Os projetos societários apresentam uma imagem da sociedade a ser construída, que reclamam valores para justificá-la e que privilegiam determinados meios para concretizá-la. São projetos macroscópicos, que apresentam propostas para o conjunto da sociedade e são projetos de classe, que incorporam novas demandas e aspirações, transformam-se e renovam-se de acordo com as diferentes conjunturas. Essas características fazem com que tais projetos tenham, nos termos de Netto (2006), uma dimensão tipificada como:

Tem sido recorrente, inclusive nos hospitais universitários, a demanda colocada aos assistentes sociais da saúde para contribuir no processo de alta hospitalar derivada da requisição pela rotatividade de leitos. Isso porque aos gestores interessa o aumento na produtividade do trabalho, que se apresenta a partir de duas perspectivas. Uma delas é o alcance de metas estipuladas em contratos com o estado. Já a outra se expressa a partir da:

A lógica da contrarreforma do Estado introduziu no Brasil os chamados “novos modelos de gestão”. Com base nisso, o Estado repassa às entidades sem fins lucrativos a administração do patrimônio público e a terceirização da contratação da força de trabalho, com vistas à realização das ações de saúde. Esse é um mecanismo de gestão que revela uma nova modalidade de:

Em 31 de junho de 2017, foi pactuada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que é composta pelo Ministério da Saúde, pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), a revisão da Política Nacional de Atenção Básica. Os autores identificam que essa revisão apresenta alguns problemas em relação ao seu conteúdo. Um deles é o(a):

Os autores destacam como diretrizes para o setor da saúde, contidas em um dos documentos do PMDB, intitulado “Travessia Social”, as seguintes questões:

A concepção progressista sobre determinantes sociais em saúde, nos anos de 1990, saiu da pauta da OMS. Isso ocorreu, porque o(a):

O conceito de saúde da Comissão de Determinantes Sociais de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), formulado em 2005, se expressa na:

Ao analisar a política de saúde na década de 1980, Bravo (2006) aponta como aspectos centrais, nesse período, a politização da questão saúde, a alteração da norma constitucional e a mudança do arcabouço e das práticas institucionais. Assim, a politização da saúde foi uma das primeiras metas a serem implementadas, tendo como um dos objetivos aprofundar o nível da consciência sanitária na sociedade. Nessa direção, o acontecimento mais importante desse contexto foi a:

Na atualidade, os princípios constitucionais estão sendo gradualmente diluídos em sucessivas contrarreformas, desestruturando a seguridade social. Para a autora, as diferentes tendências do desmonte da seguridade social são:

A seguridade social brasileira não se constituiu em um padrão de proteção social, pois acabou se caracterizando como um sistema híbrido, porque: