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Foram encontradas 70 questões.

1422110 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
INSTRUÇÃO: Leia o texto 3 (excerto de uma entrevista) para responder a questão

TEXTO 03

enunciado 1422110-1
Disponivel em http://www.editorialj.eusoufamecos.net/site/noticias/explore/o-antidoto-para-fake-news-e-jornalismo-de-qualidade-dizmarcelo-rech/ Acesso em 30/03/2018.
Leia as proposições a seguir sobre o excerto da entrevista:
I. Constrói-se uma analogia entre médicos e jornalistas, considerando-se o diagnóstico médico como uma metáfora para a checagem dos fatos pelo jornalista. II. Há, nas plataformas digitais, um algoritmo que deturpa as informações em favor do mercantilismo. III. Para alcançar a credibilidade, os gigantes digitais deverão se submeter a uma autorregulação, seguindo as normas do jornalismo. IV. Infere-se uma crítica aos gigantes digitais que privilegiam a coleta de informações sobre os usuários de plataformas sociais. V. O potencial de divulgação de notícias falsas em plataformas sociais está associado ao potencial de compartilhamento que a informação possui.
Estão CORRETAS as proposições:
 

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1222834 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

FAKE NEWS PODEM CONSTRUIR UM FUTURO MUITO REAL

Acompanho com bastante atenção boa parte do que é produzido sobre notícias falsas ou fake news,inclusive discussões realizadas em eventos, e percebo que questões fundamentais precisam ser levadas em consideração para a compreensão do problema. Primeiro, é preciso entender a real dimensão sobre a importância das notícias e como a sociedade pode ser impactada por elas. A socióloga Gaye Thuchman, escritora do livro Making News, dedica-se a detalhar as notícias, como construtoras de realidade e de conhecimento. Nele, a autora analisa que parte do que conhecemos sobre nós e nossa história é fruto da produção jornalística. Em resumo e de forma muito simplista, tecemos nossa percepção de mundo pelos olhos de terceiros, que não necessariamente relataram exatamente o que viram ou pensaram.

Esse é o perigo real das fake news, construir um futuro baseado em artigos fictícios, que misturam acontecimentos ou fatos e componentes criados por alguém, com o objetivo de confundir e estimular pessoas a replicarem o conteúdo, para finalidade diversa.

O foco dos debates tem sido mais relacionado à política, mas as fake news também podem servir ao corporativo. Por exemplo, um produtor internacional de carne bovina pode contratar profissionais para disseminar um boato de que outro país esteja com sua produção comprometida. Vídeos de animais abatidos de forma irregular ou imagens de laudos adulterados poderiam ser facilmente vinculados a produtores renomados.

E por que esse boato poderia pegar? Dois pesquisadores, Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge, chegaram à conclusão que notícias negativas tendem a ser mais facilmente aceitas, disseminadas e frequentes do que notícias positivas. O fato de serem mais esperadas pela população facilita que ocorra consenso comum. Ou seja, as pessoas acreditam com mais facilidade em notícias negativas do que em notícias positivas.

Esse aspecto da cultura de consumo de conteúdo abre espaço para que as fake news sejam utilizadas como propaganda de qualquer coisa, desde uma ideologia complexa a uma ideia que um rato poderia ser envazado em uma garrafa de refrigerante. Nessa ótica, não existe ambiente melhor para replicação e formação de uma imagem alvo do que a mídia digital, mais precisamente, as redes sociais.

A dificuldade em localizar a origem de um conteúdo, bem como de seu autor e outros fatores como o baixo custo de produção e disseminação, quando comparados aos meios tradicionais, fez da internet o principal celeiro dos fakes. Dissecando as fake news encontramos três elementos. O elemento essencial para a replicação é o cidadão comum, o disseminador. Contudo, é preciso atentar a outros dois elementos, aquele que se destina a pesquisar e produzir conteúdo falso, o produtor; e aquele que interessa a disseminação do conteúdo, o motivador.

No âmbito amador, uma pessoa física pode agregar os papéis dos três elementos, tendo como motivacional crenças particulares, enquanto no âmbito profissional, é mais comum a separação do disseminador dos demais elementos, segundo observado em ações de determinados grupos que publicaram notícias favoráveis a um certo político para lucrarem com anúncios em seus sites. A guerra contra as fake news está só começando, e para que ela seja vencida, precisamos entender melhor contra o que lutamos e aceitar que notícias falsas constroem um futuro muito real.

Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2017/12/12/interna_politica,647512/opiniao-fake-newspodem- construir-um-futuro-muito-real.shtml. Acesso em 30/03/2018

Pelas características de organização do discurso, a respeito do texto, é CORRETO afirmar que se trata de uma:

 

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1222817 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

FAKE NEWS PODEM CONSTRUIR UM FUTURO MUITO REAL

Acompanho com bastante atenção boa parte do que é produzido sobre notícias falsas ou fake news,inclusive discussões realizadas em eventos, e percebo que questões fundamentais precisam ser levadas em consideração para a compreensão do problema. Primeiro, é preciso entender a real dimensão sobre a importância das notícias e como a sociedade pode ser impactada por elas. A socióloga Gaye Thuchman, escritora do livro Making News, dedica-se a detalhar as notícias, como construtoras de realidade e de conhecimento. Nele, a autora analisa que parte do que conhecemos sobre nós e nossa história é fruto da produção jornalística. Em resumo e de forma muito simplista, tecemos nossa percepção de mundo pelos olhos de terceiros, que não necessariamente relataram exatamente o que viram ou pensaram.

Esse é o perigo real das fake news, construir um futuro baseado em artigos fictícios, que misturam acontecimentos ou fatos e componentes criados por alguém, com o objetivo de confundir e estimular pessoas a replicarem o conteúdo, para finalidade diversa.

O foco dos debates tem sido mais relacionado à política, mas as fake news também podem servir ao corporativo. Por exemplo, um produtor internacional de carne bovina pode contratar profissionais para disseminar um boato de que outro país esteja com sua produção comprometida. Vídeos de animais abatidos de forma irregular ou imagens de laudos adulterados poderiam ser facilmente vinculados a produtores renomados.

E por que esse boato poderia pegar? Dois pesquisadores, Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge, chegaram à conclusão que notícias negativas tendem a ser mais facilmente aceitas, disseminadas e frequentes do que notícias positivas. O fato de serem mais esperadas pela população facilita que ocorra consenso comum. Ou seja, as pessoas acreditam com mais facilidade em notícias negativas do que em notícias positivas.

Esse aspecto da cultura de consumo de conteúdo abre espaço para que as fake news sejam utilizadas como propaganda de qualquer coisa, desde uma ideologia complexa a uma ideia que um rato poderia ser envazado em uma garrafa de refrigerante. Nessa ótica, não existe ambiente melhor para replicação e formação de uma imagem alvo do que a mídia digital, mais precisamente, as redes sociais.

A dificuldade em localizar a origem de um conteúdo, bem como de seu autor e outros fatores como o baixo custo de produção e disseminação, quando comparados aos meios tradicionais, fez da internet o principal celeiro dos fakes. Dissecando as fake news encontramos três elementos. O elemento essencial para a replicação é o cidadão comum, o disseminador. Contudo, é preciso atentar a outros dois elementos, aquele que se destina a pesquisar e produzir conteúdo falso, o produtor; e aquele que interessa a disseminação do conteúdo, o motivador.

No âmbito amador, uma pessoa física pode agregar os papéis dos três elementos, tendo como motivacional crenças particulares, enquanto no âmbito profissional, é mais comum a separação do disseminador dos demais elementos, segundo observado em ações de determinados grupos que publicaram notícias favoráveis a um certo político para lucrarem com anúncios em seus sites. A guerra contra as fake news está só começando, e para que ela seja vencida, precisamos entender melhor contra o que lutamos e aceitar que notícias falsas constroem um futuro muito real.

Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2017/12/12/interna_politica,647512/opiniao-fake-newspodem- construir-um-futuro-muito-real.shtml. Acesso em 30/03/2018

Leia as proposições a seguir, sobre as estratégias argumentativas presentes no texto:

I. O articulista busca argumentos de autoridade para defender que a notícia não só veicula o conhecimento, mas também constrói uma realidade.

II. Há no texto uma contradição argumentativa quando o articulista defende que notícias falsas constroem um mundo real.

III. O articulista estabelece um julgamento diferenciado entre o cidadão comum que dissemina fake news e aquele que produz conteúdos falsos.

IV. Há um aspecto cultural ligado à propagação de fake news, sobretudo em sociedades em que circulam mais notícias de cunho negativo.

