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Eu sou prioritário

Das filas ao uso do Pix, as vantagens e desafios de ser idoso

Por Walcyr Carrasco

Publicado em 13 ago 2023, 08h00

Quando fiz 60 anos, assumi a idade o mais rápido possível, entrando em toda e qualquer fila de prioridade. Tenho amigos e amigas que correm para as filas comuns para não parecerem terceira idade. Eu, não. Agradeço aos céus essa invenção. Mesmo porque fila não faz plástica. Não adianta fugir da prioritária para parecer mais novo, com o cabelo grisalho ou mal tingido… Aos poucos, fui aprendendo os macetes. Por exemplo, no caixa preferencial em um banco, ou no check-in, prioridade é lenda. Demora mais. Eu e todos os outros idosos crescemos longe do mundo digital. Tenho de esperar horas e horas o senhor da frente resolver todas as suas dúvidas desde que o avião foi inventado. Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado. A fila de prioridade é mais lenta! Em troca, as companhias aéreas desrespeitam o tempo inteiro os direitos dos idosos. Vou muito para o Rio de Janeiro. No embarque, entro na fila de prioridades. Mas descubro que o embarque — ou, mais tarde, o desembarque — é remoto e tenho de pegar um ônibus até o avião. Os ágeis passageiros de 30 correm na minha frente, e depois não sobra lugar para eu botar minha malinha de mão. Pior na volta, quando a aeronave para longe. Tenho de despencar, de malinha na mão, naquela escadinha íngreme do avião. Nós, os mais idosos, sofremos. Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.

Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

Em “Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado.”, há uma figura de linguagem que se relaciona à sintaxe, ou seja, à relação entre as orações que compõem o período. Essa figura de linguagem é caracterizada pela repetição e uso de muitas conjunções, especialmente as aditivas, como as destacadas, e sugere movimentos ininterruptos. A figura de linguagem descrita é o(a)

 

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Eu sou prioritário

Das filas ao uso do Pix, as vantagens e desafios de ser idoso

Por Walcyr Carrasco

Publicado em 13 ago 2023, 08h00

Quando fiz 60 anos, assumi a idade o mais rápido possível, entrando em toda e qualquer fila de prioridade. Tenho amigos e amigas que correm para as filas comuns para não parecerem terceira idade. Eu, não. Agradeço aos céus essa invenção. Mesmo porque fila não faz plástica. Não adianta fugir da prioritária para parecer mais novo, com o cabelo grisalho ou mal tingido… Aos poucos, fui aprendendo os macetes. Por exemplo, no caixa preferencial em um banco, ou no check-in, prioridade é lenda. Demora mais. Eu e todos os outros idosos crescemos longe do mundo digital. Tenho de esperar horas e horas o senhor da frente resolver todas as suas dúvidas desde que o avião foi inventado. Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado. A fila de prioridade é mais lenta! Em troca, as companhias aéreas desrespeitam o tempo inteiro os direitos dos idosos. Vou muito para o Rio de Janeiro. No embarque, entro na fila de prioridades. Mas descubro que o embarque — ou, mais tarde, o desembarque — é remoto e tenho de pegar um ônibus até o avião. Os ágeis passageiros de 30 correm na minha frente, e depois não sobra lugar para eu botar minha malinha de mão. Pior na volta, quando a aeronave para longe. Tenho de despencar, de malinha na mão, naquela escadinha íngreme do avião. Nós, os mais idosos, sofremos. Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.

Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

No trecho “Agora estão falando em inteligência artificial.”, o item em destaque fornece à oração um sentido

 

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Publicado em 13 ago 2023, 08h00

Quando fiz 60 anos, assumi a idade o mais rápido possível, entrando em toda e qualquer fila de prioridade. Tenho amigos e amigas que correm para as filas comuns para não parecerem terceira idade. Eu, não. Agradeço aos céus essa invenção. Mesmo porque fila não faz plástica. Não adianta fugir da prioritária para parecer mais novo, com o cabelo grisalho ou mal tingido… Aos poucos, fui aprendendo os macetes. Por exemplo, no caixa preferencial em um banco, ou no check-in, prioridade é lenda. Demora mais. Eu e todos os outros idosos crescemos longe do mundo digital. Tenho de esperar horas e horas o senhor da frente resolver todas as suas dúvidas desde que o avião foi inventado. Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado. A fila de prioridade é mais lenta! Em troca, as companhias aéreas desrespeitam o tempo inteiro os direitos dos idosos. Vou muito para o Rio de Janeiro. No embarque, entro na fila de prioridades. Mas descubro que o embarque — ou, mais tarde, o desembarque — é remoto e tenho de pegar um ônibus até o avião. Os ágeis passageiros de 30 correm na minha frente, e depois não sobra lugar para eu botar minha malinha de mão. Pior na volta, quando a aeronave para longe. Tenho de despencar, de malinha na mão, naquela escadinha íngreme do avião. Nós, os mais idosos, sofremos. Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.

Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

No trecho “[...] o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada.”, os itens destacados, que antecede e que sucede o adjetivo, são utilizados a fim de estabelecer uma relação entre duas coisas. Nesse caso, atribuem às expressões “o mundo digital” e “uma centopeia na Olimpíada”, juntamente ao adjetivo “rápido”, um

 

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Publicado em 13 ago 2023, 08h00

Quando fiz 60 anos, assumi a idade o mais rápido possível, entrando em toda e qualquer fila de prioridade. Tenho amigos e amigas que correm para as filas comuns para não parecerem terceira idade. Eu, não. Agradeço aos céus essa invenção. Mesmo porque fila não faz plástica. Não adianta fugir da prioritária para parecer mais novo, com o cabelo grisalho ou mal tingido… Aos poucos, fui aprendendo os macetes. Por exemplo, no caixa preferencial em um banco, ou no check-in, prioridade é lenda. Demora mais. Eu e todos os outros idosos crescemos longe do mundo digital. Tenho de esperar horas e horas o senhor da frente resolver todas as suas dúvidas desde que o avião foi inventado. Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado. A fila de prioridade é mais lenta! Em troca, as companhias aéreas desrespeitam o tempo inteiro os direitos dos idosos. Vou muito para o Rio de Janeiro. No embarque, entro na fila de prioridades. Mas descubro que o embarque — ou, mais tarde, o desembarque — é remoto e tenho de pegar um ônibus até o avião. Os ágeis passageiros de 30 correm na minha frente, e depois não sobra lugar para eu botar minha malinha de mão. Pior na volta, quando a aeronave para longe. Tenho de despencar, de malinha na mão, naquela escadinha íngreme do avião. Nós, os mais idosos, sofremos. Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.

Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Em “Mas também é real.” no terceiro parágrafo, o item destacado estabelece, em relação ao trecho anterior, o sentido de oposição.

( ) Em “Nós, os mais idosos, sofremos.”, foi destacado um aposto, ou seja, uma explicação sobre o pronome pessoal antecedente.

( ) Em “Vou muito para o Rio de Janeiro.”, o termo em destaque é advérbio intensificador que atribui o sentido de frequência à oração.

( ) Em “Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.”, a expressão em destaque apresenta sentido figurado.

 

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Publicado em 13 ago 2023, 08h00

Quando fiz 60 anos, assumi a idade o mais rápido possível, entrando em toda e qualquer fila de prioridade. Tenho amigos e amigas que correm para as filas comuns para não parecerem terceira idade. Eu, não. Agradeço aos céus essa invenção. Mesmo porque fila não faz plástica. Não adianta fugir da prioritária para parecer mais novo, com o cabelo grisalho ou mal tingido… Aos poucos, fui aprendendo os macetes. Por exemplo, no caixa preferencial em um banco, ou no check-in, prioridade é lenda. Demora mais. Eu e todos os outros idosos crescemos longe do mundo digital. Tenho de esperar horas e horas o senhor da frente resolver todas as suas dúvidas desde que o avião foi inventado. Pergunta, e pergunta, e faz piada, e eu espero com o sorriso arreganhado. A fila de prioridade é mais lenta! Em troca, as companhias aéreas desrespeitam o tempo inteiro os direitos dos idosos. Vou muito para o Rio de Janeiro. No embarque, entro na fila de prioridades. Mas descubro que o embarque — ou, mais tarde, o desembarque — é remoto e tenho de pegar um ônibus até o avião. Os ágeis passageiros de 30 correm na minha frente, e depois não sobra lugar para eu botar minha malinha de mão. Pior na volta, quando a aeronave para longe. Tenho de despencar, de malinha na mão, naquela escadinha íngreme do avião. Nós, os mais idosos, sofremos. Outro dia, vi um senhor cair de joelhos para dentro do ônibus na pista do aeroporto de Congonhas.

Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

Assinale a alternativa cuja remoção do termo destacado NÃO interfere na correção gramatical, coesão e coerência do trecho.

 

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Publicado em 13 ago 2023, 08h00

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Ok, ok, ok. Muita gente pode dizer que adoro mesmo é furar filas. Maldade. Nunca tive o hábito. Mas se legalmente me dão o direito… Tudo que conquistei com os anos, eu quero. Pode parecer um exagero. Mas o fato é que os anos estão passando rapidamente e o mundo digital evolui tão rápido quanto uma centopeia na Olimpíada. Eu me salvo como posso. Por exemplo, virou moda pedir Pix. O que antigamente seria uma operação delicada, cheque ou transferência, hoje é zás-trás. Encontrei uma maneira de me salvar. Digo em voz triste: “Não sei fazer Pix”. Não posso pagar hoje, eu queria, mas não consigo emprestar… E assim vai. Pix, Pix? Como é que é? Pronto. Que lástima, não sei.

Outro dia queriam uma reunião digital para rever o orçamento de uma reforma. Expliquei que tenho dificuldade de acesso à plataforma, ainda não me acostumei… A reunião foi transferida… e o orçamento está lá, quieto. Sendo sincero, a fragilidade da velhice pode ser vantajosa. Mas também é real. Eu realmente não sei mexer no meu celular a ponto de usar todas as suas possibilidades. (Alguém sabe?) Mas o tempo passou, eu já rodei da máquina de escrever para o laptop. Agora estão falando em inteligência artificial. E só vão inventar novidades… Tenho que dar conta de tudo isso. Ou vou ficar relegado a um nicho que não sei, não…

Triste é saber que nesses saltos tecnológicos fiquei chucro. Só sei que nada sei. Quando me atolo no celular, peço para qualquer criança de 8 anos resolver. Elas sempre sabem. A nova geração praticamente nasceu com um chip instalado nos neurônios.

Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/walcyr-carrasco/eu-sou-prioritario/. Acesso em: 18 set. 2023.

Nas alternativas a seguir, alguns trechos do texto foram modificados quanto à sua pontuação. Assinale a alternativa que, apesar da mudança, manteve-se gramaticalmente correta e na qual foi preservado o sentido equivalente ao do texto.

 

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Um servidor da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul recebe um e-mail, que parece ser da equipe de TI da Defensoria, pedindo para ele clicar em um link para atualizar sua senha. Desconfiado, ele decide não clicar no link imediatamente. Nessa situação, o próximo passo que ele deve dar é

Questão Anulada

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3169530 Ano: 2024
Disciplina: Comunicação Social
Banca: AOCP
Orgão: DPE-MS

Luciana, recém-nomeada cerimonialista de um órgão governamental, enfrenta o desafio de organizar um evento oficial que contará com a presença de diversas autoridades nacionais e internacionais. Ainda inexperiente e buscando capacitação, Luciana lê diversos livros e artigos sobre cerimonial e protocolo. Considerando os conceitos e práticas referentes ao cerimonial e protocolo, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. O protocolo, ao determinar a precedência entre as autoridades, é influenciado por normas de âmbito federal, sem considerar normativas de outras esferas governamentais ou internacionais.

II. O cerimonial, que tem suas origens no Egito Antigo, é uma ferramenta de interação humana que busca ir além da prática comum, sendo crucial que seja percebido para além da obviedade e baseado em normas estabelecidas ao longo do tempo.

III. Na atualidade, todas as regras que regem o cerimonial e o protocolo são rigorosamente seguidas sem qualquer adaptação, visto que são consideradas imutáveis e não sujeitas a mudanças culturais ou tecnológicas.

IV. O cerimonial engloba procedimentos como disciplina, hierarquia, ordem, elegância, respeito, bom senso, bom gosto e simplicidade, sendo esses princípios fundamentais para a realização de atos públicos ou privados.

Questão Anulada

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3169523 Ano: 2024
Disciplina: Comunicação Social
Banca: AOCP
Orgão: DPE-MS

Um analista de comunicação na Defensoria Pública do Estado está encarregado de gerenciar uma campanha institucional para promover os serviços jurídicos gratuitos oferecidos pelo órgão. A campanha será lançada em diferentes plataformas: site, redes sociais e materiais impressos distribuídos em eventos. Considerando a necessidade de um design coerente e uma direção de arte alinhada à identidade visual da Defensoria e às características específicas de cada plataforma, qual das seguintes estratégias deve ser adotada?

Questão Anulada

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3169519 Ano: 2024
Disciplina: Comunicação Social
Banca: AOCP
Orgão: DPE-MS

Os veículos de comunicação são essenciais para as organizações, pois possibilitam a transmissão de informações e mensagens, fortalecendo as relações tanto internas quanto externas. Considerando os veículos de comunicação utilizados por organizações para estabelecer diálogos com seus públicos, interno e externo, assinale a alternativa INCORRETA.

Questão Anulada

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