Magna Concursos

Foram encontradas 70 questões.

551655 Ano: 2014
Disciplina: Inglês (Língua Inglesa)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Global protest grows as citizens lose faith in politics and the state

The demonstrations in Brazil began after a small rise in bus fares that triggered mass protests. Within days this had become a nationwide movement whose concerns had spread far beyond fares: more than a million people were on the streets shouting about everything − from corruption to the cost of living to the amount of money being spent on the World Cup.

In Turkey, it was a similar story. A protest over the future of a city park in Istanbul snowballed too into something bigger, a wider-ranging political confrontation with prime minister.

If the recent scenes have seemed familiar, it is because they shared common features: viral, loosely organised with fractured messages and mostly taking place in urban public locations.

Unlike the protest movement of 1968, or even the end of Soviet influence in Eastern Europe in 1989, these are movements with few discernible leaders and often conflicting ideologies. Their points of reference are not even necessarily ideological, but take inspiration from other protests, including those of the Arab Spring and the Occupy movement. The result has seen a wave of social movements − sometimes short-lived − from Wall Street to Tel Aviv and from Istanbul to Rio de Janeiro, often engaging younger, better educated and wealthier members of society.

In Brazil, the varied banners underlined the difficulty of easy categorisation as protesters held aloft signs expressing a range of demands from education reforms to free bus fares, while denouncing the billions of public dollars spent on stadiums for the 2014 World Cup and the Olympics.

“It’s sort of a Catch-22”, Rodrigues da Cunha, a 63-year-old protester told the Associated Press. “On the one hand, we need some sort of leadership; on the other, we don’t want this to be compromised by being affiliated with any political party.”

As the Economist pointed out, while mass movements in Britain, France, Sweden and Turkey have been inspired by a variety of causes, including falling living standards, authoritarian government and worries about immigration, Brazil does not fit the picture, with youth unemployment at a record low and enjoying the biggest leap in living standards in the country’s history.

So what’s going on? “This is a very peculiar moment”, Saskia Sassen, a sociology professor at Columbia University, New York, told the Observer. She argues that one distinguishing factor is that many of the protest movements of the past decade have been defined by the involvement of what she calls “the modest middle class”, who have often been beneficiaries of the systems they are protesting against, but whose positions have been eroded by neoliberal economic policies that have seen both distribution of wealth and opportunities captured by a narrowing minority. As people have come to feel more distant from government and economic institutions, a large part of the new mass forms of dissent has come to be seen as an opportunity to demonstrate ideas of “citizenship”.

Sassen’s belief that many of the recent protests are middle-class-driven appeared to be confirmed overtly − in the case of Brazil, at least.

theguardian.com

From the first to the fourth paragraph, various protest movements in different countries of the world are mentioned.

The author establishes links among them by means of the following textual strategy:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
550984 Ano: 2014
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Medo e vergonha

O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo,A) nos põe em xeque, paralisa alguns e atiça a criatividade de outros. Uma pessoa em estado de pavor é dona de uma energia extra capaz de feitos incríveis.

Um amigo nosso, quando era adolescente, aproveitou a viagem dos pais da namorada para ficar na casa dela. Os pais voltaram mais cedo e, pego em flagrante, nosso Romeu teve a brilhante ideia de pular, pelado, do segundo andar. Está vivo. Tem hoje essa incrível história pra contar, mas deve se lembrar muito bem da vergonha.

Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente,B) mas na qual também vi meu medo me deixar em maus lençóis.

Estava caminhando pelo bairro quando resolvi explorar umas ruas mais desertas. De repente, vejo um menino encostado num muro.C) Parecia um menino de rua, tinha seus 15, 16 anos e, quando me viu, fixou o olhar e apertou o passo na minha direção. Não pestanejei. Saí correndo. Correndo mesmo, na mais alta performance de minhas pernas.

No meio da corrida, comecei a pensar se ele iria mesmo me assaltar. Uma onda de vergonha foi me invadindo. O rapaz estava me vendo correr. E se eu tivesse me enganado? E se ele não fosse fazer nada? Mesmo que fosse. Ter sido flagrada no meu medo e preconceito daquela forma já me deixava numa desvantagem fulminante.

Não sou uma pessoa medrosa por excelência, mas, naquele dia, o olhar, o gesto, alguma coisa no rapaz acionou imediatamente o motor de minhas pernas e, quando me dei conta, já estava em disparada.

Fui chegando ofegante a uma esquina, os motoristas de um ponto de táxi me perguntaram o que tinha acontecido e eu, um tanto constrangida, disse que tinha ficado com medo. Me contaram que ele vivia por ali, tomando conta dos carros. Fervi de vergonha.