V. O texto apresenta argumentos que evidenciam que a internet possui características peculiares o que permite uma maior propagação de notícias falsas.

Assinale a alternativa CORRETA:

 

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1222809 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

FAKE NEWS PODEM CONSTRUIR UM FUTURO MUITO REAL

Acompanho com bastante atenção boa parte do que é produzido sobre notícias falsas ou fake news,inclusive discussões realizadas em eventos, e percebo que questões fundamentais precisam ser levadas em consideração para a compreensão do problema. Primeiro, é preciso entender a real dimensão sobre a importância das notícias e como a sociedade pode ser impactada por elas. A socióloga Gaye Thuchman, escritora do livro Making News, dedica-se a detalhar as notícias, como construtoras de realidade e de conhecimento. Nele, a autora analisa que parte do que conhecemos sobre nós e nossa história é fruto da produção jornalística. Em resumo e de forma muito simplista, tecemos nossa percepção de mundo pelos olhos de terceiros, que não necessariamente relataram exatamente o que viram ou pensaram.

Esse é o perigo real das fake news, construir um futuro baseado em artigos fictícios, que misturam acontecimentos ou fatos e componentes criados por alguém, com o objetivo de confundir e estimular pessoas a replicarem o conteúdo, para finalidade diversa.

O foco dos debates tem sido mais relacionado à política, mas as fake news também podem servir ao corporativo. Por exemplo, um produtor internacional de carne bovina pode contratar profissionais para disseminar um boato de que outro país esteja com sua produção comprometida. Vídeos de animais abatidos de forma irregular ou imagens de laudos adulterados poderiam ser facilmente vinculados a produtores renomados.

E por que esse boato poderia pegar? Dois pesquisadores, Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge, chegaram à conclusão que notícias negativas tendem a ser mais facilmente aceitas, disseminadas e frequentes do que notícias positivas. O fato de serem mais esperadas pela população facilita que ocorra consenso comum. Ou seja, as pessoas acreditam com mais facilidade em notícias negativas do que em notícias positivas.

Esse aspecto da cultura de consumo de conteúdo abre espaço para que as fake news sejam utilizadas como propaganda de qualquer coisa, desde uma ideologia complexa a uma ideia que um rato poderia ser envazado em uma garrafa de refrigerante. Nessa ótica, não existe ambiente melhor para replicação e formação de uma imagem alvo do que a mídia digital, mais precisamente, as redes sociais.

A dificuldade em localizar a origem de um conteúdo, bem como de seu autor e outros fatores como o baixo custo de produção e disseminação, quando comparados aos meios tradicionais, fez da internet o principal celeiro dos fakes. Dissecando as fake news encontramos três elementos. O elemento essencial para a replicação é o cidadão comum, o disseminador. Contudo, é preciso atentar a outros dois elementos, aquele que se destina a pesquisar e produzir conteúdo falso, o produtor; e aquele que interessa a disseminação do conteúdo, o motivador.

No âmbito amador, uma pessoa física pode agregar os papéis dos três elementos, tendo como motivacional crenças particulares, enquanto no âmbito profissional, é mais comum a separação do disseminador dos demais elementos, segundo observado em ações de determinados grupos que publicaram notícias favoráveis a um certo político para lucrarem com anúncios em seus sites. A guerra contra as fake news está só começando, e para que ela seja vencida, precisamos entender melhor contra o que lutamos e aceitar que notícias falsas constroem um futuro muito real.

Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2017/12/12/interna_politica,647512/opiniao-fake-newspodem- construir-um-futuro-muito-real.shtml. Acesso em 30/03/2018

Considerando o texto em sua totalidade, o objetivo comunicativo predominante é:

 

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1222808 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

O VALOR DA VERDADE NA ERA DO FAKE NEWS

Postado por Gazeta de São João del-Rei em 3 de Março de 2018
Por Paulo Nassar*

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, em uma determinada semana de abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.

A má notícia e essa não é falsa é que a onda de inverdades não se restringiu ao período da pesquisa — ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política ao esporte, passando pela economia e a cobertura ambiental. Vivemos a era do “fake news”, em que blogs com interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.

Mas nem só de blogs sujos vive o fake news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas, destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.

O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas obscuras e não ser predada pelo fake news. É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e princípios dos veículos tradicionais — e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas. Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como Facebook, Google e Twitter — que não produzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários — vêm investindo fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.

Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos principais virais. A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis. Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação que vale.

* professor da ECA/USP e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial [Aberje] Disponível em http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2018/03/artigo-o-valor-da-verdade-na-era-do-fake-news/ Acesso em 30/03/2018

Considerando os mecanismos de coesão textual, analise as proposições abaixo:

I. “Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. O termo eles se refere aos USÁRIOS DO FACEBOOK.

II. “Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje”. O termo outros se refere aos CHECADORES PROFISSIONAIS DE INFORMAÇÕES.

III. “Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade”. O termo essa se refere à ATIVIDADE DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

IV. “Essa é a informação que vale”. O termo essa se refere à INFORMAÇÃO PRODUZIDA PELO BOM JORNALISMO.

Assinale a alternativa CORRETA.

 

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1222807 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

O VALOR DA VERDADE NA ERA DO FAKE NEWS

Postado por Gazeta de São João del-Rei em 3 de Março de 2018
Por Paulo Nassar*

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, em uma determinada semana de abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.

A má notícia e essa não é falsa é que a onda de inverdades não se restringiu ao período da pesquisa — ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política ao esporte, passando pela economia e a cobertura ambiental. Vivemos a era do “fake news”, em que blogs com interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.

Mas nem só de blogs sujos vive o fake news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas, destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.

O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas obscuras e não ser predada pelo fake news. É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e princípios dos veículos tradicionais — e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas. Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como Facebook, Google e Twitter — que não produzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários — vêm investindo fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.

Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos principais virais. A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis. Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação que vale.

* professor da ECA/USP e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial [Aberje] Disponível em http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2018/03/artigo-o-valor-da-verdade-na-era-do-fake-news/ Acesso em 30/03/2018

“A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla” . A expressão “via de mão dupla” indica uma relação de:

 

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1221579 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: UFLA
Orgão: UFLA

O VALOR DA VERDADE NA ERA DO FAKE NEWS

Postado por Gazeta de São João del-Rei em 3 de Março de 2018
Por Paulo Nassar*

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, em uma determinada semana de abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.

A má notícia e essa não é falsa é que a onda de inverdades não se restringiu ao período da pesquisa — ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política ao esporte, passando pela economia e a cobertura ambiental. Vivemos a era do “fake news”, em que blogs com interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.

Mas nem só de blogs sujos vive o fake news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas, destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.

O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas obscuras e não ser predada pelo fake news. É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e princípios dos veículos tradicionais — e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas. Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como Facebook, Google e Twitter — que não produzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários — vêm investindo fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.

Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos principais virais. A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis. Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação que vale.

* professor da ECA/USP e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial [Aberje] Disponível em http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2018/03/artigo-o-valor-da-verdade-na-era-do-fake-news/ Acesso em 30/03/2018

Para compor o discurso dissertativo-argumentativo, o articulista utilizou alguns recursos referentes a esse tipo textual. Analise os elementos apresentados a seguir.

I. Pergunta retórica.

II. Comprovação (dados, estatísticas, percentuais).

III. Citação (Argumento de Autoridade).

IV. Exemplificação.

V. Contra argumentação.

Entre os elementos citados, fazem parte da constituição do texto apresentado:

 

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1221578 Ano: 2018
Disciplina: Português
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O VALOR DA VERDADE NA ERA DO FAKE NEWS

Postado por Gazeta de São João del-Rei em 3 de Março de 2018
Por Paulo Nassar*

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, em uma determinada semana de abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.

A má notícia e essa não é falsa é que a onda de inverdades não se restringiu ao período da pesquisa — ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política ao esporte, passando pela economia e a cobertura ambiental. Vivemos a era do “fake news”, em que blogs com interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.

Mas nem só de blogs sujos vive o fake news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas, destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.

O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas obscuras e não ser predada pelo fake news. É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e princípios dos veículos tradicionais — e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas. Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como Facebook, Google e Twitter — que não produzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários — vêm investindo fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.

Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos principais virais. A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis. Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação que vale.

