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Foram encontradas 120 questões.

2324942 Ano: 2022
Disciplina: Literatura Brasileira e Estrangeira
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?

Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:

— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:

— Vou desenhar a cara do medo.

Vera se assustou de novo:

— Psiu! fala baixo.

— Por quê?

— Ele pode não gostar da ideia.

— Mas ele ainda anda por aí?

— Acho que sim.

Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:

— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.

O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.

Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.

Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:

Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).


Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.
A reescrita de mitos clássicos presente na obra de Monteiro Lobato influencia a narrativa de Lygia Bojunga, como no modo lúdico a partir do qual o fragmento aborda o medo.
 

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2324941 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?

Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:

— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:

— Vou desenhar a cara do medo.

Vera se assustou de novo:

— Psiu! fala baixo.

— Por quê?

— Ele pode não gostar da ideia.

— Mas ele ainda anda por aí?

— Acho que sim.

Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:

— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.

O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.

Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.

Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:

Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).


Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.

No trecho, a metalinguagem da narrativa afasta a possibilidade de formação de um leitor-fruidor, como propõe a BNCC para os anos finais do Ensino Fundamental.

 

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2324940 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?

Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:

— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:

— Vou desenhar a cara do medo.

Vera se assustou de novo:

— Psiu! fala baixo.

— Por quê?

— Ele pode não gostar da ideia.

— Mas ele ainda anda por aí?

— Acho que sim.

Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:

— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.

O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.

Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.

Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:

Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).


Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.

Devido ao público específico a que se dirige, a literatura infantil brasileira tem um sistema literário próprio, cuja historiografia é distinta da literatura escrita para o público em geral.

 

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2324939 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

Ao introduzir a imagem dos “homens plantados na lama”, o poeta inicia a construção de uma crítica social a partir dos símiles propostos.

 

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2324938 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

A pluma (em relação ao cão), a voz (em relação à árvore), e as raízes (em relação ao pássaro) ocupam, nas imagens de que participam, posição análoga ao lugar do que, no verso final, é denominado “o que não tem”.

 

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2324937 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

Os versos livres do poema, assim como a temática ligada à representação da natureza, conectam-no aos aspectos formais da poesia bucólica pastoril do período colonial brasileiro.

 

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2324936 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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Texto para o item.

Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem

o rio fluía

como uma espada de líquido espesso.

Como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagem de anfíbios

de lama e lama.

Como o rio

aqueles homens

são como cães sem plumas

(um cão sem plumas

é mais

que um cão saqueado;

é mais

que um cão assassinado.

Um cão sem plumas

é quando uma árvore sem voz.

É quando de um pássaro

suas raízes no ar.

É quando a alguma coisa

roem tão fundo

até o que não tem).

(…)

João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas. In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A partir da leitura do poema acima, julgue o item.

No trecho, ressalta-se o recurso da comparação, empregado para estabelecer conexões entre cão, rio e homens, por meio do uso da conjunção como.

 

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2324935 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.
Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

Conhecida pela circulação em saraus, as literaturas de periferias, na contemporaneidade, têm na oralidade uma de suas marcas, tanto na poesia quanto na prosa.

 

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2324934 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
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A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.
Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

A “diversidade” a que se refere o título do texto e que é defendida pela autora baseia-se na necessidade de se valorizarem os diferentes gêneros textuais inseridos nas práticas sociais dos leitores.

 

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2324933 Ano: 2022
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: SEE-DF
Provas:
A literatura é um modo discursivo importante e mantém legitimidade e prestígio social. Como qualquer forma de expressão simbólica, cada vez torna-se mais difícil sustentar uma pretensa autonomia da teoria e dos estudos literários frente a outros discursos e saberes, seja pela instabilidade do próprio objeto, seja pelas inúmeras abordagens de crítica e, mais contemporaneamente, pela presença forte do mercado e da indústria cultural, além da ambientação política e ecológica. Pelo lado da autoria, a chegada de novas vozes, pertencentes a grupos sociais até então tornados invisíveis no campo literário, tem provocado mudanças perceptíveis no tocante à representação de grupos marginalizados e ao próprio estado do campo literário.
Virgínia Maria V. Leal. Narrativas da diversidade na literatura brasileira. In: Revista Abriu, n.º 9, 2020, p. 12 (com adaptações).

Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.

O cânone da literatura, categoria estável por definição teórica, é formado por um conjunto de escritores e obras pré-determinados por documentos como a BNCC e os Parâmetros Curriculares Nacionais, estando incorporado no Currículo em Movimento.

 

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