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Foram encontradas 39 questões.

3020255 Ano: 2009
Disciplina: Matemática
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Uma companhia possui 3 sócios-gerentes, A, B e C, com participações de 40%, 35% e 25%, respectivamente. Um quarto sócio entrou para companhia, adquirindo 35% da participação de A, 25% da participação de B e 4% da participação de C. Com esta nova distribuição, qual deles será o sócio majoritário?

 

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3020254 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Cultura desbotada

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

Disponível em: <http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2516>

De acordo com o último parágrafo do texto, pode-se afirmar:

 

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3020253 Ano: 2009
Disciplina: Geografia
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Marque a alternativa CORRETA:

“... é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica, financeira, comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os povos e os sistemas produtivos. Trata-se de um processo em curso, uma nova fase do capitalismo e do imperialismo, comandado pelas grandes empresas transnacionais, que procuram abrir novos mercados.

 

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3020252 Ano: 2009
Disciplina: Informática
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Assinale a alternativa CORRETA:

 

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3020251 Ano: 2009
Disciplina: Matemática
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Uma cervejaria tem uma produção diária, em um turno de 8 horas de trabalho, com um quadro de 120 funcionários. Um novo acordo sindical reduziu a jornada diária em duas horas. O mercado passa a exigir um aumento na demanda de cervejas de 30%. O que a empresa deverá fazer para se adequar ao novo cenário?

 

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3020250 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Cultura desbotada

Daniel Piza

Antigamente havia uma noção razoavelmente disseminada de que ter “cultura geral” era importante, de que fazia parte dos requisitos da cidadania. Hoje, na suposta Era da Informação, é difícil imaginar compromisso mais fora de moda. Mesmo artistas, escritores e professores têm lacunas tremendas na formação cultural. Como se via na seção “Antologia pessoal” que este caderno mantinha, eles não leram muitos clássicos, dominam mal os conceitos filosóficos e científicos e se interessam pouco por história. Penso em diretores de cinema como Bergman e Fellini, no conhecimento amoroso que tinham de literatura, teatro, pintura e música, e comparo com os atuais, dos quais tenho conhecido alguns. A diferença de repertório é abissal e, mais importante, se manifesta nos filmes, hoje tão mais vazios.

Ou então leio Assunto Encerrado, de Ítalo Calvino, livro de 1980 que acaba de sair aqui (Companhia das Letras), e não consigo escapar da pergunta: não se faz mais gente assim? Calvino conversa com o leitor de modo erudito e sedutor ao mesmo tempo, sobre os mais diversos assuntos, e sempre com algo próprio a dizer. Ele critica, por exemplo, os que não entenderam a lição de Flaubert, pois a tomaram por um exercício linguístico em vez da experiência vital, e diz que isso resultou em “romances desbotados, como a água da lavagem dos pratos, em que nada a gordura de sentimentos requentados”. Como se vê, Calvino, que critica o formalismo de Barthes, o escapismo dos beatniks e elogia o cientista Galileu como um dos maiores prosadores da língua italiana, não é o pós-modernista que muitos de seus fãs querem nos fazer crer. Por sinal, gosto muito de sua ficção em O visconde partido ao meio e As cidades invisíveis, embora ele mesmo confesse uma opção pelos personagens “sem introspecção”; mas o ensaísta de Seis propostas para o próximo milênio e Por que ler os Clássicos merece ser mais lido do que nunca. São livros perfeitos para que se entenda que ter cultura não é acumular referências, e sim um processo orgânico no qual o prazer é fundamental, desde que não seja visto como mera reação emocional a estímulos de superfície. No Brasil é comum que pseudointelectuais torçam a vista para a palavra “prazer” aplicada a obras de arte e pensamento que eles julgam sacrossantas porque, na verdade, sua inteligência – ou de seus orientadores universitários – não as alcança.

Inteligência, claro, também parece tão fora de moda quanto usar chapéus. Programas de TV e revistas falam o tempo todo em “tipos de inteligência” ou em “inteligência emocional”, mas não conseguem disfarçar o sabor de vingança que sentem com esse desprestígio do raciocínio articulado, formado por leituras atentas. E desvincular inteligência e cultura é outra tática que só serve ao conservadorismo dos nossos tempos, ao consumismo sentimental que emana da mídia sem parar. Sim, há pessoas que leram muito e continuam burras, mas isso porque leem burramente... O difícil é querer que as pessoas realmente inteligentes não sejam curiosas por natureza, atraídas pelo conhecimento porque sabem que sem ele não há equipamento mental que se aprimore.

