco. É muito. Faz uma enorme diferença. Quando somos maltratados em algum lugar, por alguém, isso já envenena o nosso dia. E desencadeia reações desencontradas em cadeia. Por outro lado, às vezes nem percebemos, mas a beleza de outro dia, nosso suspeito bom-humor num dia comum, começou lá atrás , quando alguém teve um gesto gentil, nos acolheu com simpatia, nos tratou bem. Seja o nosso chefe, o motorista do ônibus, o balconista da padaria. Faz bem para a vida ser tratado com gentileza. E um gesto gentil também desencadeia reações similares em cadeia. Gentileza, o profeta, tinha toda a razão quando respondia aos que o chamavam de maluco: “Maluco pra te amar, louco pra te salvar”.

Se cada um de nós fizer uma reconstituição mental do nosso dia, hoje mesmo, vai perceber que o pior dele foi causado porque não foram gentis conosco nem fomos gentis com os outros. Desde o bom dia que faltou, o por favor que não foi dito, a buzina desnecessária no trânsito, a cara fechada, o sorriso que economizamos, a ajuda que poderíamos ter dado e não demos, ou ainda a que não recebemos, o elogio que não veio, a crítica que deveria ter sido feita para somar, mas foi programada para massacrar, o veneno que escorreu da nossa boca e da dos outros. Uma soma de pequenos e desnecessários gastos de energia que só serviram para nos intoxicar.

Gentileza é o exercício cotidiano de vestir a pele do outro. É cuidar não de alguém, mas de qualquer um. Mesmo que ele não seja nosso parente, mesmo que seja um estranho. Cuidar por nada. Sem precisar de motivo. Cuidar por cuidar.

Por que algo tão essencial se tornou supérfluo? Porque gentileza não se consome, talvez. Não tem valor monetário. Não se ganha nada de material com ela. Também não custa nada.

Hoje, tratar mal as pessoas, marchar pelos corredores, fechar a cara, não dar bom dia e dizer coisas duras sem nenhum cuidado parece ser um atributo dos poderosos. Quase uma virtude. O conjunto de características que costuma cercar o poder é imediatamente incorporado pelos subordinados. Nessa lógica, há sempre alguém a quem não precisamos beneficiar, não com a nossa gentileza, porque gentileza não tem nada a ver com isso, mas a quem não precisamos beneficiar com a nossa bajulação.

Acho que ser gentil não é nada prosaico, é um ato de resistência diante de uma vida determinada por valores calculáveis: só faço tal coisa se ganhar algo em troca, seja dinheiro ou um dos muitos pequenos poderes ou um ponto a mais com quem manda. A gentileza vira essa lógica do avesso: sou gentil sem esperar nada em troca.

Gentileza não é mesmo algo que temos, é mais algo que somos. E que nos tornamos. Talvez o verdadeiro poder esteja naquele que pode dar sem esperar nada em troca. Como Gentileza.

Assim como inventaram um dia sem carro, acho que poderíamos criar um dia com gentileza. Não precisa ser uma campanha de massa, basta uma decisão interna, silenciosa, de cada um. Só para experimentar. Um dia só tentando ser gentil. Engolindo a palavra ríspida, calando a fofoca ainda no esôfago, olhando de verdade para as pessoas, escutando o que o outro tem a dizer, mesmo que não nos pareça tão interessante, sorrindo um pouco mais.

Pequenos gestos. Segurar o elevador, dar oi e dar tchau, não se atravessar na frente de ninguém nem sair correndo para ser o primeiro, ter paciência em vez de se irritar, elogiar um pouco mais, deixar passar o que não foi tão legal, mas também não foi tão grave e, quando a crítica for imprescindível, abusar da delicadeza. Um dia só, mesmo que seja apenas para experimentar algo diferente. Quem sabe o que pode acontecer?

