Foram encontradas 40 questões.
(1) O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
(2) A advertência é preciosa: não devemos esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.
(3) Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “Teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom; fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.
(4) Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
(5) Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim. Afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeitos conosco mesmos é considerar-nos terminados e constrangidos ao possível da condição do momento.
(6) Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição. Todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
(7) Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
(8) Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica. Para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce „não pronta", e vai se fazendo. Eu, no ano em que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada). O mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, e não no presente.
(9) Demora um pouco para entender tudo isso. Aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…
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Mário Sérgio Cortella. Disponível em: http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella. Acesso em: 30/09/17. Adaptado.
No que se refere aos processos sintáticos de concordância, regência e colocação, assinale a alternativa CORRETA.
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I. Existe uma predisposição hereditária a formas específicas de câncer, que foram ligadas a determinados eventos num gene específico (BRCA1 e BRCA2 no câncer de mama).
II. Nos tumores malignos, o crescimento é lento e expansivo. São totalmente diferenciados, e há presença de metástase.
III. A terapia neoadjuvante é a administração de vários ciclos de quimioterapia antes da intervenção cirúrgica definitiva. O objetivo do tratamento é diminuir a quantidade de tecido que precisa ser removido.
IV. Os agentes quimioterápicos causam, em sua maioria, algum grau de alopécia. Isso depende da dose do medicamento, de sua meia-vida e da duração do tratamento.
Estão CORRETAS apenas
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- Doenças Crônicas Não Transmissíveis
- Urgência e EmergênciaAVE/AVC: Acidente Vascular Encefálico ou Cerebral
I. A hipertensão arterial é responsável por 70% dos casos, aumentando a probabilidade em 30 vezes para pacientes com pressão arterial (PA) acima de 180 x 110 mmHg. II. Para a realização de um diagnóstico mais preciso, é necessário realizar imediatamente a tomografia computadorizada com contraste. III. O manejo clínico inicial tem como objetivo reduzir a pressão arterial, a fim de reduzir o sangramento. IV. Em pacientes hipertensos, o tratamento agressivo da hipertensão arterial pode aumentar a perfusão cerebral e melhorar a lesão cerebral, especialmente em casos de elevação da PIC (pressão intracraniana).
Estão CORRETAS
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- Clínica MédicaAlterações / Doenças endócrinasDiabetes Mellitus 2
- Doenças Crônicas Não Transmissíveis
( ) O uso de insulina é imprescindível no tratamento do DM1 e deve ser instituído, assim que o diagnóstico for realizado. ( ) O tratamento intensivo do DM1, com três ou mais doses diárias de insulina de ações diferentes ou sistema de infusão contínua de insulina, é eficaz em reduzir a frequência de complicações crônicas do DM. ( ) O tratamento intensivo com insulina no Diabetes tipo 1 contribui para a elevação da hemoglobina glicada, quando comparado com o tratamento convencional. ( ) O objetivo do tratamento do Diabetes tipo 1 com insulina é manter as glicemias estáveis, evitando, ao máximo, a variabilidade glicêmica. ( ) O sistema de infusão contínua administra insulina através de cateter e bomba de infusão, no tecido muscular, o que pode causar hipoglicemia constante. ( ) Uma das complicações do uso intensivo de insulina é a lipodistrofia, mesmo que haja rodízio dos locais destinados à administração.
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
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I. O agente etiológico mais comum da pneumonia adquirida na comunidade é o Strptococcus pneumoniae, uma bactéria gram-negativa. O agente etiológico desse tipo de pneumonia é identificado em definitivo em mais de 70% dos casos da doença. II. São fatores de risco para pneumonia adquirida na comunidade tabagismo, hipoxemia preexistente, doença renal com uremia, tratamento com imunossupressores e uso abusivo de drogas intravenosas. III. Ao administrar oxigênio em um paciente, é sabido que o transporte aos tecidos depende não apenas da concentração arterial de oxigênio mas também do débito cardíaco, da concentração de hemoglobina e das demandas metabólicas. IV. As complicações graves da pneumonia são sepse grave, choque séptico e insuficiência respiratória. São encontradas principalmente nos clientes que receberam tratamento inespecífico, inadequado ou tardio e que estavam infectados por patógenos especialmente virulentos.
Estão CORRETAS apenas
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I. A medida da pressão arterial no adulto (18 anos ou mais), a primeira verificação, deverá ser realizada em ambos, os braços. Se houver diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais, se apresentar diferença de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente. II. A prevenção primária da HAS pode ser feita mediante controle de seus fatores de risco, como sobrecarga na ingestão de sal, excesso de adiposidade, especialmente cintura abdominal e abuso de álcool. Uma das estratégias de prevenção é a redução da exposição populacional a fatores de risco, principalmente o consumo de sal. III. O escore de Framingham é uma ferramenta útil de fácil aplicação no cotidiano. Ele classifica os indivíduos por meio de pontuação nos graus de risco cardiovascular. O baixo risco cardiovascular é considerado quando existir 10% - 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com pressão arterial 130/85 a 139/89 mmHg poderá ser semestral após orientações sobre estilo de vida saudável. IV. A consulta de enfermagem para o acompanhamento da pessoa com diagnóstico de HAS pode ser realizada por meio da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e possui seis etapas inter-relacionadas entre si, objetivando a educação em Saúde para o autocuidado. A consulta de enfermagem deve focar nos fatores de risco que influenciam o controle da hipertensão, ou seja, as mudanças no estilo de vida, o incentivo à atividade física, à redução do peso corporal quando acima do IMC recomendado e o abandono do tabagismo. Deve também estar voltada para as possibilidades de fazer a prevenção secundária, a manutenção de níveis pressóricos abaixo da meta e o controle de fatores de risco.
Estão CORRETAS
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( ) Manter a permeabilidade dos drenos urinários, avaliar o estado respiratório e examinar os membros inferiores à procura de complicações tromboembólicas são cuidados pós-operatórios da cirurgia renal. ( ) Um dos Diagnósticos de Enfermagem é o Risco de Déficit ou Excesso de Volume de Líquido devido às necessidades de reposição hídrica e função do rim transplantado/remanescente. ( ) O paciente deve ser preparado para hemodiálise no período pós-operatório até que o rim transplantado esteja funcionando adequadamente. ( ) Monitorização do acesso vascular para a hemodiálise, a fim de assegurar a permeabilidade e observar qualquer sinal de infecção, é um dos cuidados de enfermagem prestado ao paciente no pós-operatório de cirurgia renal.
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
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