Essa overdose audiovisual, adversária da concentração sem a qual não existe formação – e toda formação exige alto grau de autodidatismo –, é apenas uma das causas do crescente desbotamento cultural da humanidade. A visão do intelectual como um sujeito ou insensível ou desajeitado, ainda que muitos intelectuais a confirmem, tem outras motivações históricas. Pode reparar que nos filmes de ação, sobretudo americanos, os vilões são sempre mais “sofisticados” que os heróis; se estes triunfam, é porque têm bom coração. Em parte isso tem a ver com os estereótipos sobre o nazismo, que provocam a pergunta banal sobre “como alguém que escuta Schubert pode matar milhões de pessoas” (escutar Schubert não é atestado moral); mas, na verdade, os antecede, como na cultura rousseauniana que as Américas adotaram.

Já passa da hora de entender que a aproximação a uma cultura mais voltairiana, “europeia” no melhor sentido (não dessa Europa deprimida e deprimente de Berlusconis e Sarkozys), faria bem ao mundo. Nesse extraordinário livro com os textos para a rádio BBC, Ouvintes Alemães (Zahar), Thomas Mann – outro exemplo de artista-intelectual em extinção – critica a mutilação da noção de Europa pelos nazistas: “Ela era o contrário da estreiteza provinciana, do egoísmo ilimitado, da brutalidade nacionalista e da falta de educação; significava liberdade, amplitude, espírito e bondade. ‘Europa’, isso era um patamar, um padrão cultural.” Mann demonstra ainda o que é cosmopolitismo ao criticar seu próprio país: “O nazismo é uma caricatura terrível de todas as fraquezas e loucuras da essência alemã, a ponto de corrermos o perigo de esquecer suas virtudes.” Não existem povos eleitos.

Aqui chegamos a outro motivo da desvalorização da “cultura geral”: a campanha contra o tal eurocentrismo, contra a civilização ocidental que, com seus “machos brancos” ou seus recalques vitorianos, teria calado as demais – campanha que, ironicamente, começou nas academias da Europa. Mas o Renascimento e o Iluminismo, assim como a arte moderna, são criações europeias que evidentemente a distinguem de outras civilizações – como a islâmica ou a chinesa, que tinham estado à sua frente em séculos anteriores. Familiarizar-se com todas elas é o caminho, mas ele implica não renegar a importância cultural da história polifônica que vai de Dante a Picasso e de Galileu a Einstein.

Há também a questão do trabalho cada vez mais especializado, que compartimenta os saberes em jargões e pretensões. Mas o melhor especialista é o que se beneficia do contato com outras áreas, e hoje felizmente se começa a ver que um olhar transversal ou multidisciplinar é indispensável. E uma cultura não vive apenas de especialistas. Basta lembrar jornalistas como Otto Lara Resende, Antonio Callado, Paulo Francis: todos liam muito sobre história e tinham a liberdade de se interessar por diversos temas. O grande inimigo, porém, é a noção de que vivemos num eterno presente, como se o reexame da tradição não fosse fundamental para as ideias e as artes. E tome uma “elite” cada vez mais antenada e cada vez mais inculta.

Disponível em: <http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2516>

Na seção “Antologia pessoal”, os artistas, escritores e professores possuem vultosas lacunas na formação cultural. Isso pode ser explicado pelo (a):

 

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3020249 Ano: 2009
Disciplina: Matemática
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Para o revestimento do piso de um terraço, de 16 metros de comprimento por 10 metros de largura, a orientação é que os ladrilhos usados sejam quadrados, iguais, e que tenham a maior área possível. Mantendo a mesma orientação, se as dimensões do comprimento fossem aumentadas em 75% e as da largura em 60%, o número de ladrilhos a serem utilizados:

 

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3020248 Ano: 2009
Disciplina: História
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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O presidente Luís Inácio Lula da Silva assumiu o país após vencer as eleições de 2002 numa situação pouco confortável. As expectativas do mercado e dos investidores com relação ao resultado das eleições presidenciais agravaram a situação da economia brasileira. Várias medidas de caráter emergencial foram tomadas como o ajuste cambial e da taxa de juros. No plano social o governo lançou um programa de combate a fome e a miséria, numa tentativa de unificar os programas sociais. Tal programa pode ser identificado como:

 

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3020247 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Quanto ao emprego das classes de palavras e concordância, assinale a alternativa CORRETA:

 

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3020246 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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A respeito da estrutura das palavras, assinale a alternativa que esteja em desacordo com as normas gramaticais:

 

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