Fonte: BRUM, E. Gentileza gera gentileza. Época, 05 out. 2009. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI96818-15230,00-GENTILEZA+GERA+GENTILEZA.html. (Adaptado)

Com relação a recursos linguísticos empregados no texto, considere as afirmativas a seguir.

I - A palavra "mesmo", expressa exatidão quanto ao instante do enunciado, ao passo que, na linha 118, enfatiza o argumento de que faz parte, podendo ser substituída por de fato.

II - O termo "mesmo que", estabelece relação de sentido equivalente ao seu emprego na linha 152, podendo, em ambas as ocorrências, ser substituído, sem alteração do sentido, por ainda que.

III - O elemento "porque" poderia ser substituído por porquanto, mantendo-se a relação explicativa.

Está(ão) correta(s)

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
945852 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Elétrica
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
Provas:

Uma carga trifásica equilibrada com valor igual a 2 ohms por fase ligada em triângulo é alimentada por uma fonte trifásica ligada em estrela. Sabendo que o módulo da tensão de fase da fonte vale 100 V, os módulos das correntes da carga de fase e de linha valem, em ampères, respectivamente,

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
945778 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Elétrica
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
Provas:

O cobre e o alumínio são os materiais condutores mais utilizados na fabricação de condutores elétricos. Sobre esses dois metais, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa a seguir.

( ) A condutividade do alumínio é cerca de 60 porcento da condutividade do cobre.

( ) O alumínio é mais leve que o cobre, razão pela qual é mais fácil de ser transportado e suspenso.

( ) Em locais de alta salinidade, tais como regiões litorâneas, os condutores de alumínio são mais indicados que os de cobre.

A sequência correta é

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

Para responder à questão leia o texto a seguir.

A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia

entre normas morais e prática social.

Quando se abre o jornal, é raro não nos defrontarmos com escândalos no mundo político. Casos de malversação de recursos públicos, uso indevido da máquina administrativa, redes de clientelas e tantas outras mazelas configuram uma sensação de mal-estar coletivo, que nos leva a olhar de modo muito cético os rumos que a política, no Brasil, tem tomado. Criam-se, dessa forma, um clamor moral e um clima de caça às bruxas que geram instabilidade e um muro de lamentações e barreiras a projetos de políticas públicas. Contudo, apesar da sucessão de escândalos no Brasil, existe uma sensação de impotência por parte da sociedade; a corrupção é tolerada, e os cidadãos ficam apenas aguardando qual será o próximo escândalo que circulará nos jornais.

Essa sensação de mal-estar coletivo com a corrupção cria concepções de senso comum acerca de uma natural desonestidade do brasileiro.

Um dos traços característitcos do senso comum no Brasil é que o brasileiro típico tem caráter duvidoso e, a princípio , não se nega a levar algum tipo de vantagem no âmbito das relações sociais ordinárias. Por isso, vários indicadores de confiança apontam o Brasil como um país onde a desconfiança impera. Para além do senso comum, esse tipo de leitura da realidade social brasileira converge para termos centrais das interpretações do país, e a produção de conceitos no mundo acadêmico também incorpora esse tipo de visão, sendo o brasileiro típico um cidadão voltado para seus desejos agonísticos, que se expressam em formas sociais como o jeitinho e a malandragem. Culpa-se, sobremaneira, nossa herança histórica deixada pelo mundo ibérico, que teria feito com que o Brasil não conhecesse o processo de racionalização típico do Ocidente e não incorporasse os valores e princípios do mundo protestante, ascético e voltado para uma ética dos deveres e do trabalho.

O projeto de interpretação do Brasil fornecido pela vertente do patrimonialismo tende a tomar esse pressuposto como característica antropológica, alicerçada em visão muitas vezes derivada de outras experiências sociais. Afinal, a herança do patrimonialismo ibérico deixou algumas mazelas na constituição da sociedade brasileira, o que acarretaria projetos de ruptura com o passado.

A prática de corrupção não está relacionada a aspectos do caráter do brasileiro, mas à constituição de normas informais que institucionalizaram certas práticas tidas como moralmente degradantes, mas cotidianamente toleradas. A antinomia entre normas morais e prática social da corrupção no Brasil revela que há uma outra antinomia: a corrupção é explicada, no plano da sociedade brasileira, pelofosso que separa os aspectos morais e valorativos da vida e da cultura política. Isso acarreta uma tolerância à corrupção que está na base da vida democrática pós- 1985.

Fonte: FILGUEIRAS, F. A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 15, n. 2, nov. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/op/v/s/n2/05.pdf. Acesso em 30 mai. 2015. (Adaptado)

Com relação ao emprego de recursos coesivos e à construção de sentido no texto, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada uma das afirmativas a seguir.

( ) A expressão "Esse tipo de visão" recapitula a informação anterior de que no Brasil impera a desconfiança, em razão de o brasileiro típico ter um caráter duvidoso e não se negar a levar vantagem nas relações sociais.

( ) A palavra "que", na linha 27, introduz uma informação que restringe o referente anterior, enquanto, na linha 93, introduz o complemento para o verbo "revela".

( ) Na linha 43, a palavra "como" confere à oração um valor circunstancial de conformidade, enquanto, na linha 56, expressa um valor circunstancial de comparação.

A sequência correta é

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
945759 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Eletrônica
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
Provas:

Observe a figura.

Enunciado 2623497-1

A tensão fornecida por um sensor, ao reconhecer um objeto, é de apenas 250mV. Para utilizar esse sinal de tensão em um sistema de monitoramento, é empregado um circuito amplificador. Qual o valor da tensão, em volts, que é aplicada ao sistema de monitoramento representado pelo resistor Ro no circuito mostrado na figura acima?

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
941427 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Elétrica
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
Provas:

Utilize os dados fornecidos na tabela para resolver a questão.

!$ \varnothing_1 = 48,487^\circ !$ !$ \varnothing_2 = 18,195^\circ !$
Cos !$ \varnothing !$ 0,6667

0,95

Sen !$ \varnothing !$ 0,745

0,312

Tg !$ \varnothing !$ 1,117

0,328

Uma indústria, com carga total instalada de 300 kVA e fator de potência 0,6667 atrasado, deseja corrigir o seu fator de potência para 0,95 atrasado por meio de um banco de capacitores instalados em paralelo com a carga total da instalação. A potência reativa capacitiva, em kVAR, necessária para a correção é, aproximadamente,

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
941416 Ano: 2015
Disciplina: Engenharia Elétrica
Banca: UFSM
Orgão: UFSM
Provas:

Um transformador monofásico ideal é empregado para alimentar um equipamento de 10V e 110W. Sabe-se que o secundário desse transformador possui 50 espiras. Se o transformador for conectado a uma fonte de 220V, qual será, respectivamente, a corrente em ampères e o número de espiras do enrolamento primário?

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

Com relação ao que dispõe a Constituição Federal de 1988 a respeito da Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.

Questão Anulada e Desatualizada

Provas

Questão presente nas seguintes provas

Para responder à questão, leia o texto a seguir.

Enunciado 3423500-1

Fonte: BECK, Alexandre. Armandinho zero. Florianópolis: A. C. Beck, 2013. p. 44.

Com relação ao uso da norma-padrão da língua, assinale V (verdadeira) ou F (falsa) em cada afirmativa a seguir.

( ) No primeiro quadro da tira, o verbo "mente" deveria ser substituído por mentir, tendo em vista a relação condicional expressa por "se".

( ) No segundo quadro da tira, "atende" deveria ser substituído por atenda, adequando-se à pessoa marcada por "você", presente no primeiro quadro.

( ) Se mantida a forma "atende", no segundo quadro, a forma "diga", no quarto quadro, deve ser substituída por diz para manter a uniformidade no uso da segunda pessoa do discurso.

A sequência correta é

Questão Anulada e Desatualizada

Provas

Questão presente nas seguintes provas