* professor da ECA/USP e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial [Aberje] Disponível em http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2018/03/artigo-o-valor-da-verdade-na-era-do-fake-news/ Acesso em 30/03/2018

As alternativas apresentam segmentos em que o autor exprime opinião pessoal ou posicionamento crítico, EXCETO:

 

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Orgão: UFLA

O VALOR DA VERDADE NA ERA DO FAKE NEWS

Postado por Gazeta de São João del-Rei em 3 de Março de 2018
Por Paulo Nassar*

Já dizia o filósofo e escritor italiano Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Segundo ele, os “idiotas da aldeia” tinham o direito à palavra em um bar após uma taça de vinho, mas sem prejudicar a coletividade. Com o advento das redes sociais, no entanto, hoje eles “têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”. A teoria de Eco é comprovada por um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Acesso à Informação da USP, em uma determinada semana de abril de 2016. A diligência, que investigou mais de 8 mil reportagens publicadas em jornais, revistas, sites e blogs no período, concluiu que três das cinco notícias mais compartilhadas no Facebook eram falsas. Juntos, os textos tiveram mais de 200 mil compartilhamentos, o que nos leva a crer que mais de 1 milhão de pessoas tenham sido impactadas por notícias falsas em menos de uma semana.

A má notícia e essa não é falsa é que a onda de inverdades não se restringiu ao período da pesquisa — ela está presente em nosso dia a dia e hoje influencia discussões nas mais diferentes áreas, da política ao esporte, passando pela economia e a cobertura ambiental. Vivemos a era do “fake news”, em que blogs com interesses escusos deturparam o princípio básico do jornalismo, que é a imparcialidade, para manipular a opinião pública de acordo com os interesses de determinados grupos. Nos últimos anos, essa se tornou uma atividade altamente lucrativa — talvez até mais rentável que o jornalismo de verdade. Prova disso é que atualmente existe uma verdadeira indústria que movimenta bilhões de dólares por ano através dos fake facts.

Mas nem só de blogs sujos vive o fake news. Em um momento de debates polarizados, de “nós contra eles”, muitos profissionais da área têm misturado jornalismo com ativismo, levando a desinformação até mesmo aos veículos que gozam de credibilidade junto ao seu público. O que pouca gente se dá conta é que notícias falsas ou coberturas jornalísticas tendenciosas podem afetar não somente a política, como também pessoas e empresas, destruindo a reputação e gerando prejuízos bilionários às corporações.

O jornalismo, não como empresa, mas como instituição, precisa criar um escudo para se proteger dessas práticas obscuras e não ser predada pelo fake news . É cada vez mais necessário zelar pela história, valores e princípios dos veículos tradicionais — e sobretudo pela credibilidade conquistada por eles ao longo de décadas. Muitos desses meios de comunicação contam atualmente com checadores profissionais de informações, uma arma eficiente na busca pela diferenciação. Outros apostam em parcerias com empresas especializadas em checagem de notícias, um negócio novo, mas que se tornou altamente relevante nos dias de hoje. Até mesmo companhias como Facebook , Google e Twitter — que não prod uzem conteúdo, apenas os distribuem entre seus usuários — vêm investindo fortemente em ferramentas de checagem, buscando aumentar a credibilidade de seus serviços.

Mas a busca pela verdade, é preciso dizer, não é uma tarefa exclusiva dos veículos de comunicação. Do lado do leitor, também é preciso cuidado para interpretar as notícias, avaliar a credibilidade de quem as veicula e, principalmente, não colaborar para a difusão de conteúdos falsos, uma tarefa que acaba dificultada pelo cunho ideológico dos principais virais. A luta contra o fake news precisa ser encarada como uma via de mão dupla. Se por um lado é preciso criar uma relação de confiança com o leitor, esse, por sua vez, precisa valorizar as fontes confiáveis. Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade. Essa é a informação que vale.

* professor da ECA/USP e presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial [Aberje] Disponível em http://www.gazetadesaojoaodelrei.com.br/site/2018/03/artigo-o-valor-da-verdade-na-era-do-fake-news/ Acesso em 30/03/2018

Considere a assertiva:

“Em tempos de pós-verdade, somente o bom jornalismo pode fazer a diferença para a sociedade.”

O autor discorre sobre a fidedignidade das informações divulgadas pelos veículos de comunicação. As alternativas encontram respaldo no texto, EXCETO:

 

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236540 Ano: 2018
Disciplina: Nutrição
Banca: UFLA
Orgão: UFLA
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Com relação à ética no uso de animais em pesquisas e a legislação na experimentação animal, as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO:
 

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