O menino passou do outro lado da rua e, percebendo que eu olhava, imitou minha corridinha, fazendo um gesto de desprezo. Tive vontade de sentar na guia1 e chorar. Ele só tinha me olhado, e o resto tinha sido produto legítimo do meu preconceito.

Fui atrás dele. Não consegui carregar tamanha bigorna2 pra casa. “Ei!” Ele demorou a virar. Se eu pensava que ele assaltava, ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas.D) Insisti: “Desculpa!” Ele virou. Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. Me perdoou com um sinal de positivo ainda cheio de desprezo. Fui pra casa pelada, igual ao Romeu suicida.

Denise Fraga folha.uol.com.br, 08/01/2013

1 guia − meio-fio da calçada 2 bigorna − bloco de ferro para confecção de instrumentos

A crônica é um gênero textual que frequentemente usa uma linguagem mais informal e próxima da oralidade, pouco preocupada com a rigidez da chamada norma culta.

Um exemplo claro dessa linguagem informal, presente no texto, está em:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
549115 Ano: 2014
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O ARRASTÃO

Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos, como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros, é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto, pelo asfalto do Rio.

Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que está acostumado a existir na sombra.

O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas “mais um caso”. Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras.

É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja fora da realidade, mas porque destampa, por um “acaso objetivo” (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira, tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo6 é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.

José Miguel Wisnik Adaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.

1 aplainada − nivelada

2 praxe − prática, hábito

3 surrealistas − participantes de movimento artístico do século 20 que enfatiza o papel do inconsciente

4 recalcada − fortemente reprimida

5 transcendental − que supera todos os limites

6 Amarildo − pedreiro desaparecido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policiais

Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada pela surdez da praxe, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras.

Logo após citar a declaração do marido de Cláudia, o autor a explica.

Em relação a essa declaração, a explicação do autor produz o efeito de:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
548645 Ano: 2014
Disciplina: Espanhol (Língua Espanhola)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Causas de las masivas manifestaciones en Brasil

Brasil, la potencia emergente, el país en el que deposita su mirada el mundo entero, sorprendió a ese mismo mundo con masivas manifestaciones populares que alcanzaron al menos a veinte ciudades y movilizaron a miles de personas.

¿Cuáles fueron los motivos que impulsaron tan espectaculares protestas? El disparador fue, sin duda, el aumento en el precio del transporte público. El costo de un viaje en ómnibus o metro puede alcanzar, dependiendo de la ciudad, hasta 1,60 dólares. El inminente incremento en esta ya elevada tarifa fue la gota que rebasó el vaso. Estudiantes universitarios, organizados por medio de las redes sociales, fueron los principales organizadores de las concentraciones. Nadie esperaba un despliegue de semejante envergadura en un país que no presenciaba protestas de este ámbito desde 1992. Aquel año el movimiento estudiantil llamado caras pintadas tomó las calles y el entonces presidente Fernando Collor de Melo abandonó el poder mediante un procedimiento de impeachment.

Las motivaciones de fondo que llevaron a la gente a las calles son muy amplias. Desde esta fecha hasta 2016, Brasil será sede de los más importantes eventos del deporte mundial: el Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos. El gobierno ha desembolsado inmensas sumas en el acondicionamiento de estadios, los cuales, en muchos casos, costaron a las arcas públicas mucho más de lo que deberían. Los gastos efectuados para la organización de la Copa del Mundo ya han superado la barrera de los 13.000 millones de dólares y aún falta mucho por hacer. Por citar un ejemplo particular, el estadio Maracanã había sido integralmente reformado para los Juegos Panamericanos de 2008, el jugoso presupuesto había sido aprobado bajo la justificación de que el escenario quedaría listo para el Mundial de 2014. Pero nada de eso sucedió.

Con el mundial en la mira, el gobierno federal desembolsó 500 millones de dólares adicionales para demoler las reformas realizadas en 2008 y reconstruir el Maracanã una vez más, esta vez sí, respetando los padrones de la FIFA.A) Es cierto que el estadio es simplemente espectacular, de lo mejor de lo mejor a nivel mundial.B) Pero vale esta pregunta: ¿era necesaria la re-reforma? En las manifestaciones se vieron muchos cartelesC) que sostenían que lo único que respeta los “padrones internacionales de la FIFA” en el Brasil de hoy son los estadios, porque los hospitales, escuelas y otros servicios públicos siguen sin satisfacer las necesidades de la población.D)

La primera plana del diario paulista Folha de São Paulo bien lo resumió con este titular: “Miles salen a las calles contra todo”. Se trata de un fenómeno más social que político, el cual predomina en las grandes ciudades. En medio de la sorpresa, los principales referentes políticos han limitado sus declaraciones. La presidenta Dilma Rousseff ha sostenido que está “orgullosa” de los manifestantes y que todo reclamo debe ser escuchado. Su pasado como activista política juvenil y luchadora social explican su “tolerancia” para con los movimientos estudiantiles. Por ahora más interrogantes que certezas en relación a esta nueva y compleja realidad social brasileña.

nuevatribuna.es

Con la pregunta ¿era necesaria la re-reforma? , se hace una crítica a las nuevas obras en el estadio Maracanã.

La idea de que se hace una re-reforma se verifica en el siguiente fragmento:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
548633 Ano: 2014
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Medo e vergonha

O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, nos põe em xeque, paralisa alguns e atiça a criatividade de outros. Uma pessoa em estado de pavor é dona de uma energia extra capaz de feitos incríveis.

Um amigo nosso, quando era adolescente, aproveitou a viagem dos pais da namorada para ficar na casa dela. Os pais voltaram mais cedo e, pego em flagrante, nosso Romeu teve a brilhante ideia de pular, pelado, do segundo andar. Está vivo. Tem hoje essa incrível história pra contar, mas deve se lembrar muito bem da vergonha.

Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, mas na qual também vi meu medo me deixar em maus lençóis.

Estava caminhando pelo bairro quando resolvi explorar umas ruas mais desertas. De repente, vejo um menino encostado num muro. Parecia um menino de rua, tinha seus 15, 16 anos e, quando me viu, fixou o olhar e apertou o passo na minha direção. Não pestanejei. Saí correndo. Correndo mesmo, na mais alta performance de minhas pernas.

No meio da corrida, comecei a pensar se ele iria mesmo me assaltar. Uma onda de vergonha foi me invadindo. O rapaz estava me vendo correr. E se eu tivesse me enganado? E se ele não fosse fazer nada? Mesmo que fosse. Ter sido flagrada no meu medo e preconceito daquela forma já me deixava numa desvantagem fulminante.

Não sou uma pessoa medrosa por excelência, mas, naquele dia, o olhar, o gesto, alguma coisa no rapaz acionou imediatamente o motor de minhas pernas e, quando me dei conta, já estava em disparada.

Fui chegando ofegante a uma esquina, os motoristas de um ponto de táxi me perguntaram o que tinha acontecido e eu, um tanto constrangida, disse que tinha ficado com medo. Me contaram que ele vivia por ali, tomando conta dos carros. Fervi de vergonha.

O menino passou do outro lado da rua e, percebendo que eu olhava, imitou minha corridinha, fazendo um gesto de desprezo. Tive vontade de sentar na guia1 e chorar. Ele só tinha me olhado, e o resto tinha sido produto legítimo do meu preconceito.

Fui atrás dele. Não consegui carregar tamanha bigorna2 pra casa. “Ei!” Ele demorou a virar. Se eu pensava que ele assaltava, ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. Insisti: “Desculpa!” Ele virou. Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. Me perdoou com um sinal de positivo ainda cheio de desprezo. Fui pra casa pelada, igual ao Romeu suicida.

Denise Fraga folha.uol.com.br, 08/01/2013

1 guia − meio-fio da calçada 2 bigorna − bloco de ferro para confecção de instrumentos

Na última frase da crônica, a autora correlaciona dois episódios. Em ambos, aparece o atributo “pelado(a)”. No entanto, esse atributo tem significado diferente em cada um dos episódios.

No texto, o significado de cada termo se caracteriza por ser, respectivamente:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
548626 Ano: 2014
Disciplina: Espanhol (Língua Espanhola)
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Causas de las masivas manifestaciones en Brasil

Brasil, la potencia emergente, el país en el que deposita su mirada el mundo entero, sorprendió a ese mismo mundo con masivas manifestaciones populares que alcanzaron al menos a veinte ciudades y movilizaron a miles de personas.

¿Cuáles fueron los motivos que impulsaron tan espectaculares protestas? El disparador fue, sin duda, el aumento en el precio del transporte público. El costo de un viaje en ómnibus o metro puede alcanzar, dependiendo de la ciudad, hasta 1,60 dólares. El inminente incremento en esta ya elevada tarifa fue la gota que rebasó el vaso. Estudiantes universitarios, organizados por medio de las redes sociales, fueron los principales organizadores de las concentraciones. Nadie esperaba un despliegue de semejante envergadura en un país que no presenciaba protestas de este ámbito desde 1992. Aquel año el movimiento estudiantil llamado caras pintadas tomó las calles y el entonces presidente Fernando Collor de Melo abandonó el poder mediante un procedimiento de impeachment.

