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Perdemos nossas casas em Alcântara para ricaços brincarem de astronautas

Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se estivesse caminhando no espaço. Os vaga-lumes ao redor e as estrelas no céu causam a sensação. Nossos ancestrais chegaram aqui da África; não vieram de foguete, mas em navios negreiros.

Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

O texto inteiro se compõe em tomo de um campo semântico que a temática sugere. Analisando-se os conjuntos a seguir, assinale a alternativa em que uma das simbologias esteja em DESACORDO com esse propósito e suas correlações semânticas.

 

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Perdemos nossas casas em Alcântara para ricaços brincarem de astronautas

Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se estivesse caminhando no espaço. Os vaga-lumes ao redor e as estrelas no céu causam a sensação. Nossos ancestrais chegaram aqui da África; não vieram de foguete, mas em navios negreiros.

Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro(a) braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso(b) futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante(c) assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum(d) estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada(e) em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

Assinale a alternativa em que, no texto, a palavra NÃO apresente papel adjetivo.

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras (1) por seus proprietários (2).

Tomando-se o substantivo abandono como deverbal, é correto afirmar que em (1) e (2) tem-se, respectivamente,

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial.

O segmento após os dois-pontos, em relação ao trecho anterior, desempenha papel de

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

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Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se estivesse caminhando no espaço.

O segmento acima, se considerado como uma só oração, deve ser classificado corretamente como

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

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perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

No texto, são empregadas siglas, a exemplo de CLA e Mabe.

Entretanto, são escritas de formas distintas. A esse respeito, assinale a alternativa em que a sigla NÃO tenha sido grafada corretamente.

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Virgin Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma como temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

Em relação ao segmento acima, as referências comparativas com Luke Skywalker, personagem da saga Star Wars, constituem, para o pleno entendimento do trocadilho do último período, uma leitura baseada em

 

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Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua casa para ricaços brincarem de astronauta?

A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai decolar de sua pista.

É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Vlrgln Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma corno temos sido tratados desde um passado não tão distante assim.

O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente, porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.

Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1°. Ofício de Alcântara, em 1915. O CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.

O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.

o CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes químicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados.

No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico da pandemia.

A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão lnteramericana de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte lnteramericana de Direitos Humanos.

Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.

(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pele Base Espacial

de Alcântera (Mabe). Folhe de S, Paulo, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/

perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astroneutas.shtml)

A respeito das ideias do texto e suas possíveis inferências, analise as afirmativas a seguir:

I. Em função da instalação do Centro de Lançamento de Alcântara, os moradores locais vão perder sua maior fonte de renda: a pesca.

II. Como chegou a pandemia, uma das medidas profiláticas na região de Alcântara foi o projeto de remoção de muitas famílias da região, transferindo a região quilombola para espaços menos poluídos.

III. A instalação de pistas de pouso e decolagem para os aviões de fuselagem dupla em nada interfere na continuidade do projeto espacial brasileiro.

Assinale

 

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2342684 Ano: 2022
Disciplina: Psicologia
Banca: IDECAN
Orgão: TJ-PI

Sobre o diagnóstico psicológico, atribua V para as assertivas verdadeiras ou F para as assertivas falsas:

( ) O DSM5 é descrito e ajuda a definir o quadro patológico do paciente.

( ) Dependendo da abordagem, o diagnóstico descritivo é somente uma referência e não uma determinação.

( ) Saber o diagnóstico facilita o manejo do quadro.

( ) É vedado ao psicólogo definir o diagnóstico do paciente.

( ) Saber o diagnóstico facilita a identificação de um possível risco de morte do paciente.

A sequência correta obtida, no sentido de cima para baixo, é

Questão Anulada e Desatualizada

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A respeito do que compreende a divisão judiciária do Estado do Piauí, segundo a Lei 3.716/79, assinale a afirmativa incorreta.

Questão Anulada e Desatualizada

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