Las motivaciones de fondo que llevaron a la gente a las calles son muy amplias. Desde esta fecha hasta 2016,A) Brasil será sede de los más importantes eventos del deporte mundial: el Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos. El gobierno ha desembolsado inmensas sumas en el acondicionamiento de estadios, los cuales, en muchos casos, costaron a las arcas públicas mucho más de lo que deberían. Los gastos efectuados para la organización de la Copa del Mundo ya han superado la barrera de los 13.000 millones de dólares y aún falta mucho por hacer. Por citar un ejemplo particular, el estadio Maracanã había sido integralmente reformado para los Juegos Panamericanos de 2008, el jugoso presupuesto había sido aprobado bajo la justificación de que el escenario quedaría listo para el Mundial de 2014. Pero nada de eso sucedió.B)

Con el mundial en la mira, el gobierno federal desembolsó 500 millones de dólares adicionales para demoler las reformas realizadas en 2008 y reconstruir el Maracanã una vez más, esta vez sí, respetando los padrones de la FIFA. Es cierto que el estadio es simplemente espectacular, de lo mejor de lo mejor a nivel mundial. Pero vale esta pregunta:C) ¿era necesaria la re-reforma? En las manifestaciones se vieron muchos carteles que sostenían que lo único que respeta los “padrones internacionales de la FIFA” en el Brasil de hoy son los estadios, porque los hospitales, escuelas y otros servicios públicos siguen sin satisfacer las necesidades de la población.

La primera plana del diario paulista Folha de São Paulo bien lo resumió con este titular:D) “Miles salen a las calles contra todo”. Se trata de un fenómeno más social que político, el cual predomina en las grandes ciudades. En medio de la sorpresa, los principales referentes políticos han limitado sus declaraciones. La presidenta Dilma Rousseff ha sostenido que está “orgullosa” de los manifestantes y que todo reclamo debe ser escuchado. Su pasado como activista política juvenil y luchadora social explican su “tolerancia” para con los movimientos estudiantiles. Por ahora más interrogantes que certezas en relación a esta nueva y compleja realidad social brasileña.

nuevatribuna.es

En la cohesión textual, se llama anáfora al procedimiento de utilizarse un término para referirse a algo ya enunciado.

Se puede identificar la anáfora en el siguiente ejemplo:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
548620 Ano: 2014
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

O ARRASTÃO

Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos, como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros, é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto, pelo asfalto do Rio.

Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que está acostumado a existir na sombra.

O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas “mais um caso”. Ele está dizendo: seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não questionada, como tantas outras.

É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja fora da realidade, mas porque destampa, por um “acaso objetivo” (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira, tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.

José Miguel Wisnik Adaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.

1 aplainada − nivelada

2 praxe − prática, hábito

3 surrealistas − participantes de movimento artístico do século 20 que enfatiza o papel do inconsciente

4 recalcada − fortemente reprimida

5 transcendental − que supera todos os limites

6 Amarildo − pedreiro desaparecido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policiais

Pois assim como Amarildo é aquele que desapareceu das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.

Neste trecho, para aproximar dois casos recentemente noticiados na imprensa, o autor emprega um recurso de linguagem denominado:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
547137 Ano: 2014
Disciplina: Português
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

CANÇÃO DO VER

Fomos rever o poste.
O mesmo poste de quando a gente brincava de pique
e de esconder.
Agora ele estava tão verdinho!
O corpo recoberto de limo e borboletas.
Eu quis filmar o abandono do poste.
O seu estar parado.
O seu não ter voz.
O seu não ter sequer mãos para se pronunciar com
as mãos.
Penso que a natureza o adotara em árvore.
Porque eu bem cheguei de ouvir arrulos1 de passarinhos
que um dia teriam cantado entre as suas folhas.
Tentei transcrever para flauta a ternura dos arrulos.
Mas o mato era mudo.
Agora o poste se inclina para o chão − como alguém
que procurasse o chão para repouso.
Tivemos saudades de nós.

Manoel de Barros
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.

1 arrulos − canto ou gemido de rolas e pombas

No poema, o poste é associado à própria vida do eu poético.

Nessa associação, a imagem do poste se constrói pelo seguinte recurso da linguagem:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
545762 Ano: 2014
Disciplina: Biologia
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

No cladograma, está representado o grau de parentesco entre diferentes grupos de vegetais.

enunciado 1992482-1

As letras A, B e C indicam, respectivamente, o momento em que surgem, ao longo do processo evolutivo, as seguintes características dos vegetais:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
545748 Ano: 2014
Disciplina: Matemática
Banca: DSEA UERJ
Orgão: UERJ
Provas:

Na tabela abaixo, estão indicadas três possibilidades de arrumar n cadernos em pacotes:

Nº de pacotes

Nº de cadernos por pacotes

Nº de cadernos que sobram

X

12 11

Y

20 19

Z

18 17

Se n é menor do que 1200, a soma dos algarismos do maior valor de n é:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas